Pesadelo
Capítulo 8 – Pesadelo
Às vezes os fantasmas do seu passado voltam. Algumas vezes tentam te fazer enxergar alguma coisa que você sem querer deixou passar despercebido, e às vezes, muitas raras vezes, eles vêem pra te fazer lembrar de momentos felizes no meu caso .
Arrependimento!
Palavra que não deveria existir no dicionário. Poucas pessoas sabem qual é o real significado dessa palavra. Pra mim essa palavra simplesmente não existe. Não quero me passar por superior, de forma alguma, mas as coisas que não deram certo tento encarar como uma experiência, ou seja, uma coisa que aprendi que vai mudar todo o meu contexto. Se você não aprende com as situações da vida, definitivamente não é uma experiência. Eu aprendi, talvez de uma forma não muito legal, não podemos evitar uma coisa que está fadada a acontecer. Simples como o vento!
Vento!
Queria que o vento levasse muito dos pesos dos pensamentos e conseqüências dos meus atos, ah se isso fosse possível acontecer. O importante é que aprendi! Por isso não haverá arrependimentos. Mas a saudade! Bom essa não posso evitar.
O dia já está indo embora, vejo os traços no céu de que a lua hoje será linda e reveladora. O clima está perfeito, nem tão calor, nem tão frio, está ameno, o Sol começa a se esconder e tenho a oportunidade de contemplar o mais lindo pôr do Sol que não vejo há tempos.
Inspiro profundamente. Mas um dia se passou. Olho a minha volta. Tudo inspira serenidade. Fecho os olhos e sinto o vento soprar levemente no meu rosto. Olho de novo. N'a toca todos devem estar saboreando esse dia tão perfeito, há um silêncio. Meu coração dispara ao lembrar. Minhas lembranças agora são minhas maiores inimigas, a penseira que ganhei me ajudou a esvaziar pensamentos sem muita utilidade, coisas corriqueiras que aconteceram sem muita importância. Pensamentos que me causassem dor e tristeza, entre outros. Hoje vim aqui com lembranças que outrora foram felizes, surpreendentes, lembranças de um amor também, aquele que vou levar comigo pra sempre.
Lembranças!
Essa palavra define bem tempos de perigo, mas também de segurança. De brigas, mas também de reconciliação. De tristezas, mas também de alegrias. De ódio, mas também de amor.
Não sei se me fiz entender. Mas resumindo tudo e mais um pouco, são lembranças. Complicado, não?
Tudo se torna mais complicado quando somos pessoas complicadas que complicam tudo.
No jogo da vida, jogamos com as cartas que temos nas mãos, às vezes a sorte é nossa companheira, às vezes não. Conviver com isso é que é a chave da coisa toda.
Cada um procura um caminho que acha mais certo para a felicidade. Não sou diferente de ninguém, bruxos ou trouxas, no fundo temos todos, histórias de vida. Imagino contando sobre minha vida para os meus netinhos. Não posso deixar de sorrir, afinal tenho inúmeras histórias interessantes.
Idade de escolhas! Essa é a idade que me encontro agora.
* Flashback *
Aquele pesadelo ficou em minha mente, não parecia ser um simples pesadelo, foi algo mais. Não sei explicar, mas a mim parecia bem real. Me remexi incomodamente na cama, não conseguia voltar a dormir. Olhei o relógio: 5:30, muito cedo, todo mundo deveria estar dormindo ainda, mas eu simplesmente não conseguiria ficar nem mais um minuto deitada. Decidi me levantar e descer ao salão comunal. Olhei a janela, o sol ainda repousava. Desci bem devagar, não queria incomodar ninguém, avistei o sofá e andei até ele.
Sentei. Inspirei fundo, passei as mãos pela minha testa e rosto. Revivi o sonho, fiz força pra tentar lembrar de tudo.
Ouvi um barulho que me assustou. Olhei meio desesperada na direção do barulho e o vi.
Vestido em uma calça leve que parecia ser malha ou algo do tipo, da cintura pra cima completamente descoberto, deixando aquele lindo físico a amostra. Que visão!
Lindo! Simplesmente lindo. Olhos azuis, cabelos ruivos e o corpo trabalhado, braços fortes, barriga exercitada, parecia ter saído de um paraíso. Aí nossa! Estava perdida. Então adivinha?! Ele sorriu sem graça.
- Desculpe, pensei que todos estavam dormindo, não quis atrapalhar. – engoli seco. Estava completamente ferrada.
- Er ... não ... não – sacudi a cabeça freineticamemente. – Não ... eu só estava ... er tive um pesadelo e não conseguia dormi então decidi descer e esperar a hora passar. – Mico do século Hermione. Nossa o que foi isso!
- Ah ta! – ele sorriu, claro deveria estar me achando uma doida incoerente.
- Desculpe, eu não tive uma boa noite ... e estou um pouco confusa, meu sonho parecia tão real.
Ele andou até o sofá, se sentou do meu lado. Para minha perdição. Rony não ia me deixar ter pensamentos sensatos. Ainda mais sem camisa, esses braços fortes, esse corpo perfeitamente, anatomicamente desenhado. Uí, calor, calor. Acho que estou transpirando. Só para comprovar passei a mão pela testa.
- Me conte do seu sonho, talvez possa te ajudar. – com os olhos cheios de curiosidade ele me pediu.
Não dava pra recusar, ainda mais agora.
- Tudo bem.
- No sonho estava em um lugar que não lembro ter estado, mas vi você, Gina e Harry e mais uma mulher de cabelos louros, não reconheço esta mulher, mas aí ela gritou:
- Estupefaça!
E eu:
- Protego!
Aí você falou:
- O que você pensa que está fazendo? Estamos em maioria! Você ficou louca?!
Aí ela falou:
- Vocês é que pensam.
- Aí vi um raio prateado sair em minha direção, e me atingir em cheio. Acordei assustada e foi isso.
Rony me olhou um pouco desesperado, procurou minhas mãos e as beijou, se aproximou de mim desasofrido, me abraçou. Os braços ao redor do meu corpo, não consegui formular uma frase se quer, a respiração dele era pesada e apressada. Não estava entendendo mais nada. Mas senti.
Ele chorava.
Minha confusão foi maior ainda. Ele se afastou e as mãos trêmulas e desesperadas procuraram meu rosto. Vi a face dele molhada.
- O que ... – não deu tempo de terminar a frase.
Nossos lábios estavam unidos. De olhos fechados acompanhei os movimentos dele. Língua pedindo passagem. Movimentos lentos e ritmados, senti o estômago ficar leve, nem percebi mais minhas mãos procurarem o pescoço e as costas dele. Foi tudo simplesmente mágico.
Quando nos separamos ele me olhava profundamente, eu ainda tonta pelo efeito do beijo dele, procurei as palavras.
- Eu ... eu ... como ... eu ... – péssimo não fui capaz de formular uma frase.
- Eu te amo. – ouvi ele dizer.
Paralisei da cabeça aos pés.
- A gente ... eu ... nós não deveríamos ... – senti os lábios dele silenciarem minha frase.
- Não diga nada, por favor, eu esperei isso por tanto tempo, que agora não consigo controlar.
- Mas e ... o pesadelo ... quer dizer, eu queria saber do que se trata.
Ele maneou a cabeça negativamente.
- Você viu o dia do seu acidente. – Rony segurou minhas mãos. Então confusa congelei relembrando o pesadelo.
- Eu preciso ver a professora Sibila. – foi tudo o que consegui dizer.
* Fim do flashback*
N/A: Oie leitores!
Capítulo surpreendente! O pesadelo real, a lembrança do acidente da Hermione! Ainda bem que ela lembrou de algo, será que as lembranças dela vão voltar em alta velocidade agora, depois disso? Aí que fofinho os dois! *Longo suspiro* achei tão lindo!
Espero que vcs gostem!
Me deixem por favor saber a opinião de vcs, ok?
Bjos
É com vc agora Vivi...
N/B: Oi!!!
Uau mas q beijo,to boba até agora.
Lindo demais este cap,mega romântico!
Aposto q depois desse beijo,a Mione vai começar a se lembrar mais rapidamente das coisas,mas tbm,tadinho do Rony ficar no aguardo é mto cruel.
Próximo cap urgente,bora comentar leitores,pra Bells nos presentiar com um novo cap o mais rápido possível.
Bye...
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