da carta ao beijo



Chumbo trocado não dói




Hermione sem se levantar, viu em seu relógio que ainda eram 3:00h da manhã, gemeu, não conseguia dormir, apenas pensava em Harry.
- Preciso tirar isso e principalmente ele, da minha cabeça.- pensou a garota ainda muito confusa.
Se levantou, pegou sua pena e um rolo de pergaminho, decidiu escrever uma carta para ver se despejava pelo menos um pouco de sua frustração no papel. Não entregaria ao destinatário, que obviamente era Harry, não teria coragem. Então tomou em sua mão a pena e começou a escrever:
“Querido Harry,
Eu simplesmente não sei como lhe dizer isso.
Desde o primeiro dia em que nos encontramos no trem vindo para Hogwarts, vi que você era uma pessoa adorável e que tinha muito talento, só não sabia que me apaixonaria por você, não sei, mas acho que você nunca reparou, e se reparou, fingiu muito bem, mas o importante é que eu te amo e sempre te amarei, sabe por que?
Porque você é a única pessoa que me compreende perfeitamente, porque você é especial, você é carinhoso e atencioso sempre.
Eu sei que pra você eu sou uma mera amiga, sei que nunca me viu como uma garota, mas isso é passado, pois estou disposta a te esquecer, nossas realidades são diferentes, nossos mundos, de alguma forma, também, não diga nada, apenas sinta, é assim que o amor deve ser, sentido e não entendido, como vinha tentando entender, mas desisti, só sinto e choro a amargura de não te ter ao meu lado.
Lembre- se: a gente não escolhe de quem ama, apenas ama, e o amor não se aprende com livros e sim com o coração.
Beijos de sua Hermione de agora e de sempre!”


- Pronto- disse Hermione agora mais aliviada.- a gora posso dormir.
Deitou- se novamente e desta vez dormiu, feito anjo.
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Harry se revirava, puxava as cobertas, não se aquietava, enquanto Rony e Neville roncavam muito alto.
- Por que ? Por que ela ? Como ? Mione , por que você fez isso comigo?- questionava- se Harry a toda hora.
Harry decidiu, não podia ficar assim, precisava descarregar aquele sentimento de alguma forma. Uma carta. Pegou a pena e pôs –se a escrever:

“Amada Hermione,
Sei que pode parecer estranho, mas é sério, não consigo te tirar do pensamento.
Finalmente reparei quem é você realmente, uma mulher, a pessoa mais sensível e carinhosa que já vi, gostaria que isso tivesse acontecido antes, mas descobri que isso que eu sinto por você sempre existiu, só que com o tempo isso foi crescendo e amadurecendo dentro de mim, descobri que te amava, sabe quando? Quando te vi no baile de inverno do quarto ano, com o Krum, quase explodi de ciúmes, você estava linda e quando você me disse para falar a Cho que eu te achava feia, foi aí que eu tive certeza dos meus atos, te amava e não podia negar.
Sei que não é de mim que você gosta e sim do Rony, já me conformei, nem tudo é perfeito, apesar de que você seria perfeita para mim.
Beijos do seu eterno amado Harry Potter!”


Logo que terminou de escrever, pegou o pergaminho e o enrolou, nunca teria coragem de entregar isso a Hermione.
Deitou- se na cama, fechou o cortinado e dormiu sem demora, esperando sonhar com a morena que perturbava seus pensamentos.
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Era uma linda manhã de inverno quando os alunos do sétimo ano da Grifinória desceram para tomar café. A primeira aula era de transfiguração e tinham várias redações a entregar ao professor Snape na terceira aula , portanto tinham muitos pergaminhos em suas mochilas.
Em especial dois, escritos com muito sentimento, mas de dois donos bem diferentes.
Harry se dirigiu para o salão, sentou-se ao lado de Hermione.
- Bom dia Mione!- cumprimentou Harry querendo parecer o mais normal possível, mas ligeiramente nervoso.
- Bom dia Harry, tá um pouco atrasado não ?- Perguntou Hermione ironicamente.
- É , olha, a sineta, vamos?
- Claro.
- E o Rony?- Perguntou Harry
- Tá lá com a Luna, sempre ela.- respondeu Hermione olhando para o chão.
Harry suspirou.
- Bom dia. – Cumprimentou Professora Mcgonagall.
- Bom dia.- Respondeu a classe em uníssono.
A aula foi tranqüila, Harry, com a ajuda de Hermione, conseguiu transfigurar uma topeira em uma almofada peluda, era tudo que precisava fazer. Rony vivia aluado, assim como sua namorada.
A sineta tocou, todos saíram, mas Harry estava tão distraído pensando em Hermione, que trombou com a mesma que ia na direção oposta, pois seguia para a aula de Runas e Harry para a de Adivinhação. Os pergaminhos dos dois foram ao chão com o encontro, foi uma confusão, Harry recolheu seus pergaminhos e Hermione os dela.
O dia foi corrido, Harry entregou as redações ao Snape, e ficou com um só pergaminho, mas não era um pergaminho qualquer, era a carta que escrevera para Hermione.
Depois do jantar, todos voltaram aos seus dormitórios.
- Já vai subir Harry?- perguntou Hermione.
- Já, tô muito cansado e amanhã tem treino de quadribol.
- Ah tá.- respondeu Hermione.
Harry subiu as escadas, sem olhar para trás.
Despiu-se e deitou-se, se virou de um lado para o outro, sem conseguir dormir, se levantou, pegou o pergaminho da carta e começou a ler. Mas não era a sua carta .
“Querido Harry,
Eu simplesmente não sei...”
Harry correu os olhos pela carta e ao final estava assinada por Mione, decidiu ler.
Pensou: “Deve ter sido na hora do encontro, o meu pergaminho foi parar com ela e o dela comigo. Leu novamente, desceu as escadas de pijama, mas Hermione não estava lá.
- Gina, cadê a Mione?!- Perguntou desesperado.
- Foi andar nos jardins.
- Valeu .
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Hermione caminhava no gramado macio, olhando o luar. Pegou, olhou o pergaminho e o abriu. Tomou um susto, não era o seu e sim o de Harry. Começou a lê-lo:
“Amada Hermione,
Sei que pode parecer estranho...”
Terminou, leu “de seu eterno amado Harry Potter” , uma lágrima brotou de seus olhos e molhou o papel, agora sabia, era correspondida.
Quase ao mesmo tempo, um corpo apareceu a luz do luar, alto, forte, cabelos rebeldes.
- Hermione!- gritou Harry que saiu correndo em direção a ela.
- Hermione, por favo...
- Não diga nada – disse Hermione- shhhhh!
Ela se aproximou, passou sua mão entre os cabelos rebeldes de Harry e o beijou, foi simplesmente mágico, todo aquele momento.
Harry sentiu seu corpo flutuar, aquecer.
Depois que Hermione descolou seus lábios dos dele, uma outra lágrima escorreu e morreu na mão de Harry que a aparou.
- não chore, eu te amo!- sussurrou Harry ao ouvido dela. Ela sentiu o corpo inteiro arrepiar.
- Seu bobo, não tô chorando de tristeza e sim de felicidade, finalmente eu sei que você me ama!
- Claro que sim Srta. Granger.- respondeu Harry a beijando.
- Você é realmente bom nisso sabia?- Disse Hermione desgrudando seus lábios dos dele.
- Andei treinando, mas você também é muito boa, aprendeu nos livros?- Perguntou Harry dando um largo sorriso.
- Obrigada! Tenho minhas técnicas, engraçadinho!- disse Hermione mordendo o lábio inferior, como sempre fazia.
- Não faça isso.
- Isso o quê?
- Isso com os lábios, você me deixa doido, não sabe quantas vezes eu me segurei vendo você fazer isso.
- Hummmmm...
Harry a puxou contra seu corpo e a beijou, queria que aquele momento durasse uma eternidade...
Fim!!!!!

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