Capitulo Três. O Livro.



Capitulo Três. O Livro.


Lene


Assim que eles em casa e foi aquela festa. Jantamos assistimos um filme com pipoca e refrigerante e ficamos até tarde conversando besteiras e na hora de dormir nada do sono chegar. Já se passavam das duas da manhã. Emme ouvia musica no seu mp4, Lily tava olhando pro teto com uma expressão abobada, Eu tentava ler e Dorcas mexia no notbook dela. Havíamos juntado os três colchões no chão.


 


-To sem sono. – Falei sentando.


-Eu também – Elas disseram juntas olhando pra mim.


-E o que sugerem? – Perguntou Emme.


-Invasão ao quarto masculino? - Sugeri.


 


Lily fez uma careta.


 


-Não, papai e mamãe estão em casa – Disse Emme. -Assistir outro filme


-Não. – Dissemos juntas.


-Hm, contar carneirinhos? – Perguntou Lily risonha.


 


Olhamos pra ela com expressões de medo. Idênticas. Duas loiras e uma morena com a expressão facial igual e os olhos diferentes, devem ter ficado massa, cadê a câmera? Aah desfiz minha careta.


 


-Desculpem, foi só uma sugestão – Disse Lily jogando-se deitada.


-Já sei! – Dorcas disse com o tom mais baixo – Vou contar como foi a minha primeira vez.


 


Emme e eu nos jogamos deitadas, Lily fechou os olhos.


-Já to dormindo – Disse a ruiva.


-Ta me dando um soninho... – Emme fingiu dormir.


-ROOOOOOOONC – Fingi um ronco alto.


-Ta bom, ta bom. Foi só uma sugestão – Disse ela imitando Lílian.


 


E não é que a sugestão da Lily funcionou!


Em poucos minutos eu estava caindo de sono.


 


Acordei com alguém me chutando, ah, odeio dormir do lado da Emme.


Me virei e PAM cai na piscina.


 


-SEUS MALDITOS! – Gritei saindo da piscina.


 


O tempo estava congelando e o aquecedor estava desligado.


Eles riam feito loucos, Dorcas até chorava.


 


-VÃO TUDO TOMAR NO OLHO DO...


Um corpo forte me abraçou por trás tampando minha boca.


 


-Tem crianças na área fofa – Disse Sirius.


-Foda-se. Até você Lily?


-Eu falei pra eles não fazerem isso, mas eles não me escutaram Lene...


-Ok, cadê a mamãe e o pai? – Sim eu chamo o Allan de pai


-Saíram, disseram que voltavam pro almoço – Disse Remus.


-Então, o café...?


-Cada um se vira – Disse Dorcas. –Então, meio que assim. COOOOOOOOORRE NEGADA!


E ela saiu correndo e puxando a Lily que quase caiu. Ótimo, não vai sobrar nada pra mim ‘-‘.


Alguém me pegou no colo.


-Se não correr não vai sobrar nada pra você – Disse Sirius.


-Eu posso correr sozinha.


-Eu te dou uma carona – Ele beijou minha bochecha e entrou derrapando na cozinha, me jogou em um banco de madeira da mesa de madeira e pegou dois pães só pra ele. GULOSO!


Me apressei a pegar um pão pra mim e PAM! – Pela segunda vez em menos de uma hora –


O meu pão foi roubado.


-EDGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR ME DA MEU PÃO!


-Pega outro – Ele me mostrou a língua.


 


Quando eu fui pegar meu pão. Não tinha mais pão.


AAAAAAAAAH EU VOU MORRER DE FOME!


 


-EDGAR ME DEVOLVE MEU PÃO, ACABOU E EU QUERO O MEU PÃO!


 


Lily sussurrou alguma coisa e James riu.


 


James.


A terceira guerra mundial vai começar! CABUM!


Ok, nem é pra tanto... Mas quando papai e Jane não estão em casa é sempre assim?


 


-Parecem mundiça – Ouvi a linda ruiva a minha frente falar, eu ri.


-Concordo – Sussurrei no mesmo tom que ela.


-Desculpe – Ela me respondeu ainda sussurrando. – Digo, é sua irmã e tals...


-Sem problemas, o que você falou é a pura realidade...


-TOMA SUA DESGRACENÇA! – Gritou Sirius jogando um de seus pães pra Lene. – Não vai agradecer?


-Não fez nada além de sua obrigação – Disse ela.


-Eu devia tomar o pão de você.


-Mas não vai – Rebateu Lene.


-É sempre assim? – Perguntei para Lílian, afinal os anos que eu vivi fora ela viveu com eles.


-Sim – Respondeu ela risonha – Às vezes pior.


Suspirei.


-Você se acostumou rápido?


-Eu sou muito versátil – Ela disse mais baixo.


 


Sorri.


 


-Soube que você aceitou ser batizada...


-É, e eu soube que foi você que inventou esse batismo...


Sorri mais ainda.


-E então, sempre morou aqui? Quando os conheceu?


-Não, me mudei pra cá, porque papai foi transferido, ele é delegado, e eu os conheci aos meus 14 anos, Dorcas tinha 15, Emme 12 e Lene também 14.


-Então eu já estava na Itália a um ano... Eu tinha treze e hoje tenho 17.


 


Ela abriu um lindo sorriso.


 


-Eu também.


 


 


Lily.


Depois que tomamos café, Edgar ligou o aquecedor e decidimos ir tomar um banho de piscina. Eu estava morrendo de vergonha de aparecer de biquíni na frente do James... James me lembra avelã, avelã faz minha boca começar a salivar em excesso.


 


-Não gente, eu não vou aparecer de biquíni na frente dele.


-Lily, qual é o problema? – Perguntou-me Emme.


-Eu só o conheço a dois dias e ele já me viu nas piores formas. De mini short e de pijama, agora de biquíni já é demais! Eu. Não. Vou.


 


 


Ah, cá estou eu, de biquíni verde, deitada numa espreguiçadeira branca, enquanto o céu está fechado, sem nem a sombra do sol, mas todos estavam lá, resolvi ler um livro. Dorcas também não entrou na água, ficou mexendo no notbook dela.


 


-Heey, larguem o livro e o computador e venham jogar vôlei com a gente – Ouvi Remus dizer, mas eu estava na parte mais emocionante do livro.


 


Na hora em que a mocinha morria de leucemia ‘-‘


OMG meus olhos estão lacrimejando.


OMG eu vou chorar.


“Sai correndo pela noite fria, até a estrada de terra gritei seu nome para a escuridão, cai de joelhos...”.


Senti meu livro ser tomado de minhas mãos.


OMG MEU LIVRO. Eu pude vê-lo rodando no ar, suas paginas passando rapidamente, a capa aberta e PAM um baque na água. Meu livro caíra na piscina. Eu vou morrer. Mas antes eu Mato Sirius Black!


 


-MEU LIVRO SIRIUS BLACK, EU TE MATO! MEU LIVROOOOO!


 


Pulei com tudo na piscina atrás de meu livro.


O ar começou a faltar em meus pulmões então subi para a superfície tomei ar e voltei a mergulhar, mas sabia que meus esforços eram perdidos, eu nunca iria poder descobrir o final do meu livro. Pensei em começar a chorar de raiva e dó de mim mesma e pena do mocinho que perdeu o amor da vida dele, mas eu senti alguém me puxando pela cintura.


 


-Seu livro – James me entregou o livro – Mas – Ele coçou a nuca – Acho que não vai dar pra ler mais ele...


-É, eu percebi.


-Se quiser, eu te conto o final.


-Você já o leu *-*


-Já.


-Bom, James, eu quero que faça uma coisa pra mim sim.


-Diga.


 


Me aproximei bem dele. A água tirou o cheiro de avelã que ele tinha, assim ficava bem mais fácil conversar com ele. Sussurrei algo em seu ouvido e ele riu.


 


-Claro, claro, linda ruiva.


 


Corei ‘-‘.


 


Sai da piscina e me sentei na espreguiçadeira, com o rosto entre as mãos. Não era fingimento, eu realmente estava triste.


 


-LILY! – Ouvi a voz aveludada me chamar.


 


E lá estava ele, Sirius preso entre os braços de James.


*-*


 


Corri até lá.


 


-COMO VOCÊ FEZ ISSO COMIGO? – PÁ, bati em sua cara – ERA O ULTIMO EXEMPLAR DA EDIÇÃO LIMITADA! – Pá, bati de novo – EU TAVA NO FINALZINHO E VOCÊ ESTRAGOU TUDO! – Pá! Não, eu não bati em sua cara, eu chutei sua área baixa.


 


-Uow! – Sirius colocou as mãos em seu brinquedinho e caiu de joelhos no chão. – Desculpa – Ele disse com a voz dolorida.


-Ok, mas aprenda a nunca NUNCA MAIS destruir um livro de Lily Evans.


-Aprendi já – Disse ele ainda no chão.


-Ótimo. – Sai dali pisando duro.


 


O vento soprava contra meu rosto, jogando meus cabelos para trás. Me joguei no batente da porta da cozinha. Eu estava triste pela morte da mocinha e por não saber como termina.


 


Senti mãos molhadas tamparem meus olhos.


Coloquei as mãos sobre as mãos másculas.


 


-Sirius, para com...


 


Então o vento mudou de percurso batendo em minhas costas e jogando um leve cheiro de avelã. James.


Meus olhos foram destampados e ele sentou-se ao meu lado, o espaço era pequeno e ele ficou bem colado a mim, deixando o calor da água que ainda escorria por seu corpo molhar o meu, que estava frio por causa do vento.


-Ele continuou a estudar, casou e teve três filhos é um médico conceituado que procura a cura pro Câncer – Ele falou olhando para o jardim.


-Mas eu não entendo! – Eu disse tentando me mover, mas sem sucesso, ele riu – Ele era tão apaixonado por ela tão louco por ela e casou e teve filhos – Também falei olhando para os jardins.


-Sim, mas no finzinho do livro – Me deu uma raiva, eu nunca poderia ler o finzinho do livro POR CAUSA DO SIRIUS! – Ele diz que largaria tudo, família, emprego, amigos se ela voltasse, se ela ressuscitasse, ou até mesmo, perguntasse, em sonho, se ele morreria para viver a eternidade ao lado dela, ele iria, sem pensar.


-Você seria capaz? – Olhei para ele.


-De que? – Ele olhou para mim. Em meus olhos.


 


O hálito dele veio de encontro a meu rosto. Um leve aroma de avelã. Seus olhos eram como chamas pareciam queimar os meus, davam a impressão dele ler meus pensamentos – Que não estavam muito descentes – Tentei muda-los, mas ele ali, tão perto de mim, era mais difícil. Eu sentia algo diferente, uma vontade que eu mal havia sentido antes, um desejo louco de beijá-lo.


Não que eu nunca tivesse tido desejos – Só uma vez, e não os realizei – mas aquilo, aquilo era realmente novo. Minha boca começou a salivar. Maldito avelã!


 


-De abandonar tudo – Disse depois de uns segundos – Ir contra todos, por uma pessoa, abandonar sua família por causa de alguém, você teria coragem?


-Se eu gostasse mesmo da pessoa. Sim, sem nem ao menos pensar antes.


 


Os segundos a seguir foram desconfortáveis, até porque eu tremia de frio.


 


-Lily, acho que é melhor você ir tomar um banho quente e se agasalhar. – Ele falou.


-O-olha-a s-ó quem-em fa-fa-la-a! – Acusei, ou melhor, tentei acusar já que o fato de mal poder falar com os dentes se auto-batendo tirou completamente meus créditos.


 


Ele riu.


 


-Vai tomar um banho ou cair na piscina?


-Ba-banho-o! Na-nã-o que-ro-o ver-er a ca-ra-a de – e Si-rius us!


-Vai sozinha ou prefere que eu te leve no colo, sabe, você ta tremendo muito...


ME LEVANO COLO *-* !!!


 


-So-sozinha-a – Me levantei, meus músculos estavam rígidos, me dirigi ao quarto das meninas e tomei um banho quente.


 


Demorei muito no banho, lavei bem meus cabelos, com calma.


Sai do banho enrolada numa toalha, longe do vapor quente o frio estava terrível e como eu só ando descalça dentro de casa, ao pisar no chão frio do quarto um arrepio percorreu meu corpo todo, meus dentes começaram a se bater novamente, corri para a minha mochila e peguei uma meia calça uma calça de moletom, uma blusa de manga longa e meu blusão preto. Penteei meus cabelos lenta e calmamente, ainda sentia frio, mas ia passando no que eu me movimentava.


Eu fiquei descalça, só com a meia fina e escorregadia o que não ajudava a esquentar.


Comecei a andar lentamente, com cuidado pra não escorregar e cai, mas ao ver o longo corredor a minha frente *-* Dei dois passos e uma pirueta no ar, cai de pliê e comecei a dar giros consecutivos e então meus pés saíram do chão OMG I CANT FLY *-* A sensação de vôo durou pouco tempo, logo senti minha cabeça bater em algo duro e eu comecei a ser alvo de pontapés até que alguém me bateu mais forte na cabeça e eu deixei de ser o alvo.


 


-LILY! – Ouvi uma voz doce gritar.


Aah eu queria ir até aquela voz *-* Mas fiquei com medo de ser o capeta, vai que ele ta me enganando pra poder ficar com minha alma igual na peça de “Hermanoteu na terra de Guidah”? Ouvi passos, parecia uma manada de elefantes. Eu tinha que levantar e fugir se não eu seria pisoteada e ai sim o capeta me levaria... Não! Ele não pode me levar eu sou uma moça pura correta e virgem, nunca matei, nunca respondi meu pai mal. Ok, as vezes roguei praga na minha mãe, mas ela me abandonou! E ele só leva as pessoas más, luxuriosas e filhos que responde seus pais de uma má forma.


Me levantei e dei dois passos, escorreguei e um elefante atingiu-me na cabeça. Acho que morri.


 


James.


 


Eu ia entrar pra tomar um banho e assistir a competição de patinação artística que ia passar na TV a cabo.


Então eu a vi rodando e dando piruetas pelo corredor então num pulo ela se desequilibrou – Acho eu - e bateu a cabeça no corrimão da escada e a desceu rolando ao terminar de cair ela bateu a cabeça no chão e depois o corpo.


 


-LILY! – Gritei ao ver que ela não se levantava.


Os manos devem ter ouvido porque vieram correndo, mas pararam ao ver ela se levantando vagarosamente. Ela deu dois passos e escorregou, batendo a cabeça muito forte na parede. E desmaiou.


 


FUDEU!

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