Últimos dias
A diretora McGonagall colocou cinzas em muitas áreas do castelo pra espantar os Emboscadores. Os alunos circulavam reclamando do cheiro estranho, mas ninguém sabia do que se tratava.
Victorie e Rose se encontraram no Salão Comunal da Grifinória para irem à ala hospitalar.
– Ande mais devagar Rose! Pra que a pressa?
– Escórpio já deve estar me esperando; ele é pontual. McGonagall quer nos ver na sala dela... será que vai nos expulsar?
– Não, mas se prepare ela não vai deixar muita coisa barata!
– Será que vai contar aos nossos pais?
– Que tal esperar para saber? Pode ser que ela agradeça vocês três.
– Duvido.
– Rose... – Victorie passou o braço pelos ombros da prima – me desculpe.
– Por quê?
– Eu devia estar mais presente, devia ter cuidado mais de vocês...
– É o seu último ano e você tem todo esse problema de ficar longe do Teddy.
– Mesmo assim...
– Tive companhia todo esse tempo.
– É eu percebi. Você pode guardar um segredo?
– Claro.
– Teddy se inscreveu para ser Auror!
– Que legal! Ele vai trabalhar com papai e tio Harry!
– Você sabe que minha mãe quer me mandar para França por um tempo. Resolvi ir para não criar encrenca, mas quando voltar e Teddy já for Auror... vamos nos casar!
– Isso é ótimo!Por que tem que ser segredo?
– Papai ficou muito zangado com a gente por termos nos encontrado em Hogsmeade; ficou horas falando que confiava na gente e tudo mais.
– Vocês não fizeram aquilo?
– Não! Mas ninguém acreditou.
– Adultos sempre pensam o pior. Você vai sentir saudades daqui?
– Está brincando? Eu cresci aqui! Só sinto que não vou poder ver você com tanta freqüência, crescendo e começando a sair com rapazes. Quando isso acontecer quero que me conte tudo!
– Acho que vai demorar. Nenhum menino olhou para mim até agora... só os estranhos.
– Você acha isso mesmo?
– Pergunte a Alvo e a Escórpio.
Victorie parou olhando o Salão Comunal; as mesas e os grupos se formando para o café.
– Tem mais uma coisa que quero lhe falar. Se tiver algum problema procure Camile.
– Procurarei.
– Qualquer coisa, está bem?
– Ok.
– Então? Você aceita minhas desculpas?
Rose viu Escórpio entrar no Salão Principal e abriu um largo sorriso.
– Talvez... – respondeu a prima.
A manha na sala da diretora McGonagall foi agitada. Quando os garotos chegaram os professores Longbottom e Slughorn estavam de saída; Slughorn encarou Alvo de um modo estranho; meio aliviado, mas ao mesmo tempo magoado. Neville pediu que o professor continuasse a caminhar e os garotos perceberam que Slughorn se apoiava no colega. Os dois saíram sem dizer nada.
– Entrem. – mandou o prof. Flitwick abrindo a porta.
Nem bem disse bom dia a diretora começou a falar com a voz carregada e testa marcada.
– Como eu disse vocês não terão privilégios em Hogwarts. Não consigo encontrar palavras para descrever os perigos... nem as conseqüências...
– Descobrimos o que andava sumindo com as coisas pelo castelo! – disse Alvo.
– Sr. Potter, o senhor sabe que para chegar a isso quantas regras quebrou, não sabe?
– Nem foram tantas assim... – respondeu Alvo corando.
– O prof. Slughorn admitiu que trocou vários ingredientes de poções e está ciente que poderia causar danos irreparáveis a saúde da monitora da Grifinória.
– Ele poderia matá-la dando aquela água com açúcar...
– Calma Alvo! – pediu Rose.
– Ele achou que ela podia melhorar e a levaríamos para o St. Mungus. – disse Flitwick.
– A senhora não o demitiu... – perguntou Rose
– Apenas adiantei sua aposentadoria.
A diretora McGonagall obviamente era contra explicar detalhes de suas decisões aos garotos, mas Flitwick tomou a frente e contou tudo.
– O professor teve um problema com a família Lancey. Algum tempo atrás eles os procuraram para preparar uma poção para uma de suas crianças e Horácio cometeu um erro... ele trocou um ingrediente e a poção se transformou num veneno.
– Eu e meu pai vimos o professor em Hogsmeade com Don Lancey uma vez. Slughorn estava fornecendo ingredientes exclusivos da escola para eles?
– Slughorn estava sendo chantageado pelos Lancey. – disse a diretora.
– E o Neffasto? A senhora vai expulsá-lo não vai? – perguntou Alvo ansioso.
A diretora cruzou os braços.
– Não vai... – disse Rose desanimada.
– Horácio Slughorn fez muito pelo mundo da magia, não é justo se retirar da vida pública com um escândalo sobre os ombros.
– Os Lancey estão em vantagem crianças.
– E Camile? – perguntou Alvo. – Ela poderia mesmo ter morrido!
– Estamos tentando descobrir como ela ficou naquele estado.
– Camile estava investigando sobre os Emboscadores, mas não foram eles que a deixaram daquele jeito a senhora sabe disso! – afirmou Rose.
– Ela pode ter sido picada por um inseto naquele dia mais cedo nas estufas. O fato é que ela não se lembra do que estava fazendo no lugar onde a encontraram.
– Alguma coisa aconteceu! – disse Alvo nervosos – Ela não deixaria o... uma mensagem para que pudéssemos encontrá-la se não estivesse correndo perigo! Se não estivesse perto de alguma coisa!
– E as outras coisas que foram roubadas pelos Emboscadores? – perguntou Escórpio.
– Vamos continuar procurando. Encontramos a taça e a estátua; essas criaturas viviam nas sombras do castelo, mas não podem carregar por muito tempo o que pegam. Vamos achar tudo em breve. Vocês tiveram muita sorte! Será que conseguem entender que se não fossemos avisados...
– Os fantasmas nos ajudaram! – disse Alvo.
– Apesar disso eles terão de deixar a escola ainda hoje.
– Deixar a escola?
– Não são fantasmas de Hogwarts.
– O que? – perguntaram os três juntos.
– Muitos fantasmas veem para Hogwarts; sabe-se lá porque... mas se não tem ligação com a escola não podem ficar.
– Goliad foi bibliotecário aqui. – disse Rose.
– Não, não foi. Nunca houve um bibliotecário com esse nome em Hogwarts. Imagino que deve ter dito isso a vocês para ganhar sua simpatia.
Os garotos se olharam confusos.
– Enfim, devida a certas circunstâncias não vão cumprir detenção, mas não serão adicionados pontos às suas Casas e não permito uma palavra do que aconteceu aos outros alunos. Podem ir.
– Tenho uma pergunta diretora.
– Pois não Srta. Weasley.
– Por que não contou aos nossos pais que entramos na Floresta Proibida?
– Seus pais já tem muito com o que se preocupar. – respondeu a diretora indicando a porta pra os garotos.
Depois do almoço os garotos encontraram com os fantasmas na Sala Particular.
– Por isso tinha medo de Madame Pince vê-los? – perguntou Alvo.
– Não só por isso; eu realmente tenho medo dela. – respondeu Guily.
– Tudo bem Guily; devíamos saber que os fantasmas da escola não podem sair. E se não fossem por vocês não teríamos nossa sala. – disse Rose sorrindo.
– Sem mencionar que acabaram descobertos por nos ajudar. – acrescentou Escórpio.
– O que aconteceu a vocês de verdade? – perguntou Alvo.
– Somos errantes. O Ministério da Magia nos classificou assim; não podemos ficar no lugar onde morremos. Então viemos para cá.
– Você não sabe nada sobre essa sala então? E nem se existem outras pela escola?
– Não Alvo. Nós a encontramos por acaso, mas tentamos encontrar outras e nada. Sentimos muito crianças; chegamos a Hogwarts procurando um lugar tranqüilo não queríamos fazer mal a ninguém. Agora temos de ir.
– Pra onde vocês vão?
– Casa dos Gritos por enquanto.
– Graças a Rose nossos amigos Keith, Mick, Brian e “Mama” Cass estão muito bem! – disse Guily feliz.
– Procurem nossos pais eles podem ajudá-los de alguma forma. – disse Rose com firmeza.
– Os vivos não costumam ligar para assuntos de fantasmas; ainda mais se acham que já resolveram o problema.
– Houve mesmo uma convenção? – perguntou Rose.
– Mais ou menos... – respondeu Goliad. – Agora temos de ir. Obrigado crianças; vocês renovaram minhas esperanças nos vivos.
– De nada. Vocês são demais! – disse Escórpio.
– Guily. Não gostaria de dizer alguma coisa a Alvo? – perguntou Goliad.
– Pra mim?
– Vamos Guily diga ao menino!
Alvo ficou olhando o fantasma.
– Quando eu era vivo acreditava que as coisas aconteciam por algum motivo. Não me lembro há quanto tempo vim para Hogwarts, não lembro quanto tempo estou quase morto, mas o fato de vocês estarem aqui e termos nos encontrado Alvo significa alguma coisa.
– Como assim?
– Seu pai prendeu o homem que me matou.
– O Critico?
– Seu pai estava lá também Rose; vocês tinha acabado de nascer pelo que eu soube.
Rose procurou a mão do primo e a apertou.
– Se algum dia estiverem em apuros lembrem-se de mim. Você também Escórpio!
Surpresos com a noticia os três amigos só voltaram a falar sobre assunto muito tempo depois.
A caminho da aula de poções os garotos comentavam sobre onde os Emboscadores poderiam ter escondido os objetos roubados. A idéia de outra sala escondida pelo castelo cheia de objetos roubados voltou à cabeça de Alvo. Uma sala em algum lugar que nem os fantasmas e professores conseguiram achar.
– Quem será que dará aula de poções? – perguntou Escórpio.
– Aposto que é o prof. Kassin! – respondeu Rose.
– Não é não! – disse Escórpio satisfeito.
– Como você sabe?
– Pela cara das meninas na porta da sala. – o garoto respondeu rindo
– Não sendo Binns já tá ótimo! – disse Alvo também rindo da cara de Rose.
Quem se preparava para dar aula de poções era a profª Duggan.
A aula foi completamente diferente de Slughorn; a professora ia de aluno em aluno orientando como cortar os ingredientes de modo simples e rápido.
– Até que enfim essa aula vai render alguma coisa. – comentou Alvo com Rose.
Com os últimos acontecimentos os garotos se esqueceram de seu trato com Cinthia; a garota nem olhava na direção dos três.
– É melhor conversamos com Cinthia. – disse Alvo à prima.
– Eu prefiro assim.
– Fizemos um trato com ela Rose.
– Converse você com ela então.
– Talvez eu peça a Escórpio...
Rose deu uma olhada em Escórpio lendo o livro de poções.
– Eu falo... ele está ocupado agora.
Se aproximou de Cinthia hesitante.
– Então... – disse tentando puxar conversa.
– Cai fora Weasley. – Cinthia respondeu rispidamente.
– Olhe prometemos ajudá-la e nós vamos! É sério.
– Não precisa mais.
– Você conseguiu se livrar daquela garota?
– Consegui.
– Ótimo! Como você fez?
– Eu contei a ela o que vocês fizeram. Contei sobre os Emboscadores, da escada pegando fogo e dos fantasmas.
– Como você soube? McGonagall disse para não contarmos a ninguém.
– Eu estava lá; eu vi tudo.
– Você estava lá? E não nos ajudou? – perguntaram Alvo e Escórpio que ouviam a conversa das duas garotas disfarçando estarem limpando alguma coisa na pia atrás delas.
– Não! Deus era muito perigoso!
– A tal garota vai contar para a repórter! – exclamou Escórpio.
– Não vai, não. Ela não acreditou em mim! Disse que eu inventei tudo!
Os garotos olharam surpresos para Cinthia.
– E de bônus me humilhou mais uma vez. – completou Cinthia com raiva.
– Desculpe por isso. Podemos ajudar você em alguma coisa? – perguntou Alvo com pena.
– Vocês serem expulsos me faria feliz, mas como é o que Saffron quer... podem pegar minhas anotações; as revisões começam ainda essa semana.
– Obrigado, mas conseguiremos nos virar. – disse Alvo olhando para a os amigos.
Rose sabia que a garota não ia desistir de pertubá-la, mas talvez fosse seu único passatempo além dos estudos. Acabou se lembrando da conversa que teve com a mãe “dizer que quer ser a melhor e só pensar nisso definitivamente não é a melhor maneira de se fazer amigos”; pra variar ela tinha razão.
No decorrer da aula Rose levantou a mão pela primeira vez de livre espontânea vontade. Respondeu várias vezes às perguntas da Srta. Duggan e ganhou vários pontos para sua Casa.
Os alunos fizeram uma fila barulhenta para saírem; a professora chamou Rose.
– Finalmente perdeu o medo de ser inteligente.
– A senhora vai continuar dando aulas de poções?
– Até o final do ano letivo sim.
– Precisa de uma assistente? Tenho algumas noites livres.
– No momento não, mas parece que McGonagall vai desistir de escolher assistentes do primeiro ano. O que é uma pena porque precisarei de muita ajuda ano que vem...
– Legal!
– Ansiosa para as férias?
– Um pouco. É meu aniversário nas férias. Vou fazer doze anos!
– Doze anos é uma idade muito importante para uma bruxa. Logo deixará alguns interesses de lado Rose e começará a se preparar para encarar quem realmente é. – disse a Srta. Duggan.
– Rose! Vamos ver Grope. – chamou Alvo.
– Quem eu sou?
– Uma bruxa.
– Sei que sou uma bruxa!
– Mas não sabe ainda o que pode fazer...
– Rose! – Alvo tornou a chamar
– De lembranças a Grope por mim! – disse a professora.
– Darei... obrigada...
Entre as revisões e as visitas a Grope, que se recuperava muito bem, o tempo foi passando e os dias foram esquentando.
A escola ficou mais silenciosa e quase ninguém corria pelos corredores quando Filch virava às costas. Os garotos encontraram com Camile, Tiago e Victorie no Salão Principal jantando. A garota confirmou que não se lembrava de nada do que havia lhe acontecido.
– Nem sei como fui parar naquela escada e nem se o livro era meu.
– Pelo menos não se lembra de ter visto meu irmão quase pelado brigando com os professores.
Alvo ficou muito vermelho e Victorie deu um tapa na cabeça de Tiago.
– Enfim, – disse Camile ignorando Tiago ainda rindo – tenho muito que estudar e nem sei por onde começar.
– Também já vou. – disse Tiago se pondo de pé.
– Vai estudar também? – perguntou Rose.
– Não! – respondeu Tiago seguindo Camile.
– Ele vai sim – disse Victorie rindo – só não quer que os outros saibam. E você Escórpio acha que vai se sair bem nas provas?
– Acho que sim. – respondeu surpreso. – Rose organizou nossas revisões.
– Ela tem um talento natural pra isso. – disse Victorie seguindo também para a Torre da Grifinória.
– Impressão minha ou Victorie passou a ser mais simpática com você Escórpio? – perguntou Alvo.
– É, ela tem sido legal comigo. – respondeu Escórpio olhando desconfiado para Rose.
– Ela não seria se realmente não gostasse de você! – Rose disse depressa.
– Ela gosta de mim?
Rose fechou a cara; depois de um tempo saiu em direção à Torre da Grifinória sem dizer mais nada.
– Lembra que eu disse que você tinha jeito com garotas Escórpio?
– Sim... – respondeu Escórpio olhando Rose parar pra conversar com Marc Dublin.
– Me enganei! Você é tão burro quanto eu!
A semana de provas foi tão corrida que os garotos nem perceberam que o ano letivo estava realmente perto de terminar.
– É legal olhar para a prova e saber as respostas; todo esse esforço valeu a pena! – disse Alvo aos amigos depois do exame de História da Magia.
– Mais alguns dias e estaremos livres para ficar no jardim e depois irmos pra casa. Verão! Nadar, comer e jogar quadribol! Você vai gostar da casa dos nossos avós Escórpio!
Escórpio não pareceu animado.
– O que foi? Seu pai não deixou você ir?
– Recebi uma coruja hoje de manha; papai disse que minha mãe tem trabalho a fazer no verão e vamos ficar em casa.
– Mas você não pode nem nos fazer uma visita? De um dia?
– Desculpe Rose, mas quem sabe nos encontramos no Beco Diagonal na loja dos seus tios.
– E temos nosso aniversário – disse Alvo tentando animar a prima – fazemos doze anos os três na mesma semana!
– É pode ser. Bom falta Herbologia... – disse Rose tomando a frente dos meninos.
– Ela ficou brava. Queria mesmo ir Alvo é sério! – disse Escórpio.
– Também queria que você fosse, mas se não pode... não pode.
– Queria mesmo ir...
– É o meu melhor amigo sabe disso não é Escórpio?
– Obrigado... Potter!
– De nada... Malfoy!
Os dois caíram na risada correndo para fazerem a prova de Herbologia; o professor Longbottom parecia distraído, desconectado com o que acontecia na estufa.
– Ele não parece bem. – disse Rose observando Neville.
– Talvez ele tenha que cumprir uma detenção também ou algo assim por ter desobedecido McGonagall e não ter se livrado das tais flores. – respondeu Escórpio.
– Mas as pétalas salvaram a vida de Camile, ela deveria levar isso em consideração.
Os garotos limparam as mãos de terra e foram para a Sala Particular onde passaram todas as noites seguintes até o banquete de encerramento do ano letivo.
Corvinal ganhara o torneio de Quadribol e a Taça das Casas. Assim que terminaram de comer os alunos foram orientados a arrumarem suas malas para a partida no dia seguinte.
Antes de ir para dormitório Alvo deu uma passada pela Sala de Troféus. A diretora McGonagall o encontrou admirando a taça da Grifinória. Alvo viu o nome do pai gravado com a bela letra de Alvo Dumbledore.
– É uma das mais bonitas. – disse a diretora com a voz tranqüila.
– É sim. Meu pai contou sobre esse dia! Primeiro Dumbledore disse o nome de tio Rony, depois tia Hermione e o dele. Ah, sim e do professor Longbottom.
– Foi um ano marcante para todos nós. – disse McGonagall ajeitando os óculos e olhando a taça.
Alvo esperou que a diretora dissesse o que era interessante, mas ela apenas lhe desejou um bom verão e se retirou. No corredor encontrou Rose muito feliz e achou que o pai de Escórpio tivesse mudado de idéia, mas a garota trazia na mão o broche em forma de rosa.
– Apareceu em cima da minha cama!
– Então os Emboscadores não pegaram? – perguntou Alvo sem entender.
– Talvez algum elfo tenha achado sei lá.
– Então use!
– Vou usar. Tio Jorge transfigurou uma bola de natal para mamãe achar que eu estava usando. Agora não o tirarei nunca mais! Acabei de falar com Escórpio e ele está todo contente! Neffasto não é mais monitor da Sonserina!
– Finalmente alguma justiça. – disse Alvo feliz.
Na sala dos professores a profª Duggan comemorava sua indicação para ser diretora da Lufa-Lufa e era cumprimentada por Neville.
– Parabéns você merece!
– O que foi Neville? Você está assim já faz dias! Dê um sorriso pelo menos por mim.
– Vou tentar.
– Sei que está chateado com o que McGonagall disse, mas pra mim você foi um herói.
– Você me convenceu a não me livrar das flores.
– Você podia ter dito isso a ela!
– Não faria diferença! Eu tentei fazer uma coisa boa por essa escola! Passei as férias... pesquisando...
– Posso lhe garantir que essas férias serão bem melhores! – disse a professora passando as mãos de Neville sobre sua cintura.
– Passei a vida nessa escola!
– Você não pensa em sair daqui? Pensa?
– Não sei!
– Neville eu preciso de você aqui! Hogwarts sempre ajuda os que dela precisam, lembra? Se você não ficar eu também não fico!
– O que? Você queria ser diretora da sua Casa! Não pode jogar isso fora por...
– Por você? Eu faria qualquer coisa por você Neville.
Kassin bateu na porta.
– Vamos comemorar o final do ano letivo em Hogsmeade? Você paga Elizabeth! Seu livro sobre aquela coisa feia vai vender aos montes!
– Ah, claro que vou gastar meus preciosos galeões pra você se embebedar Kassin.
– Você é adorável Elizabeth! – disse Kassin segurando a porta para os amigos passarem – Você também Neville, você fica lindo carrancudo desse jeito.
– Cala a boca Kassin! – respondeu Neville mal humorado.
– Kassin não vai se despedir de suas assistentes? – perguntou Elizabeth.
– Deixei um cartão desejando boas férias e dez pontos para Grifinória...
– Kassin seu insensível! Essas garotas são loucas por você! Se despeça como se deve!
– Não vou me despedir de Rose Weasley se é o que está pensando; ela desistiu de ser minha assistente de novo.
– Vá se despedir das garotas! Você nunca teve um amor platônico?
– Elizabeth...
– Você teve! – disse Neville melhorando de humor. – Ora quem diria!
– Vá se despedir das garotas Kassin!
Na saída dos alunos para embarcar no trem; o professor falou com Cinthia, mas quando viu Hagrid brincando com Rose, Alvo e Escórpio; hesitou em se aproximar.
– Cuide de Bernard para nós Hagrid. – disse Alvo.
– Pode deixar; quando vocês estiverem de volta ele já estará forte o bastante para levá-los para um passeio!
Já estavam embarcando quando Rose ouviu o professor chamá-la.
– Professor! – disse surpresa ao vê-lo ali.
– Desculpe não ter me despedido antes. – disse Kassin aos três. – Não sei se alguém disse a vocês, mas foram muito corajosos o ano todo.
– Tivemos ajuda, muita ajuda e segundo a diretora muita sorte. – respondeu Rose.
– Não estou falando dos Emboscadores, Thuru ou de como escaparam de ser pegos aprontando por ai. Estou falando que continuaram juntos e terminam com boas notas. Parabéns!
– Obrigado! – disseram Alvo e Escórpio juntos; contentes, mas Rose não se conteve e abraçou Kassin pela cintura.
Hagrid bateu nas costas Kassin. Alvo reparou que Kassin nem chegou a cambalear e o garoto já ouvira o pai contar que muita gente já tinha ido parar no St. Mungus por causa disso.
– Boa viagem e mandem lembranças aos seus pais! – disse Hagrid quando o trem começou a se afastar.
– Nos acompanha numa bebedeira Hagrid? Elizabeth prometeu uma rodada de uísque de fogo para nós.
– Mesmo?
– Claro! Ela nos adora.
Na cabine Alvo observava a paisagem.
– Tenho certeza que os Emboscadores devem ter ido para Floresta Proibida.
– Deixe-os por lá Alvo. – disse Escórpio pegando as peças de xadrez.
Já na estação King Gross na saída dos alunos Rose e Escórpio se despediram de Camile.
– Até setembro Alvo. E obrigada mais uma vez.
– Por acaso eu posso te escrever? – o garoto perguntou timidamente.
– Claro. Tiago me falou do seu aniversário. Espere uma coruja minha. – disse o beijando no rosto. Alvo sentiu vontade de pular e comemorar como se acabasse de vencer um jogo muito difícil.
Hugo e Lily os localizaram.
– Oi Vampiro! – disse Hugo.
– Oi. – respondeu Escórpio rindo apesar da cara feia de Rose para o irmão.
– Está é minha irmãzinha. – Alvo apresentou.
– Olá! – disse Lily abrindo um sorriso para Escórpio e Rose.
– Advinha Rose! Conheci vampiras de verdade.
– Claro que conheceu Hugo...
– É sério!
Alvo apertou a mão de Escórpio.
– Vamos indo? – disse para Hugo e a irmã.
– Eu quero ficar! – disse Lily rindo para Rose.
– Não, não quer! – respondeu Alvo puxando a irmã pela mão. – Você também Hugo! Vamos!
– Mas eu quero! – protestava a menina.
– Até Vampiro! – disse Hugo também estendendo a mão a Escórpio.
– Vou mandá-lo parar de te chamar de vampiro!
– Tudo bem. Rose... tenho uma coisa pra você.
– Pra mim?
– Achei que você ia ficar muito triste senão achasse seu broche; ainda bem que achou, mas mesmo assim eu queria dar uma coisa pra você.
Escórpio abriu a mão de Rose entregou um saquinho que a garota abriu curiosa.
– São suas peças de xadrez!
– Não! São suas peças de xadrez! Elas só obedecem você.
– Mas seu pai te deu de presente! Não posso aceitá-las! – disse Rose abrindo a mão de Escórpio e colocando o saquinho de volta.
– Eu insisto! Quando jogar xadrez nas férias você pode até se lembrar de mim...
Rose desejou que Escórpio tivesse lhe entregue o presente quando ainda estavam na cabine. Ali na plataforma lotada não conseguia pensar em nada para dizer.
Escórpio avistou o pai acenando para ele.
– Me escreve? – perguntou Rose antes do garoto se afastar.
– Assim que chegar! – ele respondeu.
Rose alcançou o irmão.
– Você é o melhor irmão do mundo sabia disso?
– Sou seu único irmão então não vale. Não me abrace! Não igual a mamãe faz na frente de todo mundo!
As crianças foram espremidas com os pais no carro de Harry porque Rony se recusou a buscá-los no carro novo porque parecia que ia chover. Tiago, Alvo e Rose sentaram juntos no banco de trás. Tiago contou a eles que havia mandando o Mapa do Maroto para Teddy.
– Talvez ele consiga consertar ou simplesmente o guarde de lembrança.
– Papai vai ficar feliz de você ter feito isso. – disse Alvo.
– Acho que sei onde papai guarda a capa da invisibilidade.
– Você acha que depois que ele descobriu que você pegou o mapa iria deixar a capa dando sopa?
– Não é claro que não, mas vai ser divertido tentar descobrir...
Rose estava com a cabeça encostada no vidro perdida em pensamentos; depois de meses na companhia de Escórpio não o veria mais todos os dias por muito tempo. Lily ficou de joelhos no banco da frente.
– Vamos para Itália nesse verão!
– Fazer o que lá? – Alvo perguntou.
– Coisa do trabalho do papai! Vamos todos juntos!
Rose comemorou a noticia com os primos e o irmão. Por mais longas que as férias longe de Escórpio pudessem ser ainda assim eram férias.
...
n/a: Obrigada a todos que seguiram a fic. Breve a continuação!
Beijos a todos!
Comentários (1)
ahhhhh muito boa..eu amei..parabens msm.. \0/
2012-07-30