Conversas à parte
Capítulo 5 – Conversas à parte
Depois que ele se retirou, fiquei refletindo sobre o que havia dito. Incrível! Eu sabia que ele estava certo, o problema foi esse orgulho que não me deixa fazer a coisa certa. Sei que no fundo preciso falar com Rony novamente, mas meu medo é se ele vai quer falar comigo. Tudo terminou assim por culpa minha, tenho plena consciência disso. Droga!
Olho mais uma vez na direção dos jardins e vejo como essa família é maravilhosa. Os Weasleys são muito especiais. Lembro-me da Sra. Weasley e das nossas conversas, depois do que houve ela ainda me procurou, não para me pedir que analisasse o que havia acontecido com muita calma, ao contrario, quando a vi, ela tinha um olhar meigo, conversamos durante horas, suas últimas palavras foram: “Para mim você ainda é da família, espero poder vir visitá-la mais vezes, se assim você permitir.”
Claro, ela sabia que eu estava abalada e talvez preferisse não manter contato, mas não pude negar a ela.
Mas no fundo ela sabe que eu sempre me sentirei parte da família Weasley.
*Flashback*
Os dias se passaram rapidamente até a chegada do meu primo. O mais engraçado foi que naquela semana eu estava tão avoada pelo acontecido no dia do parque que nem vi. Mas recebi algumas visitas bem inusitadas. Minerva McGonagall a diretora de Hogwarts, apareceu acompanha de uma outra Sibila Trelawney, uma professora bem diferente do convencional em minha opinião. Muito magra, óculos enormes, uma veste bem enfeitada com lantejoulas, inúmeros cordões envolta do pescoço, os braços e mãos cheios de pulseiras e anéis.
A diretora me explicou que a profª. Trelawney me ajudaria a recuperar a memória. Bem no inicio me assustei, acho que a aparência dela contribuiu muito para minha reação. Mas concordei! Mas no fundo bateu um medo, talvez essa profª. realmente pudesse me ajudar, já que meus exercícios de memorização, fotos e artigos antigos não estavam produzindo resultados. Claro, não iria aceitar se não tivesse garantias de que sairia ilesa das seções.
As duas começaram a rir e eu séria sem entender nada, então elas me explicaram que seria como se fosse uma regressão, mas com um ingrediente a mais, um instrumento, mas precisamente uma bola de cristal encantada que produziria as imagens do que eu estava vendo. Bom, até ai tudo bem, mas a prática é bem diferente da teoria, então continuei com medo.
Dia da chegada do meu primo Steve.
- Ô de casa! Tem alguém aí?
Desci as escadas correndo, quando ele me viu sorriu de orelha a orelha. Corri e o agarrei.
- Que bom que você chegou, estava com saudades!
- Nossa que bom que você estava com saudades, porque a alguns dias atrás parecia que nem queria que eu viesse. – ele falou melosamente. Tive que rir. Muito bobo.
- Claro que não foi isso. A verdade é que não podia ficar conversando muito, porque ... bem, porque estava acompanhada.- me justifiquei. Ai o bobo sorriu.
- Ah sei ... o tal Ronald, o amor da sua vida estava com você, né! – Irritante! Que droga, me denunciei, senti as bochechas esquentarem, deveria está muito vermelha. Ele começou a rir!
- Sim ... não ... não ... – me enrolei. Ele franziu os olhos.
- Então você mesma admite que ele seja o amor da sua vida. – Golpe baixo! Acho que o simples fato de lembrar de Rony me deixava um pouco perturbada, mas só um pouco, eu juro.
Passamos a tarde colocando os assuntos em dia. Sentia saudades do meu primo. Tinha uma diferença de idade mínima, eu com 18 e ele com 22 anos, como não tive irmãos ele é como um irmão pra mim, conversamos sobre tudo, espera, quase tudo, apesar de não me lembrar das nossas conversas de antigamente, era bom saber que agora teria um tempinho pra falar com alguém que não fosse meus pais.
Gina me enviou várias cartas, e é claro que como ela não agüentava ficar trancada n’Toca, marcamos de sair. Claro, expliquei tudo a Gina, que meu primo sabia coisas sobre Hogwarts, nada do conteúdo sigiloso, mas pelas nossas conversas era sobre os professores e talz, não lembrava, então só escutava e ria de estórias que ele me falava. Meu primo ficou todo empolgado, mas foi pelo simples fato dele morrer de curiosidade para conhecer o Rony. Já estava me irritando, sempre engraçadinho falava uma besteirinha. Aja paciência!
Local marcado centro de Londres. Marcamos de manhã porque Rony precisaria treinar à tarde e Harry teria que ir para o Ministério.
O dia.
- Mione, por favor, você está linda! Desce logo, vamos nos atrasar! – resmungou meu primo lá em baixo.
- JÁ VOU! – berrei. Minha indecisão era fatal. Não sabia que roupa vestir. Ouvi os passos impacientes do meu primo do lado de fora.
TOC ... TOC ... TOC ...
- Se você não sair agora vou embora sozinho. – me ameaçou.
- Pode ir você não conhece eles. – ironizei.
- Não deve ser difícil reconhecer, você me deu muitas dicas. – Odioso. Ele estava certo!
Respirei fundo e vesti uma calça jeans e uma blusa, coloquei uma bota e peguei meu casaco. Abri a porta. Não vi o chatinho do meu primo, desci e lá estava ele, no pé da escada já pronto pra me gritar novamente.
- Nossa! Até que enfim! Deixa eu ver. Desce rápido. – pediu estendendo as mãos.
Desci! Segurei as mãos dele, ele me rodou, sorriu. Já imaginava!
- Se produziu, hein, priminha! – soltou. – Deixa eu ver, cabelos soltos e bem definidos, esses cachos deram o toque final, lindo! Vamos ver: leve maquiagem, realçou seus olhos, perfeito! A roupa, hum ... Casaco, blusa branca, básica com um leve decote, calça skinny por dentro da bota, hum deixa eu ver ... definindo seu bumbum. E essa botinha, deu o toque final! Putz! Rony está ferrado! – comecei a rir.
- Pegue a primeira coisa que vi. – brinquei. - Agora podemos ir?
- Sei ... – ele sorriu malicioso. - Eu que te pergunto. E ai vamos?
Bom, ainda fomos atrasados um pouco pela minha mãe, ela apareceu do nada, deu um montão de recomendações pra mim e pro meu primo. Ela tinha várias preocupações com a minha segurança desde o acidente. Normal! Desde o fatídico dia, bem meu pai trabalhava pelos dois, eles chegaram a comum acordo de que eu precisava de alguém sempre em casa, pelo menos até embarcar rumo à Hogwarts, nem discuti, porque além de não adiantar em nada, tenho que confessar que adorava uma atençãozinha especial.
Saímos e partimos rumo ao centro de Londres, um táxi já nos aguardava do lado de fora. Claro, como eu já esperava alguns aurores nos seguiram.
Chegamos ao local combinado. Olhei ao redor procurando uns cabelos conhecidos bem ruivos, não consegui avistar ninguém. Por idéia do Harry, marcamos numa praça no centro, era bem movimentado, mas era mais seguro, os aurores nos vigiavam a uma certa distância pra não levantar muita suspeita.
Meu primo parecia mais ansioso do que eu, deve ser pelas estórias. Seja pelo que for, ele tagarelava sem parar, eu só concordava e sorria, mas não ouvia nada. Aí avistei os três.
- Olha são eles! – disse para o Steve.
- Até que enfim. Pensei que iria esperar por horas. – claro ele sempre tão pontual. Meu primo era uma figura, só costumava ser pontual quando convinha a ele.
Os três se aproximaram rapidamente, nossa não dava pra desviar o olhar, Rony estava incrivelmente lindo, não sei se era pelo sol que o deixava particularmente mais charmoso franzindo os olhos para tentar fugir da claridade ou se era seu andar, ou a camisa realçando seus músculos, não era apertada, nem tão larga, mas de alguma forma imaginei como seria ele sem camisa. Sério! Xô pensamento! Se concentra mulher! Aja naturalmente! Será que eu consigo? Notei que ele trazia uma mochila e um casaco, o tempo estava ameno, mas agora acho que parecia muito quente.
- Olá- disseram os três uníssono.
- Olá. – Steve sorriu ao constatar que eu estava completamente aérea e olhando para Rony.
Clareei a garganta. – Hum ... olá! – será que ele notou meu total desconcerto?
Os quatro me olharam. Steve fez um sinal com a cabeça, como se dissesse “Vai me apresenta, essa é a hora, todo mundo tá esperando.”
- Oh! Desculpem. Esse é meu primo, Steve. – disse recuperando a razão. – Esses são Harry, Gina e Ronald. – vi meu primo cumprimentar os dois, até chegar ao Rony.
- Então você é o famoso Ronald. – bem inconveniente como assim famoso? Me dei mal! Observei o Rony sorrir sem graça. Ele me olhava de cima a baixo. Acho que acertei na roupa dessa vez.
- Famoso é por sua conta. – brincou. – Me chame só de Rony, por favor. – esse ruivo não é uma graça? O sorriso dele me derreteu. Acho que até suspirei alto, porque meu primo riu e ele me olhou sorrindo também. Sempre me denuncio.
- Você está linda, muito, linda mesmo.
- Obrigado. – respondi sem jeito.
- Disse pra ela que você adoraria. – nossa, pena eu ainda não lembrar das magias que minha mãe me contou, acho que ajudaria a segurar a língua do meu querido primo. Amo ele, mas suas piadinhas são completamente desnecessárias.
Antes que meu primo me deixasse em “maus lençóis”, sugeri:
- Vamos andando, há muita coisa para ver. – e começamos a andar.
Harry e Gina, passaram o tempo quase todo juntos e completamente absortos do que eu, Rony e Steve estávamos conversando. Mas na verdade eles dois falavam muito eu só escutava e ria, uma vez ou outra falava algo. Andamos tanto que já estava sentindo minhas pernas vacilarem um pouco. Por fim, decidimos almoçar ali no centro mesmo. Sei que era pra ser um dia de conversas e talz, mas como não consegui me conter, entrei em uma livraria e comprei uns livros só pra passar o tempo, foram só uns 7, coisa básica, era uma mistura de assuntos. Meu primo como sempre engraçadinho começou a contar sobre minha infância, os livros, e tudo mais. Morri de vergonha, talvez fosse porque Rony não desviava o olhar do meu, ele sorria e me fitava. Nossa juro que tava um calor, precisei me abanar delicadamente para não ser percebida pelos olhos astutos do meu primo.
O almoço foi o mais agradável possível. Harry nos contou alguma coisa sobre o trabalho. Gina reclamou de passar muito tempo em casa e que teria que voltar logo para a escola. Rony falou pouco, algumas coisas sobre o quadribol e uma possível casa que ele estaria interessado, era mais perto do trabalho, mas que ele só fecharia negocio quando conseguisse resolver umas coisas, não detalhou o que poderia ser, mas pelo seu olhar eu engoli seco. Eu fui a quem falou menos, contei rapidamente sobre os exercícios , que não tive avanço algum e que apareceram visitas bem inesperadas nos últimos dias. Alfinetei meu primo. Riamos muito. Conclusão: nos divertimos bastante. A face do Rony parecia mais tranqüila, bem mais do que da ultima vez.
- Preciso ir. – ele concluiu sorrindo.
- Mas já? – oh não! Eu e minha boca grande.
- Eu também preciso ir. – Harry falou.
- Claro. Desculpe tinha me esquecido completamente. – não esperava que ficássemos o dia todo assim, só nos divertindo.
Vi eles se levantarem. E para minha surpresa meu primo se levantou junto.
- Ué aonde você vai? – não agüentei de curiosidade.
- Nossa você é mesmo controladora. – quando chegar em casa ele me paga, ah se me paga, com juros e correção.
Meu rosto parecia que ia explodir, morri de vergonha, o chão podia se abrir agora, nesse exato momento ou eu poderia ficar invisível.
- Claro que não. Eu só quero saber se você vai voltar comigo ou se eu vou voltar sozinha, somente isso, querido primo. – me sai super bem e o toque sarcástico no final foi ótimo.
- Só vou dar uma palavrinha com meus novos amigos, só isso. – saiu e ficamos Gina e eu, uma mais curiosa que a outra.
Eles pagaram a conta e foram para o lado de fora.
- Então qual será que é o assunto deles? – Gina me perguntou curiosa analisando os três conversarem.
- Bem, não faço a menor idéia, mas tenho que admitir que fiquei feliz deles terem se dado bem. – olhei dela para os três lá fora sorrindo.
- Meu irmão gostou mesmo do seu primo, isso é ótimo. Não te disse que era uma questão dele conhecer seu primo? - concluiu. Também sei ser sabe-tudo de vez em quando. – brincou.
- Claro! Eu sabia.
- Claro que sabia.
Bom, para ser sincera não faço a menor idéia do que os três conversaram, até tentei arrancar do Steve, mas ele não me disse nada. Mandei uma coruja a Gina, foi a maior dificuldade, mas minha mãe me ajudou e consegui. Recebi a resposta quase a noite do mesmo dia.
“Querida Mione,
Até tentei arrancar do Harry, mas ele se manteve firme, nem sob meus métodos super persuasivos, ele não cedeu. Tentei falar com Rony, mas não dava pra usar os meus métodos, se é que você me entende?! Tentei até ameaçá-lo, mas não funcionou. Só nos resta esperar, talvez eles nos contem com o tempo, sei lá.
OS: Calma, quando eu digo métodos persuasivos, não são mais do que jogo de sedução, aprendi numa revista trouxa, rsrsrs. Não precisa ficar escandalizada, por favor.
Beijos Gina.”
Ufa. Não precisava saber disso Gina. Ainda bem que ela não me detalhou nada, nossa! Voltei a “estaca zero”! Nenhum dos três vai falar nada. Assim fica difícil. Pelo menos antes de ir o Steve me garantiu que não era nenhuma besteira, mas que era assunto de meninos. “Homens quem os entendem?!” Depois dizem que as mulheres são complicadas, misteriosas, etc, etc, etc.
...
N/A: Olá Leitores!
O primo da Mione é doidinho, diz um montão de besteira, mas no fundo ele ama a prima e só quer o bem dela. Rony até que agiu normalmente, uma surpresa, tbm nada a ver ter ciúmes do primo dela. Mesmo sem lembrança alguma do Rony e do que eles viveram, ela sempre fica um pouco abalada com a presença dele, tão lindo. É a prova que o coração não apaga um grande amor, ainda mais como o deles. Então é isso! Próximo capitulo já vai ser em Hogwarts onde tudo acontece. Vou ficando por aqui.
É com vc Vivi!!!
Fui ...
N/B: Olá pessoal!
Nossa adorei a atitude madura que o Rony teve!
Eu achei q ele fosse ficar morrendo de ciúmes do Steve!
Mas agora eu tô mto curiosa pra saber sobre o q os três estavam falando!
Sem contar q o próximo capítulo será em Hogwarts! Q máximo!
Mais uma coisa: O q será q o Rony tá esperando pra comprar a tal casa,q fica perto do trabalho dele?
Nossa,tô mto curiosa,próximo capítulo urgente!!!
P.S: Adorei a frase da Bells: O coração não apaga um grande amor. Tudo a ver com Rony e Mione.
Bjoss
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!