Um lugar novo




Quando o moreno abriu os olhos na manhã seguinte, percebeu que não estava em sua cama nem no seu dormitório. O que estava acontecendo?


Sentiu um pequeno movimento ao seu lado na cama e, logo em seguida, uma mão pousando em cima do seu ombro, havia uma aliança nela, a mesma que havia mostrado para sua melhor amiga na noite anterior. Quando olhou para a sua mão direita, percebeu que estava usando o outro par.


Assustou-se um pouco, mas depois percebeu que só havia um explicação lógica para isso: o feitiço havia funcionado. Hermione não era exatamente o amor da sua vida, mas como são grandes amigos, provavelmente, teve a mesma função. Suspirou aliviado, não precisou pedir Gina em namoro (coisa que o estava deixando apavorado nesses últimos dias), a aliança fez isso por ele.


Resolveu se virar para verificar que estava certo e, então, tomou mais um susto naquele dia. Em vez da ruiva, encontrou a morena dormindo profundamente. Logo ela foi abrindo ligeiramente os olhos.


- Bom dia meu amor! – ela deu um rápido selinho nos lábios dele, que continuou sem entender nada – Dormiu bem?


- Acho que sim! – respondeu mesmo sem ter muita certeza – Mas Mione, o que esta acontecendo? O estamos fazendo aqui?


- Nós moramos aqui! – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Tem certeza de que você está se sentindo bem?


- Sim! Eu estou bem! – balançou a cabeça afirmativamente, não queria preocupá-la.


- Acho melhor você não ir trabalhar hoje! – colocou a mão sobre a testa dele – Vou mandar uma carta para o Rony e pergunto se ele pode te substituir hoje no ministério.


- Ministério? – gritou um pouco alto demais – Eu e o Rony trabalhamos no ministério.


- Agora eu tenho certeza de que você não está bem – afastou as cobertas para se levantar da cama – É melhor eu chamar o médico.


- Não precisa Mione! – segurou o braço dela levemente – Eu estou ótimo, posso trabalhar muito bem.


Tinha certeza que quando encontrasse Rony o amigo contaria o que estava acontecendo.


- Se você diz! – ela girou para poder ficar sobre o moreno – O que acha de me dar um beijo de bom dia?


Em engoliu em seco, mas mesmo assim, deu um selinho nos lábios da amiga.


- Você chama isso de beijo! – pareceu um pouco brava nesse momento – Eu quero um de verdade.


- O que você quer dizer com isso? – sem dúvidas, aquele era o dia mais estranho da sua vida.


-Você sabe muito bem do que eu estou falando – aproximou seus lábios do dele, roçando levemente, e, depois, se afastou, dando um sorriso maroto.


Sabia que se sentiria levemente desconfortável, sem falar na culpa por estar beijando a sua melhor amiga. Mesmo assim, fechou os olhos e foi se aproximando da morena levemente, já podiam sentir a respiração acelerada um do outro, quando um choro de bebê invadiu todo o ambiente.


- Eu não acredito! – ela disse enquanto se afastava da cama – Acho melhor eu ir vê-la. Enquanto isso você pode tomar banho, já vou preparar o café.


- Quem é ela? – perguntou, mas a morena parecia não ter ouvido, pois saiu correndo do quarto – Está bem, eu vou tomar banho.


Enquanto deixava a água do chuveiro cair sobre o seu corpo, ficou analisando tudo aqui que aconteceu naquela manhã: ele e Hermione morando juntos como casal e tendo uma filha. Não tinha dúvidas de que alguém usou um feitiço muito poderoso para mudar o curso do tempo, não iria sossegar até descobrir que foi e assim poder voltar as suas vidas normais.


Demorou um pouco para poder se vestir, não sabia que função tinha no ministério da magia. Decidiu-se por uma roupa formal, qualquer coisa, Hermione o reprimiria.


Chegou até a porta da cozinha e percebeu que a morena estava em frente ao fogão fritando um ovo. Foi entrando lentamente no cômodo e foi se aproximando lentamente do cesto rosa que estava em cima de uma das cadeiras. Uma menina de, aproximadamente, poucos meses de vida, brincava distraidamente com os pés, mas no momento em que viu o de olhos verdes sorriu e começou a esticar os bracinhos.


- Por que você não a pega? – a garota colocou o prato em cima da mesa e se aproximou dele.


- Acho melhor não! – disse um pouco receoso – Eu posso derrubá-la no chão.


- Deixa de ser bobo Harry! – pegou a filha de maneira delicada – Você sabe pegou a Selena no colo e nunca derrubou.


- Mas é melhor agora não! – sentou-se na cadeira em frente à refeição – Vou comer logo para não chegar tarde ao trabalho.


- Você tem bastante tempo – suspirou pesadamente enquanto se sentava também – Mas, se você prefere assim.


Tomou o seu café de forma calma, assim que terminou foi para o andar de cima escovar os dentes.


- Eu já vou indo! – despediu-se da “namorada” com um rápido selinho – Eu costumo vir almoçar em casa?


- Normalmente você vai em um restaurante que fica lá perto, junto com o Rony – não estava entendo a atitude dela, mas resolveu explicar – Mas se você quiser vir, eu não vou achar ruim.


- Acho que vou ficar por lá mesmo! – explicou – A gente se vê a noite.


Fechou a porta de casa e foi caminhando até um beco escuro, onde achou que seria seguro aparatar.


Ele passou pela entrada principal do ministério. Enquanto caminhava pelo átrio, várias pessoas o cumprimentaram, mesmo não sabendo quem era a maioria, correspondeu a todos. Assim que chegou em frente ao elevador, percebeu que estava com um grande problema: não tinha idéia de onde trabalhava nem sabia como iria descobrir isso.


Foi nesse momento que um rapaz ruivo bastante conhecido se aproximou dele.


- E ai cara! – ele disse dando um tapinha nas costas do amigo – Como estão as coisas?


- Estão melhores agora – suspirou aliviados – Rony, você não sabe como é bom te ver! – o abraçou com muita força.


- Está bem! – se afastou levemente – Não deixe a Mione te ver fazendo isso, tenho certeza de que ela não vai gostar muito.


Lembrou-se que tinha muitas coisas para conversar com o amigo, mas não naquele lugar, havia muitas pessoas passando apressadamente.


- Você está indo para a sua sala agora? – perguntou um pouco receoso.


- Você quer dizer, nossa sala – corrigiu, as coisas estavam melhores do que o moreno pensava – Sim, estou indo.


- Ótimo! – concordou – Vou com você.


Entraram no elevador, que subiu até o andar em que ficava o departamento de aurores. A sala dos dois rapazes ficava bem no final do corredor.


Era um local bastante espaçoso. Tinha duas mesas em lados oposto do aposento e algumas gavetas de arquivo.


De repente, os olhos de Harry recaíram sobre um pequeno calendário a sua frente. Não era possível, estavam cinco anos no futuro;


- Uau! – comentou em seguida – Não acredito que faz tanto tempo que nós terminamos Hogwarts.


- O que houve cara? – o ruivo tinha um sorriso maroto nos lábios – Está com alguma crise de idade?


- Na verdade, acho que estou com uma crise de memória – disse baixo, mas mesmo assim, não foi o suficiente para o outro não conseguir ouvir – Diga-me, como foi que eu e a Mione acabamos juntos e agora estamos casados.


Rony começou a rir sem parar, deixando o moreno extremamente confuso.


- O que foi? – perguntou extremamente parecendo um pouco chateado.


- É que você e a Mione não são casados! – explicou – Você até insistiu nisso quando descobriu que teriam um bebê, mas ela disse que seria melhor vocês estarem mais estabilizados em seus trabalhos para pensarem nisso. Então você pediu para que, pelo menos, fosse morar juntos.


- Mas como foi que isso tudo acabou acontecendo? – quis saber mais uma vez – Quero dizer, eu nunca demonstrei o menor interesse na Mione, nem ela comigo.


- Um dia você acordou todo esquisito querendo saber onde estava a Mione, quando a encontrou disse que a amava e a pediu em namoro – respondeu enquanto tentava se lembrar da cena – O que foi muito estranho, todos no colégio achavam que você fosse voltar com a minha irmã.


- Gina! – somente nesse momento lembrou-se da ruiva – E ela, como reagiu ao meu namoro com a Mione?


- Bem até demais! – suspirou pesadamente – Parecia até que você estava adivinhando, uma semana depois descobrimos que ela estava namorando o Draco.


- Realmente! – colocou a mão no queixo pensativo, isso era mesmo uma coisa que nunca poderia imaginar.


- Você realmente não se lembra de nada do que aconteceu todos esses anos? – viu o amigo balançando a cabeça afirmativamente – Você está mesmo com sérios problemas, quer que eu arranje uma poção da memória?


- Não precisa! – tinha certeza de que nem isso iria funcionar no seu caso – Tenho certeza de que só estou em um dia ruim, logo vai passar.


- Ótimo! – concordou – Agora vamos ao trabalho.


A manhã passou bastante rápida, os dois quase não tiveram o que fazer. Na hora do almoço saíram do prédio e foram para um restaurante do outro lado da rua.


- A comida daqui é ótima! – ruivo comentou logo após o garçom sair com os pedidos já anotados – Tenho certeza de que depois que você prová-la, vai curar o seu problema de amnésia.


- Eu não estou com amnésia! – tentou explicar mais uma vez (fazia alguma horas que ele insistia nessa história) – É apenas um pequeno lapso.


- Se você insiste! – deu de ombros – Mas eu tive um problema desses há alguns anos depois de voltar de uma missão, só fiquei melhor depois de sentir o cheiro de torta de caramelo da minha mãe.


Não demorou muito para o garçom trazer os pratos. Começaram a fazer a refeição em silêncio.


- Sabe cara! – Rony começou, mais uma vez, parecendo bem mais sério – Acho que vou pedir a Luna em casamento.


- Que maravilha! – sorriu ao saber da noticia – Parabéns para vocês!


- Já faz algum tempo que eu estou juntando dinheiro para poder sair da casa dos meus pais – continuou enquanto encarava um pedaço de batata que ainda estava em seu prato – O que eu tenho dá para comprar um apartamento pequeno, mas vai dar para gente se virar por algum tempo, não pretendemos ter filho cedo mesmo.


- Fico feliz por você estar querendo buscar o seu objetivo – comentou – Luna sempre me pareceu uma boa pessoa, vocês dois formam um ótimo casal.


- Obrigado cara! – ficou com as orelhas ligeiramente vermelhas – Então você concorda que eu faça esse pedido para ela?


- Você tem que seguir o seu coração! – achou melhor não dar opinião, só soube da formação desse casal na “noite anterior” quando Hermione contou – Se é isso mesmo que você quer.


- Farei isso no final de semana – parecia bastante decidido – Mas antes preciso fazer com que tudo saia perfeito nesse momento.


- Tenho certeza de que será! – balançou a cabeça afirmativamente – Espero ser chamado para ser o padrinho.


- Luna me mataria se eu chamasse outras pessoas que não você e Mione para serem meus padrinhos – comentou com um sorriso maroto – Considerem-se convidados.


Assim que terminaram de almoçar, pediram a sobremesa, logo estavam voltando para o ministério.


Estavam tão distraídos que só se deram conta da hora quando estava começando a escurecer.


- Eu já vou indo! – Harry disse enquanto se levantava de sua mesa – Acho que Hermione está me esperando para o jantar.


- Então vai lá! – riu levemente – Não se esqueça de amanhã, estejam lá às oito da manhã.


- Mas amanhã não é sábado? – espantou-se – Onde você quer que eu vá.


- Esqueci que você estava com amnésia – revirou os olhos ao ver a cara de bravo do amigo – Fred e Jorge vão inaugurar a nova loja da Gemialidade Weasley em Hogsmead e faz questão de que a gente esteja lá.


- E quem vai estar lá? – perguntou mais uma vez.


- Eu, você, a Mione e a Luna – começou a contar nos dedos enquanto se lembrava – Ah sim! O Draco e Gina também vão.


- O Draco! – espantou-se em saber – Desde quando a gente se dá bem com ele?


- A gente não se dá bem, apenas convivemos com isso – revirou os olhos impaciente – Afinal, a Gina está casada com ele há dois anos.


- Então a gente se vê lá – resolveu encerrar essa história, poderiam ficar lá por horas.


Despediram-se, então o moreno saiu da sala e se dirigiu para os elevadores.


Enquanto estava procurando um lugar seguro para aparatar (eram seis horas da tarde, por isso a rua estava cheia de trouxas indo para suas casas) passou em frente a uma pequena floricultura e decidiu entrar, iria comprar flores para Hermione. Mesmo sabendo que não a amava, nesse “mundo paralelo” eles eram um casal e precisava agir como tal.


Quando, finalmente, conseguiu se transportar, surgiu a poucos metros de casa. No momento em que abriu a porta, a morena estava passando bem enfrente a ela.


- Harry! – sorriu e o abraçou – Pensei que fosse demorar um pouco mais para chegar.


- Não tinha muito trabalho para fazer hoje no ministério – explicou – São para você – entregou a ela o buquê te rosas brancas.


- Você se lembrou! – disse enquanto olhava atentamente para as flores – Não acredito que você se lembrou de uma data tão especial sem eu precisar falar.


- É claro que sim! – mesmo não sabendo do que se tratava, resolveu concordar – Nunca iria esquecer algo tão importante para você.


- É claro! – pegou um vaso que estava em cima da mesa e colocou as flores lá dentro – Afinal, não é todo dia que se faz cinco anos de namoro.


O rapaz engoliu em seco, não havia pensado nessa possibilidade.


- E quer saber de uma coisa – se aproximou da “amiga” e a abraçou pela cintura – Foram o cinco anos mais felizes da minha vida.


- Da minha também! – acariciou o rosto dele – Passamos por tanta coisa juntos, mesmo assim nada mudou entre a gente.


Resolveu beijá-la. Tudo começou calmamente, até que a garota resolveu abrir lentamente boca poder aprofundar o contato. O moreno não teve outra escolha a não ser prosseguir. Mesmo ouvindo uma voz bem baixinha em sua consciência dizendo que aquela era a sua melhor amiga, não podia deixar de admitir que havia gostado.


Então, Hermione foi se afastando lentamente dele.


- Preparei o nosso jantar! – contou – Quer comer agora?


- Pode ser! – concordou – Precisa de ajuda para colocar a mesa?


- Não! – respondeu – Pode deixar que eu mesma faço isso.


Com um aceno da varinha, vários objetos começaram a sair da cozinha (entre eles, a comida) e pousaram em cima da mesa.


- Esta vendo! – tinha um sorriso maroto – É tão simples.


Sentaram-se a mesa e começaram a se servir.


- E então! – Harry começou a falar de repente – Como foi o seu dia hoje?


- Interessante! – comentou – Eu e Selena fomos fazer compras hoje e ela se virou dentro do carrinho pela primeira vez.


- Que maravilha! – percebeu o quanto ela ficou feliz ao contar isso – Parece que a nossa filha vai ser tão inteligente quando você.


- Pode ser! – ela ficou extremamente vermelha nesse momento – Sabe Harry, eu adoro ficar aqui tomando conta da Selena e descobrindo uma coisa nova a cada dia, mas sinto saudade de trabalhar.


- Eu imagino! – realmente, não conseguia imaginar a morena somente cuidando da casa – Mas logo você vai voltar a trabalhar, não é mesmo?


- Ainda faltam seis meses – explicou – Mas eu também fico imaginando a saudade que eu vou sentir dela quando isso acontecer. Sem contar que vou estar preocupada se ela vai estar bem.


Não estava entendendo mais nada, a mulheres eram mesmo muito confusas.


- Mesmo eu trabalhando somente na parte da manhã e a senhora Weasley ficando aqui com ela, o que elimina a preocupação com uma babá violenta – começou a falar tudo isso rápido demais – Sempre tem o problema dela passar mal de repente, eu estarei longe e não poderei fazer nada.


- Fica calma Mione, ainda falta muito tempo para isso – segurou a mão dela delicadamente – E eu sei que não vai acontecer nada.


- É mesmo! – suspirou pesadamente de alivio – Obrigada Harry.


Continuaram a jantar calmamente. Depois, decidiram abrir uma garrafa de vinho e ligar a televisão, iriam assistir ao primeiro filme que encontrassem.


A cada minuto que passava, viram-se de frente um para o outro e se beijava profundamente, sem prestar a menor atenção no programa que passava.


- Sabe que eu adoro isso! – Hermione comentou quando os dois se separaram, mais uma vez – Ficar em casa bebendo vinho e assistindo a um filme junto com o cara que eu amo.


- Eu também gosto disso – deu um rápido beijo nos lábios dela.


- Mas sabe de uma coisa! – fez uma cara de entediada – Esse filme está muito chato.


- Como você pode saber? – estranhou – Nem viu ele direito.


- Tem razão! – começou a rir descontroladamente – E é mesmo muito chato tentar entender um filme quando ele já está na metade, o que acha de irmos para o nosso quarto?


- Agora? – engoliu em seco assustado, ainda não estava preparado para isso.


- Claro que é agora! – começou a se aproximar mais até que deitou no coloco do namorado – Assim poderemos terminar a nossa comemoração, mais a vontades.


Começaram a se beijar profundamente, o de olhos verdes começou a ficar cada vez mais tenso. Como seria passar uma noite com a sua quase irmã?


- Então você vai indo para ela – começou a explicar quando já haviam se levantado do sofá – Eu vou o que a Selena está precisando.


- Mas por quê? – achou muito estranho - Ela não estar chorando.


- Eu coloquei um feitiço de som em volta do quarto dela – explicou – Mas eu estou vendo com isso daqui – mostrou um objeto que parecia uma caneta totalmente vermelha.


- Como é que funciona? – quis saber parecendo bastante curioso.


- Um fica dentro do quarto do bebê e o outro fica comigo, quando ele fica vermelho, quer dizer que tem alguma coisa errada – disse – Você quem comprou assim que soube que eu estava grávida, como é que não se lembra.


- É mesmo! – fingiu se lembrar – Acho que eu estou com a cabeça muito cheia nesses dias.


- Está certo! – deu de ombros enquanto dava um selinho nos lábios dele – Eu vou até lá, e logo nós poderemos terminar o que estávamos fazendo.


Enquanto via a garota subir as escadas começou a pensar em um plano para estragar a surpresinha que ela estava aprontando. Foi até seu quarto e trocou rapidamente de roupa, se ele estivesse dormindo, sabia que ela desistiria.


Começou a folhear um livro quando Hermione entrou no local.


- Está tudo resolvido – suspirou enquanto caminhava até o seu armário – Ela só precisava trocar a fralda.


Pegou uma roupa e entrou no banheiro, o que fez o de olhos verdes respirar aliviado.


Não demorou muito para ela voltar e deitar ao lado do “amigo”. Em seguida deitou-se por cima dele.


- Agora sim! – o beijou profundamente – Quero aproveitar todos os momentos dessa noite junto com você.


- Espera Mione! – a afastou lentamente – Não é uma boa idéia, acho melhor nos irmos dormir, precisamos acordar cedo amanhã.


- Até parece que você se importa com isso – riu ironicamente – Não vai me dizer que você está com medo?


- Está bem! – suspirou enquanto aproximavam seus lábios novamente.


Ela começou a guiar as mãos do amado, uma para seu ombro e outra para dentro de sua camisola. À medida que ia subindo os dedos podia ouvir suspiros leves da morena.


Suas roupas foram caindo no chão delicadamente, fizeram amor naquela noite. Para Harry foi o momento mais perturbador da sua vida, mas iria ter que superar se quisesse passar por tudo isso.

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