Um Visita Inesperada



Um belo relógio de madeira escura enfeitava a parede daquele elegante gabinete. Seus ponteiros encantados, que a princípio soltavam faíscas multicoloridas a cada hora, já não funcionavam há tempos. O menor deles marcava uma hora quando certamente a meia-noite já se aproximava. Kingsley Shacklebolt havia pensado inúmeras vezes em mandá-lo para o conserto, mas ele tinha aprendido que quando se é 1º Ministro da Magia sempre há algo mais importante a se fazer.


Depois de observar distraidamente o objeto por alguns instantes, Kingsley voltou sua atenção para o memorando que estava à sua frente. Outra vez! Pensou, desgostoso. A mesma história que ele ouvia há dezenove anos estava novamente ali, com um novo cenário e protagonista.


Kingsley sempre havia sido um amante da ação, e a vida burocrática vinha minando as suas energias. Nos últimos anos, ele pensava diariamente que já era tempo de deixar aquele cargo, mas sempre havia um último problema, um último assunto a resolver...


O tempo não tinha lhe favorecido. Ele tinha completado cinco décadas de vida recentemente, mas seus cabelos já haviam ultrapassado tranquilamente o tom de grisalho, e seu corpo, anteriormente musculoso, estava flácido e frágil. Havia acontecido o que o homem sempre temeu – ele tinha se transformado em uma caricatura viva de um burocrata.


Seus melancólicos pensamentos foram interrompidos pelo soar de um gongo, acompanhado por uma voz profunda e ressonante que anunciou: “Minerva McGonagall chegará dentro de instantes”, Eu realmente preciso ordenar que alguém desinstale esse sistema idiota! Pensou o Ministro, pela centésima vez naquela semana. Logo, apareceu em sua lareira uma mulher alta e imponente, vestindo uma longa túnica verde, e com os cabelos firmemente amarrados num coque... A diretora de Hogwarts.


– Como vai Minerva? – perguntou o ministro, em um tom diplomático que ele havia aprendido ao longo dos anos, e que tanto odiava.


– Bem, Kingsley. Você, entretanto...


– Muito trabalho, a senhora sabe...


– Imagino que sim. Assim sendo, não consigo imaginar o motivo que o leva a desperdiçar o seu tempo com assuntos de tal natureza – disse ela, com o rosto franzido como se sentisse um cheiro particularmente desagradável.


– Compreendo o seu ponto de vista, Minerva. Porém...


O Ministro foi interrompido por um novo soar de gongo, seguido da voz que anunciou: “James Ismael, Sabrid Conell, Heitor Biller e Lucky Banton chegarão dentro de instantes”. A diretora encarou o Ministro como se ele em pessoa houvesse dito aquilo.


– Como vão os senhores? – disse o Ministro, quando os homens apareceram.


Os três primeiros eram burocratas clássicos: gordos, velhos e com ar aristocrata; o último deles era jovem, trajava uma jaqueta lilás – que não passou despercebida aos olhos inquiridores de McGonagall – e tinha uma aura de confiança inabalável.


            – Minerva, estes são... – começou Kingsley.


– Eu já os conheço, Ministro, obrigada. Espero que sua capacidade de transfiguração tenha melhorado, Sr. Banton. O senhor foi um aluno sofrível.


– Naturalmente, professora Minerva! – disse o jovem, bem-humorado.


– Estão todos presentes? – perguntou a professora – podemos ir direto ao assunto?


– Certo – disse o Ministro – Por favor, sentem-se. E então, Sr. Banton, o que tem a nos dizer?


– Bem, Sr. Ministro, desde o nosso último encontro, no qual revelei a gravidade da situação, nada de grande relevância aconteceu, mas eu volto a afirmar que...


– E o senhor nos convocou para isso? – indagou Minerva ao Ministro – Acha mesmo aceitável que nós adotemos medidas tão extremas por conta de uma lenda?


– Minerva está certa – afirmou Kingsley – Sem novas evidencias, Sr. Barton, não faremos...


            O gongo o interrompeu novamente.


– Essa dramatização é realmente necessária? – perguntou Minerva, impossibilitando que os presentes ouvissem o nome anunciado. Instantes depois, surgiu um homem de meia idade em um estado calamitoso. Suas roupas estavam rasgadas e seu corpo repleto de escoriações. Ele apoiou-se em uma mesa de canto para recuperar o fôlego e, em seguida, anunciou:


– O Tirante de Gáia se moveu!


– O que? – exclamou o Ministro – Sendo assim, o Sr. Banton estava certo. A lenda é verdadeira! Alguém discorda?


Os burocratas encolheram os ombros, enquanto Banton não conseguia disfarçar o contentamento de estar com a razão. Minerva crispou os lábios, incomodada, mas não conseguiu encontrar palavras argumentar contra tal fato.


– Se todos estão de acordo, seguiremos com o plano emergencial. Convocarei Harry Potter imediatamente!



E para quem gostar desta fanfiction, por favor não deixe de conferir a minha história autoral, os "Guardiões do Universo". Como era de se esperar, há muita influência de Harry Potter no livro! Vocês vão gostar!


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