Quadribol: Grifinória contra S

Quadribol: Grifinória contra S



Rose estava feliz por ter voltado para Hogwarts após o recesso de natal e ano, mas, da mesma maneira, também está louca para chegue o verão e ela possa voltar para Londres. Primeiro, por que a sua irmãzinha já vai ter nascido e segundo, por que quer descobrir qual o segredo da sua mãe e do seu tio Harry.


Durante a semana seguinte ao não natal, não conseguiram descobrir se os dois estavam namorando escondidos de todos, nem mesmo um outro beijo. E a garota sabia que seus primos estão achando que ela imaginou isso, o que a deixa muito irritada.


Mas agora não tinha mais tempo para se preocupar com isso, estavam de volta a escola tinham outras preocupações. Hogwarts inteira está voltada para o grande evento do próximo final de semana: o jogo de Quadribol; Grifinória X Sonserina, valendo a taça do campeonato entre as casas.


Rose não conseguiu ver o seu namorado durante toda a primeira semana de aula, somente a noite, no salão comunal antes de todos irem dormir. Isso por que ele passava todo o tempo livre treinando com o resto da equipe da Grifinória. Mas ela sabia que sábado a noite tudo voltaria ao normal.


Sábado não demorou muito para chegar. E logo que acordou, Rose pode perceber o grande movimento no salão comunal da Grifinória. Conseguiu reconhecer, no meio da multidão, seu irmão carregando um enorme bandeira.


- Bom dia Rose! - ele disse com um enorme sorriso.


- Como você esta empolgado com o jogo de hoje! - observou enquanto encarava o menino de cima a baixo – Não me lembro de ter te visto desse jeito nos jogos contra a Corvinal e a Lufa-Lufa.


- Esse é o jogo contra a Sonserina, nossa maior rival – ele lembrou – Além disso, se vencermos hoje, vamos ser os campeões do torneio de Quadribol entre as casas.


- Está bem então! - ela revirou os olhos.


- No jogo do ano que vem! - continuou, parecendo ignorar o que a irmã estava falando – Espero estar jogando no time da Grifinória.


- Você viu o Alvo por ai? - a menina resolveu perguntar de uma vez.


- Ele já foi para o salão principal junto com todo o time da Grifinória – respondeu apontando em direção a saída do salão comunal – Parece que eles queriam tomar café cedo para irem se preparar para o jogo.


- Certo! - concordou com a cabeça – Vou até lá ver se ainda encontro ele.


- Boa sorte! - acenou para a irmã, que já tinha saído do seu lado – Vejo você na hora do jogo, maninha.


Não demorou para a garota chegar ao salão comunal. O local estava totalmente cheio, mas conseguiu encontrar seu namorado no final da mesa da Grifinória, juntamente com irmão mais velho.


- Oi meninos! - disse, com um enorme sorriso no rosto, enquanto se sentava ao lado deles – Estão preparados para o grande jogo?


- Mais ou menos! - foi Alvo quem respondeu.- Não importa quantos anos eu jogue quadribol, sempre vou sentir um frio na barriga antes de cada jogo.


- Já eu, não sinto essas coisas – o outro disse – Estou doido para acabar com esses sonserinos.


- Eu, simplesmente, não entendo essa rivalidade toda entre a Grifinória e a Sonserina – Rose comentou – É tudo muito bobo.


- Priminha, ás vezes eu me pergunto se você é mesmo da Grifinória! - comentou, batendo de leve nas costas dela.


- É claro que eu sou da Grifinória, assim como a minha mãe! - respondeu – E tenho certeza de que ela pensa da mesma maneira que eu. Por isso teve um monte de briga com o meu pai e o tio Harry quando estavam aqui.


- Adoraria ficar aqui discutindo com você, mas nos temos que ir! - se virou para o irmão mais novo – Vamos logo Alvo.


- Claro! - concordou com a cabeça – Deixa só eu me despedir da Rose. É só um minuto.


- Você vai vê-la no final do jogo, nem vai dar tempo de sentirem saudades um do outro – revirou os olhos – Mas tudo bem, vou deixar os pombinhos a sós.


Esperaram até o garoto se afastar um pouco e começaram a rir.


- Um dia ele vai arranjar uma namorada! - Alvo comentou – E eu vou rir muito por ele estar agindo da mesma maneira que eu.


- Com certeza! - ela concordou.


- Sabe Rose! - virou-se para a namorada – Eu preciso do meu beijo de boa sorte. Ou então, não vou conseguir jogar direito.


- Não acredito que você é supersticioso desse jeito – não pode deixar de rir – Mas tudo bem, não sou eu que vou reclamar.


Rose deu um rápido beijo no namorado. Mas ele a puxou, antes que se afastasse, para poder aprofundar o contato.


- Essa vitória será para você! - completou, mantendo a testa colada na da garota – E, somente por você.


- Pensei que fosse para provar para provar para a Sonserina que somos melhores que eles – comentou sem se mover um centímetro.


- Essa é só uma desculpa! - explicou – Você sempre foi o motivo principal.


- Certo! - deu um pequeno sorriso.


Alvo a beijou mais uma vez antes de se levantar.


- Acho melhor ir logo! - falou – Ou vão mandar alguém vir aqui me buscar a força.


- Esta bem! - concordou a cabeça – Boa sorte no jogo.


Não demorou muito para Jully se juntar a ela. As duas tomaram o café da manhã em silêncio.


- Acho melhor irmos! - Jully disse enquanto olhava para o relógio de pulso – O jogo começa em meia hora e precisamos encontrar bons lugares a arquibancada.


- Vai indo na frente! - a outra pediu – Encontro você daqui a pouco.


- Tudo bem! - achou muito estranha a atitude da amiga, mas achou melhor não falar nada sobre isso – Vou guardar um lugar para você, então.


Rose ficou mais dois minutos encarando o prato vazio na sua frente. Depois, decidiu caminhar pelos jardins.


Perto do estádio, encontrou Lilian e as amigas conversando animadamente. Acenou para prima e decidiu seguir por outro caminha, em direção ao lado negro.


Sentou na margem e ficou, apenas observando a água, que passava lentamente. Estava tão perdida em seus pensamentos, que nem percebeu quando alguém sentou bem ao seu lado.


- Olá Weasley, que surpresa te encontrar aqui! - virou-se, e encontrou Andrew Spelman – Pensei que fosse estar no jogo dando uma força para o seu namorado.


- Posso dizer a mesma coisa de você! - comentou, voltando a olhar na direção do lado – Por que não está assistindo o jogo?


- Você pode até achar estranho! - explicou – Mas eu não gosto muito de Quadribol, só vejo quando estamos aqui em Hogwarts. Além disso, todos sabem que a Sonserina não tem a menor chance nesse jogo, a Grifinória é muito melhor.


- Pensei que você não gostasse de Quadribol! - comentou, olhando para o garoto – Como é que sabe de tudo isso.


- Eu disse que não gostava do jogo! - deu de ombros – E não que eu não entendesse.


- Eu também não gosto de Quadribol, é um esporte muito perigoso! - ela começou a falar – Mas entendo um pouco, por causa do meu pai.


- Ele foi goleiro do time da Grifinória! - lembrou – Não é mesmo.


- Sim! - respondeu balançando a cabeça afirmativamente – Eu ainda me lembro quando o meu pai me levou para voar de vassoura pela primeira vez. Eu só tinha quatro anos.


 


*Flash Back*


- Rose! - ouviu seu pai gritar do andar de baixo da casa – Vamos logo, ou vai ficar tarde.


- Já estou indo pai! - gritou de volta em resposta.


Ela se olhou mais uma vez no espelho antes de sair do quarto. Hoje iria aprender a voar pela primeira vez, seria o dia entre pai e filha mais perfeito de todos.


Assim que chegou ao último degrau da escada, Rony a pegou no colo.


- Você está preparada para aprender a voa Rose? - perguntou.


- Sim! - ela respondeu levantando os dois bracinhos.


- Ótimo! - falou – Já peguei as vassouras e também mandei uma coruja para a sua avó, vamos almoçar lá depois.


- Oba! - pareceu mais feliz ainda – Adoro almoçar na casa da vovó.


- Já estamos indo Mione! - o ruivo avisou – Vamos estar de volta antes que comece a escurecer.


Nesse momento, a morena saiu de dentro da cozinha com Hugo no colo, ela não parecia estar muito feliz com tudo isso.


- Tudo bem, mas qualquer coisa você me manda um coruja! - pediu – Sabe o quanto eu fico preocupada quando você vai voar, principalmente por que você vai levar a Rose junto.


- Por que você não vem com a gente mamãe? - a menina perguntou – Vai ser muito divertido.


- É verdade Mione! - Rony concordou – Ia ser muito bom se você viesse com a gente.


- Acho melhor eu ficar em casa! - explicou – Mas, por favor, Rony, toma muito cuidado com a Rose. Não deixa ela se afastar muito de você nem ela voar muito alto.


- Pode ficar tranqüila Mione! - disse revirando os olhos – Sei muito bem cuidar da nossa filha. Ela vai ficar muito bem.


Os dois saíram e caminharam até um lugar seguro em quem pudesse aparatar.


- Segura bem firme em mim Rose! - o homem pediu – Para podermos aparatar juntos.


- Tudo bem papai! - concordou com a cabeça.


E no segundo seguinte, estavam em um enorme gramado. A garota sabia muito bem que lugar era esse, bem no fundo podia ver a casa dos seus avós.


- Isso foi muito legal! - ela começou a pular – Mal posso esperar para ter idade de começar a aparatar.


- A aparatação coletiva não é o mais recomendado – explicou – Mas iria demorar muito se viéssemos de carro.


- Então vamos começar as aulas pai! - pediu – Quero muito começar a voar.


- Você é mesmo muito apressada! - bagunçou, de leve, o cabelo da menina – igualzinha a sua mãe.


Rose deu um sorriso de leve.


- É tudo muito simples! - disse enquanto pagava uma das vassouras e dava a outra para a filha – Você só precisa montar na vassoura, pegar impulso e tirar os dois pés do chão – ia demonstrando cada gesto enquanto falava.


Foi vez dela fazer. Conseguiu voar cinco centímetros do chão antes de pousar novamente.


- Você foi muito bem Rose! - Rony disse, orgulhoso – Se continuar assim, vai estar voando melhor que o time de Quadribol da Inglaterra.


- Também não precisa exagerar pai! - ela não pode deixar de rir – Eu só estou começando.


Continuaram as aulas de vôo por mais uma hora e meia. Rose já tinha progredido bastante no seu aprendizado.


- Acho que já está bom! - o ruivo falou, se sentando na grama – Sua avó já deve estar nos esperando.


- Ainda não papai! - cruzou os braço, parecendo brava – Vamos voar só mais um pouquinho.


- Eu já estou cansada! - suspirou pesadamente – Precisamos descansar um pouco.


- Tudo bem! - concordou, por fim – Mas, podemos continuar treinando depois do almoço?


- Claro! - concordou enquanto a pegava no colo – Pelo jeito você herdou mesmo o meu talento no quadribol.


- Mas isso ainda não é quadribol! - ela lembrou – Só estou aprendendo a voar na vassoura.


- Se continuarmos a vir aqui toda a semana, daqui a um mês posso começar a te ensinar a jogar – observou – Tenho certeza de que você vai ser a melhor goleira da história da Grifinória e vai ajudá-los a ganhar a taça das casas em todos os anos que estiver lá.


- Você está falando sério pai? - ficou um pouco surpresa, mas pareceu bastante empolgada.


- É claro que sim! - concordou com a cabeça – Alguma vez já menti para você?


- Não! - respondeu balançando a cabeça afirmativamente.


Os dois foram caminhando em direção A Toca.


*Fim do Flash Back*


 


- Algumas semanas depois eu cai da vassoura enquanto voava e quebrei a perna – completou – Fiquei com medo de jogar e perdi o interessa até em assistir. Mas essa é uma das maiores lembranças que eu tenho da minha infância.


- O seu pai devia ser mesmo um cara incrível! - Andrew observou – E você deve mesmo sentir muita falta dele.


- Não tem idéia do quanto! - falou, sem conseguir encará-lo – É muito difícil, principalmente em dia de jogo de quadribol. Foi meu pai que me ensinou tudo que sei sobre o jogo e é quando me lembro mais dele.


Rose começou a chorar e o garoto a abraçou.


- Obrigada! - disse quando se afastou – Você deve estar me achando uma chata por estar aqui desabafando com você. Nós dois nem nos conhecemos.


- Mas eu posso imaginar o quanto você está sofrendo, mesmo nunca tendo passado por nada parecido – disse com calma – E sempre que precisar desabafar ou só de um ombro para chorar, eu vou estar aqui.


- Muito obrigada! - falou enquanto se levantava – Acho melhor eu ir ver como está o jogo!


- Sabe Weasley! - fez com que a garota parasse de andar o olhasse novamente – Se nós não fossemos de casas rivais, até que poderíamos ser amigos.


- Com certeza! - concordou com a cabeça antes de voltar a andar.


Assim que chegou ao estádio todos estavam comemorando felizes. O jogo já tinha acabado, a Grifinória ganhou de 200 a 40.


Em vez de ir para a arquibancada, Rose decidiu ir na direção dos vestiários para encontrar o namorado. Os dois voltaram para o castelo de mãos dadas.


- Você viu como eu peguei o pomo de ouro rápido – o garoto começou a falar ainda bastante empolgado – Ainda não estou acreditando em como eu consegui fazer isso.


- Você é incrível – deu um beijo na bochecha dele – Ganhou o jogo por que tem muito talento, só isso.


No meio da multidão que se concentrava nos corredores do colégio, viu Andrew parado em um canto encostado na parede. Sorriu para o seu novo amigo antes da caminhar em direção ao salão comunal da Grifinória aonde já estava acontecendo a festa a vitória.

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