A última palavra
Àquela sexta-feira amanheceu com um céu incapaz de decidir se queria ou não chover. Um pequeno barulho similar a um despertador trouxa iniciara pelo cômodo daquele quarto, que recebia das enormes janelas a pouca claridade que se fazia lá fora, ao ouvir o tintilar do relógio Warranty saia do banheiro enrolado a uma toalha branca, em suas mãos carregava outra a qual manteve ocupada esfregando e enxugando o seu couro cabeludo cujo era escondido por fios de cabelos curtos e pontiagudos. Caminhando em direção à cama a qual se encontrava muito bem arrumada, observava encima da mesma suas roupas, antes de começar a se vestir localizou o objeto que ainda estava produzindo o pequeno barulho, e com um simples toque em um de seus botões fez pará-lo de tocar. – Seis horas? Hunf... Ainda não estou tão atrasado assim – Muxoxando consigo mesmo o homem desviou o seu olhar para a cama, analisando criticamente à roupa a qual iria usar.
O objeto que provocara aquele barulho todo era um pequeno relógio de bolso dourado, pendurado por uma fina corrente de prata, carregando umas pequenas iniciais M.W gravadas em sua costa dourada, ajeitando-o entre o bolso de seu terno, pôs a se vestir. Trajado agora com vestes formais as quais estas eram uma calça preta social coberta por risca de giz que combinava perfeitamente com seu terno feito sob-medida por um amigo Francês.
Consultando novamente o relógio, Warranty apanhou sua varinha e pusera caminhar em direção a uma enorme lareira localizada bem ao canto do quarto. Com uma das mãos ocupadas com a varinha, guardou seu relógio entre o bolso e encheu sua mão esquerda de um pó esverdeado encontrado dentro de um bote em cima da lareira, adentrando-a sacudiu rapidamente sua varinha e murmurou – Incendio! – Um pequeno filete de luz alaranjada partiu da varinha em direção as poucas madeiras de carvalhos já em brasa que tornou a crepitar com o pequeno fogo que o bruxo acabara de conjurar. Ao guardar sua varinha entre o cós de sua calça derrubou propositalmente o pó esverdeado que tinha em mãos e conduzido por uma grossa claridade esverdeada ordenou em alto som – Ministério da Magia! As chamas o cobriram por inteiro, e com um rápido rodopio seu corpo desmaterializou junto com as chamas que voltou a se apagar.
A muitos quilômetros longe de sua casa o fogo que sumira com ele, tomou a aparecer com tremenda violência por uma lareira coberta de cerâmicas negro-esverdeadas à silhueta de Warranty se materializou em um rápido giro igualzinho a de um pequeno Billywig (Gira-gira). Com o baixar do fogo Maike finalmente parou de girar e sentindo-se um pouco enojado saiu daquele lugar encontrando-se agora no meio de um turbilhão de pessoas, vindo e indo à sua direção, algumas tomavam o canto da direita, seguindo o fluxo que as levavam às lareiras para sair dali, enquanto outras como o Maike que acabara de chegar ao grandioso Átrio, tomavam a da esquerda seguindo em direção aos diversos elevadores que se localizavam ao fundo daquele magnífico lugar.
A primeira aparência deste lugar é fascinante aos olhos de um 'marinheiro de primeira viagem'. O teto em azul-pavão e o piso de uma madeira escura exageradamente lustrada davam um ar de contraste ao local. Tomado pelo fluxo ele seguia agora em direção aos elevadores quando fora surpreendido por um dos funcionários da segurança – Sr. Warranty?... Ah... Que bom que o encontrei no meio desta gente, bem preciso lhe avisar de algo muito importante. – O bruxo estava usando uma túnica da cor, roxo-açaí, onde o diferenciava em grande choque no meio das inúmeras pessoas que passavam por ali, os seus cabelos pouco grisalhos estavam presos em um pequeno rabo de cavalo que deixa amostra à redonda face do bruxo, com um olhar bastante receoso por trás dos óculos de arames finos em um formato quadrado, esperava com extrema cautela o cumprimento de Warranty. – Espero que seja algo realmente importante para poder me dar um susto desses Sr. Asthonn – Maike realmente se assustou com a chegada inesperada de Asthonn o seu semblante fora erguido demonstrando uma expressão de que o aguardava o que seria de tão importante para pará-lo em pleno átrio no momento em que estava se dirigindo para departamento de mistérios.
A aparência do bruxo em sua frente fora totalmente mudada com as palavras de Maike, ele tinha adquirido um tom de pele púrpura em grande escala que até teve dificuldades para começar a falar novamente – Pe...pee... Peço desculpas Sr. Warranty, não queria assustá-lo, bom o que tenho para lhe dizer é que a reunião parlamentar foi adiantada. E... Bem... Ela começou faz meia hora. – Quase se engasgando Asthonn passou a fitar Maike de um modo observador para saber qual seria a reação dele diante daquele aviso, mas o bruxo apenas permaneceu quieto, e com uma das mãos, vasculhou os bolsos e retirou o pequeno relógio dourado, fitou-o com um olhar sério por alguns minutos e depositou-o novamente ao bolso. – Hunf... Adiantaram foi? – Indagou em um tom de voz baixa onde somente ele pudesse entender. – Bom, contudo agradeço seu aviso Asthonn e como deve ter notado estou atrasado, passar bem... – Mal terminara de falar, Warranty encaminhou diretamente para os elevadores onde fez um pequeno aceno para um bruxo de aparência jovem segurar para ele a porta do elevador que quase se fechara, encostando-se ao fundo da parede do mesmo se encaixou no aglomerado de pessoas que ali estavam, pediu-lhe a um homem de estatura baixa, um corpo rechonchudo com os cabelos grisalhos caindo no rosto e um pouco levantados perto das orelhas, quase como se usasse tic-tacs vestido em um traje verde-berrante que poderia ser muito bem confundido com uma grande maçã verde de bigodes – Nono andar, por favor! – O homem apenas assentiu que sim com cabeça e dando três sofridos pulos, alcançou o botão que finalmente apertou.
Enquanto esperava o elevador chegar ao nível selecionado Maike contemplava as pessoas descerem do elevador na medida em que o mesmo iria parando andar por andar, as correntes se entrechocando era o único barulho ouvido ali, mais o silêncio sempre era quebrado quando o elevador chegava a um nível fazendo o maior estrondo para abrir suas grades e a voz tranqüila de uma mulher anunciava com bastante detalhe todos os níveis em que paravam. “Nível sete, Departamento de Jogos e Esportes Mágicos que inclui a Sede das Ligas Britânicas e Irlandesa de Quadribol, o Clube de Bexiga Oficial e a Seção de Patentes Absurdas” O elevador contínuo sua agitada subida, então as portas abriram e a voz anunciou “Nível nove, Departamento de Mistérios” Maike teve pouca dificuldade para sair do tão apertado elevador despedindo educadamente dos vários bruxos presentes, caminhando agora por um corredor com paredes nuas; não havendo janelas nem portas, exceto uma preta e lisa no finalzinho do corredor, tornando a virar à esquerda Warranty deu-lhe de cara com uma escada, descendo-a devagar chegara ao último nível do ministério o seu corredor era feito com paredes de pedras brutas e tochas em suporte. As portas pelas quais passavam aqui eram de madeira maciça, com trancas e fechaduras.
No corredor podiam-se ouvir vozes vindas de trás de uma das portas ali existentes. - Não podemos escolher entre o bem dos Duendes e sim de Nós... Eles estão agindo infantilmente em não aceitar as propostas que estamos enviando a eles, onde com isso manteremos um equilíbrio no mundo Mágico. - De trás da porta o movimento involuntário da cabeça de Maike era totalmente de incredulidade; pensando agora que era melhor não ter ouvido aquilo, e soube muito bem quem produziu aquelas palavras em um tom de voz que ele reconheceria a quilômetros. Pode ouvir agora outra voz agora rouca e totalmente grossa passando mais uma vez pela porta maciça e ecoar pelo corredor - Bem como ouvimos a bela colocação do Ministro George sobre a infantilidade dos Duendes, mais alguém tem algo a dizer? - Uma pequena algazarra iniciara por trás da porta discutindo os termos e o jeito com que o Ministro tachou os Duendes, o silêncio fora cessado quando a maçaneta de prata anunciou um pequeno giro e a porta pesada de madeira abriu em um largo rangido. – Fico inteiramente feliz em ter chegado a tempo de fazer minhas colocações perante esta reunião. – Com um pequeno sorriso desdenhoso entre a face, Warranty pôs a adentrar a sala cujo todos os Parlamentares e alguns Ministeriais estavam presentes.
A sala era realmente aconchegante para poderem passar horas e horas discutindo sobre assuntos de extrema importância para o Ministério, possuía bem ao centro uma mesa de vidro retangular ladeada com diversas poltronas de espaldar exageradamente alto.
Em uma das pontas da mesa, Maike observou-lhe com um olhar tipicamente sério ao Ministro que não conseguirá esconder a cara de surpresa quando pode vê-lo adentrar o ambiente. A sala permaneceu em silêncio mesmo com o número de pessoas que ocupavam as seis poltronas; O ministro era um homem que carrega em sua face, traços tipicamente ingleses, que expressavam perfeitamente as de um homem de trinta anos, trajava uma calça social preta que era possível ver através do vidro que compunha o centro da mesa. Acompanhado por uma blusa social branca, contendo o primeiro botão aberto e um terno marfim posto sobre a blusa, o ministro permanecia sentado em sua poltrona em uma posição mais relaxada, que fora ligeiramente mudada a uma postura mais ereta após a entrada do atual parlamentar e ex-ministro Maike Warranty. - Provavelmente houve um pequeno contratempo com a coruja que me avisaria do adiantamento desta reunião... Algo como ela não ter sido enviada ou coisa do gênero; Mais por grande sorte de não ter conseguido dormir com a idéia de que o assunto dessa reunião seria sobre... Como é mesmo que o Senhor Ministro George se referiu? – O tom de voz que Warranty lançava por toda a sala enquanto se dirigia a uma poltrona vazia bem ao meio de dois bruxos conhecidos era de extrema ironia.
Sentando-se correu os olhos pela mesa onde percebeu que uma mulher de longos cabelos louros com um rosto jovem que esboçava a pura beleza inglesa, mais em sua face carregava uma aparência de extrema prepotência que o olhava com ar de repreensão justamente pelo tom irônico, contidos nas palavras do homem, sentada na poltrona ao lado do Ministro a moça abriu a boca e crepitaram algumas suaves palavras. – Tínhamos em pauta Sr. Warranty... – Ah sim... A infantilidade dos Duendes, Obrigado Britty – Ao cortá-la, Maike reparou que a bruxa lançara um olhar totalmente de censura a ele; Todos por um momento levou a pensar que Maike tinha lido os pensamentos de Britty, acabando com a sua tentativa em vão de detê-lo a continuar. – Como eu ia dizendo tive a grande sorte de não ter conseguido dormir com a idéia de que o assunto dessa reunião seria sobre a pequena revolta dos Duendes, e estou aqui para poder dar minhas palavras justamente sobre isso. Não vejo alguém mais culpado disso do que o próprio Ministro, que está pressionando-os a algo que ele realmente sabes do que estou falando.
Maike fitou por fim às pessoas que estavam ao seu lado, na direita pode-se avistar Jack um bruxo de cabelos negros e um pouco longos, trajado com roupas nada formais para aquela reunião, sendo estas uma camisa pólo branca calça jeans azul escura e um tênis trouxa. E a sua esquerda estava uma mulher de porte esbelto e elegante sua postura com tudo era impecável os cabelos da cor loura eram na altura dos ombros e suas feições doces eram tão marcantes quanto o olhar penetrante que ela dera à Maike, trajada com um vestido de ombro nu que parecia feito para colar em seu corpo, valorizando muito o seu colo e suas curvas mesmo estando sentada, sua cor era de um simples perolado e aos pés um scarpam da cor marfim.
O cumprimentando com um rápido aceno de cabeça que logo fora retribuído pelo mesmo, aquela era Agatha Black uma velha e inseparável amiga dele. Ela desviou seu olhar de Maike para Jack querendo passar para ele algum aviso somente com os olhos. O bruxo depois de um tempo entendeu do que ela se tratava, fingindo ter caído o seu pequeno broche o bruxo sussurrou algumas palavras para Maike – Tentamos te avisar mais parece que as corujas por alguma razão estão sendo interceptadas. – O bruxo teve que repetir três vezes para que Maike entendesse o que ele queria falar, no que na última aumentou um pouco o tom de voz que desviou algumas cabeças que estavam vidradas em Maike, para Jack. – Ah... Achei... Pelas Barbas de Merlin, não posso perder esse broche, foi um presente de minha mãe e se eu chegar em casa sem ele não sei o que seria de mim... – O bruxo tentava com as mãos trêmulas repor o broche na altura do peito, enquanto esperava os outros presentes desistirem de esquadrinhá-lo com os olhares curiosos.
Aquele era o jeito abobado Jack de ser, Warranty segurou uma pequena e abafada risada quando se lembrou do momento em que aquele bruxo não tinha a coragem de encarar e dizer apenas um Olá para a bonita e simpática garçonete Caterine Piaff que trabalhava no café ministerial, mais por outro lado tinha a coragem de sobra para as coisas mais bizarras que um bruxo pudesse ter que fazer. - Hem... Hem ... - fez-se ouvir a voz envelhecida, porém grave de Vito Corleone. O homem sentado em uma das confortáveis poltronas ali dispostas encarava Maike com evidente desagrado estampado em sua face, como se tudo o que não desejava no momento fosse vê-lo - Senhor Warranty, estávamos em meio a uma discussão importante. Se desejar ficar, sugiro que se cale e aguarde sua vez de falar. - O sotaque Italiano levemente carregado do homem, combinado a sua idade já avançada e ao seu terno preto impecavelmente alinhado e em perfeita combinação com os sapatos lustrosos e sem um único grão de poeira sequer sobre eles, davam-lhe um ar autoritário. Seus cabelos grisalhos, longe de despertar respeito, impunham certa arrogância.
Os olhos de Maike correram pela mesa inteira, em direção ao bruxo, que pusera a falar com ele, sua aparência voltou a afundar na mais pura seriedade. Entrelaçando os dedos e repousando-os sobre o vidro, abriu um pequeno sorriso desdenhoso. – Claro... Claro que estavam em meio a uma discussão importante Corleone. Não é átoa que reuniu seis membros da suma importância para o Ministério para tratar de um assunto que não fosse importante não é mesmo? Mais antes que me esqueça, a sua autoridade aqui é essencial, assim como encarnar o seu papel no cargo de Chefe dos Parlamentares e exigir que todos estejam aqui presentes, e mesmo que não estejam você mesmo mandaria uma coruja perguntando o motivo porque não pode comparecer? É por alguns instantes pensei que você esqueceu-se desse pequeno incidente. – O olhar da cor verde-esmeralda de Maike tomou conta de varrer novamente a mesa onde observou as expressões de puro espanto nos rostos de Britty Black e do Ministro George. – Se não me engano quando entrei por aquela porta você estava perguntando se alguém tinha algo a dizer? Então... Não vejo aonde atrapalhei a incrível reunião. – O tom sarcástico e o sorriso desdenhoso de Maike se querem fora dispensados enquanto terminava de falar com Corleone
Vito Corleone estava claramente desconfortável com as palavras que ouvira de Maike. Pigarreando e elaborando a resposta num repente, o homem desviou o olhar do ex-ministro Warranty e disse. - Não sou responsável por você Maike. Sabe que deveria estar na reunião, se não estava no horário em que esta começou é por irresponsabilidade sua e não minha! - tom de voz do homem podia ser classificado até mesmo como defensivo ao enunciar suas palavras. - Agora... Vamos seguir a pauta! - Mudou rapidamente de assunto, direcionando seu olhar, embora evidentemente sua atenção não estivesse totalmente ali, para a pauta da reunião que estava a sua frente, bem como a frente de cada um dos parlamentares presentes à mesa, incluindo Maike, uma vez que a pasta de couro de dragão materializara-se sobre a mesa bem a frente do homem logo que este encontrava sentado ao lado Jack. - Voltando ao assunto dos duendes... Er.. Devemos trazê-los de volta a razão! - O chefe do parlamento falava apressada e afobadamente, como se temesse uma interrupção. Maike resolveu ficar quieto enquanto a resposta de Corleone esperava que o bruxo não dissesse algo que ele iria achar favorável para uma resposta, quieto folheou desgostosamente a pauta em que tivera um único assunto...
- Nossa... - Comentou Jack bobamente como era seu hábito, após ouvir Corleone falando acerca da pauta da reunião e voltar sua atenção para esta. - Achei que já iríamos começar a falar sobre os ataques a trouxas... Mas esqueceram de colocar na pauta. Acho que não coube - Falou um pouco pensativo. - É, tem umas quinze páginas falando sobre duendes, acho que não caberia mesmo. Concluiu sua conversa consigo mesmo, voltando a levantar a cabeça e encarar os demais. - Podemos andar depressa com os duendes, quero ir ao café ministerial para... Er... Tomar... Café. - O rapaz corou ao terminar de falar. – Me desculpe, eu entendi errado? Ou Você disse ataques à trouxas? – Uma voz aguda e excepcionalmente rouca cortou a sala criando um ar de curiosidade e espanto para alguns.
A dona daquela voz era Minerva Macgonagall uma mulher de aspecto severa, e bastante astuta, Trajava vestes a rigor de tartan vermelho e a aba do seu chapéu que estava escondida atrás da pauta que o lia com a atenção passou a ficar totalmente a mostra e sua expressão fora de bastante interesse pelo assunto, sentada ao lado de Vito Corleone que lançou um ar de perfeita cautela ao Ministro George que ainda se mantinha calado desde que Maike chegara. Britty mais uma vez revelou que iria ter a chance de mudar de assunto e que dessa vez Warranty não iria interferi-la. – Bem Sra. Macgonagall não tem com que se preocupar, porque mandamos um grupo de bruxos para averiguar esse acontecimento e não achamos nada que comprove o uso de magia nas mortes misteriosas dos trouxas. – Maike ouvindo tudo com a atenção não precisou erguer seu olhar que continuou a passar sem nenhum interesse pelo que estava escrito nas paginas da pauta, para saber que alguns estavam olhando em sua direção esperando um comentário. – Estive presente junto com a Srta. Britty Black e um pequeno grupo de aurores para saber de perto o que acontecia aos arredores da floresta de Albânia e infelizmente não encontramos nenhum indicie, exceto que as mortes estavam sendo causadas por contaminação na água. – Finalmente a sala mais uma vez ouvira a voz do Ministro que discursava tão claramente que parecia ter decorado aquelas palavras para tranqüilizar a população bruxa de uma pequena reviravolta em que o jornal pudesse fazer. As mãos de Warranty soltaram a pequena pasta grossa de couro em cima da mesa de vidro, só com aquele simples ato fez com que as cabeças que estavam concentradas em George virassem para ele.
O semblante de Maike fora erguido e permaneceu quieto ouvindo com atenção a desculpa que o ministério dava sobre os fatos que ele descobriu por uma carta designada do Primeiro ministro trouxas que estava totalmente preocupado com o número elevado de mortes ao norte da Europa. O ministro pousou um olhar frio e demorado em Maike quando – Hunf... E como chegou a essa simples conclusão Sr. Ministro? – A voz surgida agora no meio do silencio desta vez fora de Agatha Black que permaneceu a encará-lo sutilmente, com um pequeno sorriso no rosto os olhos de Maike desviaram sua atenção para a bruxa. Voltou sua atenção mais uma vez para a pauta a qual abriu até à ultima pagina onde precisaria assinar se era a favor ou não das medidas que o ministério iria tomar contra os duendes, puxando uma pena que se encontrava afundada no tinteiro ao centro da mesa, passou a riscar o pergaminho com uma assinatura muito caprichada na coluna da esquerda “Não a favor das medidas tomadas”.
Os olhos do ministro seguiram os movimentos de Warranty e logo voltou a si, respondendo a pergunta de Agatha – Fizemos uma pesquisa nos poucos vilarejos ali presentes e todos nos deram essa resposta. – Agatha lançou um olhar de pura incredulidade ao que acabara de ouvir. Maike apenas levantou-se da cadeira atraindo agora de vez os olhares dos demais. – Então essa é sua Ultima palavra Ministro? – Indagando com um ar totalmente impaciente, observou a cara de George tornar de um branco pálido para um vermelho - vivo. – SIM È MINHA ÚLTIMA PALAVRA! E VOCÊ SABE MELHOR DO QUE EU O MOTIVO DELA SER ESSA, NÃO ACREDITO QUE UM BANDO DE ARRUACEIROS ESTEJA PERDENDO SEU TEMPO MATANDO INUTEIS TROUXAS... – Todos arregalaram os olhos pelo pequeno surto do ministro enquanto Maike seguia para a lareira que se encontrava próxima dele sem se quer esperar mais nenhuma palavra que o Ministro pudera dar – Bem acho que não tenho mais o porquê perder meu tempo aqui, já que ouvi o que queria ouvir, Sr. Corleone irá encontrar minha Assinatura no final de minha Pauta sobre o assunto dessa reunião e digo a todos um passar bem.
Entrando na lareira lançou o ultimo olhar a sala onde todos estavam olhando do Ministro para ele e derrubando o pouco de pó de flúor encontrado no parapeito da lareira, foi tomado por uma claridade esverdeada que o cobriu todo quando ordenou com um tom de voz clara. – Beco diagonal! - A claridade sumiu e junto a ela Maike também não se encontrava mais ali.
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