Em direção das Trevas



Vilarejo – Primeiro Dia


 


O rapaz acordou no dia seguinte muito cedo, o sol ainda estava nascendo, apesar de que a chuva já havia voltado a castigar as plantações. Rapidamente se levantou e foi ao banheiro para fazer a sua higiene pessoal.


Não demorou muito e logo saiu para aproveitar o que restava de comida em sua casa. Mesmo a vila sofrendo com falta de comida, o rapaz ainda não era desnutrido, o que levantava a desconfiança dos outros moradores. Diziam que a cabana onde morava estava repleta de comida, fato que estava longe da verdade.


O garoto logo se viu relembrando do dia em que havia ido para aquele vilarejo. Os moradores o olhavam com raiva e com medo, pois o garoto era anormal. Naquele mesmo dia um dos moradores morreu horas depois de ter chamado o garoto de aberração.


Lógico que a culpa caiu no recém chegado, este foi apedrejado, espancado e isolado pelos outros moradores. Começou a morar perto da floresta, sem qualquer comida para lhe acalmar a fome ou teto para protegê-lo da chuva. Foi quando conheceu a senhora que o havia acolhido, ela se aproximou do rapaz sem demonstrar medo ou raiva. Ela exibia um sorriso bondoso, o que levou o garoto a confiar nela, contando-lhe sua história.


Quando terminou lagrimas escorriam pelo rosto da senhora. Ela, movida ao seu sentimento maternal, abraçou o garoto, deixando-o surpreso por tal ato. Quando ela o largou, podia se ver um gentil sorriso enquanto tentava enxugar as lagrimas que lhe escorriam a face.


_ Então meu jovem, você gostaria de morar comigo enquanto estiver nesse vilarejo?_ perguntou ela enquanto  esperava pela resposta. Viu o olhar surpreso no rosto dele e logo pensou que não tinha sido uma boa idéia_ Entendo se você não quiser...


_ Mas é claro que eu quero_ falou a criança feliz abraçando a senhora a sua frente.


_ Que bom_ comentou sorrindo_ Posso saber seu nome, minha criança?


_ Bom eu não tenho nome_ respondeu envergonhado.


_ Mas isso nós podemos resolver_ fala ela sorrindo enquanto se levantava e guiava o garoto até sua casa. Ela ia falando nomes distraidamente enquanto o garoto a olhava curioso, quando ela parou_ Que tal Lass Strega?_ perguntou ela esperando pela opinião do garoto.


_ Eu adorei_ falou o garoto sorrindo.


_ Então ta decidido, de hoje em diante seu nome será Lass Strega_ anuncia para o garoto, voltando a andar.


Aos poucos o garoto foi conseguindo a confiança do resto das pessoas do vilarejo, o que deixava a senhora feliz. Havia começado com pequenos serviços, como consertar uma janela ou distribuir panfletos na praça. Começou então a ajudar na colheita e a cuidar dos animais, mostrando que não era má pessoa, só era diferente.


Agora ele ajudava na segurança da vila, sempre vigiando, principalmente, as crianças. De vez em quando fazia turnos a noite quando havia boatos de ladrões e animais selvagens próximos do vilarejo.


“Minha vida recomeçou a oito anos”, pensou Lass, ”agora esta na hora de fazer essa vida valer a pena”. Quando a chuva parou, saiu de casa e foi até o centro do vilarejo, aquele dia era o aniversario de morte da senhora. Foi até uma pequena barraca onde vendia flores em troca de favores. Pediram se Lass teria algum alimento para lhes doar.


_ Desculpe, meu senhor, no momento não tenho_ falou olhando para o vendedor. Este pareceu triste, mas mesmo assim sorriu e lhe entregou uma rosa_ Não posso aceitar meu senhor, não enquanto não trouxer comida para você e sua família.


_ Por favor, eu insisto_ falou o vendedor_ Sei que hoje faz um ano que sua mãe morreu, pense nisso como um presente.


_ Muito obrigado, meu senhor_ agradeceu pegando a rosa das mãos do vendedor_ Não sei como posso lhe agradecer.


O vendedor apenas sorriu e Lass então se voltou para o pequeno cemitério da vila. Algumas pessoas já estavam ali, colocando flores nos túmulos das pessoas amadas que morreram no passado.


O rapaz se dirigiu até um tumulo que estava distante dos outros. “Quando eu morrer, meu querido, quero ser enterrada na parte mais distante do cemitério”, lembrou Lass, este fora o ultimo pedido de sua mãe.


Apesar de não ter entendido o pedido, mesmo assim o realizou. Ajoelhou-se em frente ao tumulo e depositou a rosa em seu tumulo. Lagrimas começaram a escorrer, mas não era possível vê-las devido à forte chuva que recomeçava.


Ficou quase uma hora ali quando decidiu ir embora, ainda teria que se despedir de todos naquele lugar e arrumar a casa. Chegou a sua casa e começou a arrumar suas coisas, não que tivesse muito a fazer. Nem percebeu quando a noite havia chegado. Estava cansado e decidiu dormir, no dia seguinte teria muitas coisas a fazer. 


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Ultimo dia na casa dos Dursleys, este era o pensamento que deixou Harry feliz o dia inteiro. Acordou cedo e foi ao banheiro tomar um banho, sentiu um arrepio lhe percorrer o corpo quando a água gelada caiu em sua pele. Em seguida foi até a cozinha e começou a fazer seu café da manhã e pelo fato de estar feliz, o dos seus tios também.


Assim que terminou de arrumar a mesa e colocar a comida na mesa, ouviu alguém descendo as escadas. Logo sua tia, Petúnia Dursley, aparece a porta da cozinha e olha intrigada para o moreno que apenas sorri e senta-se na mesa. Diferente das outras vezes, sua tia não conseguiu achar algo para reclamar, deixando-a meio boba, enquanto Harry se divertia com a cena.


Logo seu tio apareceu na cozinha, enquanto olhava para a mesa deu um bom dia para sua esposa e um rosnado para seu sobrinho. Logo todos começaram a comer, até que Duda, primo de Harry, sentou-se na mesa e olhava animado para tudo que tinha na mesa. O moreno olhava aquilo divertido, apenas sua tia sabia que era ele quem havia feito toda aquela comida.


_ Petúnia, minha querida, você superou-se dessa vez_ elogiou Valter enquanto pegava outra porção de panquecas.


_ Mas não..._ tentou explicar Petúnia, mas foi cortada por Duda.


_ Verdade mamãe, isso aqui esta bom demais_ elogiou seu filho. Para Harry estava difícil segurar o riso, afinal as caretas que sua tia fazia a cada elogio eram hilárias.


_ Espere, foi o Har..._ tentou falar, mas foi cortada novamente.


_ Tem razão, moleque saia da mesa e vá cortar grama_ disse seu tio enquanto lançava um olhar “ameaçador” para Harry.


Este deu de ombros e se levantou, saindo da cozinha em seguida. Mas ao invés de ir para o jardim foi para o parque abandonado que havia ali perto. Conseguiu ainda ouvir o grito de raiva que seu tio deu, provavelmente ele havia descoberto que o moreno havia colocado um ingrediente a mais na comida.


_ MALDITO SEJA POTTER!_ berrou seu tio assustando toda a vizinhança, enquanto Harry gargalhava.


Quem que guarda laxante em um pequeno pote e coloca junto dos temperos? Seu tio e seu primo passariam um bom tempo no banheiro. Esperou escondido em uma arvore seus tios saírem junto com seu primo para voltar a casa. Isso levou em torno de duas horas e quando seu tio e primo saíram eles estavam brancos como cera.


Como era aniversario do Duda, Harry sabia que eles passariam o dia fora, então o moreno foi ao jardim e começou a cortar a grama. Já havia passado das duas horas da tarde quando terminou, havia grama por todo o seu corpo e estava suado. Decidiu tomar um banho antes de ir até a cozinha e comer algo, tomou outro banho frio devido ao imenso calor e saiu. Colocou uma calça jeans, uma camiseta branca e um tênis preto.


Desceu e preparou um pequeno sanduíche e pegou um copo de suco. Almoçou calmamente, não teria que ouvir seus tios reclamando que ele estava muito folgado ou que estava aprontando algo.


Assim que terminou seu almoço, foi até o seu quarto para arrumar as coisas. Só agora havia percebido que seu quarto estava uma enorme bagunça, “isso vai demorar” pensou o moreno suspirando antes de começar a guardar as roupas espalhadas. Varias vezes durante a limpeza, aranhas enormes apareciam do meio dos lençóis e das roupas amarrotadas.


Harry não se importava muito com elas, pois havia passado dez anos no armário embaixo da escada que era infestado de aranhas. Quando conseguiu guardar tudo já era quase oito da noite. Procurou um pergaminho e começou a escrever para os Weasleys, estes avisariam a Dumbledore.


 Caro senhor Weasley


Espero que o senhor e sua família estejam bem


Você deve estar se perguntando do porque dessa carta, imagino eu. Bom serei direto, irei sair da casa dos meus tios, preciso pensar durante algum tempo sobre os últimos acontecimentos então vou viajar pelo mundo na esperança de me distrair.


È melhor que não me procurem, pois se souber que estão me rastreando, desapareço para nunca mais voltar. Espero que entenda


Atenciosamente


Harry Potter


Releu a carta e depois foi até sua coruja. Esta estava dormindo tranquilamente, mas logo despertou quando ouviu Harry se aproximando de sua gaiola.


_ Edwiges, tenho uma carta para você entregar_ explica ele enquanto amarrava a carta na perna da coruja_ Entregue para o senhor Weasley, mas só quero que entregue amanhã. Depois quero que vá até Hogwarts e fique por lá, entendeu?_ perguntou e recebeu como resposta uma bicada de leve da coruja_ Então pode ir_ diz abrindo a janela e deixando a coruja sair.


Faltavam dez minutos para as 21 horas, seus tios já estavam para chegar. Para não ter que ouvir as reclamações deles, pegou um casaco preto, colocou sua varinha no bolso de sua calça e saiu da casa de seus tios. Seguiu calmamente em direção ao local combinado com Kaoru Hayako, ainda faltavam duas horas para as 23 horas, mas Harry não tinha mais nada a fazer a não ser esperar.


Agora que o moreno queria que o tempo passasse, ele parecia ter congelado, pois olhava varias vezes para o relógio e este teimava em não deixar o ponteiro das horas chegar ao onze. Faltava apenas quinze minutos quando ouviu a voz de seu primo e seus capangas indo a sua direção. Duda parecia querer se vingar pelo laxante na comida, o que não resultaria em boa coisa.


Harry se levantou e saiu rapidamente da mira de seu primo, se escondendo atrás de um arbusto. Olhou para o relógio novamente. Faltavam dez minutos. Foi quando viu seu primo apontando para onde ele estava.


_ Atrás dele!_ ordenou e então seus colegas avançaram para o arbusto onde o moreno estava escondido. Pensou em sair correndo, mas para onde iria? Decidiu então tentar enrolar até que Kaoru chegasse.


Os amigos de Duda começaram a cercá-lo, deixando-o sem chance de fuga. Seu primo entrou na roda e começou a ir em direção de Harry, queria socá-lo sem parar. Foi quando Harry teve a súbita idéia de usar magia, depois ele resolveria com o Ministério.


Retirou a varinha do bolso e apontou para o seu primo. Este ainda não estava totalmente recuperado do ataque dos dementadores no ano passado, então parou de avançar. Seus amigos, porem, não sabiam do que havia acontecido e começaram a rir de Harry.


Logo deu 23 horas e Harry pode ver um vulto olhando para ele tão intensamente que dava a impressão que sua vida estava sendo radiografada. Então lançou três estupefaças e saiu correndo em direção de Kaoru.


Assim que olhou para trás, seus atacantes não mais estavam ali.


_ Vejo que você realmente veio_ comentou Kaoru_ Vamos então.


_ Aonde vamos?_ perguntou Harry curioso.


_ Primeiro iremos buscar uma pessoa, depois iremos ao local onde vocês dois treinarão_ respondeu e antes que Harry questionasse que papo era aquele de “vocês dois”, sumiram.


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Um castelo antigo era visto de longe, já era noite e chovia fortemente, poucos se atreviam a se aventurar perto daquele lugar. O castelo era escuro, dando o aspecto mal-assombrado e curiosamente sempre havia uma neblina em volta dele.


Uma luz era vista em uma das janelas do que parecia ser o lado esquerdo do castelo, uma mulher gritava de dor, lagrimas escorriam em seu rosto. Havia mais duas pessoas no quarto, um homem, com cabelos negros, pele um pouco pálida e olhos castanhos, estava assistindo o sofrimento da mulher, segurando a mão dela para dar apoio. A outra pessoa era uma menina, parecia ter por volta de uns nove anos, possuía cabelos loiros e seus olhos eram negros, não demonstravam nenhuma emoção.


Foi ouvida uma batida na porta e então um homem apareceu, parecia ser médico já que usava roupas dessa profissão. Pediu para que os dois saíssem para que pudesse trabalhar e assim os dois fizeram. Ficaram no corredor por algum tempo até que a garota murmurou boa noite e foi para seu aposento.


O homem ficou caminhando de um lado pro outro, estava nervoso, não sabia se estava pronto para a responsabilidade que viria a se seguir. Um choro foi escutado, fazendo o homem parar em frente da porta e lentamente a abri-la.


Olhou para dentro e viu a mulher segurando dois bebes em seu colo, seu rosto tomado pela felicidade enquanto o médico a olhava sorrindo. Quando ela viu o homem dentro do aposento seu sorriso aumentou, fazendo-o sorrir também.


_ Veja querido, são seus filhos_ falou entregando um bebe de cada vez para o homem_ Eles são tão lindos_ lagrimas que antes eram de dor, agora eram de felicidade.


_ Meus filhos_ falou vendo os dois bebês que dormiam em seu colo_ Estou muito feliz meu amor_ ele se aproximou de sua esposa e a beijou carinhosamente.


_ Meus parabéns, são dois meninos e pelo o que parece estão com ótima saúde_ disse o médico_ Se me derem licença, irei me retirar agora_ falou indo em direção á porta.


_ Obrigada doutor_ agradeceu a mulher. O médico apenas assentiu e saiu do quarto, deixando o casal a sós. Depois que escutaram o doutor se distanciar, começaram a pensar em um nome para os bebês_ Qual nome daremos para eles Mark?_ perguntou a mulher para seu marido.


_ Esse aqui tem cara de Ryan_ respondeu Mark_ O que você acha desse nome Isabelle?_ disse esperando a opinião dela. Isabelle tinha cabelos castanhos e olhos azuis, transmitia uma sensação de paz quando sorria.


_ Gostei do nome_ respondeu sorrindo com o nome que seu filho seria conhecido de agora em diante_ De hoje em diante você se chamará Ryan_ o bebê pareceu gostar do nome também_ Agora vamos para o seu nome_ disse se virando para o seu outro filho_ Você será Kaien_ falou depois de algum tempo_ O que você acha?


_ Gostei também_ respondeu sorrindo_ Ryan e Kaien Rosenkreuz_ disse pegando os dois no colo, sorrindo em concordância com os nomes.


Lass acordou assustado, suava muito apesar do clima frio que havia caído na região. Levantou e foi até o banheiro, onde começou a lavar o rosto para que se acalmasse. Algo estava errado, isso ele sabia e tinha algo a ver com o sonho que teve agora pouco.


Quando tentava se lembrar do que havia sonhado, uma forte dor de cabeça aparecia de repente, mas logo ela parava. Vendo que não teria sucesso em lembrar, voltou para a cama e, novamente, adormeceu.


Só despertou novamente ao receber a claridade do relâmpago que apareceu ao céu. Já havia se acostumado com o estrondoso som que eles faziam. Lass não sabia o porquê, mas sentia uma enorme admiração pelos raios e relâmpagos, talvez fosse pelo medo que causavam ou pela destruição que proporcionavam, ele não sabia dizer.


Olhou para o relógio de parede de seu quarto, notou que já era quase meio dia. “Como posso ter dormido tanto?” pensou o rapaz intrigado,  havia muitas coisas a fazer e muita gente para se despedir, não podia perder tempo.


Tomou um banho frio e colocou uma calça preta bem velha e uma camiseta amarela, calçou seus chinelos e saiu da casa. Começou a passar nas casas para se despedir. Muitos ficaram tristes com a partida do garoto, mas mesmo assim lhe desejaram sorte. Outros ficaram bravos com ele, dizendo que ele estava fugindo de sua responsabilidade para com a vila. Sabia que eles tinham razão, mas tudo seria para que pudesse ajudá-los no futuro. Muitos choraram com a sua despedida, fazendo-o se sentir em casa. Nunca percebeu o quão querido era naquele vilarejo


Acabou recebendo um tênis branco como presente de despedida, tentou recusar, mas lhe falaram que seria uma ofensa para eles, então aceitou. Enquanto passava pelas casas ia distribuindo a comida que havia em sua casa.


Conseguia ver o agradecimento nos olhos dos moradores, o que o deixava se sentir bem. Quando chegou a sua casa já era perto das oito da noite.


Assim que adentrou em casa viu uma carta em cima da mesa. Diferente de uma carta normal, ela era negra e sua escrita era prateada. Instintivamente sabia de quem era e logo a abriu:


Venho lhe buscar a meia noite de hoje


K.H.


Lass imaginou que aquelas iniciais pertenciam ao homem estranho que viria lhe buscar. Como precaução, jogou a carta na lareira já acesa. Ficou vendo-a queimar enquanto calçava o tênis novo, agora não teria mais volta, já havia decidido o que fazer.


Cobriu os móveis com os lençóis que havia pela casa. Talvez nunca voltasse mais ali, então queria manter o local limpo. Lembrou-se de uma pequena caixa que sua mãe lhe havia deixado poucos instantes antes de falecer. Ela pediu que ele não a abrisse até que decidisse sair da vila.


Procurou pela caixa, tinha guardado-a no armário de recordações da senhora. Quando a viu, puxou-a lentamente e a depositou em cima da mesa. Abriu com cuidado e viu uma pequena corrente de prata com um pingente em uma forma estranha


 


Pingente


Aquele era o colar que sua mãe sempre usava, notou Lass. Aquela era herança que ela lhe havia deixado, o rapaz não conseguiu conter as lagrimas, então as deixou caírem livremente. Retirou o colar e colocou em seu pescoço, ficou admirando por um tempo a beleza que aquele colar transmitia.


Olhou novamente para o relógio e notou  que já eram onze e meia, foi então até o seu guarda roupas e retirou seu único casaco, era azul petróleo com detalhes braços. O casaco possuía um capuz, percebeu pela primeira vez Lass.


Colocou-o e foi para fora da cabana, ficou a observando a casa onde havia morado durante oito anos. Sentou-se na escada da frente e esperou o seu futuro mestre aparecer. Olhou para o centro do vilarejo e distinguiu dois vultos se aproximando.


Estranhou por ter uma segunda pessoa, mas nada comentou quando eles chegaram. Podia ver claramente as duas pessoas a sua frente, Seu mestre continuava igual à noite retrasada, então se concentrou no outro individuo. Parecia ter 1,77 de altura, era magro, mas não que chegasse ao exagero. Parecia praticar algum esporte, pois havia alguns músculos definidos. Seus cabelos eram negros e rebeldes, enquanto seus olhos verdes ganhavam destaque a noite. Lass poderia chutar que o garoto possuía a mesma idade que a sua, por volta de 16 anos.


_ Agora que já estão todos aqui, podemos ir_ anunciou Kaoru.


_ Antes de ir, o senhor poderia me falar o seu nome?_ perguntou Lass calmamente agora encarando Hayako.


_ Ah sim! Creio que não fomos apresentados na ultima vez que nos vimos_ desculpou-se antes de começar as apresentações_ Meu nome é Kaoru Hayako, serei seu mestre durante os próximos dias_ falava sorrindo misteriosamente_ E este aqui é Harry Potter, ele ira lhe fazer companhia durante o treinamento_ continuou agora apontando para Harry.


_ Achei que iria treinar sozinho_ comentou simplesmente dando de ombros.


_ Este, Harry, será seu parceiro durante seus treinos, Lass Strega_ fala para Harry ignorando o comentário de Lass.


Harry observava o garoto a sua frente, ele possuía a mesma altura que ele, era um pouco mais magro que si. Seus olhos eram de um intenso azul e seus cabelos eram anormalmente brancos. Mas uma coisa Harry tinha certeza, não havia gostado nenhum pouco de seu companheiro de treino. Lass pensava a mesma coisa.



Lass Strega

_ Bom vamos indo_ anunciou vendo que os dois queriam atacar um ao outro. Aquilo seria muito divertido.


Rapidamente os três desapareceram silenciosamente.


Quando sentiram novamente o solo, se encontravam em frente a uma enorme mansão, esta transmitia uma sensação assustadora, mas ao mesmo tempo aconchegante.


Kaoru então começou a guiar os dois pela entrada, do lado direito havia um enorme lago, muito maior que o de Hogwarts, pensou Harry. Do lado esquerdo havia uma floresta de terrível aparência.


_... E aqui será onde vocês aprenderão a caçar_ explicava Kaoru apontando para a floresta. Quando chegou a frente da porta da mansão, se virou para encarar seus aprendizes_ Bom bem vindos ao seu pior pesadelo_ falou sorrindo diabolicamente, causando arrepios em Lass e Harry_ Bem Vindos á Thanatos, lugar onde a morte vaga sem descanso_ assim que Kaoru anunciou o local, os dois engoliram em seco e se encararam, estavam ferrados.


    


 


  


  


 


 


 

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