Sirius ??
Durante alguns segundos Remo e Black ficaram se encarando, até que Remo tomou coragem para falar:
- O-o que você está fazendo aqui ? Você não tinha nada que ter vindo até aqui se alguém te ver vai meter eu e as crianças em confusão. – disse ele nervoso.
- Calma Remo, tomei cuidado para ninguém me ver. E vim aqui apenas para ver meus filhos e lhe agradecer por ter cuidado deles. – falou Black
- Eles não estão, Drycka está estudando e Douglas foi para Londres.
- Estudando ? Como assim estudando? Achei que Hogwarts já estivesse de férias. – disse Sirius confuso.
- E está, mas Drycka não estuda lá, ela ganhou uma bolsa para estudar em Harvard. –explicou ele. –Agora é melhor você ir, Sirius.
- Não, eu vou esperá-los, Remo. Se você não me quer e não acredita em mim eu não posso fazer nada, mas faz 12 anos que eu não vejo meus filhos. –disse Black já se alterando.
- Eu não quero você ? Eu não acredito em você? Ora, mas é claro eu não te quero em minha casa, você traiu James e Lilian, matou o Peter e mais 12 trouxas e ainda quer que eu acredite em você? Ah, faça-me o favor, Sirius.
- Eu não matei ninguém, nem trai James e Lily. Eu vou provar minha inocência você vai ver. Remo, eu te amava, eu...eu ainda te amo, não suporto viver sem você. – Sirius já estava quase chorando, não podia perder Remo, ele, seus filhos e Harry eram tudo para ele.
- Eu também te amava, Sirius. Mas o que você fez não tem perdão. – uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
Sirius se aproximou dele e secou a lágrima que descia pelo seu rosto com o polegar e o puxou para um abraço, não podia suportar Remo tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Remo mesmo relutante cedeu ao abraço, ele ainda amava Sirius, ele foi e ainda é seu único e grande amor. Ficaram um tempo abraçados se lembrando dos momentos que passaram juntos, até que Remo lhe deu um leve empurrão em seu peito.
-É melhor você ir agora.
- Mas...- protestou Sirius.
- Não, vá, é melhor assim, por favor, Sirius vá e me deixe em paz. – disse Remo, mesmo ele querendo o contrario do que estava dizendo.
- Poxa, Moony, eu quero ver meus filhos e quero ficar com você. – Sirius continuou protestando mas Remo continuava firme em sua decisão.
- VOCÊ NÃO PODE ME IMPEDIR DE VER MEUS FILHOS.
- Não grite! E eu não estou impedindo, mas como você viu eles não estão aqui.
- Então eu espero. Não tenho pressa.
- Essa casa é minha e eu quero que você vá embora. – dizer aquilo o estava corroendo por dentro, mas era necessário.
- Esta bem, eu vou. Não quero brigar com você. – dizendo isso Sirius deu um passo a frente para beijá-lo, Remo percebendo sua intenção se afastou fazendo o avanço de Sirius em vão.
- Tá, estou indo. – Sirius se virou indo em direção a porta e então se transformou em um enorme cão preto, chegando a porta olhou para trás, dando uma última olhada em Remo e saiu correndo pela floresta que ficava a alguns metros da casa.
Remo ficou parado onde estava, a visita de Sirius tinha o afetado profundamente.
Depois de uma semana daquele episódio, Harry havia saído da casa dos tios e agora estava no Caldeirão Furado ele tinha combinado com Drycka e Douglas deles passarem o resto das férias com ele no bar-hospedagem.
Naquela manhã Harry tinha acordado cedo para encontrar os amigos na Forean Fortescue, como o combinado. Ele estava sentado em uma mesa quando Douglas chegou com uma mochila nas costas.
- E ai, cara. Tudo bem?
- Oi, Doug. Tudo sim. Cadê a Dryh ? – perguntou ele olhando por cima do ombro do amigo.
- Tá em casa, ela queria falar com Remo e pegar alguma coisa antes de vir. – explicou Douglas
- Hum, to com saudade dela. – disse Harry com uma expressão meio triste.
- Oi , papai
- Oi, Dryh. Pensei que você tivesse ido ficar com Harry. –disse Remo se levantando do sofá.
- Não, eu vou mais tarde.
- Hum, bom eu vou sair tenho que comprar algumas coisas antes das aulas começarem.- disse Remo pegando sua carteira que estava em cima da mesa e se dirigindo até a porta.
- Tá, tchau, Remo. Te vejo semana que vem.
Drycka foi até seu quarto para pegar algumas coisas para passar as férias com Harry. Depois de tudo arrumado foi para a cozinha, estava morrendo de fome, quando se sentou à mesa ouviu alguém falar com ela.
- Oi, Drycka. – era uma voz masculina que ela achava nunca ter ouvido antes. Então, virou-se rapidamente para ver quem falava com ela e levou um choque. Ficou de boca aberta olhando para o homem na sua frente.
- Pa-pai? – gaguejou ela.
- Sim, seu eu minha filha. – respondeu ele sorridente
Drycka se jogou nos braços do homem em sua frente, chorando. Era seu pai, ela sempre sonhara com aquele momento, com o dia que conheceria seu pai.
- Senti tanto a sua falta, querida, você nem imagina o quanto. – afastou-se dela para poder ver o seu rosto
- Eu também senti a sua falta, sempre quis conhecer você. – agora ela já tinha parado de chorar e estava sorrindo.
- Onde está seu irmão?
- Tá com o Harry, no Beco Diagonal, eu estava indo para lá agora. – disse Drycka
- Hum, eu estou atrapalhando você? Quer que eu vá embora? – perguntou ele ansioso, não queria ir embora.
- NÃO! Quero dizer, não precisa, depois eu vou ou amanhã, sei lá, não importa, quero ficar com você. – falou essa última bem baixinho.
Sirius sorriu.
- Eu tive aqui semana passada, vocês não estavam. Falei só com Remo.- disse Sirius.
- Mas ele não me disse nada de você ter vindo aqui. – falou ela confusa.
- Ele não diria.
- Porque não?
- Ele não queria que eu visse vocês, acho. Disse que se alguém me visse aqui colocaria vocês em problemas. Mas ele tem razão, tenho que ser cuidadoso e não deixar ninguém me ver seria muito arriscado.
- Eu não acredito que ele disse isso, vou conversar com ele quando chegar. E ora, quem iria ver você? A final nós moramos no meio do mato, não é mesmo? – Dryh estava indignada com a reação de Remo.
- Os aurores podem estar vigiando a casa. Bom, mas isso não importa agora.- Drycka sorriu
- Hum, Remo falou que foi sua a culpa os Potter terem morrido. – Sirius ficou sério ao ouvir aquilo.
- Bom...é ele tem razão, foi minha culpa. – Drycka ficou chocada com o que ele disse não podia acreditar ela sempre havia o defendido.
Sirius ao ver a reação dela foi logo explicando:
- Não é isso que você está imaginando, eu não os trai.
- O que? Como assim? Você acabou de disser que a culpa foi sua. – estava confusa.
- A culpa sim foi minha, mas não porque eu os trai e sim porque confiei na pessoa errada.-explicou Sirius.
- Como assim, confiou na pessoa errada?
- Peter Pettigrew. Era pra mim ser o fiel do segredo deles, mas achei que Voldemort nunca desconfiaria de Peter e sim de mim. Eu errei, fiz James confiar o segredo a ele não a mim e acabei os condenando a morte. – Sirius baixou a cabeça, estava muito envergonhado de tudo que tinha feito.- Quando descobri que eles tinham morrido fiquei transtornado, deixei você e Douglas com Remo e fui atrás de Pettigrew, o segui até uma rua trouxa quando consegui o encurralar ele explodiu a rua matando todos aqueles trouxas, quando os aurores chegaram ele cortou o próprio dedo para em incriminar e fugiu transformando-se em um rato. A única coisa que eles viram foi um homem rindo feito louco com a varinha na mão, uma rua completamente destruído e cheia de corpos no chão e um dedo.- ele levantou a cabeça para encará-la.
- Você não teve culpa, papai. Só achou que estava fazendo a coisa certa para protegê-los.
- É mas no final deu tudo errado, eles morreram e eu passei 12 anos em Azkaban.
- Mas agora você está livre, não é mesmo? – falou tentando animá-lo
- Não exatamente, só estarei livre quando pegar Pettigrew e provar minha inocência. Foi para isso que eu fugi, para cometer o crime pelo qual eu fui preso.- Dryh iu um brilho estranho passar por seus olhos.
- Vo-você não pode fazer isso! Se o fizer, nunca mais sai de Azkaban. – ela não queria ficar sem ele de novo.
- Não vamos tocar nesse assunto. – Sirius não queria contrariá-la
- Tá, mas como você fugiu de lá? – ela estava curiosa para saber aquilo, ninguém nunca havia conseguido sem uma ajuda de fora.
- Eu sou animago, e os dementadores não sentem a presença dos animais como a dos humanos. Eu não sei exatamente como mas, quando um dos guardas foi levar a comida eu sai pela porta que tina ficado aberta, vim nadando até o continente em forma de cão. – explicou ele.
- Você é animago? Mas como o Ministério não sabe disso? Você não tem nenhum registro lá. – quando ela havia se transformado em animaga escondido ela deu uma olhada em todos os animagos registrados na Europa e o nome de seu pai nem de Pettigrew estavam lá.
- Me transformei em animago ilegalmente, junto com James e Peter para acompanhar Remo em suas transformações.
- Hum, legal. Que animal o pai do Harry era? – perguntou Drycka curiosa como sempre.
- Um veado. – disse Sirius com um sorriso debochado no rosto. Dryh riu também.
Eles ficaram em silencio por um tempo.
- Porque você não quis estudar em Hogwarts? – ele estava louco para perguntar aquilo.
- Harvart é melhor que Hogwarts, sabe. Lá tem o Conmerlyo Kenderix, um dos melhores treinador de Defesa Contra a Arte das Trevas do Mundo. E em Harvart eu pode começar a estudar com 10 anos, só precisei fazer um teste de conhecimentos, só os melhores entram lá.
- Mas Hogwarts também é uma boa escola. - disse ele.
- Eu sei que é, nunca disse o contrario, mas eu prefiro Harvart. Eu posso fazer aulas avanças de todas as matérias lá. Conmerlyo me dá aulas particulares de DCAT. – explicou Drycka, não tinha ninguém que a fizesse mudar de idéia quanto a Harvart.
- Bom, você quem sabe. Mas como você faz para ir até lá todos os dias? Não tem como usar pó de Flú para ir tão longe assim.
- Conmerlyo é amigo do Diretor de Harvart e de Dumbledore, eles fizeram meio que uma chave de portal para mim, só que essa é diferente das comuns, você pode usar quantas vezes quiser para ir onde quiser, só não dá para ir onde tem proteção é claro.
- Legal, nunca tinha ouvido falar disso. O Ministério sabe da existência dessa chave de portal? – perguntou Sirius se lembrando que eram uma encrenca conseguir sair do país com um chave de portal.
- Não, é claro que não, se soubesse nunca me deixariam usar. Isso é uma invenção de Dumbledore e Conmerlyo.
- Está ficando tarde.- disse o pai da menina olhando pela janela. – Já vai ficar noite.
- Droga, disse pro Harry e Doug que chegaria lá antes de anoitecer. – falou ela também olhando a janela.
- Então vá logo. É perigoso andar essa hora na rua.
- Mas eu queria ficar com você. – disse fazendo beicinho.
- Eu também queria, mas se você combinou com eles é melhor ir, eles podem ficar preocupados. – disse levantando-se da cadeira onde estava sentado. Drycka também se levantou e abraçou seu pai.
- Eu te amo, papai.
- Eu também, minha filha. – disse soltando-se delicadamente dela. – Dryh não fala nada de mim para o Harry, ok? Ele não sabe a verdade e nem que eu sou seu pai e de Douglas ou sabe?
- Não, nós nunca contamos. Remo sempre disse para nós não falar.
- Então deixe assim, eu mesmo quero explicar tudo a ele. Só fale para seu irmão que eu estive aqui, a mais ninguém.
- Tá, pode deixar, não irei contar a ninguém. – deu mais um abraço em Sirius e se dirigiu a porta.
- Dryh ! – chamou Sirius. – Diga a seu irmão que eu amo ele. – ela concordou com a cabeça.
- Papai, nós iremos nos ver de novo, você não vai sumir, né? – perguntou ela receosa.
- É claro que vamos. Mas primeiro eu tenho coisas a resolver.
- Tchau, pai. – disse se virando e foi embora.
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