Natal em Família ♥



            Quando voltei à margem do lago, Natti estava lá. Ansiosa e nervosa para saber se eu já havia tomado a decisão. Sentei-me novamente no espelho da vida (N/A só para esclarecer o espelho da vida é o lago) e respondi calmamente:


            - Sim.


            - Sim o que? – perguntou ela impaciente – Sim você tomou uma decisão ou sim nós vamos para Hogwarts?


            - Sim, nós vamos para Hogwarts – falei sorrindo para ela.


            Ela começou a pular em volta de mim.


            - Mas conte-me o que fez você tomar essa decisão?


            - James – falei fitando o sol


            - O que houve Thierry? Você esta bem? – sua voz passou de eufórica para preocupada


            - O medo me inundou novamente, Natti. Não sei se vou conseguir. – falei olhando para ela.


            - Você irá conseguir eu confio em você. E agora, mande uma carta a sua mãe.


            Peguei um pergaminho e escrevi com cuidado:


            Mamãe. Cheguei a minha decisão. Eu irei para Hogwarts. Natti irá também. E pode vir me buscar quando quiser. Beijos TAWP.


            Antes mesmo de acabarmos de entrar na escola a coruja de minha mãe veio com uma resposta:


            Filha, amanhã eu e seu pai iremos buscar vocês ai. Esperem-nos prontas. Estou muito feliz. Beijos Mamãe.


            Achei que o coração de Nattalie fosse sair pela boca. Ela me puxou correndo para o dormitório, – ansiosa para que o dia acabasse logo, imagino – atirou todas as suas roupas para dentro do seu malão.


            - Se soubesse que queria tanto ir, teria tomado essa decisão antes de começar o ano letivo – falei dobrando minhas roupas ao contrário dela


            - Ah fala sério eu quero ir para Hogwarts desde o terceiro ano! – ela falou dando de ombros


            - Poderia ter me falado – falei terminando de arrumar as coisas (na verdade joguei as ultimas coisas).


            - Vamos jantar? – perguntou ela – tenho um serviço a fazer.


            - Quê? Você não esta falando de... – me liguei de repente – NÃO NÃO E NÃO! Não vai azarar Carmem eu adoraria fazer isso. Mas NÃO.


            - Eu tinha pensado em atirar o Kedava nela.


            - Nattalie! – censurei


            - Estava brincando, relaxe. Vamos de uma vez.


            Entramos no Salão Principal e comemos em silencio absoluto – entre nós duas – até a saída, quando Carmem veio interromper o momento noite perfeita da Nattalie, postando-se entre a porta e ela de maneira imponente.


            - Delacour... Sabia que é contra as regras do colégio cabular aula?


            - Eu não cabulei aula hoje, Baum.


            - Não estou falando de você. Estou falando da Potter. Você encobriu a saída dela não foi Nattalie?


            - Foi – respondeu ela com indiferença – pode me dedurar. Não fará diferença.


            Eu empurrei as capangas dela para o lado e puxei Natti para irmos andando. Entramos no nosso dormitório quanto Nattalie disse:


            - Vamos cabular todas as aulas amanhã? Não irá fazer diferença mesmo.


            - Claro – respondi sorrindo.


            O dia seguinte foi longo, passamos o dia limpando nosso dormitório – acho que nunca fora limpo pelos elfos em cinco anos – e terminando de arrumar as coisas na mala.


            Botamos belíssimas roupas trouxas – calça colorida importada do Brasil, blusas da mesma nacionalidade daquelas com frases e tênis da DC. A minha roupa era: calça amarela, blusa roxa de um ombro só, tênis verde, meu cabelo preso num coque desfiado no topo da cabeça e uma mochila. A de Nattalie era: calça verde, blusa laranja também de um ombro só, tênis amarelo e o cabelo solto. Acredite a gente foi jantar assim.


            Assim que pisamos no salão principal avistei minha mãe e Tia Fleur conversando com a MM. Todos olharam para nossas roupas, dos pés a cabeça. E cochicharam entre si. Até que a MM falou:


            - Hoje, estamos dando adeus a duas alunas exemplares. Nattalie Delacour Weasley – ela falou esse nome e Natti começou a se dirigir até ela – e Thierry Aimée Weasley Potter. – eu comecei a dirigir-me a ela. – garotas, querem dizer algumas palavras sobre Beauxbatons?


            Nattalie negou com a cabeça olhando para mim desesperada, para mim dar um jeito de falar alguma coisa que não envolvesse os professores. Concordei com a cabeça.


            - Aqui, eu e minha prima Nattalie, tivemos cinco anos de aprendizado e instrução, sendo ajudadas pelos professores – olhei para Natti pedindo desculpas, não consegui pensar em nada – e colegas. Anos memoráveis e até perfeitos em algumas ocasiões. E este castelo nunca será esquecido por nenhuma de nós.


            Ao acabar meu discurso improvisado pegamos as malas que estavam ao nosso lado e saímos do salão, acompanhadas de nossas mães.


            - E ai garotas? – falou minha mãe assim que saímos do castelo


            - Mãe, papai não veio? – perguntei


            - Os pais de vocês foram a Hogwarts resolver os problemas de inscrições – tia Fleur falou – parece que depois do feriado de Natal vocês vão para lá. E lembrem-se o feriado de Natal começa amanhã!


            - Vamos passar o Natal aonde mãe? – perguntou Natti.


            - Na casa de tia Gina e tio Harry. – respondeu tia Fleur.


            Elas começaram a conversar sobre os presentes até que minha mãe de repente me olhou e falou:


            - James me mandou a carta que você mandou para ele ontem...


            - Desgraçado fofoqueiro. – murmurei


            - Thierry! Olhe o respeito com seu irmão!


            - Ai mãe! Por favor, né! Se eu mandei a carta a ele não era para mais ninguém ler, não concorda?


            - Thierry Aimée! Baixa a bola se não ficará de castigo. E segure minha mão, vamos aparatar


            Fiquei quieta e segurei a mão dela. Em segundos estávamos na frente da casa de Vovó Molly e Vovô Arthur na Toca. Eu amava aquele lugar. Meus avós apesar de terem bastante dinheiro agora, nunca deixaram aquele lugar. Minha mãe segurou meu braço e cochichou no meu ouvido com rigidez:


            - Seja educada.


            Minha avó nos esperava na frente da casa, de braços abertos. Corri até ela e dei-lhe um abraço.


            - Thierry! Resolveu vir para cá então?


            - Pois é vovó... – falei e só então notei que Natti não havia aparatado conosco.


            - Thierry! – ouvi a voz de meu pai, mas estranhei estava curiosamente zangada e eu não havia feito nada de errado ainda – venha cá.


            Fui caminhando lentamente até meu pai, que estava na sala.


            - Precisamos conversar mocinha. – ele me olhou severamente – Sobre duas coisas. – um estalo veio a minha cabeça a carta e minha súbita grosseria com minha mãe hoje. – Primeiramente sobre a carta que você mandou a seu irmão. Não entendo. Você não veio antes por medo? Medo de que a final, Thi? Sabe que eu não enlouqueceria se você não fosse para a grifinória o algo do tipo!


            - Mas eu enlouqueceria se não fosse para a Grifinória! Assim como ainda penso que vou enlouquecer se não for para ela!


            - OK. Isso foi um assunto. Agora, por que você foi grossa com sua mãe hoje? Ela esta chateada com você, esta de castigo mocinha.


            - Mas pai eu fui grossa porque ela leu a correspondência que era para James!


            - De castigo e deu. – meu pai não lembrava o pai brincalhão que ele sempre foi. Estava mais pro pai severo que eu nunca quis ter.


            Sai da sala batendo o pé e subi as escadas procurando por Lucy – filha de tia Hermione e tio Ron 6 anos – que estava conversando com seus pais no quarto e saiu bem na hora que eu cheguei à porta.


            - Thierry! Que saudade! – gritou Lucy no meu ouvido


            - Oi Lucy, tia Mione e tio Ron.


            - O que ouve Thi? – perguntou tia Mione – esta tão tristonha.


            - Nada não tia. – menti


            - Thi, conte-me – pressionou ela


            - Estou de castigo – admiti


            - Por quê? –perguntou tio Ron – para Harry colocar os filhos de castigo deve ter sido um estrago feio...


            - Não fiz nada de mais – de certa forma não foi uma mentira, mas não foi uma verdade.


            - Sua mãe já me contou... E achei merecido o castigo se me permite dizer...


            Já era de mais. Sai correndo para o quarto que era de minha mãe e desandei a chorar. Todos contra mim. Ô beleza! Fiquei lá durante todo o dia até que meu pai bateu na porta:


            - Thi, venha já estamos indo para casa, esta tarde.


            Não me mexi. Ele abriu a porta do quarto e me viu deitada na cama com a cara toda vermelha e amassada contra o travesseiro.


            - Thi, sua mãe não esta mais chateada. Ela entendeu. – ele estava calmo e ficava brincando com meu cabelo delicadamente. – Agora vamos para amanhã buscarmos seu irmão.


            Desci com meu pai até a sala. Onde todos os Weasley – tirando os que estão em Hogwarts – estavam sentados conversando.


            - Pai, - falei – Natti pode passar a noite lá em casa? Já que estou liberada do castigo certo?


            - Gina? – ele perguntou para minha mãe que estava sentada no canto da sala conversando com vovô.


            - Claro amor, claro que pode por que não poderia? 


            - Natti quer passar a noite lá em casa? – perguntei olhando para ela agora


            - Posso pai? – pediu ela


            - Fleur ela pode? – perguntou tio Gui


            - Pode sim, claro. – respondeu tia Fleur


            Nattalie pegou sua camisola de seda, escova de dente e cabelo, roupa trouxa para o dia seguinte e enfiou numa mochila e em um segundo estava pronta. Nossa casa ficava em Surrey. Rua dos Alfeneiros nº 6. Ora, que ironia não? Meu pai queria morar por lá. Então fomos de carro voador para casa. Levei minhas coisas para meu quarto e pedi para papai conjurar uma cama para Natti. Trocamos-nos e deitamos conversando sobre nossos pais, de como eles achavam que ainda somos garotinhas indefesas.


            - Ele não me entende – bufou Natti – Acha que eu estou sendo precoce e que ninguém da minha idade age com tanta violência verbal quanto eu, que na época dele as pessoas de 15 anos eram mais carinhosas.


            - É ai que está o problema – conclui – não estamos na época deles! Nós mudamos tanto fisicamente quanto psicologicamente e intelectualmente!


            - Lembra quando você era bem pequenininha e seus cabelos ruivos davam a impressão de estar dominada pelo demônio? – brincou ela – como você era bonitinha.


            - E quando tínhamos 5 anos, você correndo pela rua daqui de casa quebrando todas as vidraças com piscadas de olhos.


            - Ah sim. E meu pai desesperado conjurando novos vidros. – rimos juntas – Boa noite Thi!


            - Boa noite Natti.


 


            No dia seguinte acordei-me antes de todos em casa, tomei banho, vesti uma calça jeans skinny, uma blusa de algodão branca e um casaco da rola moça preto com detalhes rosa e um tênis branco. Penteei meu cabelo e coloquei uma mochila como bolsa no ombro quando deu exatamente oito horas. Acordei Nattalie:


            - Ai – ela resmungou – o que você está fazendo assim essa hora, Thierry?


            - Nattalie! Nem comece daqui a pouco estamos indo buscar meu irmão, sua irmã e o restante dos Weasley na estação!


            Desci para tomar meu café e meus pais já estavam sentados na mesa, tomando seu café:


            - Bom dia princesa – falou meu pai – que roupa é essa? Achei meio ousada essa barriga de fora!


            - Por favor, Harry. – falou minha mãe revirando os olhos para ele – ela já é uma moçinha!


            - Moçinha também não né mãe! – falei – Adolescente cai perfeitamente, tenho 15 anos!


            Comemos até que Natti entrou correndo na sala com o cabelo revoltado, uma calça jeans, uma bata rosa com um casaquinho leve amassados e um all star. 


            - Desculpe titio, meu cabelo estava pior que isso – ela apontou para o cabelo – minhas roupas estavam amassadas e ai deu isso – apontou para sim mesma.


            - Não foi nada, Natti – falou meu pai rindo – Gina, pode dar um jeito nisso?


            - Claro. – apontou a varinha para Nattalie – Visualiuns!


            Nattalie ficou PERFA (N/A se acostumem eu falo PERFA quando estou falando perfeita). Seu cabelo loiro preso em uma trança, uma calça jeans, uma bata verde de um ombro só e um tamanco de plataforma de fitas verdes.


            Saímos no carro voador de papai até Londres; King Cross; plataforma nove e três quartos. Quando chegamos vários pais já esperavam por seus filhos na beira da plataforma. Logo depois o expresso de Hogwarts chegou, e varias pessoas desembarcaram... Até que vi a cópia de meu pai, James – meu irmão gêmeo, mas nada a ver comigo. Fui a primeira a dar um abraço nele, sussurrando:


            - James, eu te mato, ok?


            - Acho que mereço – ele disse rindo. – resolveram em fim vir para a melhor escola do mundo?


            - Pois é. – falei – E resolvi também com quantos socos sua cara lidaria. – brinquei


            - Já disse que ficarei parado em quanto você me dá socos, porém eu quero saber o porquê desses socos.


            - Se faaaaz! – falei


            Natti foi com sua família para casa. Fomos até o carro ainda brincando e rindo, era divertido ter um irmão. Até que meu pai resolveu interromper nossa brincadeira feliz.


            - Crianças... Entrem no carro, para podermos voar.


            Dentro do carro ficamos normais, James explicou-me como Hogwarts funciona...


            - Bom, tem o campeonato das casas, campeonato de quadribol... Você tem que tomar cuidado com o professor Summerbee de Defesa Contra as Artes das Trevas, Binns de História da Magia, McGonagall de transfiguração e Varney de Poções.


            - Oh, e... Se eu não for para a grifinória, o que eu faço exatamente?


            James e papai bufaram alto.


            - Pense com todas as suas forças que você vai para Grifinória, e você irá. – falou meu pai estacionando o carro na frente de casa


            - Pessoal – falou minha mãe pela primeira vez – querem ir ao beco diagonal? Ou vamos eu e Thierry...


            - Eu vou mamãe – falou James.


            - Eu fico em casa – falou meu pai


            Fomos de pó de flu. Compramos minhas coisas todas. E quando voltamos para casa meu pai estava deitado no sofá, lendo um livro para o trabalho. Eu e James nos deitamos no quarto dele conversando sobre, hã coisas.


            - Qual foi a ultima que você ficou? – perguntei


            - Julie Schimmit. – falou – e você?


            - Charles Scarlet.


            De repente um chamado muito alto lá de baixo nos fez pular:


            - CRIANÇAS – gritou minha mãe – SEUS PRIMOS CHEGARAM PARA VER VOCÊS.


            Descemos as escadas e deparamos com a grande família Weasley. Kelly, Juliana, Gilberto, Fernando, Artur, Molly, Lucy... Todos meus primos. Kelly era a irmã menor de Nattalie, ao contrario da irmã não tinha nada de Delacour, era Weasley por inteiro, Juliana era filha de Tio Jorge e Tia Angelina era uma mistura elegante dos dois, Gilberto filho do tio Percy e sua ex-mulher, era a cara do tio Percy, Fernando e Lucy eram filhos do Tio Ron e Hermione e Molly tinha apenas um ano e era filha do tio Carlinhos.  Toda aquela gente mais nossos avós iam passar a noite de natal conosco. AVENTURA.


 


            E dia 24 de dezembro chegou, eu, James, Nattalie, Fernando – melhor amigo de meu irmão -, Lucy e Kelly passamos o dia organizando a casa, enquanto mamãe e vovó cozinhavam e o restante passava o dia embrulhando e etiquetando os presentes.


            Após a casa estar pronta, nós meninas fomos tomar banho, me vesti assim: um vestido tomara-que-caia, armado em baixo, de seda rosa com uma faixa preta na cintura. Uma sandália gladiador preta, e uma maquiagem mais punk. Nattalie botou a coisa mais fofa que já a vi vestir: vestido tomara-que-caia balonê de uma elegante seda vermelha, um calçado preto e uma maquiagem mais boneca. Já as menores – que se vestiram iguais -  botaram um macacão de seda azulzinho.


            Quando descemos todos já estavam na sala conversando, mas pararam instantaneamente quando viram eu e Natti descer elegantemente a escada. Fernando e James se levantaram e foram pegar nossas mãos ao descer a escada, parecia um gesto ensaiado de tão “câmera lenta” que ficou.


 


            No dia seguinte acordei-me e desci correndo as escadas para ver meus presentes. Ao chegar lá em baixo vi que recebera 3 presentes. De meus pais um medalhão de ouro com o emblema de Hogwarts, de meus padrinhos um anel e de meus avós uma coleção de livros. Ao que eu percebera James ganhou a mesma coisa, mas para variar ele estava dormindo.


 


 


 


(N/A desculpem meu erro de colagem aqui antes :/)

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