Capítulo 4: Dylan
Capítulo 4: Dylan
- Merak... – Lucy chamou quando os dois estavam no quarto.
- Que foi? – ele perguntou se deitando ao lado dela, a puxando carinhosamente para os seus braços.
- A gente precisa de mais um quarto... – ela disse o olhando, se aconchegando nos braços do seu amor, Merak era tão perfeito com ela, mesmo depois de tantos anos de casados.
Merak franziu a testa e a olhou confuso, mas logo arregalou os olhos e Lucy sorriu, então ele a abraçou carinhoso.
- Amo você sabia? – ele disse feliz.
E Lucy sabia, porque ele não se cansava de demonstrar.
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Meses mais tarde eles tinham aquele menininho nos braços, tão lindo e, e isso surpreendeu a todos, loirinho, mas o que se podia dizer? Magia era mesmo incrível. Agora os dois estavam ali, vendo o filho, com cinco anos, desenhando.
- Dylan, vem lanchar filho. – Lucy chamou carinhosa.
- Ta. – ele disse largando os lápis e segurando a mão da mãe – Tem bolo de chocolate? – ele perguntou a olhando.
- Se o seu pai não tiver comido tudo... – ela disse e riu quando o menino correu até o pai.
- Papai! Deixa bolo pra mim! – ele pediu e Merak riu o pegando no colo e lhe deu um beijo na bochecha.
- Aqui, o papai guardou pra você. – ele disse bagunçando seus cabelos e Dylan riu, mas logo começou a comer o bolo.
- A gente vai buscar a Mel e o Kev? – ele disse, estava com saudade dos irmãos, Megan já estava no terceiro ano em Hogwarts e Kevin no segundo, Julie iria para lá dali a dois anos.
- Vamos sim, então termina de comer q o papai ajuda você a se arrumar. – Merak disse ao filho que concordou sorrindo.
Então ele terminou seu pedaço de bolo e Merak deu um selinho em Lucy antes de ir arrumá-lo, sabia que Dylan já estava louco para ir para Hogwarts também, viviam explicando a ele que quando ele crescesse iria para lá, mas nada o impedia de perguntar ou ficar imaginando como seria e eles também não impediam, gostavam de ver como ele tinha imaginação.
Logo Dylan chamou Merak de volta a realidade, estava ansioso para ver os irmãos, e Merak foi ajudá-lo a se vestir, seu garotinho era um amor de criança.
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Assim os anos foram passando e Dylan passou de menino a um garoto de quatorze anos, e, bem como seus irmãos, foi para Hogwarts e se tornou um grifinório. E ele era mesmo muito feliz, porém, encontrava-se em uma situação um tanto complicada.
Há tempos o garoto passou a perceber certas coisas, coisas que não eram necessariamente comuns a todos, como o fato de que garotas eram lindas, inteligentes e legais, mas para ele parava por aí, não conseguia sentir-se atraído por alguma delas, enquanto que garotos... bem... os da sua idade eram até bem estúpidos, mas eram incrivelmente lindos.
Era isso que ele fazia naquele momento, observava os garotos, nunca tinha contado a ninguém sobre o que sentia, mas gostava de ficar admirando, principalmente os jogadores de quadribol voando, eles eram incríveis.
O que ele não percebeu foram os olhares, dois especificamente. O primeiro de sua amiga, Cecília, que logo foi conversar com ele.
- Oi Dy. – ela disse sorrindo se sentando ao seu lado.
- Oi Ceci. – ele retribuiu o cumprimento.
- Tava aqui pensando... Você nunca teve uma namorada né? – ela perguntou e Dylan confirmou com a cabeça, confuso – Então... Estava imaginando... Isso é porque não gostou de nenhuma... ou porque não gosta de garotas? – ela perguntou direta e Dylan corou na mesma hora.
- N-não tem nada a ver isso... – ele disse gaguejando e Cecília riu.
- Sei... Então pode me dizer por que você vive admirando a bunda dos garotos? – ela perguntou divertida e Dylan corou mais, mas suspirou conformado.
- Não conta a ninguém ok? Nunca falei disso... – ele disse baixinho e ela sorriu.
- Sem problemas Dy, mas devia ser o que é e aposto que quem realmente gosta de você não vai agir como tantos trouxas por aí... – ela disse carinhosa e Dylan sorriu a abraçando.
- Você é a melhor amiga do mundo sabia? – ele disse.
- Claro que sei! – ela disse divertida e Dylan riu.
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Quanto ao segundo olhar, bom, este vinha de dentro do campo, de um garoto que há tempos notava a forma como Dylan olhava os garotos, e na verdade se sentia atraído pelo loiro.
Assim que o treino terminou, ele resolveu entrar em ação, sabia que Dylan sempre ia para perto do lago quando os treinos acabavam. Então ele tomou um banho rápido e foi para lá e sorriu ao vê-lo sentado sob uma árvore em frente ao lago, indo até lá.
Dylan lia tranquilo quando uma sombra o cobriu e ele olhou para cima, dando de cara com o deus grego, e homem dos seus sonhos: Scott Miller, o batedor do time da grifinória. Ficou completamente sem fala.
- Oi, posso sentar aqui? É a melhor sombra e o dia ta quente. – Scott perguntou sorrindo, vendo o garoto corar e gaguejar um “claro”.
Dylan não tinha ideia do que o garoto fazia ali, achava que ele não o conhecia, mas isto provou-se uma hipótese errada quando Scott falou novamente.
- Você é o Dylan né? Do quarto ano?
Dylan corou, mas sorriu.
- Sou sim. – ele disse, feliz por Scott conhecê-lo.
- Hum... Vi você várias vezes assistindo o treino... – Scott disse se sentando mais perto do garoto, ele era lindo – Gosta de quadribol?
- Er... Mais ou menos... – ele disse corado, simplesmente não conseguia mentir, não era lá muito fã do jogo, mas Scott riu levemente.
- Se não gosta, porque vai aos treinos? – ele perguntou sorrindo ao garoto, embora desconfiasse da resposta.
- Ahm... E-eu... – Dylan começou, gaguejando.
- Vai pra admirar os jogadores? – Scott perguntou direto, baixinho, no ouvido dele e Dylan não pode evitar se arrepiar, então o olhou e viu que ele sorria.
“Ok... Ele ta dando em cima de mim? Esse Adônis ta dando em cima de mim? Eu vou morrer...” ele pensava, nem notando Scott se aproximar mais.
- Você é lindo sabia? – Scott disse sorrindo, mais perto dele, tirando-o dos seus devaneios, e Dylan mordeu levemente o lábio, sorrindo, tímido.
- Você é muito mais... – ele disse baixinho e Scott sorriu, pertinho dele.
- Posso? – ele perguntou, não iria forçá-lo, não fazia seu tipo ser assim, e sorriu ao vê-lo fazer que sim com a cabeça, então o beijou com carinho.
Dylan suspirou com aquilo, era tão bom... Seu primeiro beijo de verdade, com um cara super maravilhoso, e que ele descobriria ser fofo, inteligente, carinhoso e passaria a amar...
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Dylan estava nervoso, tinha mandado uma carta aos pais pedindo para levar um amigo para passar as férias com ele, na verdade era Scott, os dois estavam mesmo namorando, e ele ainda estava bobo com isso.
- Loiro... Relaxa... Pelo que disse seus pais são bem legais... – Scott disse carinhoso, o abraçando.
- Eu sei... Mas não tenho idéia de como vou contar a eles, isso me deixa nervoso... – ele disse se aconchegando nos braços de Scott com um bico.
- Oun... Vai dar tudo certo, gato... – Scott disse – Agora vem aqui... To com saudade de você... – ele disse sorrindo, e logo os dois se beijavam e assim passaram a viagem até Londres.
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Dylan se sentou na sala, tinha pedido aos pais para conversarem a sós, respirava fundo mordendo o lábio, tentando tomar coragem.
- Então filho, o que foi? Algum problema? – Merak perguntou se sentando com Lucy ao seu lado.
- Eu... Eu queria falar uma coisa... Mas... Eu não sei se vão gostar... – Dylan disse nervoso.
- Fala filho, ta me deixando preocupada. – Julie disse o olhando e Dylan mordeu o lábio, respirando fundo e os olhou.
- EusougayenamorooScott. – ele falou de uma vez mordendo o lábio em seguida esperando a reação deles.
Os dois ficaram em silêncio por um tempo.
- Você pode falar mais devagar filho? – Merak pediu calmo, tinha quase certeza que tinha entendido, mas queria ouvi-lo.
- E-eu... Eu sou gay... e... e namoro o Scott... – Dylan disse mordendo o lábio, mais nervoso.
Merak o olhou e Lucy sorriu indo até ele o abraçando.
- Você achou que nós nos importaríamos com isso filho? – ela perguntou carinhosa e Dylan os olhou, aliviado por eles ainda estarem calmos.
- Nós só queremos ver você feliz, filho, assim como os seus irmãos, isso é tudo que importa pra nós, não importa com quem você esteja, se é homem ou mulher... – Merak disse segurando a mão dele – Não vou dizer que esperava por isso, mas se você ta feliz, é o que importa.
Dylan sorriu os olhando, tinha os melhores pais do mundo, sem dúvida e ficou ainda mais feliz quando, pela primeira vez, naquela noite, Scott disse que o amava.
- Também amo você. – ele disse o abraçando, estava no céu.
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Obviamente conversei com Scott depois disso, mas ele era mesmo um bom garoto, e fazia bem para o meu filho, então quem sou eu para recriminar? Fico feliz por vê-los felizes e unidos até hoje. Os dois foram morar juntos depois da escola, Dylan se tornou fotógrafo e Scott passou a trabalhar no ministério, com esporte claro. Fico feliz por saber que o meu garoto está feliz, e isso é tudo com que realmente me importei a vida toda, que meus filhos fossem felizes.
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N/A: Então, desculpe não ter postado quinta, esqueci completamente, mas ta aí o capítulo novo.
Beijos, Nath.
ღ mandy cullen black:
Oi! Espero que goste do capítulo, quinta feira, se eu lembrar, posto o próximo. Beijos!
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