A gravidez




Era uma manhã nublada em Londres e, nesse momento, começava a cair uma chuva bem fina. Havia uma grande quantidade de pessoas reunidas no cemitério bruxo, localizado na saída da cidade.


Todos estavam lá para poderem se despedir de Rony. Ele seria enterrado bem ao lado de seu irmão mais velhos, Fred Weasley.


Harry ficou parado um pouco isolado dos outros para poder observar a todos que estavam local.


A senhora Weasley estava chorando no ombro do marido que estava passando a mão pelos cabelos dela, também dava para perceber algumas lágrimas caindo pelos olhos do homem. Rose estava sendo confortada pelo namorado, ela estava soluçando de tando chorar. Já Hugo, estava sentando em um canto sozinho, dava para perceber que ele estava tentando se fazer de forte naquele momento.


O moreno se focou, principalmente em Hermione. Ela estava mantendo o olhar focado no horizonte enquanto Gina a segurava pelo braço, a impressão que dava era de que não conseguiria se manter em pé se a cunhada a soltasse naquele momento.


Ele se lembrava muito bem do como a amiga estava quando foi buscá-la mais cedo naquele dia. Estava com dua olheiras enormes e seus olhos estava totalmente vermelhos,como se tivesse chorado durante toda noite.


Durante o caminho, a mulher não comentou absolutamente nada de como estava se sentindo. Apenas contou como tinha sido a conversa com os filhos na noite anterior.


 


*Flash Back*


Hermione abriu a porta de casa. Suspirou pesadamente e se largou no sofá.


- Eu vou para o meu quarto! - o menino disse quando já estava com o pé no primeiro degrau da escada – Acho que vou jogar um pouco de Snape explosivo. Você quer vir Rose? Podemos jogar xadrez bruxo se você preferir.


- Espera Hugo! - a morena o chamou, fazendo com que parasse no mesmo instante – Preciso falar uma coisa com vocês dois.


- Eu já devia saber! - Rose estava em pé perto da porta e com os braços cruzados.


Hermione ficou encarando a filha por alguns segundos. A menina era mesmo muito esperta, provavelmente já deve estar desconfiada do que aconteceu.


- Você nos fez ir embora da Toca antes da vovó Weasley servir o almoço – lembrou – E esta parecendo que você chorou. Então não deve ser uma coisa muito boa.


- Você está certa Rose – disse por fim – Acho melhor vocês dois se sentarem aqui comigo.


As crianças se sentaram uma de cada lado da morena. Ela segurou a mão deles e apertou levemente.


- O que foi que aconteceu mãe? - Hugo parecia bastante ansioso


Ela não conseguiu dizer mais nada, apenas começou a chorar novamente.


- Foi alguma coisa que o tio Harry te disse? - Rose perguntou e recebeu um aceno de cabeça como resposta – Foi alguma coisa que aconteceu com o papai? Na missão?


- Exatamente – respondeu. A garota colocou a mão na boca para abafar um grito.


- Quer dizer que ele... - tentou limpar as lágrimas que começaram a cair, mas não conseguiu.


- Mas isso não é possível – o menino comentou – Papai sempre foi um bom Auror, como pode deixar que alguém o pegasse.


- Harry disse que ele estava distraído e o atingiram com um feitiço de costas – explicou calmamente.


- Mas por que o tio Harry não o ajudou – quis saber – Se ele viu o o homem que o atacou, poderia detê-lo.


- Essas coisas acontecem muito rápido Hugo, não dá tempo de fazer nada – começou a passar a mão pelo cabelo do filho – Eu me lembro como era isso durante a guerra contar Voldemort.


- Não é para você ficar com raiva do tio Harry, Hugo – Rose disse para o irmão – Ele deve ter feito tudo que podia para salvar o papai.


Ele acabou concordando com a cabeça.


- Ainda não sei como será a nossa vida daqui para frente – puxou os filhos para mais perto de si – Tudo que eu sei é que, a partir de agora, seremos somente nós três e teremos que conviver com isso.


*Fim do Flash Back*


 


Harry ficou olhando para todas aquelas pessoas que estavam ali. Rony tinha uma esposa que a amava, filhos maravilhosos e uma grande e feliz família, todos muito tristes com a morte dele.


Se ele tivesse ido no lugar do amigo somente os seus filhos fossem ficar trites e, talvez, alguns amigos. Mas, com certeza, seriam menos pessoas. Talvez tivesse sido melhor assim.


Quando tudo terminou, várias pessoas estavam indo falar com Hermione. Então o moreno foi até lá ver como estava a amiga.


- Oi Mione! - colocou a mão no ombro da mulher.


- Oi Harry! - deu um sorris fraco na direção dele – Quero te pedir desculpas, estou te dando muito trabalho nesses últimos dois dias.


- Não tem importância Mione! - garantiu – Mesmo eu não me lembrando, eu já passei por algo semelhante a isso. E quero te dar todo o apoio que você precisar.


- Eu também estou aqui para te ajudar Mione! - foi Gina quem falou dessa vez – Você sabe que qualquer coisa que você precise é só me chamar.


- Eu sei disso Gina! - concordou com a cabeça.


Foi nesse momento que Luna surgiu ao lado deles.


- Parece que eu cheguei tarde demais! - a loira pareceu bastante chateada – Eu estava de férias no Brasil quando recebi a carta da Gina contando o que tinha acontecido. Peguei o primeiro avião que eu consegui para Londres. Queria estar perto da Mione nesse momento.


- Eu estraguei as suas férias Luna – Hermione comentou


- Você e Rony sempre foram meus amigos – lembrou – Sei que fariam a mesma coisa por mim.


- E aonde está o seu marido Luna? - foi a ruiva quem perguntou dessa vez.


- Ficou lá no Brasil junto com as crianças! - respondeu – Ainda vou voltar para lá, tenho uma passagem marcada para hoje de noite. Vou aproveitar que estou aqui para pegar algumas coisas em casa.


Por alguns segundos todos ficaram em silêncio.


- Acho melhor eu ir embora – Luna falou – Parece que a Mione não está com muita vontade de conversar.


Logo depois, a loira desaparatou.


- Quando você quiser ir embora é só me avisar Mione! - Harry avisou – Eu já estou pronto para te levar para casa.


- Acho podemos ir embora agora! - ela deu de ombros – Não tem mais motivo para ficarmos aqui parados mesmo.


- Vou chamar a Rose e o Hugo então – avisou,.


No momento em que o moreno saiu em direção aonde as crianças estavam, a senhora Weasley se aproximou para falar com a filha e cunhada.


- O que acha de todos irmos lá para casa agora? - sugeriu – Eu posso fazer um almoço e todos nós poderemos conversar um pouco. Para poder distrair a cabeça.


- Não estamos em clima para festa mãe! - a outra lembrou.


- Não é uma festa Gina! - revirou os olhos – Vamos somente comer alguma coisa. Tenho certeza de que estão todos com muita fome.


- Para falar a verdade eu estou com um pouco de fome sim! - foi a morena quem respondeu – Vamos para lá sim. Vai ser muito bom para as crianças.


- Então acho que eu vou também! -Gina concordou – Vou até lá falar com o Victor os nossos planos.


- O Jorge e Gui disseram que vão também! - a matriarca da família explicou – Já o Percy disse que precisar fazer algumas coisas no ministério e não pode deixar para amanhã.


- Já falei com as crianças Mione! - Harry disse assim que retornou – Vou pegar o carro que está estacionado. Vocês me encontram na porta daqui a cinco minutos.


- Mudança de planos! - avisou – Nós vamos para a Toca. Mas, se você não quiser ir, não tem problema. Eu posso voltar com a Gina depois.


- É claro que eu vou também – respondeu – Isso é, se a senhora Weasley permitir.


- Claro que eu permito, Harry querido – concordou com a cabeça – Sabe que é mais do que bem vindo lá em casa.


- Vai ser bom para mim mesmo – a morena continuou a falar – Em casa eu vou ficar pensando no Rony toda a hora. Pelo menos assim eu me distraio.


Todos caminharam para a saída. O moreno parou, por um minuto, para olhar a nova lápide que, agora, estava ao lado da Fred Weasley. Nela dizia:


 


Ronald Bilius Weasley 1/3/1980 – 23/08/2020


 


Menos de uma hora depois, estavam todos reunidos na casa da família Weasley. As “crianças” estavam no quintal, enquanto os outros estavam sentados na mesa da cozinha.


- E então Hermione! - a senhora Weasley começou a falar depois de alguns minutos em silêncio – Como estão os seus pais lá na Austrália.


- Muito bem! - concordou com a cabeça enquanto mexia com o garfo no seu prato, que estava totalmente intacto – Falei com eles ontem a noite, depois de conversar com as crianças. Eles queriam vir para cá imediatamente, mas eu disse que não precisavam fazer uma viagem tão grande só por minha causa, todos vocês estavam aqui comigo. Concordaram, mas falara que, qualquer coisa, era só chamá-los.


- Certo! - concordou com a cabeça.


Foi nesse momento que a morena se levantou da mesa. Fazendo com que todos se virassem para observa-la.


- Aonde você vai Mione? - foi Gina quem perguntou.


- Quero ir para casa – avisou – Estou com muito sono, não dormi direito ontem de noite. Fiquei olhando as fotos do meu casamento com o Rony.


Ninguém disse nada. Não sabiam o que poderiam fazer para que a mulher se sentisse melhor.


- Estávamos tão felizes naquele dia – foi nesse momento que começou a chorar – Eu me lembrei na época da guerra com Voldemort, pensei que nunca conseguiríamos ser felizes. Passamos por tudo aquilo e agora foi acontecer uma tragédia dessas.


O de olhos verdes foi até a amiga para poder abraçá-la.


- Eu vou te levar para casa Mione! - avisou antes de se virar para os outros – Gina, será que você pode chamar a Rose e o Hugo lá fora?


- Posso sim! - respondeu enquanto se levantava – Para falar a verdade, acho que eu também vou embora. O que você acha Victor?


- Por mim pode ser! - deu de ombros.


Os dois amigos foram até a sala. Logos Hugo entrou no local, lentamente, seguido por Alvo e Rose, que estavam de mãos dadas.


- Que bom que você também está aqui Alvo – a ruiva disse – Nós também já vamos embora. Vai até lá chamar os seus irmãos.


- Está bem! - concordou – Tchau Rose.


Ele deu um selinho na menina. Fazendo com que Gina e Hermione se entreolhassem e sorrissem.


- Você também já está indo pai? - já estava saindo para o quintal, quando parou e se virou.


- Sim! - respondeu – Vou levar a sua tia Mione e seus primos para casa.


- Certo! - completou – Eu, o James e a Lilian vamos até a sua casa na semana que vem antes de voltarmos para Hogwarts, não é mesmo?


- Vão sim! - falou – Como fazem sempre, todo os verões.


O garoto sorriu antes de passar, correndo pela porta.


- Acho que é isso! - a morena deu de ombros – Tchau Gina!


- Tchau Mione! - a mulher abraçou a cunhada – Sabe que qualquer coisa você pode me ligar, não é mesmo.


- Sei sim! -balançou a cabeça afirmativamente.


Assim que saíram da Toca, pegaram a estrada em direção a Londres. Quando Hermione percebeu, já estavam parando o carro na frente da garagem de casa.


O moreno acompanhou os três até a sala. O local estava totalmente escuro, mas logo Rose acendeu as luzes.


- Muito obrigada por tudo Harry! - a mulher disse se virando para o amigo – Acho que agora todos nós precisamos descansar. Foi um dia cheio de emoções.


- Com certeza! - concordou com a cabeça, foi quando o seu olhar recaiu sobre a porta da cozinha – Mas antes de eu ir embora, será que você pode me responder uma coisa Mione?


- Claro que sim! - disse.


- Vocês têm alguma coisa para comer mais tarde? - perguntou, logo em seguida – Tenho certeza de que você vai ter cabeça para cozinha mais tarde.


- Isso é verdade! - concordou com a cabeça – Mas, não se preocupe com isso. Podemos pedir uma pizza mais tarde.


- De maneira nenhuma Mione! - falou rapidamente – Eu posso preparar alguma coisa agora.


- Não precisa Harry! - revirou os olhos – Tenho certeza de que você também está querendo ir para casa.


- Eu não tenho nada para fazer em casa hoje – garantiu – Além disso, percebi que você quase não tocou na comida quando estávamos lá na Toca.


- Não estava com fome! - deu de ombros – E eu ainda não estou com fome, para falar a verdade, estou um pouco enjoada.


- Mas você precisa comer alguma coisa – insistiu – Você não quer ficar doente agora, não é mesmo.


- Tudo bem, então – concordou, por fim, depois de suspirar pesadamente – Você pode preparar alguma coisa para comer.


- Perfeito! - sorriu antes de se virar para Hugo e Rose, que estavam sentados no sofá totalmente calados – Estava pensando em fazer o meu macarrão especial. Vocês querem me ajudar crianças?


- Claro! - responderam juntos antes de se levantarem.


- Assim vocês me mostram aonde estão todas as coisas – completou enquanto os dois irmãos iam em direção a cozinha – Quanto a você – virou-se, novamente, para Hermione – Vá tomar um banho bem relaxante. Quando você voltar vai estar tudo certo.


- Tem certeza de que não vai precisar de ajuda? - quis saber.


- Não se preocupe, a Rose e o Hugo vão me ajudar – garantiu – Apenas descanse, você está precisando.


- Certo! - deu um sorriso rápido – Eu não demoro.


Ela subiu as escadas e foi diretamente para o seu quarto e, em seguida, para o banheiro. Assim que entrou no local, um enjôo subiu pela sua garganta e tudo que conseguiu fazer foi correr em direção a privada para poder vomitar. E lá se foi todo o seu café da manhã, que já não tinha sido muito.


Harry tinha toda a razão, ela precisava se alimentar direito. Mas não consegui pensar em comer nada com a quantidade de coisas que estavam passando pela sua vida.


Foi até a pia e lavou seu rosto e se olhou no espelho, estava muito pálida. Resolveu tomar um banho de banheira para ver se sentiria mais relaxada.


E, pelo visto, funcionou, no momento em que a sua pela encostou na água morna, pode sentir todos os nós do seu corpo se desafazendo. Encostou a cabeça na parede do banheiro e fechou os olhos para tentar descansar. Mas os seus pensamentos só a levaram para uma única pessoa: Rony.


Começou a se lembrar de todos os momento que viveu com o marido. Quando se conheceram no expresso Hogwarts, as aventuras dentro da escola, o ciúmes quando ele começou a namorar Lilá, a guerra contra Voldemort, o primeiro beijo dos dois na sala precisa, o pedido de namoro, o casamento, o nascimento dos filhos.


Foi nesse momento que colocou a mão, delicadamente, sobre a barriga. Com todos os últimos acontecimentos já tinha quase se esquecido da gravidez. Mas não tinha jeito, esse bebê já existe e está crescendo dentro de Hermione, dentro de alguns meses ele irá nascer, sem um pai.


Ela e Rony queriam muito aquele filho, estavam tentando há mais de dois meses. E só conseguiu agora, quando uma tragédia dessas aconteceu na sua vida.


As lágrimas começaram cair, involuntariamente dos seus olhos. Ainda tentou enxugar, mas foi inútil. Logo, estava chorando sozinha, novamente.


Ainda ficou mais meia hora dentro do banheiro. Depois disso, decidiu se enxugar, colocar uma roupa bem confortável e voltar para o andar de baixo da casa, não tinha mais sentindo continuar a tentar relaxar.


Chegou na cozinha e viu que Harry estava terminando de lavar a louça, e tinha um cheiro muito bom vindo da panela que estava encima do fogão.


- Oi Mione! - o homem se virou, vendo que a amiga estava parada na frente da porta – Como você está se sentindo?


- Bem, eu acho! - deu de ombros – Também estou com um pouco de fome.


- Ótimo! - sorriu enquanto a conduzia até uma das cadeiras vazias – Você ainda não teve oportunidade de experimentar o meu macarrão especial que, modéstia a parte, está maravilhoso.


- Desde quando você sabe cozinhar? - olhou desconfiada para o moreno – Ainda me lembro das suas tentativas culinárias de quando nos terminamos Hogwarts.


- Eu aprendi a cozinhar quando me divorciei da Gina e fui morar sozinha, ou então eu morri de fome – deu um discreto sorriso – Sempre que as crianças vão lá em casa, eu faço esse macarrão. Eles adoram.


- Então acho que eu preciso experimentar para ter a minha própria opinião – disse, por fim – Aonde está a Rose e o Hugo?


- Terminaram de comer e foi cada um para o seu quarto! - explicou – Rose ainda perguntou se eu queria ajuda para lavar as coisas, mas eu disse que não precisava.


- Foi tudo bem rápido então! - comentou – Não demorei tanto assim lá em cima no banho.


- Mione! - a encarou – Você demorou uma hora e meia no banho. Para falar a verdade, eu estava pensando em ir até lá em cima para saber se estava tudo bem com você.


- Acho que não devo ter visto o tempo passar! - observou enquanto ficava encarando o tampo da mesa.


- Deve ter sido isso mesmo – colocou prato de macarrão na frente da amiga – Aqui está! Espero que você goste.


Hermione começou a comer em silêncio. O de olhos verdes a observava enquanto isso.


- Estava mesmo muito bom! - disse enquanto ele , novamente para a pia – Nunca imaginei que você pudesse virar um bom cozinheiro.


- Que bom que você gostou – sorriu – Essa é a minha especialidade.


- E que outras coisas você sabe cozinhar? - quis saber.


- Para falar a verdade! - suspirou pesadamente – Essa é a única comida que eu sei preparar.


- Já devia imaginar! - revirou os olhos e começou a rir.


Voltaram a ficar em silêncio. O único som que se ouvia no local era da água saindo da torneira.


- Harry! - o homem virou-se para poder olhar a amiga – Como é que as coisas vão ser a partir de agora?


Ele não conseguiu dizer nada. Apenas foi até onde Hermione estava e colocou a mão sobre o ombro dela.


- Eu, sinceramente, não sei Mione! - disse, por fim – Mas, nos primeiros meses vai ser bem difícil e, com o passar o tempo, você e as crianças vão conseguir levar uma vida normal, novamente.


- Acha mesmo? - olhou desconfiada – Esse vazio que eu estou sentindo vai ter fim, um dia.


- É claro que sim Mione! - concordou com a cabeça – É claro que ninguém vai esquecer o Rony. Ele ainda vai ser especial para você, a Rose, o Hugo e o restante dos Weasleys, ele vai ser uma boa lembrança, da mesma maneira que o Fred.


Segurou a mão da mulher e deu um beijo na ponta dos dedos.


- As lembranças e saudade vão ficar! - completou – Só que, com o tempo, a gente aprende a conviver com ela.


Hermione suspirou pesadamente e deitou a cabeça no ombro do moreno.


- Harry! - começou a falar novamente, mas parecia um pouco incerta dessa vez.


- O que é Mione? - perguntou – Pode falar. Eu estou aqui te ouvindo.


- Eu estou grávida! - falou, por fim.


Harry fez a amiga levantar a cabeça e a encarou por alguns segundos. Não estava acreditando no que tinha acabado de ouvir.


- Grávida! - engoliu em seco – Você tem certeza disso?


- É claro que eu tenho! - respondeu – Eu fiz o teste de farmácia trouxa, depois eu fiz o exame trouxa e ainda fui até o St Mungus. Para ter total certeza.


- Uau! - foi tudo que conseguiu dizer – Essa, com certeza, não foi a melhor hora par isso acontecer.


- É claro que não! - conseguiu dar um pequeno sorriso sarcástico – Chegaria até a ser irônico, se não fosse trágico.


- Quando nós estávamos em Paris, Rony me contou que vocês estavam pretendendo ter outro bebê – lembrou – Mas eu nunca imaginei que você já estivesse grávida.


- Eu ia contar para o Rony quando ele voltasse se viagem! - explicou, enquanto limpava algumas lágrimas do seu rosto – já tinha planejado tudo: ia pedir para senhora Weasley ficar com Rose e Hugo e iria fazer um jantar especial, somente para nós dois.


- Não começar a chorar, de novo, Mione – pediu enquanto a abraçava – Por favor.


- Eu tive um grande apoio do Rony quando Rose e Hugo nasceram, ele me ajudava em tudo – continuou – Mas agora eu não vou ter isso. O que vai ser dessa criança sem o pai por perto?


- Você, realmente, está pensando que não vai ter apoio durante a gravidez? - falou, bem sério – O senhor e a senhora Weasley nunca vão te deixar na mão, ainda mais com um neto a caminho; também os seus pais, mesmo eles estando na Austrália, sempre pode contar com eles; A Rose e o Hugo vão te ajudar a cuidar do irmãozinho; tem a Gina e eu também. Todos estaremos aqui te dando apoio.


- Eu sei disso! - concordou com a cabeça – Acho que essa gravidez está me deixando mais emotiva do que de costume.


- Acho que eu já estou indo embora para casa, você precisa descansar – avisou enquanto se levantava – Qualquer coisa é só você me ligar e eu estarei aqui o mais rápido possível.


- Está bem! - concordou com a cabeça – Espera, Harry, só mais uma coisa.


Pode falar! - parou na frente da porta da cozinha.


- Eu marquei médico para amanhã! - começou a falar – Eu ia esperar o Rony voltar para marcar a primeira consulta, mas dizem que não é bom esperar muito.


O de olhos verdes ainda estava parado ainda ouvindo o que a mulher estava falando.


- Será que você pode ir junto comigo? - pediu – Não quero ir sozinha, vai ser muito solitário.


- É claro que eu vou com você. Nunca vou negar um favor desses para a minha melhor amiga – respondeu – A que hora é a consulta?


- Marquei para uma e meia da tarde – disse.


- Estarei aqui na hora do almoço então! - avisou antes de ir em direção a saída da casa.


Logo depois que Harry foi embora, a morena foi direto para o seu quarto tentar dormir um pouco.


A manhã, do dia seguinte, passou bem rápida. Hermione estava na cozinha almoçando junto com os filhos e olhava para o relógio a cada minuto, sabia que seu melhor amigo chegaria a qualquer minuto para poderem sair.


- O que houve mãe? - Rose perguntou, fazendo com que a mulher se assusta-se.


- O que é Rose? - se virou para a filha.


- Você está distraída! - explicou – Esta olhando, toda hora para o relógio, como se estivesse esperando por alguém.


- Não é nada! - suspirou pesadamente antes de voltar a olhar para a sua comida.


Foi nesse momento que a campainha tocou. Hermione saiu correndo para pode atender e os dois irmãos ficaram se entreolhando.


- Depois ela disse que não estava esperando por ninguém! - a garota revirou os olhos – Quem será?


- Vai ver que é o novo namorado da mamãe! - Hugo comentou – E ele veio aqui conhecer a gente.


- Deixa de ser bobo Hugo! - deu um tapa de leve no braço do irmão – Só você acha que a mamãe tem um namorado.


- Ela vai ter que seguir em frente! - deu de ombros – Ou você quer que ela fique chorando dentro do quarto como ela está fazendo nos últimos dias.


- Mais ainda está muito cedo para isso – lembrou – Nem deu tempo dela conhecer alguém, caso você ainda não tenha percebido.


- Não precisa ser alguém novo! - comentou antes de voltar a comer o seu almoço.


Alguns segundos depois, a morena retornou, juntamente com Harry.


- Rose! Hugo! - acenou para os dois – Como estão se sentindo hoje.


- Muito tio Harry! - o garoto respondeu com um largo sorriso.


- O que o tio Harry está fazendo aqui? - Rose perguntou, diretamente para a mãe,


- Eu vou ter que dar uma saída – explicou – E pedi para o Harry ir junto comigo.


- Eu e o Hugo poderíamos ir junto com você – ela lembrou – Não precisava ter incomodado o tio Harry. Ele pode ter coisas para fazer em casa ou no ministério da magia.


- Estou de férias no ministério até o final do mês – o moreno explicou – E estava mesmo atoa em casa, não é trabalho nenhum.


- Além disso, é uma coisa que só o Harry pode me ajudar! - a mulher continuou – Bom! Harry, eu só vou terminar de almoçar e vou trocar de roupa. Se você quiser almoçar também, pode pegar um prato e se sentar.


- Não precisa! - garantiu – Comi um sanduíche a caminho daqui.


Não demorou muito para terminar a refeição e subir, rapidamente, para o andar de cima da casa. Harry ficou na cozinha, juntamente com os sobrinhos.


- Agora só falta uma semana para a viagem de volta para Hogwarts – lembrou – Você está animado por estar indo para lá Hugo?


- É claro sim! - concordou com a cabeça - Papai já me contou sobre as várias aventuras que vocês viveram lá. Espero que os meus anos de estudos em Hogwarts sejam, pelo menos, metade do que os de vocês foram.


- Você não sabe o que está dizendo Hugo! - começou a rir – Vivemos coisas muito perigosas e não recomendo isso para ninguém. Tenho certeza de que o Rony pensava da mesma maneira que eu.


- Mas não tem como saber isso! - a garota comentou dando de ombros – Ele morreu e nunca mais vai voltar.


- E qual a sua expectativa para a voltar a Hogwarts Rose? - decidiu mudar de assunto – Já está indo para o seu quarto ano. Tenho certeza de que no ano que vem você vai ser escolhida monitora da Grifinória, assim como a sua mãe.


- Quem sabe não é! - concordou com a cabeça – Só tem como saber de verdade quando chegar a hora de nomear os monitores.


Os três ficaram em silêncio por alguns segundos. Até que a garota se levantou da mesa.


- Eu vou para o meu quarto! - avisou – Já estou quase terminando de ler Hogwarts: uma história.


- Você já leu esse livro! - o garoto revirou os olhos – Mais de uma vez.


- Eu sei disso! - deu um rápido sorriso – Gosto de ler todas as férias antes de voltar para Hogwarts.


Assim que ela saiu pela porta Hugo se virou para o homem.


- Ela me lembra muito a sua mãe! - começou a rir – Era, exatamente assim, quando tinha a idade da Rose.


- E você não sabe como isso me irrita! - revirou os olhos – Ela está sempre trancada no quarto estudando, nunca quer jogar xadrez bruxo comigo – fez uma careta – E agora, quando ela não está lendo, está no telefone com o Alvo.


- Um dia você também vai se apaixonar! - bagunçou o cabeço ruivo do menino – Então você vai começar a entender a sua irmã.


- Isso vai demorar bastante tempo! - reclamou – Acredite em mim.


Foi nesse momento que Hermione retornou. Ela já estava arrumada e com a bolsa pendurada no ombro.


- Já estou pronta! - avisou para o amigo – Podemos ir embora.


- Certo! - se levantou – Depois nos continuamos essa conversa, Hugo.


- Esta bem, tio Harry – concordou com a cabeça – Você tem que vir aqui em casa mais vezes.


- Pode ter certeza que sim! - garantiu – Isso é, se a Mione me permitir.


- É claro que eu concordo com você vir até aqui em casa – ela respondeu na mesma hora – Você sabe que sempre foi e sempre será bem-vindo.


- Então vamos logo! - olhou para o relógio de pulso – Você disse que precisa estar lá uma hora, não é mesmo?


- Isso ai! - respondeu com um aceno de cabeça – Hugo! Eu não devo ter demorar mais de uma hora. Qualquer problema vocês podem ligar no meu celular.


- Está bem mãe! - falou – Mas pode ficar tranqüila, eu e Rose vamos ficar bem sozinhos em casa. Já somos grandes.


- Eu sei disso meu filho – deu um beijo no topo da cabeça do menino.


Saíram pela porta da frente e foram diretamente para o carro que Harry que estava estacionado em frente a casa.


- Você ainda não contou para eles que vão ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha? - perguntou logo depois que ligou o carro..


- Acho que vou esperar mais um pouco – deu de ombros – Tem muita coisa passando pela cabeça dos dois agora.


- Tenho certeza de que eles vão ficar felizes em ter um bebê em casa – comentou – Isso é sempre motivo de alegria.


- Vou ter que contar antes de irem para Hogwarts na semana que vem – lembrou – Ou vai ser muito estranho eles voltarem no natal e eu estiver com uma barriga enorme.


- É verdade! - concordou com a cabeça e sorriu – E para onde nós vamos? Para o St Mungus?


- É claro que não – respondeu – Vamos a um médico trouxa.


- Esqueci que você prefere fazer um pré-natal trouxa – revirou os olhos – Ainda não entendo isso.


- Quando eu estava grávida da Rose eu fui à um médico trouxa e à um médico bruxo – lembrou – Também fiz várias pesquisas achei que a medicina trouxa era mais completa nesse assunto.


- Certo! - concordou com a cabeça – Não posso discutir com você quando começa com essas suas pesquisas.


- Tudo que eu sei é que Rose e Hugo nasceram em um hospital trouxa e tudo ocorreu normalmente – completou – Então com esse bebê não vai ser diferente.


Hermione teve que guiar o amigo por todo o caminho até o consultório médico. Em pouco tempo estavam entrando na recepção.


- Boa tarde! - disse para a secretária – Eu sou Hermione Weasley e tenho uma consulta marcada para agora.


- Um momento – ela começou a mexer no computador a sua frente – Aqui está. Aguarde um momento que o médico já vai atendê-la.


Então, ela foi se sentar em uma poltrona ao lado de Harry, que já estava folheando um revista.


- Isso me faz lembrar das vezes que eu tive de passar por isso com a Gina! - suspirou pesadamente – Já faz tanto tempo.


- Também já fazia muito tempo que eu não passava por isso! - lembrou – Mas, quem sabe, você não se casa novamente e tem mais um bebê com a sua nova esposa.


- Acho isso um pouco improvável de acontecer – revirou os olhos – Acho que eu nem lembro mais como se cuida de um bebê.


- Nunca diga nunca Harry! - completou.


Voltaram a ficar em silêncio. Até que o de olhos verdes se virou para a amiga.


- Eu estava aqui pensando uma coisa, Mione – colocou a mão no queixo pensativo – Você quer que nasça um menino ou uma menina.


- Ainda não tinha pensado nisso – sorriu – Mas acho que tanto faz, contanto que tenha saúde – completou – Eu já tenho um menino e uma menina mesmo.


Harry passou a mão, rapidamente, pela barriga da mulher. Esse gesto a pegou, totalmente, de surpresa, mas não achou ruim.


- Eu acho que vai ser uma menina! - disse, por fim.


- Por que você acha isso? - o olhou totalmente em dúvida.


- Foi apenas uma intuição – deu de ombros – Mas saiba que eu acertei o sexo dos meus três filhos. Por tanto, não me subestime.


- Se você diz – não pode deixar de rir – Vou me lembrar disso daqui há alguns meses.


- Senhora Weasley – a secretária a chamou – O médico já está pronto para atendê-la.


Então ela se levantou.


- Você não vem Harry? - perguntou se virando para o moreno.


- Não sabia se você me queria lá dentro – deu de ombros – Isso é uma coisa para o pai do bebê.


- Eu não teria te chamado aqui se não fosse para isso – estendeu a mão para ele – Vamos lá, Harry!


- Certo! - concordou com a cabeça.


Os dois caminharam em direção a porta que ficava do outro lado da sala.


O médico estava sentado atrás da mesa e lia um papel estava segurando. Assim que viu o casal de amigos, indicou as duas cadeiras para que eles se sentassem. Ainda continuou com a sua tarefa antes de levantar os olhos.


- Boa tarde! - estendeu a mão para Hermione – Você deve ser a senhora Weasley.


- Isso mesmo! - respondeu sorrindo.


- E você! - virou-se para o de olhos verdes – Suponho que seja o senhor Weasley.


- Na verdade, não – ficou encarando a mesa – Eu sou Harry Potter. Amigo da Hermione.


- O marido meu morreu – a morena suspirou pesadamente – Há alguns dias.


- Oh! - foi tudo que o homem conseguiu dizer – Eu sinto muito, mesmo.


Ficaram em silêncio por vários segundos.


- Mas vamos conversar a consulta, é parar isso que vocês estão aqui – disse, por fim - De quanto tempo você está?


- Um mês e algumas semanas – respondeu depois de colocar a mão no queixo pensativa – Acho que, com quase dois meses.


- Certo! - começou a digitar no computador – Vamos verificar isso então.


Hermione foi trocar de roupa para começar a fazer os exames. Estava tudo normal com ela e com o bebê.


Logo depois, foi fazer a ultra-sonografia.


- E ai está o seu bebê! - o médico disse enquanto passava o aparelho pela barriga da mulher.


Hermione ficou algum tempo olhando para a tela na sua frente. Então olhou para o amigo, tinham algumas lágrimas se formando no canto do olho dele,


- Mas é tão pequeno! - o moreno comentou.


- É um pouco maior que uma azeitona – o outro explicou – É incrível como, daqui há alguns meses ele estará aqui.


- E já dá para saber o sexo do bebê? - quis saber.


- É claro que não Harry! - ela começou a rir – Somente daqui há algumas semanas.


- Certo! - concordou com a cabeça.


Antes de saírem, o médico deu algumas recomendações e passou uma lista de exames para Hermione fazer e levar na próxima consulta.


- Era impressão minha ou você estava chorando? - a mulher perguntou quando estavam na metade do caminho para casa.


- É muito emocionante – explicou – Nunca imaginei que desse para ver o bebê antes que ele nasça.


- Rony disse a mesma coisa na primeira vez em que eu fiz a ultra-sonografia – lembrou – E chorou muito mais do que você quando “viu” a Rose.


- Queria que a Gina também tivesse ido à um médico trouxa – suspirou pesadamente.


Os dois não disseram mais nada até que Harry parou o carro na frente da casa da amiga.


- Sabe Harry! - a mulher colocou a mão na maçaneta da porta, mas parou para poder falar – Você está certo.


- Eu sempre estou certo! - sorriu – Mas, sobre o que você está falando dessa vez?


- A respeito de falar contar logo para a Rose e o Hugo sobre o bebê - explicou – vou falar com eles agora mesmo.


- Isso mesmo muito bom! - falou – Vou embora para deixar vocês três sozinhos.


Ela saiu do carro e ficou esperando o amigo fazer a curva no final da rua. Suspirou pesadamente antes de caminhar em direção a porta.


Assim que entrou em casa, encontrou filho sentado no sofá assistindo televisão.


- Oi mãe! - ele disse sem tirar os olhos da tela – Até que você não demorou. Pensei que só fosse voltar quando já estivesse de noite.


- Eu disse que não iria demorar! - lembrou – Será que você pode chamar a sua irma lá em cima? Preciso conversar uma coisa com vocês dois.


- Não gosto quando você fala essas coisas! - menino comentou.


- Não se preocupe! - passou a mão pelos cabelos ruivos de Hugo, fazendo com que ficassem um pouco despenteados – Dessa vez é uma coisa boa.


- Está bem! - sorriu antes de se levantar – Vou lá chamar a Rose, então.


Ele subiu as escadas correndo. Logo estava de volta, juntamente com a irmã mais velha.


- O que você tem para falar com a gente mãe? - ela quis saber assim que chegou a sala.


- Por que vocês dois não se sentam? - indicou as duas poltronas que estavam vazias.


Então, eles se sentaram, ficando de frente para a mãe esperando que ela começasse a falar.


- Bom. Deixe-me ver por onde eu vou começar! - colocou a mão no queixo pensativo – Vocês dois já estão crescidos, logo se formaram para Hogwarts, vão se casar e me deixar aqui. Sozinha.


- Não precisa exagerar mãe! - Hugo a interrompeu – Eu ainda nem comecei o primeiro ano em Hogwarts, ainda vai demorar muito para eu me formar.


- Sete anos passam bem rápido, acredite em mim! - garantiu – E foi por isso, que eu e o seu pai tínhamos decido ter outro bebê.


Os dois se entreolharam se conseguir dizer nada.


- Então, agora, eu quero dizer que... - suspirou profundamente – Vocês vão ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha dentro de aproximadamente 8 meses.


- Uau! - Rose falou.


- Credo! - o menino fez uma careta – Vocês estão muito velhos para ter um bebê agora.


- Deixa de besteira Hugo! - a garota reprimiu o irmão – Isso é muito lindo. Quer dizer que a mamãe e o papai ainda se amavam muito, mesmo depois de tantos anos de casados.


- Não precisava ficar sabendo disso – fez uma careta.


- E, como agora somos só nós três, ou melhor, nós quatro – continuou – Vou precisar toda a ajuda de vocês para cuidar desse bebê.


- Quem é que já sabe? - Rose quis saber, logo em seguida.


- Fora vocês dois! - a mulher respondeu – Somente a sua tia Gina e o seu tio Harry.


- O papai ficou sabendo antes... - sua voz falhou por um minuto – Antes de tudo acontecer?


- Não! - ficou encarando os próprios sapatos nesse momento – Não tive oportunidade de contar para ele. Mas tenho certeza de que o Rony ficaria muito feliz.


Ela se levantou e abraçou Hermione com bastante força.


- Pode ter certeza de que eu vou te ajudar com o bebê – garantiu – E o Hugo também vai ajudar.


- Não prometa nada por fim – reclamou – Eu nem sei trocar uma fralda. Não confiaria em mim se fosse você.


- Você vai aprender aos poucos – a morena garantiu – Acreditem em mim, antes da Rose nascer, eu só sabia cuidar de um bebê pelo que eu li nos livros.


- Tudo bem, eu vou me esforçar para ajudar – revirou os olhos – Mas eu espero que seja um menino já me basta a Rose.


- Já eu quero que seja uma menina – ela completou – Não vou agüentar ter um outro Hugo dentro de casa.


- Não vamos nos precipitar em adivinhar qual o sexo do bebê, dentro de alguns meses vamos saber – pediu – Agora, eu preciso contar a novidade para os seus avós.


- E eles vão ficar muito felizes! - a garota garantiu – Afinal, eles não tem um neto novo desde que a Roxane. E ela já está com sete anos.


Então, no dia seguinte, Hermione chamou seus sogros para jantarem na sua casa. Preparou um prato de lasanha, sua maior especialidade (receita que aprendeu com sua mãe um pouco antes de se casar).


Correu tudo bem durante a refeição. Depois da sobremesa, as “crianças” foram para o andar de cima da casa, enquanto os outros três foram para a sala tomar uma xícara de café.


- Estava tudo maravilhoso Hermione! - a senhora Weasley disse – Muito obrigado por ter nos convidado para vir aqui hoje. Imagino o trabalho que você deve ter tido.


- Não foi trabalho nenhum! - garantiu – Afinal de contas, você estava fazendo tanto por toda a família todos os domingos. Esse é só o mínimo que eu posso retribuir.


Hermione tomou um gole do seu café. Precisava contar logo a verdade para eles, afinal, esse não era o fim do mundo.


- Na verdade, teve um motivo para chamar vocês dois aqui – começou a falar.


- Pode nos pedir qualquer coisa, Hermione querida, você sabe disso – a mulher encorajou – Afinal, você é a mãe dos nossos netos.


- Na verdade, não é um pedido – deu um pequeno suspiro – Tudo que aconteceu com o Rony, pensei que não tivesse ninguém nesse mundo mais triste do que eu.


- Hermione percebeu que os dois estavam bem atentos as palavras dela antes de continuar.


- Vocês já perderam um filho naquela guerra estúpida contar Voldemort. E sei que nunca vão se recuperar por completo, a saudade nunca vai passar – sentiu algumas lágrimas começarem a se formar no canto dos seus olhos – E agora, vocês perdem outro filho, também de uma maneira terrível que poderia ter sido evitada. Acho que isso é sofrimento demais para duas pessoas.


- Você está certa Hermione, sente sentiremos saudades do Fred e do Rony – o senhor Weasley falou, pela primeira em vários minutos – E também sempre terão um lugar especial nos nossos corações.


- Só quero dizer, no meio de toda essa tristeza, existe um motivo para alegria – deu leve sorriso – Vocês dois vão ter um novo neto para ver correndo pelo quintal da Toca atrás dos duendes.


Foi então que a mulher ruiva começou a chorar, agora de alegria


- Você está falando sério Hermione? - a outra balançou a cabeça afirmativamente – Isso é maravilhoso Hermione. Mas um bebê para a nossa grande família.


Abraçou a nora levemente, depois passou a mão pela barriga dela.


- Pensei que agora fossemos ter que esperar pelos nossos bisnetos, que, tenho certeza, Victorie não vai demorar a nos dar – continuou – Mas agora, ainda vamos ter mais um netinho. Você não poderia ter nos dado noticia melhor Hermione.


O senhor e a senhora Weasley ainda continuaram no local por, mais um menos, uma meia hora. Depois, retornaram para A Toca.

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