De Mãos Dadas

Marja Meu amor ... ESSA é pra Ti ...  Felicidades ...


De Mãos Dadas 

 

                Harry dormia sereno, Hermione o olhou, estava deitada no sofá, e tinha a visao completa do rosto do amigo. Sabia como as coisas estavam sendo dificeis para ele naqueles tempos. Ouviu o pio de uma coruja ao longe e dos passos rapidos de alguns camundongos. Ela os odiava. Por isso amava tanto seu gato, Bichento os mantinham afastados. Se ajeitou entre as almofadas no velho sofá e vislumbrou ‘’ele’’ deitado ali. Suas feiçoes também eram tranquilas. E ele respirava pausadamente.

                Se virou de bruços, e esticou o braço, queria tocar a pele dele. não  um toque rápido de amigos, mas sim um toque carinhoso, comos e fosse gravar para sempre em sua lembranças a textura e a temperatura dele. sorriu. Ele estava tão mudado. Pricipalmente com ela, enfim ela o via amadurecer... e crescer, ela ainda se lembrava de quando era alguns centimetros mais alta que ele. Mas agora, ele crescera tanto em altura quanto em musculatura. Era forte e o cheiro daqueles cabelos ruivos a enlouquecia.

                Ela suspirou e intintivamente seus dedos passearam, entre os fios cor de fogo. Eram tao macios e sedosos como ela sempre imagina e sabia ser. Algumas vezes se pegara pegando nos cabelos da Gina e imaginando se os de Rony teriam a mesma delicadeza. Mas encostar nos cabelos da amiga jamais lhe dera a mesma stisfação que sentira naquele momento.

                Envolta naquela deliciosa ousadia, ela deslizou os dedos pela testa branca, e pela sombrancelha grossa e vermelhas. Sorriu terna como se fosse para ele. Fechou os olhos por um momento como se fosse guardar dentro de si aquela sensação gostosa de toca-lo. Ao abrir os olhos novamente deparou-se com os mais incrivéis olhos azuis que conhecia. Seu coração parecia ter saltado uma batida, e ela gemeu, seus lábios trêmulos. Tentou retirar a mão dele num gesto brusco, porém, ele a segurou firme.

                _Desculpa! Tinha uma moriçoca em você, ela te morderia.

                Rony sorriu, estiver acordado o tempo inteiro, sentira todos os movimentos dela, na seria capaz de dormir e deixa-la sozinha. E sabia perfeitamente que não havia nenhum inseto sobre ele.

                _Não me importo, eu gosto do seu toque.

                Houve um breve momento de silencio. E ele disse:

                _Mamãe costumava acariciar meus cabelos enquanto eu tentava dormir. E eu realmente gostava, apesar de que eram breves esses momentos, afinal éramos muitos irmãos para dividir a tenção.  - ele pensou ligeiramente, que não era do toque de uma mãe que ele precisava agora.    

                _Por isso quero ter apenas uma criança. - ela disse num impulso.

                _Menina ou menino?

                _Não pensei nisso, só pensei em dedicar apenas ao meu filho e ao meu marido... - ela ficou pálida momentaneamente – Isso se a gente sobreviver e eu me casar um dia.

                _Porque não se casaria? – le perguntou num impulso, mordeu a lingua para não soltar muitas razões para se candidatar a casar com ela, mas no momento não conseguiu dizer nenhum.

                Hermione ficou em silêncio, seu coração disparado, esperando por um elogio que não veio. Talvez ela não fosse merecedora... talvez... Estava sendo boba, ele jamais saberia dos sentimentos dela.

                _Vamos sobreviver.- ele disse de repente quebrando o silêncio.

                O silêncio que se seguiu,  foi tenso novamente.

                _O Harry sentiu a cicatriz essa tarde. Ele pensa que me engana.

                _Também percebi. Não podemos enganar uns aos outros, podemos Hermione?- ele disse e acariciou a mãos dela entre seus dedos.

                Observou os olhos castanhos que tanto estava acostumados, mas ele pareceia mais úmidos, mais quentes. Queria poder se levantar naquele momento e beija-la. Não um beijo, rápido e cheio de espectadores, como foi o de Lilá. Mas um beijo terno, casto... respeitoso.

                _Não está conseguindo dormir? Porque? - ele perguntou num sussurro a encarando nos olhos, e a viu enrubescer.

                _Estou com um pouco de medo. - ela disse num fio.

                _Pode dormir, eu seguro a sua mão. E não deixarei que nada de mal aconteça.

                Se sorriram por istantes e Hermione fechou os olhos sentindo a sensação deliciosa das mãos dele, envolta nas delas. O sono veio como encanto, e ela não pode precisar se sentira o toque úmido e sedoso dos lábios dele sbre a sua mão, ou se sonhara....

                Rony, murmurou um encanto baixo, que a fizesse dormir tranquila, e roçou seus lábios na pele dela, queria senti-la ao menos um minuto, mesmo que fosse um minuto roubado.. entre o sonhos e a realidade...

 

****

Harry acordou cedo na manhã seguinte, envolto no seu saco de dormir no chao desenhado do quarto. Um pedaço do céu era visível entre as pesadas cortinas; Era fresco, um azul claro de tinta aguada; em algum lugar entre a noite e o amanhecer, e tudo estava quieto exceto pela respiraçao lenta e profunda de Rony e Hermione. Harry olhou de relance as formas escuras que eles projetavam perto dele. Rony teve um impeto de galanteio e insistiu que Hermione dormisse sobre os travesseiros do sofa, por isso sua silhueta se erguia acima dos dois. Seu braço estava curvado sob o chao, seus dedos estavam muito proximos de Rony. Harry se perguntou se não teriam dormido de maos dadas. A ideia o fez sentir-se extremamente solitário. ( Trecho do livro Reliquias da Morte, Cap 10.)

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