Revolta das cobras e primeira
Harry estava pasmo com o que via. Mas não era só ele. Todo o salão havia parado o que estava fazendo.
Foi aí que Harry entendeu porque faltava muita gente no salão.
Na porta do salão principal havia um grupo de adolescentes liderados por ninguém menos que Pansy Parkinson.
O grupo estava fazendo um protesto contra a Nova Hogwarts. Havia cartazes e faixas contra o exército de bruxos, alguns chamando o Sr. Ripper de fascista e até outros ofendendo Harry Potter.
O grupo se recusou a entrar no salão, o que deu tempo para o profº Flitwick fazer um feitiço de gaiola em volta do salão, impedindo a entrada dos protestantes.
Harry imediatamente se levantou e foi em direção a mesa dos professores, o que foi imitado por Blásio, Malcolm e Ana.
- O que está acontecendo? – perguntou Ana horrorizada
- São filhos de comensais – quem respondeu foi Blásio – conheço alguns
- Eu sabia que isso ia acabar assim – Disse Harry – É claro que os filhos de comensais não aceitaram de jeito nenhum essa nova ordem do ministério.
- O que você está dizendo, Potter – Disse Malcolm
- Estou dizendo que filho nenhum quer matar seus próprios pais, isso ficou em aberto na cúpula – Respondeu o moreno
- O que fazemos agora – Perguntou Ana, aflita
- Venham comigo, os quatro – Disse o Sr. Ripper – Vocês também
Agora ele apontava para os professores, que não estavam entendendo nada.
- Mas não podemos deixar o salão desprotegido – Disse Harry – Temos que lançar algum feitiço de proteção mais forte para deixar o pessoal em segurança, caso os sonserinos queiram fazer um ataque.
- Bem pensado Potter – Nisso, o Sr. Ripper agita a varinha no alto e começa a entoar uma mantra, que Harry imaginou ser a proteção em volta do salão principal – Agora vamos rápido.
O grupo entrou em uma porta lateral no salão principal, e começaram a descer uma escada circular íngreme, onde Harry nunca havia estado.
Ao terminarem de descer, entraram em uma pequena sala com cadeiras postadas em um circulo, rapidamente todos se sentaram.
- O que faremos com aqueles sonserinos – Perguntou Blásio
- Por mim eu expulsaria todos do castelo – Disse Malcolm
- E para onde eles iriam – Perguntou McGonagal
- Buscar refúgio com os pais – Respondeu Harry pensando
- Mas eles irão virar comensais caso isso acontecesse – Disse Flitwick
- Como se isso já não tivesse sido decidido antes deles nascerem – Retrucou Malcolm
- Eu acho que não podemos os deixar saírem do castelo – Disse Harry
- O que está dizendo Harry? – Perguntou Ana
- Quanto menos inimigos tivermos nessa guerra, melhor – Explicou Harry sabiamente – Não é aconselhável deixarmos irem quando podemos ter um numero maior de aliados
- Bem pensado, mais o que faremos com eles? – Perguntou a Profª Sprout que estava quieta.
- Eu acho que o certo será prender eles, manter em cativeiro, não possibilitando que eles saiam do castelo – Disse Blásio
- Você ficou louco garoto? – Perguntou Ana exaltada – Isso é desumano.
Foi quando o Sr. Ripper se pronunciou
- Eu concordo – Ana abriu um sorriso de vitória que logo foi substituído por uma expressão de horror – Concordo com o Sr. Zabini
- Vocês não podem fazer isso – Ana estava com lágrima nos olhos – É errado
- Srta. Abbott, isso já está decidido – Disse o Sr. Ripper se dirigindo a Ana, que estava com lágrimas nos olhos.
- Diretor, posso falar com a Ana – Perguntou Harry – Em particular?
Sr. Ripper não gostou muito da idéia, mas deixou os dois em particular, saindo com os outros.
- Harry, eles não podem fazer isso –Disse a garota loira entre soluços – Eu sei que são filhos de comensais, mais isso é errado, eles são pessoas como nós.
- Eu também não acho certo isso – Respondeu Harry
- Então porque você não intercede você tem poder e influência para isso – Argumentou a garota, agora mais controlada.
- Por que isto é o certo a se fazer – Disse o moreno sabiamente.
- Você está louco – Disse Ana
- Não, estou sendo realista – Explicou Harry – Se eles saírem dos portões do castelo vão virar comensais, isso significa mais inimigos. Se eles ficarem aqui, nós podemos mudar o pensamento deles, para o rumo certo.
- Mais ficaram em cativeiro – Falou Ana
- Eu te entendo, você tem um bom coração, mas não podemos deixar eles escaparem, mais nem será um cativeiro de verdade. Eu pensei nesse pouco tempo e decidi que posso deixá-los sob cuidados de elfos domésticos, que também os vigiaram. E também já conheço três que são de confiança – Disse Harry
- Você já pensou em tudo não? – Falou ela abrindo um sorriso – Você está certo, nós temos que arranjar mais aliados do que inimigos. Mais não quero maus tratos com eles.
- Eu prometo que o cativeiro deles será um hotel cinco estrelas – Falou Harry jurando.
Harry chegou mais perto e a envolveu em um abraço reconfortante.
- Obrigado Harry – Agradeceu Ana – Me sinto muito bem perto de você.
- Por nada – Respondeu ele educadamente – Algo mais que eu possa fazer pela senhorita?
- Uma coisa – Disse ela pidona – Você pode ir ao meu batalhão na quarta?
- Bem, eu estava pensando em ir ver o batalhão do Blásio – Disse ele, mais vendo a cara que ela fez prosseguiu – Mais ele pode ficar para outro dia.
Ela abriu um sorriso de orelha a orelha.
- Por que você implica com o Blásio? – Perguntou ela
- Não sei se posso confiar nele – Respondeu o garoto – ele era amigo do Malfoy.
- Deixa de ser bobo, Harry, ele é uma boa pessoa – Replicou ela
- Não sei, mais por enquanto – Continuou ele – Vamos falar as novidades pro pessoal?
A semana passou muito rápido para Harry. Talvez por que seus dias eram cheios, exceto nas quartas ou porque os sonserinos mantidos sob proteção davam uma dor de cabeça.
Harry já havia treinado todas as séries e ficou satisfeito especialmente com o sétimo ano. Eles tinham sido os melhores até agora e tinham uma determinação que nenhuma outra turma tinha.
Harry havia ensinado os setimoanistas técnicas de combate mágico. Algumas proteções a avançadas e feitiços de combate poderosos.
Parte do quinto ano já estava em missão. Eles escoltaram e vigiavam os sonserinos, numa masmorra, fazendo revezamento.
Sem dúvida, o treino mais caótico foi o do sexto ano, na opinião de Harry, mas também o mais divertido. Eles simularam um ataque aéreo a uma construção isolada, com vassouras e testrálios. Voltar a uma vassoura era o que Harry mais queria no momento.
No sábado de manhã, Harry recebeu uma notícia que já esperava, mais não tão cedo.
- Sr. Potter, tenho uma missão para seu batalhão na sexta – Disse o Sr. Ripper ao garoto
- Mais já? – Espantou se o garoto
- Sim, o pessoal da DIB conseguiu uma informação valiosa sobre uma reunião de comensais a uma casa segura à sexta de noite.
- Vejo que o pessoal da Investigação já está trazendo resultados – Admirou-se o garoto
- Sim, e eu quero um destacamento de seu batalhão lá às sete. Quero um comensal vivo. E o nome dele é Vladmir Losjakov.
- Porque ele em especial? – Perguntou o moreno
- Por que é essencial que ele esteja aqui – Respondeu o diretor – O resto você pode mandar para o mundo dos mortos
- Mas senhor, meu batalhão ainda não recebeu treinamento apropriado para uma missão – Argumentou Harry
- Isso não é problema meu – Disse Sr. Ripper ríspido
- E meios de comunicação?
- Isso também não é problema meu – Disse o velho novamente – Agora se me der licença, tenho que resolver alguns assuntos que não são problema seu.
Harry saiu da sala do diretor com passos duros, e com muita raiva.
Ao sair, encontrou Rony o esperando do lado de fora
- O que o diretor queria? – Disse o ruivo curioso
- Tenho que falar com Fred e Jorge – Disse sem dar atenção ao amigo
- Pra quê – Perguntou Rony
- Nada, pode marcar uma reunião com os dois para mim? – Perguntou Harry se apressando
- Pra quando? – Perguntou Rony tentando seguir os passos do moreno
- Daqui a 20 minutos – Nisso Harry desapareceu num corredor
O garoto começou a correr freneticamente pelo castelo. Virava muitos corredores sem notar por onde ia. Tinha que falar com Ana e Blásio, mais no meio do caminho foi interceptado por Gina e Neville
- Olá Harry – Disseram os dois animadamente
- Quero que achem Ana e Blásio e digam para me encontrar no DOE. – Disse sem para de andar.
Gina e Neville apenas deram os ombros e também saíram apressados.
Harry em menos de 5 minutos estava na sala de reuniões da DOE. Estava frenético, mas ficou aliviado quando duas figuras se materializaram na porta, uma negra e outra loira.
- Precisava falar com a gente? – Disse Ana com um sorriso
- Sim – Respondeu o moreno – Sr. Ripper arrumou uma missão na sexta de noite
Os dois ficaram boquiabertos
- Blásio, quero a melhor estratégia que tiver – Mandou Harry – Não quero falhar de início, e se puder começar agora ficarei agradecido.
Blásio rapidamente saiu da sala em direção à DEB.
- Ana, na sexta quero um destacamento de auxílio médico, é a primeira missão da DOE e não quero soldados feridos. Creio que poderá ajudar, não?
- Claro Harry, na sexta vou destacar os melhores paramédicos que tiver, e é claro, eu mesma junto – Respondeu a loira
- Não, você não – Disse o garoto
- Porque? – ela estava confusa
- Você vai estar na equipe que vai realizar a operação, ok? – Anunciou ele
- Ok – Concordou Ana
- Obrigado – Respondeu ele
Quando Ana foi a abrir a porta para sair, ela se assustou com batidas vindas de lá. A garota abriu a porta e se deparou com sorrisos idênticos dos gêmeos. Ana cumprimentou os rapazes e logo saiu para deixá-los a sós.
- Qual é a parada Harry – Disse Fred
- Vou ser franco – Disse o garoto – Eu financiei vocês agora quero que financiem meu batalhão.
- Como assim? – Perguntou Jorge
- Sexta, nosso batalhão sairá em missão – Vendo os dois rostos confusos, continuou – Quero alguns objetos para facilitar essa missão
- Como o quê? – Disse Jorge
- Quero walkie talkies, dos bons. Creio que da MOTOROLA com 22 canais e alcance de 9km seja perfeito
- Que mais? – Disse Fred
- Quero fardas com a melhor proteção que conseguirem, que se ajustem ao tamanho – Disse o moreno – Quero também canivetes, os melhores que conseguirem.
- Para quando? – Perguntou Jorge anotando tudo num papel
- Até sexta de tarde – Disse ele – Conseguem?
- Alguma vez já te deixamos na mão? – Disse Fred – Na terça você já terá tudo em mãos, tchau Harry
Nisso os gêmeos desapareceram pela porta.
Harry sentou em sua cadeira e relaxou, pela primeira vez em dias.
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