Prólogo

Prólogo

O último vestigio de vapor se dispersou no ar de outono. O trem fez uma curva, a mão erguida de Harry ainda acenava adeus.

- Ele ficará bem – murmurou Gina.

Ao olhá-la, Harry baixou a mão distraidamente e tocou a cicatriz em forma de raio em sua testa.

- Sei que sim

A cicatriz não incomodara Harry nos últimos 19 anos. Tudo estava bem.

 ***

Alvo entrou no trem. Suas roupas despojadas disfarçavam qualquer traço de sangue bruxo que corria em suas veias, sua prima, Rose Weasley, parecia ter desaparecido na tempestade de estudantes presentes naquele trem.

No meio daquele turbilhão de adolescentes demorou a encontrar um vagão vazio, ou quase, entrou sem fazer cerimônias, nem pedir licença. Colocou seu malão no bagageiro e deitou-se despojadamente sobre um dos acentos do vagão.

- Hey folgado! – soou uma voz firme nos ouvidos do garoto – Você não é o único neste vagão...

-Jura?! Não tinha lhe visto, baixinha – falou jocosamente com um ar de superioridade.

-Então você precisa aumentar o grau, quatro-olhos – falou socando-lhe o braço levemente.

-Nossa acho que ouvi um zumbido...  Deve ter sido uma abelha... ou uma formiga... – o garoto tinha o seu tom de voz carregado por sarcasmo.

-Ora seu... – a garota parecia possessa em uma fúria cega, foi só então que Alvo ergueu-se para olhá-la.

A garota era pequena, mas diferente das garotas de sua idade já apresentava algumas curvas em seu corpo, seus olhos estavam cerrados, mas era perceptível o tom cinza de sua íris. Seus punhos fechados de forma rígida ao lado do corpo denunciavam sua raiva e apesar do movimento do trem parecia não se abalar, continuava em uma posição rígida e de aspecto severo, como se não quisesse perder a calma, mas ao mesmo tempo quisesse liberar sua fúria de apenas uma só vez.

“Nossa... Eu estava apenas brincando” pensou o garoto.

- Não brinque com quem você não conhece – falou a garota por entre os dentes, seu cabelo negro e curto parecia mal-cortado e despenteado, tão revoltado quanto a quem o pertencia.

-Querem alguma guloseima, meus queridos? – a velha senhora que vendia doces por todo o trem perguntou suavemente abrindo a porta.

-Dois sapos de chocolate, por favor – falou Alvo naturalmente, entregando a senhora alguns nuques.

A menina negou com a cabeça e sentou-se bufando. Alvo estendeu-lhe um dos sapos e disse:

-Vamos começar de novo... Prazer sou Alvo Severo Potter.

A garota analisou-o como a um pedaço de pergaminho tentando avaliar se aquele garoto era realmente o filho de um dos bruxos mais famosos de todos os tempos, depois de parecer aceitar esse fato, tomou o sapo de chocolate e pouco antes de abri-lo disse:

-Samantha Enibaz Olovres, mas me chame apenas de Sam.

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Comentário das Autoras:

Fic escrita por duas autoras, ideias por minha amada e idolatrada melhor amiga, execução feita por mim...(em tese)

Este é apenas o prologo, ainda há muito por vir... ideias a mil...

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