Entre tapas...
Cho estava encurvada sobre o pequeno corpo de Lily, que estava encolhida perto da cômoda, ela estava chorando e tapando os ouvidos com as duas mãozinhas. Cho levantou o braço e Samantha correu para parar ela ao ver o cinto de couro preto que ela estava segurando.
A oriental foi surpreendida ao sentir alguém segurando seu braço com força, virou-se e levou um susto ao ver Samantha fechando o punho e lhe acertando em cheio a face tão bem cuidada por cremes caros. Ela cambaleou, mas recobrou a postura e revidou o soco, ela acertou o estômago da mais nova, que se dobrou de dor.
Lilian tentou segurar sua mãe, mas apesar da aparência dócil, Cho era muito forte e a menina pequena foi lançada para a parede; Samantha enfureceu-se e partiu com toda sua determinação para cima de Cho, ela agarrou os cabelos lisos e se jogou sobre a mulher, desferiu socos e pontapés em qualquer coisa que estivesse ao seu alcance, mesmo que às vezes ela acertasse a parede ou a cama.
Cho, irritada e cansada, apertou o pescoço de Samantha, a garota começou a ficar vermelha e depois roxa, Cho a jogou no chão e subiu sobre ela, assim como a menina fez anteriormente, Cho deu socos em qualquer lugar do corpo de Samantha que visse, logo as duas estavam embrenhadas numa luta, sangrando.
Samantha, em um momento de distração de Cho, acertou-a nos seios e saiu debaixo dela, correu até Lilian, que continuava imóvel encostada na parede, e pegou a criança no colo com dificuldade; sua respiração estava irregular, sua costela doía, assim como seu rosto e braço esquerdo. Sem perder tempo, as duas saíram da mansão e Samantha, ainda meio desorientada, começou a caminhar de volta ao seu apartamento com Lily segura e quente em seus braços.
Com um pouco de dinheiro que tinha em sua carteira, Samantha pagou uma passagem de ônibus e desceu perto de onde morava. Ela pensou duas vezes antes de abrir a porta, sua mãe teria um enfarte assim que a visse sangrando e machucada, mas estava fazendo muito frio, ainda mais agora que estava escurecendo.
— Mãe – Samantha chamou; Hermione saiu da cozinha sorridente, mas automaticamente deixou a travessa que segurava cair ao ver sua filha. Lily olhou para Hermione com os olhos cheios de lágrimas, ela foi colocada no chão e Hermione correu até elas.
— O que aconteceu? – perguntou preocupada.
— Minha mãe... – Lily disse entre soluços, a criança abraçou as pernas de Hermione com força e chorou nela, enquanto isso Samantha sentou-se no sofá, parecia que tinha sido atropelada por vários hipogrifos.
— O que houve Sam? – Theo entrou na sala e correu para sua irmã, ele a abraçou, mas soltou assim que ouviu sua irmã grunhir de dor.
— Samantha, me conte o que aconteceu – Hermione ordenou ao entrar na sala com Lily no colo.
— Eu fui visitar a Lily, eu entrei na casa e ouvi um grito, depois um choro, eu sabia que era a Lily, aí eu corri pra ver o que estava acontecendo. A mãe dela ia bater nela com um cinto e eu entrei na frente, ela me bateu e eu bati nela, quando tive chance, eu peguei Lily e sai correndo daquele lugar, peguei um ônibus e cheguei aqui – falou tudo em um fôlego só.
— Eu vou matar essa cachorra!
— Mãe! – Theo repreendeu.
— Chame Harry, vai Theo, agora – o menino acenou positivamente e saiu correndo para escrever uma carta avisando a Harry sobre o ocorrido, enquanto isso, Samantha fechou os olhos contendo a dor, isso tinha ido longe demais.
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