Thinking Of You



- Bem, Emilly, seu pai não morreu em um acidente de carro .
- Não ? Mas eu sempre pensei ..
- Emilly, acho que já está na hora deu lhe contar a verdade. - Os olhos da Sra. Smith se encheram de lágrimas, e sua filha sentou-se na cadeira, observando sua mãe chorar.
"Eu estava grávida de 7 meses da sua irmã. Seu pai e eu fomos dar um passeio de carro. Eu sabia que ele já era um bruxo. Mas ele só me contou depois de nos casarmos. Ele tinha medo de eu não aceitá-lo. Ele fazia parte de uma organização, a Ordem da Fênix, dizia ele que ajudaria todos nós. Eu não aceitava que ele preferisse ficar no mundo bruxo com eles do que comigo, aqui. Mas mesmo assim eu o amava, e ele era um homem perfeito. Então estávamos no meio da estrada, quando tudo ficou gélido, sem vida, sem esperança, e aquele momento bom se foi. Tudo era vazio. E quando menos esperava, eu e seu pai estávamos sendo sugados. Sugados por coisas estranhas, invisíveis, que eu não podia ver. Mas ele podia. E então ele fez uma cara de assustado e caiu. Eu depois disso eu não vi mais nada.
"Acordei no hospital dos bruxos dois dias depois. Eles me contaram que foram dois dementadores que nos atacaram. Que eu tinha so desmaiado. Mas que era seu pai que eles procuravam, e deram o beijo do dementador nele. E seu pai ... estava morto. Todos no mundo trouxa deram como acidente de carro, por que, segundo testemunhas, estávamos os dois desacordados dentro do veículo, do meio de uma estrada.
"Eu não queria contar para vocês isso, então fiz vocês acreditarem que foi mesmo um acidente de carro. Tinha medo de vocês ficarem tristes, por não terem poderes. Mas ai apareceu você.
"Eu brigava com você, eu tinha medo. Medo que você tivesse o mesmo dom de seu pai. Medo de que você fosse pelo mesmo caminho dele. Medo que você preferisse ficar lá, ao invés de aqui. Medo de te perder, assim como perdi seu pai."
Os olhos dela estavam encharcados, as lágrimas caiam de seus olhos cada vez mais. Emilly também chorava. Por um momento ambas ficaram em silêncio.
- Mamãe.
A Sra. Smith levantou a cabeça, olhando a filha.
- Sim ?
- A Katie sabe disso ?
- Não. Tive medo que ficasse triste por não ser uma bruxa. Que ela te odiasse quando soubesse que você tem e ela não. Que você é a única que herdou de seu pai.
- Mas ela já me odeia.
- Não, ela não te odeia.
O silêncio pairou mais uma vez sobre a cozinha, até ser interrompido.
- Então não devo contar pra ela ?
- Acho que não seria uma boa hora.
- Então, o papai me deixou galeões ?
Ela assentiu com a cabeça. Então mãe e filha se levantaram e se abraçaram, como nunca haviam se abraçado antes. Um abraço forte e caloroso.
- Bem filha, acho que devemos ir logo falar com a professora não ?
- Cara, nós deixamos ela com a Katie, se deixarmos mais ela vai surtar.
E entre risinhos se dirigiram para a sala.

POV Minerva

Oh My Merlin, me tirem daqui, por favor ! Não acredito que elas saíram e me deixaram sozinha com essa ... menina. Ela vai me comer viva ! Pela cara dela parece que acha que sou gostosa. Tá, eu sou gostosa. Mas não assim !
- Tia ! - Meu Deus, quais serão minhas últimas palavras ?
- Fale.. querida.
- Você sempre usa esse chapéu bicudinho ?
- Er, sim. - Chapéu bicudinho ? QUEM ELA PENSA QUE É PRA FALAR DO RUDOLF ?!
- A senhora não conhece aquele gatinho do Harry?  Sabe, sempre preferi o Rony, mas o Harry é gato também. Sabe, a senhora bem podia sair pra fazer umas comprinhas, tá precisando em tia ! - TIA ?! - E esse pano de chão ai ? Não vai tirar não ? Ele não coça ? A senhora não gostaria de fazer uma limpeza de pele, sei lá, botar botox, esticar a carinha um pouquinho. Tem uma moçinha aqui perto que faz isso sabe. É bem, e essa coisa de ser bruxa ? A senhora tem uma varinha, essas coisas ? E esse Dumby que a tia falo ? Você e ele ... 'Sê' sabe né ? Aposto que a senhora dá uns pega nele am ? Tu 'num' é fraca não em tia !
Meu Merlin, que garota louca ! Ela me dá medo o.O Será que se eu usar um abaffiato, ou alguma coisa assim ela para. Mas eu não posso :/ Santo Merlin, eu vou morrer em segundos !
- Tiiiiiiiiia !
- Sim ? - que que essa louca vai falar ?
- A senhora já comeu pão com ovo ?
- Er... - GRAÇAS AO MEU SANTO MERLIN, ELAS CHEGARAM ! EU IA MATAR A EMILLY NO BECO DIAGONAL E ESCONDER O CORPO DELA DENTRO DE UM DETONADOR CHAMARIZ SE ELA DEMORASSE MAIS UM POUQUIIIINHO.
- Vocês querem comer alguma coisa ? - Santa Sra. Smith !
- PÃO COM OVO, AI VOU EEEEEEEEEEEEU ! - Tá bom, essa menina não é normal !

POV Minerva OFF


Todas se levantaram e se dirigiram a cozinha, deixando a Sra. Smith para trás. De dentro do bolso ela tirou uma foto velha e enrrugada com o tempo, já meio amarronzada. Nela, um homem estampado, sorriso animadamente. Ao lado dele ele observava seu próprio reflexo agora de vestido branco e véu. Ela beijou o retrato e se dirigiu a cozinha, se reunindo com todas as outras.
Minerva estava sentada na cadeira mais acolchoada, em que Emilly a colocara para ficar confortável. Emilly estava sentada em cima da mesa, sendo olhada com um olhar de reprovação pela professora, que como não era sua casa não podia ver nada. Katie estava sentada em cima do balcão, de pernas cruzadas e olhando fixamente pro nada. E com o mesmo olhar vago ela perguntou :
- Tia, posso te fazer só mais uma pergunta ?
- Ehr, pode sim ...
- A senhora solta pum ? Por que a senhora tem uma cara de quem solta um pum fedido no elevador e não conta pra ninguém .
A professora olhou abismada pra Katie e depois para Emilly, com um olhar de piedade.
- Bem Katie, acho que isso é pergunta que se faça pra uma visita.
- Tá bom, era só curiosidade mesmo.
- Senhorita Smith, sua irmã é ... digamos ... sempre assim ? - Minerva perguntou, por baixo da mesa.
- Na verdade, acho que sua entrada triunfal derrubando a porta mexeu um pouco com o último neurônio que lhe restava. Mas ainda acho que ela tem um retardamento mental, mas mamãe não gosta que eu fale isso para as visitas ! - Respondeu, no mesmo sussurro. Ambas deram um risinho e a Sra. Smith adentrou a sala.
- A Sra. quer um café, água ...
- Não, obrigada, não posso demorar muito. - Ela disse, se levantando. - Só quero saber. Então, Emilly pode ir comigo ou não ?
- A senhora vai cuidar dela ?
- Sim.
- Vai protegê-la ?
- Claro.
- Vai enfiar ela num detonador-chamariz e deixar no beco diagonal ?
- Mas como ... ? Não, claro que não.
- Então está bem. Pode ir sim.
- Que ótimo ! Então Emilly, vamos ?
- Vamos sim ! Tchau mamãe. - Deu um beijo estalado e um abraço apertado na mãe. Agora, estavam mais unidas do que nunca. - Tchau Katie.
- Tchau. - A irmã continuava com o olhar vago, sem se importar com o que acontecia.
- OLHA KATIE, O DI DO NX !
- Onde ?! - A irmã mexia a cabeça de um lado pro outro procurando ele. Emilly morreu de rir.
- Tchau Katie !
Katie olhou com um olhar raivoso pra irmã.
- TCHAU MANINHA !
E entre risos, ela e a professora McGonagall saíram em direção à porta. Acenando animadamente para a mãe, que chorava a porta, saiu saltitando pela rua.
- Vamos Tia Mi ! Vamos arrasar no Beco Diagonal !
E a professora ia atrás dela, rindo da animação da pequena garota.

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