Capítulo único

Capítulo único



 


Ele passou pelo corredor. Lá estava ela, lendo sua revista de cabeça para baixo. Ele achou aquilo adorável.
- Olá Luna. – ele disse, sentando-se ao lado dela.
A garota tirou os olhos da revista logo que ouviu aquela voz familiar e arrastada ao seu lado e sorriu ao encontrar seus olhos cinzas.
- Como vai, Draco? – perguntou ela delicadamente. Ele também sorria.
- Muito melhor, obrigado. – e ele apertou a mão dela. – Você tinha razão. É muito mais fácil dormir quando nos concentramos nos sons do lado de fora da nossa cabeça.
Ela sorriu ainda mais e olhou dentro dos olhos dele. Ele amava quando ela fazia isso, parecia que ela conseguia o entender, ver quem ele era por dentro.
- Fico muito feliz que tenha conseguido o que queria, de verdade. – ela disse, ainda o encarando.
Draco sorriu por um instante mas logo ficou pensativo.
- No que está pensando? – perguntou Luna, observando suas expressões avidamente.
- Luna, você... você acha que a Pansy gosta de mim? – perguntou ele devagar.
- Não. – respondeu ela. – Quer dizer, sim. Mas não de você, exatamente. Ela gosta da sua máscara, do que você aparenta ser.
- Máscara? – perguntou o garoto, confuso.
- Sim, sua máscara. – concordou ela, e Draco juntou as sobrancelhas. – Ora, Draco, você não acha que eu acredito que você é tão insensível quanto tenta ser, acha? – ele continuou pensativo. – Mas... por que você estava pensando na Pansy?
Draco não soube como responder.
- Ela... ela não gosta que fiquemos juntos. – respondeu ele, encarando as próprias mãos.
Luna sentiu uma faca atravessar seu coração. Ela sabia que isso iria acontecer, mais cedo ou mais tarde. Sabia que ele a abandonaria como fizeram todos os outros. E sabia que se alimentar de falsas esperanças não iria adiantar em nada. Mas com Draco era diferente. Ele era a última pessoa no mundo que ela gostaria de se despedir.
- Ei, o que foi? – perguntou ele, enxugando as lágrimas que dançavam pelo rosto de Luna.
 - Não quero que você vá embora. – sussurrou ela. Ele a envolveu em seus braços.
- Eu não vou embora. – ele também sussurrou. – Como poderia? Você é a única pessoa que me entende, Luna.
Ela sorriu.
- Eu te amo. – concluiu ele por fim.

 

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