''P'' da vida











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''It's too much pain, it's too much freedom, what should I do with, this, You wanna make a difference, get out and go and get it, You say you're really hurting, at least you're feeling something, It's not the way you plan it, it's how you make it happen.''

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-Eu já disse pra ir embora, potter!-gritei, assim que o escutei bater na porta pela 13° vez.


 


Ainda estava ‘’p’’ da vida pelo que ele fez ontem, principalmente o beijo. Quem já se viu, ir beijando a pessoa assim logo de cara. Eu nem conheço direito esse maluco ai. Sem falar que ele é um tarado.


 


*flashbackon*


 


Caramba, onde foi que a minha boca foi se meter, hein? Devo ter chegado ao céu e não sei, que delicia. Ele é um idiota tarado que não tem o que fazer, a não ser me matar do coração. Quem ele pensa que é? O Chace Crawford, pra ir me beijando desse jeito? O Ian Somerhalder, pra me pegar pela cintura e não largar mais de mim?


 


Com a pequena força que ainda me restava, o empurrei pra a parede oposta. Ainda ofegando, lhe dei uma tapa na cara, e marchei direto para o meu quarto. Mas ele se pôs no caminho novamente, me fazendo recuar para não correr o risco de ser beijada de novo.


 


-O que você tem na cabeça, Potter? Fumou alguma coisa na rua? -reclamei extremamente aborrecida.


 


-Quer parar pra me ouvir, por favor?


 


-Não, eu não vou ouvi mais ‘’PN’’ do que você tem pra me dizer. O que você fez já foi o suficiente pra eu ficar sem falar com você por um mês. -lancei meu olhar ameaçador e completei. -Retire-se da frente do meu quarto, agora.


 


Ele se afastou da porta. -Daqui a um mês, é quando eu vou embora, ruivinha. -ele riu.


 


-É, por isso mesmo. -murmurei, fechando a porta.


 


*flashbackoff*


 


-Lily, pelo menos abra a porta. Não precisa me deixar entrar, apenas abra a porta. -pediu, batendo pela... Ah, já perdi as contas.


 


Respirei fundo e andei ate a porta, abrindo a contragosto.


 


-Fala logo.


 


-Ainda esta brava comigo, por desaparecer daquele jeito, ontem?-perguntou, serio.


 


-Você esta a meia hora ai fora, pedindo pra eu abrir, pra me perguntar isso?-o olhei cética. -Jura?


 


-E o que você...


 


-Não ta esquecendo de mais nada?-ele franziu a testa, fingindo tentar se lembrar.logo apos, abriu um sorriso torto.


 


-Você espera que eu vá falar algo sobre o beijo de ontem.


 


-Você ainda...


 


-Não, não. Não foi uma pergunta. -ele riu.


 


Deixei a boca entreaberta e arqueei uma sobrancelha.


 


-É só isso?


 


-Vai me dizer que não gostou do beijo?


 


Bufei. -Vá a merda, Potter.


 


Bati a porta na sua cara.


 


Garotinho convencido e metido a gostoso, esse. Deitei-me na cama e peguei o livro da lene na mesinha. Droga, na correria tinha levado pra casa. Bem, ele esta mais seguro comigo. Tomara que eu não caia na tentação de ler e ficar viciada que nem a lene. E era bom a minha mãe não inventar algum programa estúpido pra mim e pro potter, porque eu não ia sair de casa de jeito nenhum, hoje.


 


-Lily. -falando nela, apareceu.


 


Me levantei com preguiça da cama e rastejei ate a porta novamente.


 


-Eu vou sair com o seu pai e os dele, você fica ai com o James. A Jenna esta lá em baixo, caso vocês precisem de alguma coisa.


 


A fuzilei com os olhos. -O Potter pode muito bem se cuidar sozinho, hoje eu quero paz. E a não ser que a lene ou o sirius me chame, eu não saio de casa.


 


Minha mãe suspirou, revirando os olhos. -Ta bem, Lily, como quiser.


 


Fiquei uns segundos olhando ela sair pelo corredor.


 


-Hummm, Sirius e Lene, você nunca me apresentou eles. -disse o Potter, parado na porta de seu quarto, assim que ela desapareceu de vista.


 


-E se Deus quiser, nunca vou apresentar. -resmunguei.


 


-Ah Lily, qual é. Esta fazendo um belo dia lá fora, por que agente não sai um pouquinho, da uma volta por ai, tomar um sorvete...


 


-Pra você desaparecer outra vez? Não, obrigada. -interrompi.


 


-Não vou fazer isso, prometo. E além do mais, amanhã ou qualquer outro dia sua mãe vai pedir/obrigar a você sair comigo pra algum canto mesmo. -analisei a situação por um momento. Por mais que eu quisesse não sair mais com ele, minha mãe iria me obrigar de qualquer jeito, é. Mas eu ainda estava com raiva pelo beijo.


 


-É, você tem razão. -disse por fim. Ele sorriu. -EU vou sair.


 


Voltei ao meu quarto e pequei uma pequena bolsa. Coloquei uma muda de roupa dentro, e alguns objetos de higiene. Ele me observou da porta do quarto.


 


-O que esta fazendo? -aquele sorrisinho besta tinha sumido da sua cara.


 


-Você não disse pra eu sair, ué. Estou saindo. -disse, passando pelo corredor e indo em direção as escadas.


 


Ele me seguiu ate o hall.


 


-Ah e, se a minha mãe perguntar aonde eu fui, diz pra ela que eu fui dormir na casa da lene.


 


Ele ficou com uma cara de bunda, enquanto eu saia pela porta e entrava na garagem.


 


Era bem feito, sabia. Ele esperava que eu o levasse pra dar um passeio, ou pra conhecer meus amigos e tals. Ate parece. Entrei no carro, ainda rindo daquela situação. Não liguem, eu riu de tudo mesmo, é. Coloquei just the way you are, de Bruno Mars, e sai com o carro, observando a paisagem.


 


                                                                   X


 


Havia tocado a campainha diversas vezes e não obtive resposta alguma. Peguei meu celular e disquei o numero. Demorou um pouco ate que uma voz respondeu do outro lado:


 


-Lily?


 


-Ô Marleneee, onde diabos você esta? -reclamei, fazendo bico.


 


-Na casa da minha avó. -ela riu. -Por quê?


 


-Eu estou a horas tocando sua campainha e você não atende. -bufei. -Você nem me avisou que ia sair, droga.


 


- Aah Lily, foi mals. Minha mãe me arrastou de ultima hora. Mas você também, né, podia ter ligado antes.


 


-Obrigada pelo aviso, Lene. -resmunguei, desligando a chamada.


 


Acabei por não perguntar do Sirius. Mas ele deveria esta em algum lugar pela cidade. Eu fiquei ali, fitando a casa, com cara de pateta. E agora, eu ia voltar pra casa e dizer: ‘’oi potter, a lene não estava em casa. Então já era, vou ficar aqui’’? Não mesmo, hein. Já estava anoitecendo e... Eu ia ter que voltar pra akele inferno que tava minha casa. Quantas horas eu tinha perdido nisso? Uma e meia? É, por ai. E olha que beleza, começou a chover.


 


Liguei o carro para sair logo dali. A droga do teto solar não quer voltar ao normal e eu to me molhando toda agora. Girei a chave novamente, mas o carro não dava resposta.


Ótimo, agora eu ficaria presa aqui, e ainda por cima ensopada. Se conseguisse chegar em casa, algo que seria meio difícil (a não ser que algum taxista tivesse pena de mim), porque eu não tinha trazido dinheiro para o táxi. E quando finalmente chagasse lá, iria agüentar os comentários do potter em como eu tinha sido precipitada e irresponsável por não ter ligado ou algo do tipo.


 


                                                                       X


 


Não sei quanto tempo se passou, nem se eu dormir. Agora eu apenas fitava o céu nublado e deixava a chuva escorrer pelo meu rosto, me fazendo pensar em certas coisas.


 


Ouvi o som de uma buzina.


 


-Lilian. -uma voz me tirou dos devaneios.


 


Virei a cabeça para o lado, ainda meio lerda. O Potter estava sentando no banco do motorista, em um carro preto de vidros fumês.


 


-O que diabos...


 


-Vai entrar ou vai ficar ensopada ai?-ele arqueou uma sobrancelha.


 


-Como sabia que eu estava aqui?-franzi as sobrancelhas, tentando me lembrar se alguma vez já tinha dito o endereço da Lene.


 


-Hum, é pra isso que servem os GPS. -ele apontou a telinha ao lado da direção. -ah e, a Jenna também, claro. Ela ajudou na maior parte.


 


Ainda estava o fitando, surpresa. Das coisas que um dia poderiam acontecer, esta eu não tinha cogitado a possibilidade de incluir na minha lista.


 


-Você vai entrar ou não?-ele insistiu. -não acredito que vim aqui pra nada. -fez teatro.


 


-Entrar com você ai? Eu nem sei de quem é esse carro, pra começar. -pestanejei.


 


-É meu, ta legal. Minha mãe me deu de presente, acabou de chegar da Inglaterra.


 


O encarei, hesitante. Ele tinha vindo aqui só pra me tirar da chuva? Peguei minha bolsa, tranquei o meu carro e caminhei ate ele, entrando no dele.


 


-Como sabia que eu não ia conseguir sair de lá. -questionei, assim que ele deu a partida.


 


Ele deu de ombros. -Não sabia. Mas você saiu tão apressada que, eu pensei que precisaria de alguma ajuda. E eu estava certo.


 


-Eu só... Só queria sair de casa por uma noite. -suspirei, deitando a cabeça no vidro. -Fazer um programa com os amigos.


 


-Entendi. -ele sorriu, mas seu sorriso não chegava ate os olhos, como de costume.


 


Ele deve estar pensando que era por causa dele. E bem, na verdade era.


 


-Que fome. -comentei.


 


-Podemos parar na McDonald’s, se quiser.


 


Balancei a cabeça. -Eu quero ir pra casa, quero me secar e colocar roupas limpas.


 


Ele assentiu.


 


O resto do caminho foi feito em silencio. Nenhum dos dois tinha mais nada pra falar e, paradoxalmente, ele não fez piadinha sobre o caso. Em pouco tempo chegamos em casa, eu fui direto para o meu quarto, tirar toda aquela roupa.


 


Estava terminando de colocar uma blusinha, quando sai do banheiro e percebi a presença dele em meu quarto. :O, estava com aquele maldito livro na mão!


 


-Interessante. -ele comentou rindo.


 


-O que diabos esta fazendo com isso? -tomei o livro de suas mãos.


 


-Folheando enquanto você não chegava, ué. Só não sabia que lia esse tipo de coisa. -sorriu maroto.


 


-E não leio. Esse livro é da lene, ela ganhou de presente. -apresei-me em responder. -mas eu não gostei dele, vou dar a alguém que queira.


 


-Eu só fiz um comentário, não precisa me contar todos os detalhes. -riu novamente.


 


-Porque esta sendo legal comigo? -perguntei, enquanto guardava o livro numa gaveta.


 


-Estou agindo normalmente. Você é que esta diferente. -ele respondeu.


 


-Como acha que eu deveria ficar, depois que me beijou do nada?


 


-Feliz.


 


Bufei. -Porque é sempre tão convencido?


 


-Não sou convencido, Lily. É a verdade. -Sorriu.


 


-Pra mim só existe uma verdade. -murmurei, saindo para o corredor.


 


Desci as escadas e fui à cozinha, preparar uma boa pipoca pra assistir a algum filme na TV. O celular vibrou, mensagem da lene.


 


Onde você esta?


 


Em casa, ora essa.


 


Encontrei com o Sirius no shopping, estamos pensando em pegar um cineminha. Você não vem?


 


Acho que vou ficar em casa mesmo. O carro quebrou, esta chovendo e, eu to com preguiça de sair novamente.


 


Tudo bem, nos falamos amanhã então.


 


As pipocas ainda estavam fazendo ploc ploc no micro-ondas. Me encostei na bancada, esperando o resto ficar pronto. Olhei pela janela, a chuva tinha aumentado. Minha mãe não havia voltado ainda, estranho. Na verdade, tinham acontecido coisas estranhas em Roma. Como por exemplo, chover desse jeito.


 


‘’Piiiiii’’. O micro-ondas disparou e eu tirei o pacotinho de dentro dele. Estiquei-me no sofá e zapeei com o controle. Optei por Nárnia, o filme menos ruinzinho de todos os canais. A vontade de sumir era a maior possível, pena que eu não tinha pra onde ir. Se bem que... Olhar o gostoso do Pedro Pevensie lutar contra aquelas criaturas nojentas, não é nada mal. A Lene vive dizendo que queria ser a Suzana, pra agarrar ele e não soltar. Já disse a ela que é loucura, já que eles são irmãos. Mas ela é do tipo de pessoa que acha que eles não deviam ser irmãos, deviam se pegar porque combinam e...


 


-Sinceramente, o que vocês garotas, veem nesse besteirol todo? Ninguém pega ninguém ai, é tão sem graça. –disse James, pegando um pouco da minha pipoca e sentando na minha frente.


 


-Já te disse que além de convencido, você é inconveniente?


 


-No bom sentido, claro. – ele se espreguiçou.


 


-Além do que, não posso fazer nada se você é daqueles que precisam ver cenas quentes fazer a análise de um filme.


 


-Okay, sabe-tudo. Eu estava apenas brincando, mas não foi pra isso que vim aqui.


 


‘’Puft’’ o satanás desligou a TV. Já disse que deu uma enorme e súbita vontade de pegar o facão na cozinha e arrancar seu pinto fora? Bem, esta dito. Caracas, estava no final, na melhor parte!


 


- Te dou um minuto para arranjar uma boa desculpa antes que eu pegue o facão. –ameacei, apertando os olhos.


 


- Eu pensei em um pouco de diversão na cozinha... – deu de ombros.


 


-O que você esta aprontando, Potter? – marchei para em sua direção.


 


-Nada ainda, mas podíamos fazer algo gostoso. –olhou sugestivo.


 


Eu abri a boca, pasma. –tarado!- bati em seu braço.


 


- Eu falei em cozinhar, sua maldosa. –observei sua expressão. O pior é que ele dizia a verdade, e eu quase morri de vergonha.


 


-Algo em mente? –mexi no cabelo, ainda meio desconcertada.


 


Ele apenas riu, me puxando pelo braço e correndo ate a cozinha.


 


Comecei a vasculhar os armários entupidos (sempre ficavam assim quando tínhamos visitas. Ta ai o lado bom) em busca de ingredientes. Brigadeiro seria rápido demais e eu estava afim de me ocupar com alguma coisa.


 


-Bolo? –perguntei.


 


Ele não respondeu. Apenas separou os ingredientes perto de mim e começou a despejar numa vasilha.


 


-Se continuar assim, isso vai sair pior que comida de cachorro. –eu ri, indo ate ele e pegando uma colher para tentar concertar o que podia.


 


James empurrou minha colher com a sua, antes mesmo de chegar ate a futura mistura.


 


- Eu sei o que estou fazendo. –ele sorriu.


 


- Okaay. –Levantei as mãos. -E eu vou ficar olhando para sua cara, enquanto isso?


 


-Eu sei que é o que quer, mas... Não se souber fazer cobertura. - disse me jogando um pacote de chocolate em pó. Só olhando pra minha cara quando este explodiu em minha mão e eu bufei, limpando minha cara. Isto, enquanto ele ria, claro.


 


Despejei o conteúdo do saquinho em uma panela, a contra gosto. Acendi o fogo e comecei a mexer, cantando a musica Hello cold world de Paramore, no pensamento. Percebi o Potter procurando por algo, e foi ai que reparei na a manteiga ao meu lado. Aparentemente não havia visto quando catou os ingredientes. Me passou uma ideia infantil pela cabeça, mas eu balancei com veemência e afastei o pensamento.


 


Obviamente que dava vontade de passar aquilo em sua cara, mas achei que não valia a pena. Com certeza começaríamos uma guerra de comida e ninguém ia querer limpar depois, sem falar que eu não pretendo passar a maior parte do dia ao lado dele. O chão estava uma melecada só, de modo que eu tive que andar cautelosamente, quando ele me pediu para passar a manteiga. Deixei a panela com cuidado, borbulhando o chocolate, e segui.


 


Não sei o exato momento, mas meus pés deslizaram ao chegar ao seu lado e eu caí por cima dele.


Sua mão estava melecada de ovo e me fez desequilibrar mais ainda, quando me pegou pelo pulso. Nossos olhos se encontraram e ficamos parados ali por um tempo. O único som perceptível era o de nossas respirações. Ele, certamente, achava que estava rolando um clima e que íamos nos beijar, como naqueles filmes românticos e melosos. Diferente da primeira vez em que me agarrou a força, ele foi chegando devagar... E foi ai que passei o meu dedo, propositalmente melado de manteiga, em sua nuca.


 


Ele recuou com o toque gelado. Eu apenas ri, como uma criança após fazer travessura.


 


- Não achei que fosse tão calculista, Evans. – arqueou uma sobrancelha.


 


-Isso prova que você não sabe nada sobre mim. – cantarolei, voltando a panela.


 


- Sei que gosta de uma boa guerra de comida. – ia responder que era inútil adivinhar, mas...


 


O desgraçado acertou farinha no meu cabelo. Conseguiu o que queria: começar uma guerra.


 


-Depois que acabarmos com isso, você vai passar horas no banho. – atirei-lhe um ovo.


 


Este, acertou em cheio seu peito, fazendo ele arregalar os olhos. Tínhamos voltado ao jardim da infância, meu Deus.


 


-Okay Sta. Euamotentarirritaropotter, já chega. – ele disse, se rendendo.


 


-Nunca achei que diria isso. – escondi um tomate atrás das costas, em via das dúvidas.


 


Ele virou de costas e se concentrou na forma que estava untando. Eu continuei a mexer a panela, olhando furtivamente pelo canto dos olhos. Não me lembrava de como era bom fazer essa sujeira toda.


 


-a cobertura já esta pro... – fui atingida por um punhado de mistura para bolo na cara, assim que me virei.


 


-Só estava dando o troco. Agora estamos quites.


 


-Não sabia que era vingativo. – comentei, enquanto limpava o rosto.


 


-Não não, só se eu ameaçasse jogar essa tigela...  – James foi se aproximando devagar, com a tal tigela. Tinha aquele sorriso torto na face, seus olhos brilhavam de entusiasmo.


 


Tentei alcançar o meu tomate, sem sucesso. Escorregou de minhas mãos e foi parar no fundo do balcão às minhas costas. Quando dei por mim, ele já estava inclinando o liquido sobre minha cabeça.


 


-Você não teria coragem... – Tentei parecer confiante, mas minha voz falhou de medo.


 


-Não se preocupe, ainda resta o suficiente para fazermos o bolo. – Disse. E então... Hesitou.


-Sabia que desistiria. – Falei cedo demais.


 


Em um rápido movimento ele virou toda a mistura por cima de mim.


 


- Te odeio, Potter. - Minha reação instantânea foi estourar-lhe o tomate na cara, que sabe lá Deus como eu alcancei, e limpar minhas mãos em seus cabelos.


 


Surpreso, ele abaixou a cabeça e começou a limpar o rosto. Nós começamos a rir.


 


Ele encostou sua testa em meu ombro esquerdo, tentando controlar a crise de risos ao ver o estado em que deixamos a cozinha. Eu não percebi isso de inicio, estava preocupada demais tentando entender como foi que aquilo tudo começou. Como deixamos as brigas de lado e nos tratamos feito amigos de infância que não tem o que fazer? Como foi que ficamos tão... Próximos?


 


Paramos de gargalhar quando notamos a distância mínima entre nós.


 


-Então... Eu vou tomar um banho enquanto o bolo fica pronto. – Quebrei o silencio dando um empurrãozinho nele, me afastei e fui em direção a porta.


 


-Boa ideia, acho que estamos fedendo mais que macacos. – ele comentou sorrindo.


 


Soltei um ultimo riso e sai dali.


 


                                                                    X


 


A hora parecia não importar pra mim. Estava há tanto tempo ali naquele chuveiro pensando, que parecia uma eternidade. Deu um pouco de trabalho para limpar toda aquela sujeira, mas não era esse o motivo da minha demora. Tinha cometido um erro hoje. Deixei que aquele cachorro se aproximasse muito de mim e quase me beijasse novamente. Ele acha que só porque fiz guerra de comida que eu mudei minha opinião sobre ele? Há, nunca.


 


Abri a porta do meu quarto, já vestida, e um perfume invadiu meu nariz, tomando conta do meu pulmão. Eu não sabia descrever que cheiro era aquele mas, a medida que eu avançava pelas escadas, ele ia ficando mais forte. Fui seguindo a fragrância ate que... Encontrei o Potter sentado no sofá, com uma fatia de bolo enorme me esperando.


 


-Tem certeza de que isto é comível? – Perguntei assim que ele estendeu o prato para mim. Ele não respondeu, apenas apertou o play e o gostoso do Pedro Pevensie reapareceu na televisão.


 


- Receita antiga da família. – ele maneou a cabeça rindo, quando viu minha cara de surpresa ao comer aquilo e ver que realmente tinha dado mais do que certo.


 


Começamos a assistir o final do filme e debater sobre falhas nas histórias, filmes preferidos, trilhas sonoras... Ate que eu peguei no sono ali ao seu lado. As últimas coisas que senti foram braços fortes me erguendo e me carregando para um lugar macio.


 


-Durma bem. – foi a ultima coisa que escutei, seguida de um beijo na testa.



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N/a:
Amoreeeeeeeeeeeees, depois de um ano eu volteeeei! Siiiim, e pra ficar. Pelo menos por esse mês. Pois é, eu não tive férias em Dezembro. Ai como o ano letivo ja começa em Fevereiro... É, triste fim o meu. Mas que saudade eu tava daqui *_*. Eu pretendo me matar de estudar esse ano pra ficar de férias em Outubro e compensar o ano passado. Então... Assim que acabar Janeiro, não esperem posts até Julho. Sorry :(. Maaaas, é isso. Espero que meus queridos leitores voltem e comente o que acharam desse cap que eu me divertir muito fazendo (eu fiz ele maiorzinho pra compensar. E também porque tava inspirada, claro, kkkkkkkkkkkk).

PS: Oaí, gostaram da minha nova ideia pros caps? Pois é, um gif lindo da Hay nesse.

I hope you enjoy,

Beeeeijão ;*


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