Capitulo 1 – Novo Mundo



Capitulo 1 – Novo Mundo


 


Uma guerra sem precedentes alastrou o mundo a partir dos anos 80, um bruxo das trevas que se auto-intitulava Lorde Voldemort comandou um exército de bruxos e criaturas das trevas contra os bruxos da luz, liderados pelo diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore.


Desde que a guerra declarou-se, ocorreram batalhas intensas e poderosas, causando a morte de muitos bruxos valorosos, de ambos os lados.


Dentre os mortos do lado da luz estavam os poderosos Tiago e Lilian Potter, a família McKinnon, os irmãos Prewett, Karl Armstrong e outros. Entre os aliados das trevas morreram Augusto Rockwood, Kent Richards, Avery, Theodore Nott e Mcnair, o carrasco.


Batalhas incontáveis e históricas aconteceram em pouco tempo entre esses guerreiros, mas nenhuma comparou-se ao duelo entre Lorde Voldemort contra Alvo Dumbledore e os Potter. Para aqueles que estavam presentes no campo de batalha, foi um dia inesquecível. A perícia e a potencia dos feitiços utilizados pelos combatentes foi incrível, Lorde Voldemort conseguia lutar de igual para igual contra os três bruxos ao mesmo tempo demonstrando o tamanho do poder que possuía.


Essa batalha durou mais de cinco horas e somente terminou após a morte do casal Potter, não sem antes deixarem o Lorde das Trevas extremamente fraco.


Essa batalha também ficou conhecida como o Dia da Revelação, pois foi pela grandiosidade dela que o mundo bruxo foi revelado diante dos trouxas, que ficaram chocados com as descobertas, mas não houve tempo para pensar demais, pois uma guerra estava acontecendo.


Em pouco tempo, os governos trouxa e bruxo foram unidos tornando-se um só e a guerra tomou rumos globais quando Voldemort passou a conquistar países inteiros.


Dumbledore, vendo o rumo que a guerra estava tomando, tomou providencias e realizou alianças com grande parte dos países do mundo, formando então a chamada “Aliança da Fênix”, em contra-partida ao domínio de Voldemort que estava sendo chamado de Império Negro.


E esse era o padrão da guerra naquele momento, o mundo estava dividido praticamente ao meio, com uma leve vantagem para o Lorde das Trevas que nas poucas vezes que estivera em batalha demonstrara estar muito mais poderoso do que na batalha que revelara o mundo bruxo aos trouxas, tantos anos antes.


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Sede da Aliança da Fênix – Londres.


 


Naquela sala de reuniões estavam reunidos os principais membros ingleses da Aliança da Fênix, todos eles discutindo sobre a invasão a uma prisão de segurança máxima que seria feita em poucas horas. Havia boatos de que os guerreiros mais poderosos da Aliança da Fênix que haviam sido presos estavam naquele local, por isso iriam fazer uma espécie de missão de resgate.


- Tem certeza, Remus? – perguntou Dumbledore em tom de voz ansioso olhando para o lobisomem fixamente.


- Absoluta Dumbledore. – respondeu Remus com os olhos brilhando. – Hoje a guarda será bem fraca na prisão, parece que Voce-Sabe-Quem está dando uma festa para seus principais lacaios e somente os mais “fracos” permanecerão na prisão.


Alguns deram sorrisos satisfeitos com a notícia, mas Dumbledore apenas suspirou sabendo muito bem que os mais fracos estavam nos níveis de bruxos entre 4 e 5, já que menor que esses eram considerados inferiores no exército negro.


- Então, o que estamos esperando? – disse Dumbledore em tom de voz calmo e sereno olhando para os membros da Aliança. – Preparem-se para a invasão.


Em seguida todos deixaram a sala de reuniões e partiram para suas respectivas tarefas e preparativos para a invasão que ocorreria em menos de três horas.


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Bolkhov. – Prisão do Império Negro. – Rússia.


 


Bolkhov é uma pequena cidade na Rússia, está localizada às margens do rio Nugr, tributário do Oka. A cidade fica a 56 km da capital - Oriol.


É exatamente nessa cidade q ue fica localizada uma das principais prisões do Lorde das Trevas, onde ele deixa seus prisioneiros de maior valor e importância.


E era nesse local que ocorreria a invasão orquestrada pela Aliança da Fênix, invasão essa que estava para acontecer e os guardas do local nem ao menos imaginavam o que os aguardava.


Mas em uma cela localizada nas profundezas da prisão, na cela mais bem guardada e trancada encontrava-se o corpo pendurado de um garoto que não parecia ter mais do que treze anos, apesar que pela aparência maltratada ele bem podia ser mais velho que ninguém jamais imaginaria, esse garoto era o prisioneiro de ouro do Lorde das Trevas, seu maior inimigo e aquele que secretamente queria manter vivo para sempre, pois sabia do conteúdo da profecia e pelo que entendera ele somente poderia ser morto pelas mãos daquele menino, portanto enquanto ele o mantivesse vivo, ambos seriam imortais e ninguém poderia matá-lo.


Não havia ninguém além do garoto naquele momento na cela, embora sempre houvessem dois guardas particulares para cuidar do garoto, para impedir que ele sequer fugisse ou que alguém o resgatasse, aquelas ordens haviam chegado diretamente de Voldemort para ambos os comensais, nenhum outro soldado do Império Negro tinha conhecimento sobre a identidade do garoto, apenas aqueles dois que faziam a guarda do menino.


Porém, naquele momento o peito do menino começou a brilhar levemente e o corpo, antes bem franzino e magro, começou a aumentar levemente criando músculos firmes e rígidos, símbolos começaram a surgir no braço esquerdo do garoto, enquanto lentamente uma aura acinzentada começava a rodear o corpo do menino que aos poucos começava a despertar.


Harry abriu os olhos lentamente sentindo todo o seu corpo pesado e duro, estava em uma posição totalmente desconfortável e em menos de dois segundos soube porque, de alguma maneira sua “mãe” o havia mandado para uma prisão, ele estava preso sabe-se lá onde.


Notou levemente que seu corpo era o mesmo do seu mundo e que de alguma maneira ele possuía um pouco de poder em suas veias, mesmo que os sete selos ainda estivessem intactos, um raio passou por sua mente e ele soube exatamente o que cada selo encadeava dentro de si, o que lhe daria uma vantagem para poder liberá-los no momento certo, mas primeiro ele precisava sair daquele lugar o quanto antes.


Percebeu que encontrava-se pendurado pelos pulsos, que estavam amarrados por correntes, daquela maneira jamais conseguiria liberar um dos selos, seus pés também estavam presos por correntes, o que o irritou sobremaneira.


Utilizando o pouco de poder que havia dentro de seu corpo, o moreno concentrou a magia nas mãos e nos pés, forçando tanto que as correntes quebraram-se em centenas de pedaços, o que fez com que Harry caísse em pé, mas em seguida sedento e ajoelhando-se, devido a fraqueza e a falta de uso dos músculos daquele corpo.


- Mas que merda. – resmungou Harry respirando fundo e olhando tudo a seu redor encontrando apenas paredes e uma porta, em seguida olhou para seu braço esquerdo onde encontravam-se os sete selos, então respirou fundo antes de começar a sussurrar em uma língua antiga e esquecida pelos mortais. – Ash Kilh Huz. Ash Naz Les.


Ao mesmo tempo em que sussurrava o moreno realizava movimento com a palma da mão direita e em seguida posicionava os dedos, para logo depois atingir o primeiro selo com dois dedos da sua mão direita.


- Quebra de Selo. – murmurou Harry na língua dos mortos antes de girar os dois dedos fazendo o primeiro selo brilhar em tom negro. – Selo Mental.


Mal terminou de dizer isso e Harry sentiu todos os seus poderes mentais voltarem com força total causando um pequeno choque em sua mente, o moreno arfou levemente enquanto sentia suas habilidades mentais se estabilizando novamente.


- Quebra de Selo. – disse Harry novamente, dessa vez sua voz saiu mais fria do que antes e um pouco mais alto também. – Selo de Habilidades.


Dessa vez Harry sentiu suas habilidades naturais ressurgindo com força em seu interior, não apenas as habilidades naturais, mas aquelas que ele havia adquirido também. Habilidades como a habilidade de falar com as cobras ou animagia.


- Quebra de Selo. – grunhiu Harry girando os dedos sobre o terceiro selo em seu braço. – Selo de Poderes.


Dessa vez o moreno sentiu uma descarga violenta quando seus poderes voltaram de maneira brusca e violenta ao seu corpo, uma aura extremamente poderosa circulou o corpo de Harry que demorou alguns segundos para dominar seus poderes novamente, mas ele percebeu que aqueles eram apenas metade de seus poderes, os que ele havia adquirido de Voldemort estavam selados ainda, o que ele fez questão de quebrar rapidamente, liberando assim o quarto selo de seu corpo.


Dessa vez o lugar tremeu com a magia que desprendeu-se de Harry Potter, o poder era tão bruto e selvagem que até mesmo um trouxa sem habilidade nenhuma perceberia aquilo. Harry suspirou satisfeito com seus poderes, aquele era seu eu que ele conhecia, mas mesmo assim não deixou de atentar para o fato de que ainda faltavam três selos, dois deles apenas de poderes e um de conhecimento mágico.


Mas naquele momento ele apenas queria sair daquele lugar, percebeu vagamente que uma espécie de alarme estava soando ao seu redor, somente então dando-se conta de que quem quer que estivesse guardando aquele local deveria ter percebido a mudança brusca em seus poderes. Respirando fundo e fechando os olhos Harry concentrou-se no lugar e descobriu que não havia muito mais do que trinta bruxos guardando aquele lugar que pelo tamanho era uma prisão, e muitos deles estavam seguindo naquela direção.


Também percebeu a presença de um grupo de bruxos a cerca de cinqüenta metros da prisão, reconheceu alguns deles pela energia mágica, embora ela estivesse um pouco mais poderosa, mas resolveu deixar para lá, pois precisava sair dali.


Harry apontou a mão direita para a porta e enviou uma bola de energia negra que explodiu a porta de ferro e matou três comensais que estavam se preparando para abrir a cela, em seguida o moreno saiu corredor afora se encontrando com vários guardas apontando varinhas para si, logo uma chuva de maldições disparou em sua direção, o que o fez sorrir levemente enquanto conjurava um poderoso escudo a sua frente barrando todas as maldições, em seguida sorriu sadicamente para os comensais a sua frente, esses tremeram levemente ao ouvirem o sussurro baixo e cruel do garoto.


- Vocês despertaram uma besta sedenta por sangue, sangue de vocês. -  a voz não passava de um sussurro, mas todos os comensais ouvirem e tremeram ao verem garras surgindo nas mãos daquele desconhecido. – É hora do show.


Em seguida Harry partiu para cima dos comensais desviando-se de feitiços que vinham em sua direção e retalhou alguns comensais da morte antes de começar a mandar feitiços explosivos em cima deles, de repente ele não queria mais saber daqueles vermes e passou a executar feitiços mais poderosos e violentos matando vários ao mesmo tempo.


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Bolkhov. – Prisão do Império Negro. – Rússia.


 


Do lado de fora da prisão, os guerreiros da Aliança da Fênix estavam se preparando para atacarem o local quando os alarmes da mesma dispararam e logo gritos de uma fuga começaram a vir de dentro da prisão, o líder do grupo decidiu esperar para ver o que aconteceria e depois interfeririam. Os membros da Aliança da Fênix ouviram as explosões que aconteciam no interior do local e gritos de dor, mas não podiam fazer nada a não ser esperar ou perderiam o elemento surpresa.


Quase meia hora depois do início da “fuga” uma poderosa explosão arrebentou os portões da prisão lançando ferro para vários lados e para surpresa dos guerreiros, vários comensais da morte caíram por todos os lados, eles pareciam ter sido literalmente arremessados, todos eles nem ao menos esboçaram um suspiro de vida, estavam todos mortos.


Então os guerreiros viram um homem saindo pelos portões da prisão, ele estava com roupas esfarrapadas e velhas, o que demonstrava que ele era um dos prisioneiros, mas ele cambaleou depois de alguns passos e simplesmente caiu desmaiado.


- Mas que raios foi isso? – perguntou um dos guerreiros ainda sem saber o que realmente acontecera naquele local.


- Não importa. – resmungou Remus olhando para os soldados a seu lado. – Gabriel e Arthur, levem aquele cara para o quartel, os outros entrem na prisão e procurem por sobreviventes, se é que sobrou alguém vivo lá dentro.


- Sim senhor. – anuíram todos ao mesmo tempo e logo depois cada um saiu para cumprir suas ordens enquanto Remus observava a destruição do local.


 

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