Vesperá do décimo aniversário
Capítulo Dois
Véspera do décimo aniversário
Eaux-Vives. Suíça 1990
Génese 25, 22-23: “E as crianças labutaram juntas com ela... E o Senhor disse-lhe: Duas (nações) estão no ventre, e duas maneiras de povos serão separadas das tuas entranhas; e um povo será mais forte que o outro; e o mais velho servirá o mais jovem.”
O negrume da noite inundava o cômodo onde se encontrava Eveline McDaudt e sua irmã gêmea Abigail McDaudt. Abbie dormia profundamente no conforto de sua cama e Eve apenas observava a irmã.
Eve nascerá antes que Abbie e eram fisicamente idênticas, olhos cinzentos e longos cabelos loiros. Mas as diferenças e personalidade de Eve e Abbie eram muito opostas, Eve tinha personalidade forte e dominadora, já Abbie era mais recatada e tímida, o que não interferia na aproximação das duas.
Entretanto, a verdade nem sempre é revelada.
Na véspera do décimo aniversário, Eve tentará assassinar a irmã. O que ocorrerá nessa mesma noite. Em silêncio Eve planejava a idéia de estabelecer a morte de Abbie, sem demora. Quando certificou-se de que todos dormiam, acercou-se na cama da irmã e a despertou.
— Abbie, vamos na cozinha ver o bolo para amanhã.
— Mas todos já estão dormindo Eve. — argumentou Abbie, esfregando os olhos.
— Não vamos acordar ninguém.
— A mamãe, não vai gostar. Por que não vamos ver de manhã?
— Porque eu quero ver agora. Você vem ou não?
Abbie tentou afastar o sono, refletindo que embora não quisesse ir, era melhor não contrariar Eve.
— Está bem. — assentiu por fim. E levantou-se da cama, vestindo seu roupão que era igual ao da sua irmã e calçou suas pantufas.
— Só não faz barulho. — recomendou Eve, encaminhado-se para a porta.
Atravessaram o corredor, desceram a escada e entraram na ampla cozinha. Eve achou o bolo de aniversário, na geladeira que foi feito pela sua mãe. Num deles, estava escrito Parabéns Abigail e no outro Parabéns Eveline. “No ano que vem, será apenas um bolo” pensou Eve.
E em seguida pegou o bolo da irmã, e colocou-o sobre a mesa de mármore, e depois abriu uma gaveta e extraiu uma embalagem de velas coloridas.
— O que vai fazer? — quis saber Abbie.
— Quero ver como fica as velas acessas — murmurou Eve, começando a colocá-las no bolo.
— Mamãe não vai gostar disso Eve.
— Quem se importa. — abriu outra gaveta e puxou duas caixas de fósforos.
— Eu vou voltar, pra cama.
— Então volta sua medrosa.
— O que, quer que eu faça? — perguntou Abbie, depois de uma breve hesitação.
— Vai acendendo as velas — indicou Eve, passando-lhe uma das caixas.
Abbie tinha medo do fogo, em resultado das advertências dos pais sobre os perigos de brincar com fósforos. Todavia, Abbie não queria desapontar a irmã, e tentou de modo obediente acender as velas. Eve apenas a observava por um momento e disse: Você se esqueceu do outro lado, besta.
Abbie inclinou-se para frente a fim de poder alcançar a outra metade do bolo, mas Eve estava concentrada no fogo que estava muito próximo do roupão de Abbie. Mas nada aconteceu, Abbie continuava tentando acender as velas sem que o fogo a queimasse, o que deixou Eve furiosa. “Ela tem que morrer!” os olhos de Eve ardiam de ódio, o que fez o fogo irromper-se em longas chamas, como se Eve o controlasse, e aponta do roupão da irmã começou a arder, passaram-se apenas alguns segundos quando Abbie percebeu o que acontecia e ao experimentar a sensação de queimadura soltou um grito de dor.
Eve apenas contemplou o da irmã roupão em chamas, impressionada com sigo mesma, por saber que tinha o poder de controlar o fogo. Olhou mais uma vez para a irmã gritando de dor e acabou por exclamar: Não se mexe que eu vou buscar um balde d’água! — e precipitou-se para a pia, com o coração inundado de felicidade.
Caros leitores
Este foi o capitulo,
Menor da fic...
Espero que gostem.
E por favor, comentem.
Beijos
Atenciosamente
Priscilla Wilston
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