No parque



Capítulo 3 – No parque


 


 


Olhando novamente acho que ele parece feliz, mas o ângulo pelo qual o vejo e todas as lembranças que tenho me fazem vê-lo feliz, talvez algumas vezes admito, ele era bem inconstante, mas sempre, sempre lindo, de qualquer maneira, claro, que quando ele sorria era a perfeição.


 


Sempre me pergunto todos os dias como ele deve estar, Gina em suas cartas não me dá muitos detalhes, mas sempre repete a mesma frase: “Não sei o porquê disso tudo”. Mas no fundo ela entendeu minhas razões. Harry chegou a conversar comigo depois, mas mantive minha decisão, é melhor pra ele.


 


*Flashback*


 


Chegamos ao parque, estava de passagem, então não era muito grande. Isso me trouxe lembranças da minha infância. Meus pais me levavam uma vez ou outra nesses parques. Paramos na entrada. Os aurores vieram ao nosso encontro.


 


- Nós quatro ficaremos aqui dentro do parque fazendo a escolta de vocês. – disse um dos aurores, apontando para seus amigos.


 


- Certo. Os outros quatro já estão posicionados aos arredores? – perguntou Harry.


 


- Sim, não sei por que, mas tenho a impressão de que essa pessoa não está pra brincadeiras. – disse o auror.


 


Harry maneou a cabeça. Pensei na hora em que olhei para ele, que no fundo havia mais do que uma simples escolta, talvez essa preocupação toda tivesse um fundamento bem maior. Talvez eles houvessem recebido uma nova ameaça.


 


Rony não estava melhor que Harry, então tive a confirmação, que eles sabiam de algo, mas preferiram omitir da Gina e de mim, talvez porque fosse um dia pra se divertir sem grandes preocupações para nós duas.


 


- Então vamos combinar assim: Andamos e aproveitamos os brinquedos e nos encontramos aqui dentro de ... – olhou no relógio. - ... dentro de uma hora no máximo, caso eu e Gina não aparecermos aqui, estou com o celular, é só ligar. – disse Harry.


 


- Entendi tudo, mas tenho uma pergunta. – disse Rony.


 


- Fale. – Gina revirou os olhos.


 


Eu não entendi nada. Só observei eles falarem.


 


- Por que causa, motivo, razão ou circunstancia, vocês não apareceriam aqui dentro de uma hora? – perguntou.


 


- Faça-me o favor Rony! – bufou. - Nem vou me dignar a responder isso. – completou Gina.


 


Harry não agüentou e começou a rir, e eu sem conseguir me conter, o acompanhei. Bem que minha mãe me disse que Rony era superprotetor e muito, mais muito ciumento.


 


- Cara, pode ser que a gente esteja em um brinquedo ou que tenhamos esquecido da hora! – tentou Harry.


 


- Harry, nem tente, Rony tem um parafuso a menos, liga não, vamos indo. – disse, virou e deu uma piscadela. – Se comportem crianças. – completou.


 


Rony bufou, nem deu tempo de retrucar, eles haviam sumido. Ele olhou pra mim.


 


- Onde já se viu! Só estou fazendo meu papel de irmão, estou cuidando dela. – disse ele me explicando.


 


Não pude deixar de rir.


 


- Claro. – concordei, era melhor nem discutir.


 


Andamos até chegar em um dos brinquedos, o mais levinho na minha opinião, acho que um dos mais legais também. Senti os olhos dele percorrerem por todo meu corpo, depois ele disfarçou, mas não conseguiu evitar olhar meu rosto enquanto andávamos. Silêncio total, isso já estava me incomodando, o silêncio me deixava desconfortável, ainda mais vindo dele. Rony era um enigma pra mim agora. Definitivamente o silêncio não estava me ajudando. Suspirei.


 


- O que houve? Está tudo bem? – ele perguntou.


 


- Sim. – dei de ombros. – É que é estranho ... sabe, sei lá ... entende?! – não estava explicando nada.


 


Ele sorriu a minha confusão.


 


- Sei, acho que pra você deve ser mais estranho do que pra mim. Não conhecer algumas pessoas, não saber detalhes. Acho que também me sentiria perdido se estivesse em seu lugar. – deu um meio sorriso, isso me deixou um pouco mais aliviada.


 


- É sim! – suspirei novamente. - Nossa, agora só sabia suspirar. – Está tão obvio assim? – questionei.


 


- Bom ... – ele mexeu nos cabelos. – não é que seja obvio, é porque te conheço há anos, então fica mais fácil saber mais ou menos o que você está pensando em alguns momentos, tipo gestos e olhares. – se explicou.


 


- É! Esqueci desse detalhe. – não pude conter o sorriso, que foi devidamente correspondido. – Então temos um problema.


 


- Problema? Qual problema? – perguntou confuso.


 


- Estou em desvantagem.


 


- Desvantagem? Posso saber por quê?


 


- Porque não sei muito sobre você, e apesar de te conhecer a anos, teve esse pequeno probleminha à pouco tempo atrás, e bem ... agora não te conheço tão bem como antes. – tentei ser plausível.


 


- Sou o mesmo de antes, e sou tão, mais tão obvio que você nem vai ter muito trabalho de desvendar o mistério Rony Weasley. – completou sorrindo. Não pude deixar de sorrir também.


 


- Você é um mistério para mim?


 


- Não deveria ser, mas ... – não completou. Nem precisou!


 


Nem demorou muito, senti meu rosto esquentar. Que vergonha! Achei melhor mudar o rumo da conversa.


 


- Vamos logo. Adoro Bate- bate. – disse desconversando.


 


- Claro, vamos. – afirmou prontamente.


 


...


 


Depois de entrarmos nos carrinhos, foi minha realização, eu literalmente persegui o Rony, mais por implicância do que por qualquer outra coisa, me diverti como nunca, e adorei ver as expressões indignadas que ele fazia toda fez que eu batia no carrinho dele, simplesmente hilário, no final ele se rendeu, saímos e começamos a caminhar.


 


Incrível, Rony ainda ria, pelo visto ele também tinha adorado o bate-bate.


 


- Mione, você nem me deixou sair do lugar.


 


- Desculpa, mas não resisti, também você é um péssimo motorista.


 


- Que grande absurdo, no meu segundo ano em Hogwarts, dirigi o carro do papai, e me sai muito bem, a não ser pelo salgueiro lutador que Harry e eu tivemos o desprazer de conhecer.


 


- Hum ... sei. – não agüentei e passei a chorar de tanto rir, quando ele olhou e me viu vermelha e chorando, acho que foi meio automático dele, segurou meu rosto.


 


Pronto! Perdi completamente a vontade de continuar rindo, acho que o tom de vermelho que assumi foi devido a enorme vergonha que estava sentindo, então ele delicadamente passou o polegar e retirou os resquícios das lagrimas que outrora desciam. Me olhava tão profundamente que senti o estômago leve, fechei os olhos por antecipação, senti a respiração dele tão próxima.


 


- Vocês estão ai! Vamos quero tirar algumas fotos, tenho que guardar isso. – interrompeu Gina.


 


Gina é uma pessoa maravilhosa, mas por incrível que pareça, sempre tinha o poder de aparecer em horas, digamos inapropriadas.


 


- Claro. – me afastei rapidamente de Rony, pelo que vi ele parecia querer esganar a irmã, e Harry sorria sem graça.


 


- Gina, em casa conversaremos.


 


- Rony, por favor, nada de seus ataques de ciúmes agora.


 


Agora sim ela estava “frita”, o olhar dele era assassino, eu não queria estar na pele dela.


 


Andamos até uma cabine. Era uma dessas cabines que tiram fotos instantâneas, bem legais.Tiramos milhares delas, eram muitos flashes, já estava até tonta.


 


- Olha só a cara do Rony! – Gina nos mostrou as fotos.


 


Realmente ele tinha uma expressão bem engraçada.


 


- Foram aqueles flashes trouxas, não pude evitar. - Ele se defendeu.


 


Eu reprimi o riso. Mas Harry, quase rolou no chão de tanto rir.


 


- Desculpe cara, mas está muito engraçado.


 


- Você também não saiu tão melhor, não senhor Potter.


 


- Pelo menos estou melhor que você. – continuou Harry.


 


- Está certo os dois ficaram engraçados, agora vamos Harry deixe os dois sozinhos, acho que Rony está carecido da presença da Mione. – Gina fez com que a cor dos cabelos de Rony se espalhasse por todo rosto. E eu, nossa de repente queria cavar um buraco e me jogar lá. – Nem tentem me enganar eu sei que é verdade. – fechou com chave de ouro.


 


Sem mais palavras. Nossa Gina vai me pagar, não acredito que ela foi capaz.


 


Seguimos, nada falamos por longos e incômodos minutos até que.


 


- Mione, desculpe pelo comportamento da Gina, na cabeça dela estamos juntos ou sei lá, talvez seja estranho pra ela não nos ver como namorados, sabe ... – muito fofo ele falando ou pelo menos tentando. – Talvez não só pra ela. – concluiu e me olhou, o olhar parecia ter uma mistura de esperança e ternura.


 


Nossa derreti. Não sei o que está havendo comigo. O olhar dele me deixa sem chão. Acho que deve ser essa a sensação mais próxima de voar na tal vassoura de mágica. Tenho tanto medo de altura, tanto quanto tenho dessa sensação nova pra mim, pelo menos agora.


 


Continuei sem reação. Diz alguma coisa. Pensa, pensa rápido.


 


O celular tocou. Salva pelo gongo. Insistentemente continuou tocando.


 


- Não vai atender, não?


 


- Vou ... espera só um segundo.


 


Ele sorriu.


 


- Alô.


 


- Oi Priminha!!!


 


Estava tão aérea que não conseguia reconhecer a voz do outro lado.


 


- Quem está falando?


 


- Nossa, Mione nem lembra mais de mim? Não é possível, vou te dar umas pistas. Primeiro sou o primo mais legal que você tem; segundo, sou o mais lindo ...


 


- E o mais convencido também, claro que já sei que é você, Steve. Como está?


 


Rony me olhou curioso.


 


- Estou bem. E antes que você pergunte, minha tia querida me deu seu numero.


 


- Claro! Mas, diga! A que devo o prazer da sua ligação?


 


- Nossa! Você mudou mesmo, heim, deve ser esse tal de Ronald, ele tá ai com você?


 


Olhei para ele e sorri.


 


- Mamãe, vou matar ela, quem mandou ela te contar isso, não tem nada haver. E sim, ele está comigo.


 


Meu primo sempre foi incrível, como não me lembrava de muita coisa do passado, as lembranças que tinha dele eram da minha infância, ele adora implicar comigo pelo fato de eu ler demais e dificilmente me divertir, mas pelo visto, não nos falávamos a um bom tempo, e nem eu sabia como ele conhecia o Rony.


 


- Lembro de você comentar muito sobre seu “suposto amigo”, sabia eu, que era um verdadeiro tombo o que você tinha por ele, acho que uma simples queda não explicaria a fixação da sua pessoa de sempre falar sobre ele.


 


Irritante! Começou a rir. Mas pelo menos minha mãe não tinha culpa de nada, tadinha e eu a culpando, mas euzinha havia me encarregado de contar sobre o Rony.


 


- Steve, desembucha o que você quer logo!


 


- Calma, sei que você quer voltar logo para o seu amor ...


 


- Cala a boca, e fale logo senão vou desligar.


 


- Tudo bem! Desculpa! Faço isso por que te amo e quero te ver bem e feliz, e sei que esse Ronald pode me ajudar nessa tarefa.


 


Rony não deveria estar entendendo nada.


 


- Então, o negocio é o seguinte: Vou passar umas férias ai na Inglaterra, aqui em Nova York não é lá essas coisas e sinto saudades, quero te ver antes que você volte para a escola.


 


- Que legal! Vem sim vou avisar aos meu pais. Quando você pretende vir?


 


- Talvez dentro de 3 dias.


 


- Claro! Vou aguardar ansiosa! Agora tenho que desligar.


 


- Uhum ... volte para o seu amado.


 


Sorri e desliguei. Rony não me parecia muito feliz, seu semblante era pesado.


 


- Era um primo meu. – não que eu tivesse que dar explicações a ele.


 


- Ah! Primo! Ele mora aqui?


 


- Não, ele está em Nova York agora, disse que vem passar uns dias aqui.


 


- Hum ...


*Fim do Flashback*


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N/A: Olá leitores!!!


Muito fofo esses dois!! Amo esse casal!! Rony como sempre muito ciumento, ainda bem que depois de grandes momentos de estresse e terror, os quatro puderam ter um momento de descanso e diversão. Espero que vcs estejam gostando!!!


 


E com vc agora Viviane!!!


 


Até o próximo ... Fui!!!


 


 


N/B: Olá pessoal!


Adorei o momento rilex q esses quatro tiveram...


Depois daquele ataque q a Mione havia sofrido,e a história dela ter perdido a memória,todos eles precisavam tirar um dia de folga dessas preocupações.


Nossa ficou mto fofo este capítulo,mas tbm a Bells tava super inspirada.


Aff a Gina me deixou bem irritada, quando interrompeu o Rony e a Mione bem na hora q eles iam se beijar.Mas a Gina é assim msm.


Eu tô mto ansiosa pelo próximo capítulo,e aposto q vc's tbm,então comentem bastante pra q a Bells post logo e se inspire ainda mais.


Fui...

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