Os preparativos continuam
Era um sábado de manhã, os dois morenos foram para o Shopping se encontrar com os outros amigos. Teriam uma longa conversa naquele dia.
- Já entendi o que aconteceu! – o ruivo disse depois de ouvir tudo o que os amigos tinham a dizer – Que susto vocês nos deram.
- Queríamos contar tudo para vocês antes de uma coisa dessas acontecer! – foi a vez de Hermione falar – Mas parece que a Rita Skeeter foi mais rápida que a gente.
- Ela mete muito na vida de vocês – o garoto voltou a comentar – Não entendo como vocês conseguem agüentar.
- A Rita Skeeter esta tentando arranjar alguma notícia sobre nos dois desde a época do torneio Tribuxo – o de olhos verdes lembrou – Isso foi como ganhar na loteria.
Começaram a rir levemente antes de voltarem a se encarar seriamente em silêncio.
- Minha mãe disse que esta na hora de escolhermos os padrinhos – ela continuou – Eu e Harry estávamos começando: quero que a Gina seja madrinha junto com o meu primo e o Rony e a Luna juntos. O que vocês acham?
- Por mim! – a ruiva deu de ombros.
- Por mim também! – Rony balançou a cabeça afirmativamente – E tenho certeza de que a Luna também concorda. Não é mesmo meu amor?
- É claro que concordo! – a loira respondeu – E querem saber. Eu acho muito romântico que vocês resolveram assumir que são apaixonados um pelo outro e vão se casar, ainda mais no dia do aniversário da Mione, vai tornar a data duplamente especial.
- Luna! – todos a reprimem ao mesmo tempo.
- Será que você não entendeu o que eles acabaram de explicar – o garoto continua a falar pacientemente para a namorada – Tradição da família da Mione também inclui um casamento, por isso eles estão fingindo que estão noivos. Mas o plano continua o mesmo.
- Então por que precisam escolher um padrinho? – perguntou ainda parecendo muito confusa – É perda de tempo já que o casamento não vai acontecer.
- É justamente para não desconfiarem disso – continuou – Os pais da Mione precisam acreditar que o casamento vai acontecer.
- Então quer dizer que ainda tem uma chance do casamento acontecer mesmo – parecia mais animada – Vocês ainda podem perceber que foram feitos um para o outro.
- Não insiste Luna! – Hermione riu levemente enquanto balançava a cabeça negativamente – Já te disse que eu e Harry somos os melhores amigos e nada mais que isso.
- Ainda falta um mês para o casamento – lembrou – Muita coisa pode acontecer.
- Acredite em mim! – ela continuou a falar – Nada vai acontecer.
- É verdade! – o moreno completou.
- Se vocês dizem! – a loira deu de ombros.
- E você Gina? – Rony se virou para a irmã caçula – Esta tão quieta.
- Estava apenas pensando na minha vida – explicou suspirando pesadamente – Mione! Será que nós duas poderíamos conversar a sós?
- Agora? – viu a amiga balançar a cabeça afirmativamente – Não vai dar.
- Mas por quê? – não estava entendendo nada – Tenho certeza de que nossos amigos não se importam de irmos até ali enquanto eles ficam aqui conversando.
- É mesmo! – os outros três responderam ao mesmo tempo.
- Mas agora eu estou atrasada! – explicou – Combinei com a minha mãe que eu e Harry vamos com ela acertar mais algumas coisas do casamento.
- Está bem! – pareceu um pouco desapontada - Então depois a gente conversa melhor.
- Pode ter certeza de que sim! – concordou com a cabeça enquanto se levantava – Mas agora precisamos ir.
Todos se despediram rapidamente. Logo depois, o “casal” caminhou até a saída do shopping até chegarem ao estacionamento, onde Edward estava esperando por eles.
- Mas Mione! – o de olhos verdes a olhou em dúvida – Pensei que sua mãe tinha dito que a gente não iria resolver nada sobre o casamento hoje.
- Eu sei! – respondeu bem baixo para que ninguém mais ouvisse – Mas eu queria ir embora, pois não tinha coragem de conversar com a Gina.
- E posso saber por quê? – cruzou os braços e ficou a encarando.
- Ela vai querer saber se eu já consegui te convencer de que ela é a pessoa certa para você – continuou encarando o chão – E eu ainda não estou preparada para conta tudo que aconteceu.
- Você sabe que uma hora ou outra vai ter que contar isso para ela – colocou a mão sobre o obro dela – Por que não agora?
- Ainda não é a hora certa – explicou com bastante certeza – Mas da próxima vez que eu a encontrar vou falar toda verdade.
- Acho bom mesmo! – concluiu – Tudo que você esta conseguindo com isso é que a Gina esta se iludindo e vai fazê-la sofrer mais a cada dia que deixa de contar tudo.
- Eu sei de tudo isso! – concordou com a cabeça – E também vou ter que contar para a Gina tudo que aconteceu entre a gente.
- É assim que se fala – sorriu logo em seguida – E, se precisar, eu vou estar ao seu lado nesse momento.
- Obrigada Harry! – sorriu – Mas acho que isso é uma coisa que preciso fazer sozinha. Afinal, fui eu quem inventou toda essa história.
Harry se aproximou novamente da amiga. Seu rosto foi se aproximando lentamente ao da garota e seus lábios estavam cada vez mais perto e a centímetros de se tocarem. Foi então que ela se afastou lentamente.
- Acho melhor não! – respondeu na mesma hora – Nossos amigos estão a poucos metros daqui. Imagina se eles aprecem e vê a gente aqui, se beijando.
- Vai ser melhor! – se aproximou novamente – Assim contamos logo toda verdade para eles.
- E eu já disse que agora não! – pôs as duas mãos sobre o rosto dele – Melhor não arriscarmos.
- Está bem! – suspirou pesadamente – É melhor irmos logo para casa.
Caminharam até onde estava o carro. Logo foram embora para casa.
Todos estavam sentados em frente à mesa enquanto jantavam em silêncio, parecia ter uma grande tensão entre todos.
- Sabe Harry! – a senhora Granger começou a falar alguns segundos depois – Falei com os seus tios hoje à tarde, eles são muito simpáticos.
- Sério? – ele quase se engasgou com a comida devido ao susto – Que interessante.
- Achei que seria legal conversar com eles sobre o casamento - continuou – Por que vice não disse nada para eles?
- É que nós não nos damos muito bem! – tinha o rosto ligeiramente vermelho – Achei que eles não ficariam interessados nisso.
- Está enganado! – explicou – Eles ficaram muito felizes com isso.
- Deve ser porque sabem que vão se livrar de mim logo! – comentou rindo levemente.
- Acho que está enganado! – comentou – Os dois pareciam muito felizes por você.
O de olhos verdes observou a amiga rapidamente, não estava entendendo nada.
- Combinamos de ir almoçar na casa deles amanhã! – concluiu por fim – O que vocês acham?
- Amanhã? – os dois morenos comentaram assustados.
- Isso mesmo! – balançou a cabeça afirmativamente – Vamos até lá, assim conhecemos eles melhor antes do casamento.
Não disseram mais nada até o final da refeição. Foram dormir ainda um pouco confusos.
- Parece que amanhã teremos que ir mesmo até a casa dos seus tios! – a menina comentou – Espero que isso não te irrite muito.
- Não tem problema! – comentou – Já deveria imaginar que uma coisa dessas iria acabar acontecendo.
- Verdade! – concordou com a cabeça – Ainda bem que os meus pais não são bruxos, assim é capaz de que eles se dêem bem.
- Deve ser por isso que os meus tios não estão achando o casamento uma coisa ruim! – lembrou – Devem estar pensando que assim que vou virar uma pessoa “normal”.
No dia seguinte saíram muito cedo para poderem chegar a tempo na casa dos Dursleys. Já era hora do almoço quando o carro parou em frente ao número quatro da rua dos Alfeneiros.
- Aqui estamos! – o homem disse assim que desligou o carro – É mesmo uma bela casa.
Foram até a porta e tocaram a campainha, não demorou muito para uma mulher abrir a porta com um enorme sorriso no rosto.
- Vocês devem ser os Grangers! – disse logo em seguida – Eu sou Petúnia Dursley! Entrem, já estavam esperando por vocês.
Passaram pela entrada e chegaram a sala, onde estavam Valter Dursley e Duda.
Passaram algum tempo conversando sobre várias coisas, o principal assunto era o jovem “casal” e o casamento.
- Quero que você saiba que estou muito feliz com o casamento dos dois – a dona da casa comentou enquanto bagunçava levemente o cabelo do sobrinho – Embora eu ache que eles ainda são muito novos, mas o amor não tem idade.
- O que acha de irmos até lá fora um pouco? – Harry sussurrou no ouvido da “noiva” – Garanto que é bem melhor do que ficar aqui ouvindo essa conversa.
- Certo! – concordou da mesma maneira antes de se levantar.
Aonde vocês dois vão? – foi a vez da senhora Granger perguntar – Não querem ficar aqui conversando?
- Deixa os dois irem! – a outra a interrompeu – Provavelmente querem ficar sozinhos.
- É mesmo! – responderam ao mesmo tempo antes de saírem.
Caminharam até o quintal da casa e sentaram-se em um banco no meio do gramado.
- Gostava de vir para cá pensar um pouco! – ele comentou enquanto estavam olhando para o horizonte – Principalmente quando eles brigavam muito comigo.
- Eu nunca entendi como os seus tios não conseguiam gostar de você – a morena falou – Mas hoje percebi que no fundo eles se importam com você.
- Também reparei isso! – sorriu levemente – Se tudo isso fosse mesmo real, talvez eu conseguisse me dar bem com eles um dia.
- Você não precisa que a nossa história seja verdadeira para se dar bem com os seus tios – colocou a mão sobre o rosto dele – Eles são seus tios, seus únicos parentes vivos e...
- Agora vocês podem dizer a verdade! – vira Duda parado na frente deles – Sei que esse casamento não é de verdade, nem esse namoro.
- Quem falou! – o de olhos verdes cruzou os braços e encarou o primo - É claro que é verdade.
- Quer mesmo que eu acredite que ela é sua namorada? – apontou para a morena – Ela é muito bonita.
- Quero sim que você acredite – respondeu – Pois é verdade.
- Isso é impossível! – deu de ombros.
- E posso saber por que é impossível? – foi à vez de Hermione perguntar com os braços cruzados.
- Até parece que alguém como você olharia para alguém como o meu primo – explicou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Merece coisa muito melhor que ele.
- Pois eu não quero outra coisa! – disse por fim – Eu amo o Harry e vou me casar com ele, aceite isso.
- Não acredito! – gritou como uma criança.
A morena então puxou o garoto pela blusa e o beijou profundamente. O outro ficou algum tempo olhando a cena boquiaberto e, depois, voltou para casa.
- Ele já foi embora! – ela comentou algum tempo depois.
- Tem razão! – concordou se afastando – Obrigado por me defender do Duda.
- Para que servem os amigos? – deu de ombros rindo.
- Você é mesmo uma boa amiga! – a segurou pelo rosto, estava se preparando para beijá-la novamente, mas alguma coisa o fez parar – Vamos voltar para dentro.
Chegaram na sala e descobriram que o almoço já estava sendo servido. Logo depois da refeição continuaram a conversar. Eram cinco da tarde quando resolveram voltar para casa.
Os dias que se passaram foram bastante tranqüilos. No fim de semana seguinte, o casal mais velho resolveu levar o outro para dar uma volta, disseram que tinham uma surpresa.
- Para onde estamos indo? – Hermione quis saber mais uma vez, estava cada vez mais curiosa.
- Fica calma! – sua mãe disse rindo levemente – Vocês já vão saber.
- Detesto quando eles fazem isso! – comentou fazendo o garoto ao seu lado rir levemente – Sabem que eu sou muito curiosa e não agüento esperar.
- Relaxa Mione! – disse colocando a mão sobre os ombros dela – Logo você vai descobrir o que é!
- Espero que sim! – suspirou pesadamente – Não vou agüentar muito tempo.
Riram levemente. Foi então que perceberam que o carro parou em frente a uma casa.
- Chegamos! – o homem disse – Tenho certeza de que vocês vão gostar muito.
- Vamos entrar! – Harry segurou a mão da “amiga” quando passaram pela porta.
A casa era bem grande: tinha uma sala ampla, uma cozinha com bastante espaço, quatro quartos com banheiro e um quintal com piscina do lado de fora. Conheceram todos os cantos do local e sentaram no chão, ao fim, ainda sem entender nada.
- E então! – o senhor Granger se aproximou do casal – Gostaram da casa?
- Sim! – balançaram a cabeça afirmativamente ao mesmo tempo.
- Que maravilha! – pareceu bastante satisfeito – É de vocês!
- Como assim? – a menina quis saber.
- Esse é o nosso presente de casamento para vocês – foi a vez da mulher responder – É uma casa grande, por isso não precisam se mudar daqui quando tiverem os seus filhos.
- Os senhores não precisam se incomodar com isso – o de olhos verdes explicou parecendo bastante envergonhado – Acharíamos um lugar legal para morarmos e enquanto isso, poderíamos ficar na casa do meu padrinho que é usada como sede da Ordem da Fênix.
- Não poderíamos deixar vocês morando em um lugar alugado sendo que temos dinheiro para comprar algo só de vocês – continuou – Não é trabalho nenhum, acredite em mim.
- Além dessa casa queremos dar outro presente para vocês – o homem colocou a mão dentro do bolso do paletó – A viagem de lua-de-mel de vocês, espero que gostem do Japão.
- Sabem que não precisavam de nada disso – a morena pegou as passagens ainda com os olhos cheios de lágrimas – Nós não fazemos questão de nada disso.
- Só queremos o melhor para você minha filha – ela passou a mão pelo cabelo da garota.
- Será que podemos ir para casa? – pediu se levantando – Eu estou um pouco cansada.
Não demoraram muito para chegar em casa. Assim que pôs os pés dentro de casa, Hermione saiu correndo para o seu quarto, o moreno foi atrás.
- Espera Mione! – disse segurando o braço dela assim que a alcançou – O que houve.
Ela não disse nada, apenas abriu a porta do quarto e entrou no local, o levou junto.
- Precisamos acabar com essa farsa – disse por fim – Vamos contar para os meus pais que não vai haver casamento que nem existe namoro.
- Mas por que Mione? – colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha – Estamos conseguindo disfarçar direitinho, eles não desconfiam de nada.
- Exatamente por isso! – suspirou pesadamente, estava se segurando para não chorar – Eles nos compraram uma casa e passagens para o Japão.
- Você já tem um lugar para morar e não precisar ficar dependendo dos seus pais – lembrou – E ganhamos umas férias no Japão.
- Eu estou falando sério Harry! – tinha uma cara muito séria – Estão gastando mais dinheiro do que eu planejava nesse casamento, não queria isso.
- Ao se preocupe com isso Mione! – tentou confortá-la – Assumo todas as responsabilidades disso.
- Não sei Harry! – se afastou levemente – É melhor que acabemos logo com isso antes que fuja do nosso controle.
- Nada vai fugir do nosso controle! – continuou – Acredite em mim!
- Está bem! – balançou a cabeça afirmativamente – Vamos levar isso até o fim! Afinal, já fomos longe demais para voltar agora.
- É assim que se fala Mione! – a abraçou levemente.
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