A Rosa da União
N/A- Mais um capítulo que imaginei com música, apesar de não transcrevê-la. A música seria “Here Without You” (Three Doors Down).
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O dia da partida amanheceu escuro e triste, como se o tempo quisesse servir de palco para a dor da separação de Remo Lupin e Mary Hallow.
Mary acordou com um beijo de Lupin, qual Bela Adormecida dos contos que a sua avó trouxa lia para ela adormecer, quando era criança. Suspirou, srm conseguir falar. A sua garganta estava apertada, numa angústia estranha.
Remo a olhava, com um carinho infinito estampado nos olhos, sentado na beira da cama e segurando na mão uma rosa enorme, linda, de várias cores e tons indefinidos, oscilando entre o rosa e o vermelho, entre o amarelo e o cor-de-laranja, entre o azul e o verde. Estendeu a flor para ela, murmurando com um sorriso fraco:
- Seu presente de Natal. Achei melhor lhe entregar agora.
Mary lhe devolveu o sorriso. Sentou-se na cama e, acariciando os cabelos castanhos misturados com fios cinza do amado, pegou a rosa, dizendo com a voz embargada:
- É a flor mais linda que eu já vi em toda a minha vida.
A sim que tocou a mão dela, a flor assumiu um tom de rosa-avermelhado bem forte. Espantada, ela lançou um olhar interrogativo a Lupin, que a beijou, sentindo um enorme aperto no peito. Jamais tivera aquela sensação de saudade antecipada. Não sabia o quanto doía.
Queria pedir para ela não ir viajar, para ficar junto dele... mas não podia. Não era justo. Seria egoísmo da sua parte. Disse apenas:
- Já que nós vamos ficar longe por algum tempo, eu achei que esse era o presente mais apropriado para lhe oferecer... e a hora era essa. Não podia esperar até depois do Natal. Isso é uma Rosa da União. – Explicou, respirando fundo. – É uma flor mágica e muito rara. Ela mostra para quem a recebe as emoções de quem a oferece. Cada vez que ela estiver cor-de-rosa, é sinal de que eu estou pensando em você. Quanto mais forte for o tom, mais forte é a intensidade do pensamento.
Mary não sabia o que dizer. Sentiu um nó no estômago e uma vontade incontrolável de ficar, de esquecer a promessa feita aos pais e passar o Natal ali, na Inglaterra, no Largo Grimmauld, nos braços de Lupin.
Já estava sofrendo tanto com a ideia da separação... e aquele presente, tão cheio de romantismo e de significado tornava as coisas mais difíceis ainda. Sem conseguir articular uma única palavra, ela deixou apenas que uma lágrima teimosa escorregasse, finalmente, pelo seu rosto pálido.
Remo a abraçou. Era um abraço tão forte, tão quente, tão impregnado de amor misturado com angústia... Mary desabou. As suas forças a abandonaram e ela escondeu o rosto nos ombros nus do namorado, soluçando silenciosamente.
- São só alguns dias. – Ele murmurou no ouvido dela. – Passa rápido.
- Promete que vai me escrever todos os dias? – Ela perguntou, olhando-o nos olhos e tentando parar as lágrimas.
Ele sorriu e respondeu, acariciando os cabelos louros dela:
- Claro que prometo. Além disso, tem a flor, também. Cada vez que você olhar para ela, vai vê-la com um tom bem forte e ter certeza que eu estarei pensando em você. Estaremos sempre juntos em pensamento.
Mary engoliu as lágrimas e tentou esboçar um ar feliz, dizer qualquer coisa bonita... mas, mais uma vez, a voz não saiu. Limitou-se, então, a beijá-lo e abraçá-lo com todo o amor que sentia que que parecia grande demais para caber no seu coração.
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Mary passou o Natal em relativa paz, mas a dor da separação e da má vontade dos pais em relação à sua história de amor deixaram-na deveras deprimida.
Tinha alturas em que se trancava no quarto, com o pensamento em Lupin. Como estaria ele? O que estaria fazendo? As corujas chegavam todos os dias para lhe suavizar as saudades, mas ela queria tê-lo ali, em pessoa, junto de si, nos seus braços...
Junto da janela do seu quarto, a Rosa da União mostrava um tom tão forte... mais forte do que o costume. Esse era o seu maior conseolo: enquanto a flor estivesse daquele tom púrpura, ela e Lupin estariam juntos em pensamento, apesar de separados por um imenso oceano...
FIM – (Mas com direito a continuação!)
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N/A- Resolvi parar a fanfiction por aqui, por medo de estragá-la. Tendo sete capítulos como a sua antecessora, acho que foi a medida certa.
Já comecei a escrever “Esperando a Lua Nova 3”. Se não a incluo aqui é porque acho que não tem nada a ver. Essa foi uma fic de romance e a próxima é uma adaptação de “Harry Potter e a Batalha Final”, na visão de Mary e Lupin. Já poderia ter incluído alguns capítulos alusórios a isso nessa fic, mas achei que iria estragar o tom dela.
Espero que tenham gostado e não tenham se sentido defraudados.
Obrigada a todos os que leram a fic, principalmente a Zoé (apesar dela estar escrevendo uma fic com outro par para o Lupin – eheh! Não podia perder oportunidade de mostrar o meu ciúme! Eheheh -, merece todo o meu carinho pelos comentários maravilhosos e pela simpatia que demontrou), Regina McGonagall (pela amizade, pelos elogios e dicas... e pela criação de Sarah McGonagall), oO Nika-chan Oo e Narcissa Malfoy, pelos comentários deliciosos no fórum OdFHP, lela, etc, etc, etc...
Mil beijos para todos.
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