Consertando um erro




Era segunda-feira de manhã, Harry acordou bem cedo e se arrumou bem cedo para o trabalho. Quando chegou na cozinha, somente Emi estava lá terminando de tomar o seu café da manhã.


- Bom dia minha filha! - deu um beijo no topo da cabeça da menina – Você dormiu bem?


- Sim! - ela respondeu.


- Aonde está a sua mãe? - quis saber enquanto servia um pouco de café na sua xícara e se sentava em uma cadeira vazia.


- Está lá em cima terminando de me arrumar – falou calmamente – É por isso que eu preciso terminar logo de tomar café.


Foi nesse momento que Hermione entrou no correndo no local.


- Vamos logo Emília! - ela disse olhando para o relógio – Eu preciso te deixar na escola e depois voltar para casa. Tenho muita coisa fazer aqui.


- Você não vai para o ministério hoje Mione? - o moreno achou o comentário da amiga muito estranho.


- O senhor Weasley me passou um monte de documentos para analisar esse fim de semana – explicou – Mas como eu disse para ele que eu não tenho tempo para assunto do trabalho quando a Emi está em casa, ele disse que eu podia ficar em casa hoje para poder resolver isso.


- Certo! - concordou – Se você quiser, eu posso levar a Emi par a escola, assim você não perde muito tempo e acaba com isso logo.


Não quero te dar trabalho Harry – explicou – Sei que você tem que chegar bem cedo ao ministério por ser o assistente do senhor Weasley.


- Sempre chego cedo lá mesmo – respondeu – Além disso, nunca é trabalho levar a a minha filha na escola.


- Que legal! - a menina disse – Meu pai vai me levar a escola. Ele nunca fez isso antes.


- Tudo bem, você pode levá-la – a morena respondeu, por fim – Mas vocês têm que sair agora. Não quer chegar atrasada, não é minha filha?


- Claro! - terminou de tomar o seu suco e pulou da cadeira – Já estou pronta!


- Ótimo! Vai até lá em cima pegar o seu material – a mulher lembrou – E não se esqueça de escovar os dentes.


- Certo! - revirou os olhos antes de sair da cozinha.


Os dois morenos ficaram em silêncio por algum tempo.


- Mione! - o homem a chamou, fazendo com que se virasse para ele – Você acha que a Gina já falou com os pais dela sobre nós dois estarmos nos separando.


- Provavelmente! - deu de ombros – Do jeito que ela estava irritada quando saiu daqui, deve ter ido até a casa deles no mesmo momento.


- Mas eu já estou prepara para qualquer coisa que possa acontecer – explicou – Nenhuma atitude do senhor Weasley vai me surpreender.


- Você acha mesmo que ele vai te mandar embora só por causa disso? - olhou em dúvida – Você é o melhor assistente que ele já teve.


- Eu sei disso! - suspirou pesadamente – Mas, como a própria Gina disse, o senhor o Weasley faz todas as vontades dela.


- Mas ele valoriza muito o seu trabalho – lembrou – Tanto que, quando o Rony foi trabalhar no departamento de esportes mágicos, ele não colocou nenhum outro assistente, deixou só você.


- Eu deveria ter feito a mesma coisa que o Rony, hoje eu poderia estar em algum departamento do ministério – comentou colocando a mão no queixo e apoiando sobre a mesa – Logo que terminamos Hogwarts e o senhor Weasley ofereceu o emprego para mim e para o Rony, o meu pai sugeriu que eu fizesse a escola de Aurores, mas eu não quis. Era somente por um ano e eu poderia fazer, perfeitamente, enquanto trabalhava.


- Mas ainda dá tempo de você fazer o curso de Aurores – sugeriu – Ainda está novo para isso.


- Talvez eu faça isso mesmo – concordou com a cabeça – Eu quero que a minha filha sinta orgulho de mim.


- A Emi sente muito orgulho de você – garantiu – Ela está sempre me dizendo isso.


- A Emi ainda é pequena, não entende essas coisas – falou – Logo ela vai perceber que o pai dela é um covarde e que vai passar a vida inteira recebendo ordem dos outros.


- Isso não é verdade! - Hermione estava muito séria nesse momento – Você não vai passar a vida inteira recebendo ordem dos outros. Tenho certeza de que, daqui a alguns anos Harry Potter será um nome muito conhecido no mundo bruxo.


- Foi então que Emi apareceu com a sua mochila no ombro.


- Vamos logo papai! - a menina pediu – Não quero chegar atrasada na escola.


- Não dá para negar que ela é mesmo sua filha – o moreno comentou, Hermione, apenas começou a rir – Vamos embora Emi.


Harry abriu a porta do carro e prendeu a filha no cinto do banco de trás, logo ele estava dirigindo pela avenida principal de Londres. Não demorou muito para chegar a porta da escola.


- Tem certeza de que não quer que eu vá com você até a porta da sala? - homem perguntou, assim que Emi abriu a porta e saiu sozinha – Ainda estou com tempo, posso fazer isso.


- Não precisa pai! - garantiu – Sei chegar na minha sala sozinha.


- Pensei que a sua mãe te levasse sempre até a sala de aula – comentou.


- Ela só me levava na primeira semana de aula – explicou calmamente – Mas agora já vou sozinha. Eu tenho quase seis anos papai, já sou grandinha.


- Tudo bem! - revirou os olhos, nunca pensou que fosse ouvir isso da sua filha tão cedo – Vou vir te buscar na hora da saída. Pode me esperar exatamente aqui?


- Posso sim! - balançou a cabeça afirmativamente.


A menina deu tchau com a mão. Harry ainda ficou esperando a filha entrar no prédio da escola antes de ir embora.


Assim que ele chegou ao último andar do ministério da magia, viu que a secretária já estava sentada na mesa entre ao gabinete do ministro.


- Bom dia senhor Potter! - a mulher disse assim que o viu – O senhor Weasley já está na sala dele e disse que queria falar com você assim que chegasse.


- Certo! - concordou com a cabeça – Já até posso imaginar o que ele precisa falar comigo.


- Fez alguma coisa errada? - ela quis saber com um olhar totalmente curioso.


- Mais ou menos – passou a mão pelo cabelo – Acho melhor eu ir logo até lá.


Deu um longo suspiro antes de caminhar em direção a porta. Já que teria de ouvir todo o discurso do senhor Weasley, que fosse logo.


- Bom dia Harry! - disse assim que o outro entrar na sala – Pode se sentar – completou apontando a cadeira na sua frente.


Foi, meio incerto, até o local e se sentou. O senhor Weasley terminou de ler o pergaminho que estava segurando antes de se virar para o moreno.


- Bem, Harry! - começou, retirando o óculos e colocando em cima da mesa – Eu tenho algo, um pouco sério para conversar com você.


- Claro senhor! - balançou a cabeça afirmativamente – Mas antes que o senhor fale, eu quero explicar uma coisa.


- Espera Harry! - o interrompeu – Deixe-me terminar de falar, então você pode explicar o que quiser.


- Esta bem, senhor Weasley – concordou por fim – Como o senhor quiser.


- Obrigado! - disse.


Começou a mexer em alguns pedaços de pergaminho antes de voltar a falar.


- Bom, Harry, você sabe que eu já sou ministro da magia há 25 anos – o de olhos verdes apenas balançou a cabeça afirmativamente – Há uns dois anos Molly vem me cobrando que eu ando trabalhando um pouco demais e que nós já estamos em idade de ficarmos em casa apenas curtindo os netos.


- Ser ministro da magia é um cargo muito importante – Harry comentou – Quem aceita sabe que vai trabalhar muito, às vezes até nos finais de semana.


- E quando eu me tornei ministro sabia muito bem disso – continuou – Mas agora, depois de tantos anos, tenho que concordar com a Molly. É por isso que eu decidi me aposentar.


- Uau! - foi tudo que o moreno conseguiu dizer.


- Vou terminar algumas coisas pendentes que eu tenho, isso deve demorar mais uns dois ou três meses – explicou – Depois disso, vou me aposentar.


- Está bem! - concordou com a cabeça – E já sabe quem o senhor vai indicar para ser o próximo ministro da magia?


- É sobre isso que eu queria conversar com você – respondeu – Vou indicar você como meu sucessor.


- Eu? - ficou alguns segundos parado sem conseguir dizer mais nada – O senhor vai me indicar para ser o próximo ministro da magia. Tem certeza disso?


- Não poderia pensar em ninguém melhor para me substituir – garantiu – Você foi um excelente assistente nesse últimos seis anos. Para falar a verdade, foi o melhor que eu já tive.


- Eu nem sei o que dizer, senhor! - falou – Para falar a verdade, eu nunca me imaginei como ministro da magia.


- Apenas aceite o meu convite – respondeu – Tenho certeza de que você será um ótimo ministro para o mundo da magia. Talvez até melhor do que eu.


Foi nesse momento que Harry percebeu aonde toda essa conversa toda iria parar. Tinha que tomar uma atitude, não poderia mais ser mandado por ninguém.


- Eu sinto muito senhor Weasley – ficou encarando as próprias mãos enquanto falava – Mas eu não posso aceitar.


- Por que não? - se espantou – Pensei que tivesse ficado feliz com o convite. Essa é uma oportunidade única.


- Mas eu sei o que vem com esse convite – continuou – O senhor espera que eu volte com a Gina. Nunca estive tão certo de que o meu casamento com ela acabou, não vou voltar para aquela casa nem por um cargo de ministro da magia.


- Nunca imaginei que você fosse pensar uma coisa dessas ao meu respeito Harry – comentou, parecendo um pouco ofendido – Eu nunca colocaria em risco o seu emprego só por que você está se divorciando da minha filha.


- Não! -agora foi a vez de Harry ficar espantado – Mas eu...


- Desde o momento em que você e a Gina nos contaram que estavam namorando, achei que vocês dois não combinavam, nem um – o interrompeu no meio da fala – Nunca imaginei que fosse acabar se casando, mas, como acabou acontecendo, pensei que não fosse durar muito. E, acredita, cinco anos foi bastante tempo.


O de olhos verdes apenas ficou em silêncio ouvindo.


- Sei que a sua felicidade não é ao lado da Gina – continuou – Não sei o que fez você pensar que eu iria te demitir só por causa do fim do casamento de vocês.


Essa era a oportunidade perfeita para Harry. Ele poderia contar para o senhor Weasley todas as ameaças que Gina fez para que se casassem e ao longo de todos esses anos. Poderia fazer isso, mas, simplesmente, não pôde.


- Eu não sei! - foi tudo que disse – Acho que foi só bobagem da minha cabeça.


- Certo! - concordou – Mas acho que, agora, todos os maus entendidos foram resolvidos.


- Nesse caso eu aceito o convite para ser o próximo ministro da magia – respondeu, por fim – Vai ser uma honra substituí-lo.


- Eu que vou ficar honrado em ser substituído por alguém como você – apertou a mão do homem – Agora vou poder te explicar tudo que você precisa saber para comandar o ministério da magia.


- Vou ficar muito feliz em aprender senhor – garantiu.


Enquanto isso, Hermione estava sentada na sua cama. Tinha acabado de ler o terceiro rolo de pergaminho, já tinha progredido bastante no seu trabalho, mas ainda faltava muita coisa.


Decidiu i ir até a cozinha beber um copo de água. Já estava voltando para continuar o seu campainha tocou. Foi abrir a porta e encontrou Gina.


- Bom dia Granger! - ela deu um pequeno sorriso – Não vai convidar para entrar? Detestaria fazer isso, de novo, sem o seu consentimento.


Ainda meio atordoada, a mulher deu espaço para que a outra entrasse.


- Se você veio procurar o Harry, perdeu o seu tempo – conseguiu, finalmente, falar – Ele está no ministério.


- Eu sei disso, vim até aqui falar com você – explicou – Devo dizer que você tem uma casa adorável, não tinha reparado isso quando estive aqui antes.


- Obrigada! - revirou os olhos, não tinha a menor paciência com a Gina, principalmente quando está com pressa.


- Mas você precisa ver a minha casa e do Harry – continuou – É, simplesmente, maravilhosa. E bem maior do que a sua, é claro.


- Eu imagino – disse, sem nenhuma emoção – Será que você pode falar logo? Eu tenho um monte de trabalho para fazer.


- Certo! - concordou – O que eu tenho para falar é bem simples. Quanto você quer para ir embora e deixar o Harry, para sempre?


- Como é? - gritou mais alto do que estava planejando.


- Acho que eu falei de uma maneira bem clara – colocou a mão no queixo – Quero saber quanto você quer para ir embora junto com a pirralha da sua filha e nunca mais aparecer perto de mim ou do Harry?


- Simplesmente não posso acreditar que estou ouvindo isso – começou a andar em círculos – Eu não vou para lugar nenhum e nada do que você fizer vai me convencer do contrário. Jamais vou afastar o Harry da filha.


- Você pode até achar que eu sou idiota, Hermione, mas eu não sou – comentou – Sei muito bem por que você não quer ir embora. E não tem nada ver em não querer afastar do Harry da filha.


- Que bom que você sabe disso – deu de ombros – Então eu não preciso dizer de novo que eu não vou embora.


A ruiva não disse mais nada, apenas abriu a bolsa e pegou o talão de cheques.


- Todo mundo tem o seu preço, é só você falar qual é o seu – completou – Posso conseguir qualquer coisa que você queira. Não se esqueça de que, como filha do ministro da magia inglês, eu conheço muitas pessoas.


Um pensamento veio na cabeça de Hermione, mas achou que fosse besteira, então preferiu não falar nada.


- Você não vai me convencer do contrario, Gina – disse, totalmente decidida – Agora, se você já terminou, pode ir embora.


- Acho que você não está entendendo – se levantou, tentando parecer autoritária – Eu e o Harry somos feitos um para o outro. Desde que éramos pequenos e ele e o Rony iam brincar no quintal de casa e eu queria ir com eles, mas o meu irmão não deixava. O Harry sempre me defendia quando isso acontecia.


Hermione decidiu se sentar no sofá. Pelo jeito aquele papo iria demorar bastante.


- Desde o momento em que eu pus os pés do expresso Hogwarts e Rony foi apresentar a nova melhorar amiga dos dois, sabia que você iria me dar trabalho no meu plano de conquistar o Harry, mas eu não iria me dar por vencida tão fácil – continuou a falar – Então nós dois começamos a namorar, foi o dia mais feliz da minha, mas, mesmo assim, eu ainda tinha que aturar Hermione Granger por todos os cantos – deu um sorriso discreto com essa lembrança – Foi então que você engravidou e eu achei que tudo estava perdido, mas eu ainda era a noiva dele e nada mudaria isso. Nem mesmo um bebê.


- Você diz como se eu tivesse feito tudo isso de proposito – a morena resolveu dizer – Acha mesmo que eu planejei engravidar com 19 anos somente para roubar o Harry de você.


- Mas ai eu tive o plano perfeito, mandei o seu currículo perfeito para o ministério da magia mais distante que encontrei, sabia que você seria aceita em qualquer lugar – ignorou completamente o que a outra tinha falado – Tudo bem que eu não consegui afastar a sua lembrança da mente do Harry, mas aos pouco eu iria conseguir isso.


Foi nesse momento, que o queixo da mulher caiu.


- Só que os meus planos foram frustrados pelo meu querido pai – revirou os olhos – Disse que você ter ido para a Austrália foi a maior perda que o ministério dele teve em anos – fez uma careta de nojo – Tentei convencê-lo de que você estava bem melhor lá. Mas, ao contrário do que o Harry pensa, eu não tenho nenhum poder de persuasão sobre o meu pai, principalmente quando se trata das coisas do ministério;


Hermione estava chocada com o tinha acabado de ouvir. As suas suspeitas tinham acabado de se confirmar. Não entende como não tinha imaginado isso na época.


- Não acredito nisso! - algumas lagrimas se formaram no canto do seu rosto – Simplesmente não acredito nisso.


 


*Flash Back*


Hermione colocou a filha dentro do berço e terminou de abotoar a sua blusa. Pegou o bebê, novamente, no colo para fazê-la arrotar, isso não demorou muito.


- Agora está na hora da mamãe tomar café da manhã - disse enquanto caminhava com a menina até a porta – Vamos até a cozinha.


Assim que chegou ao local, encontrou o seu pai terminando a sua refeição.


- Bom dia minha filha – sorriu assim que a viu se sentar em uma das cadeira vazia – Vejo que você dormiu bem essa noite.


- Está certo pai! - respondeu – A Emi, finalmente dormiu a noite inteira. Espero que agora seja assim todas as noites.


- Acho que a partir de agora vai ser assim mesmo – ele comentou – Não achou que ela fosse ficar acordando de madrugada para sempre.


- Eu sei disso! - riu levemente – E fico feliz por não ser assim.


Colocou a filha no sexto que estava na cadeira ao lado e pegou uma torrada e passou um pouco de geléia de morango, depois, colocou um pouco de café a na xícara.


- Aonde está a mamãe? - a morena perguntou, de repente.


Está lá em cima terminando de se arrumar! - respondeu enquanto pegava o jornal que estava em cima da mesa.


- Estava pensando em ir dar uma volta no parque junto com a Emi! - continuou a falar – Assim ela toma um pouco de sol.


- É uma ótima idéia, ar fresco faz bem para os bebês – concordou – Mas não demore muito com ela lá. Sabe como está esfriando de noite.


- Pode deixar! - concordou enquanto mexia com a filha, que soltou uma pequena risadinha – Jamais faria qualquer coisa para deixar a minha princesinha doente.


Voltaram a tomar o café em silêncio. De repente, ouviram um grito vindo da sala.


- Hermione Jane Granger! - ouviram a senhora Granger gritar – Você sabe que eu não gosto de corujas soltas pela casa.


- Coruja? - achou estranho – A Pan está presa na gaiola dentro do meu quarto. Eu só solto ela quando tenho que mandar alguma carta justamente por que a mamãe não gosta de coruja solta em casa.


- É melhor você ir ver o que é? - avisou – Não se preocupe, eu fico de olho na Emi enquanto isso.


Assim que chegou na sala, viu uma coruja marrom parada em cima das costas do sofá. Nunca tinha visto aquela ave.


- Deixa que eu cuido disso! - avisou – É só eu pegar a carta e ela vai embora.


- É bom mesmo! - avisou – Se ela fizer alguma sujeira, você vai ter que limpar.


- Tudo bem! - revirou os olhos.


Passou a mão na cabeça da coruja, que soltou um pequeno pio e levantou a pata em que tinha uma folha de pergaminho preso.


- De onde será que você é? - perguntou antes de desenrolar o papel – Acho que vou descobrir isso agora.


Desenrolou a folha e viu que a ave permaneceu no mesmo local.


- Já sei! - deu um pequeno sorriso – Mandaram que você ficasse aqui esperando a minha resposta. Pode deixar que eu vou tentar não demorar muito.


 


Senhorita Hermione Granger,


As suas notas na escola de magia e bruxaria de Hogwarts são totalmente impressionantes e ficaríamos honrados que a senhorita viesse trabalhar no departamento de leis magicas do ministério da magia australiano.


Esperamos que a senhorita e a sua filha venham para Sidney o mais cedo possível. Iremos proporcionar um apartamento perto do ministério e uma babá bruxa para cuidar da sua filha.


Aguardamos a sua resposta o mais rápido possível.


 


A morena teve que ler a carta duas vezes para entender direito o que estava acontecendo. Nunca tinha mandando uma carta para o ministério da magia da A


Austrália, nem tinha nenhum plano de sair de Londres.


Talvez alguém em Hogwarts tenha feito isso, é a única explicação.


Estava distraída, que nem percebeu que seu pai havia entrado na sala com Emi no colo.


- Nós já estamos indo! - disse, mas a morena não se virou para ele – Hermione! Está tudo bem?


- Mais ou menos! - falou, por fim – Acabei de receber essa carta.


O homem pegou o pergaminho e leu calmamente.


- Ir trabalhar em Sidney – comentou – É uma ótima oportunidade.


- Mas fica muito longe – lembrou – Quase não vou poder vir aqui visitá-los.


- Nos podemos ir até lá visita vocês duas nas férias – respondeu – Você nunca vai ter uma oportunidade como essa. Vai ser bom para você e para a Emi.


- Vamos embora! - foi a vez da mulher entrar no local – Essa coruja ainda está na minha sala?


- A Hermione recebeu uma proposta de emprego – o senhor Granger falou – No ministério da magia da Austrália


- Mas isso é ótimo, minha filha! - deu um enorme sorriso – Você vai aceitar esse emprego, não é?


- Ainda ão tenho certeza – deu de ombros – Estou um pouco confusa com tudo isso, preciso de um tempo para pensar.


- Acho que você não tem o que pensar – completou – Depois eles podem mudar de idéia e não quererem mais você.


- Do jeito que você está falando parece que você está querendo se livrar de mim – suspirou pesadamente.


- É claro que não é isso, minha filha – garantiu – Só acho que vai ser bom você ir morar sozinha com a sua filha, vai te trazer bastante responsabilidade.


Hermione tinha que concordar com a mãe nesse ponto.


- Além disso! - se ajoelhou para ficar na altura da filha – Vai ser bom para você ficar um pouco longe do Harry. Também vai ser bom para o casamento dele.


- Acho que tem razão – concordou – Eu vou aceitar o emprego. Isso vai ser muito bom para o meu currículo.


- É assim que se faz minha filha – a mulher parecia muito mais feliz agora.


- A Emi acabou dormindo – entregou o bebê nos braços da garota – Cuidado para ela não acordá-la.


- Pode deixar! - disse.


Assim que os pais saíram. Ela foi até o quarto da filha e a colocou dentro do berço. Então, foi até a sala a escreveu uma carta aceitando o emprego no ministério.


*Fim do Flash Back*


 


- É isso mesmo Granger! - a ruiva continuou – Você acha mesmo que Dumbledore mandou as notas para o ministério da magia da Austrália por que você sempre foi uma excelente aluna? Pensei que você fosse mais inteligente que isso.


Hermione não disse nada, não conseguiria parar de chorar. Estava morrendo de raiva na mulher na sua frente, e estava se segurando para não bater nela.


- E agora eu estou aqui tentando fazer você ir embora de novo – falou – E você só vai estar facilitando as coisas, pois nós duas sabemos que o Harry vai acabar voltando para mim.


Ela decidiu parar de ser boazinha, deu um tapa em Gina. As marcas dos dedos ficaram bem definidas no rosto.


- Você é só uma menina mimada que quer que todos façam as duas vontades – começou a gritar – E quando não consegue tenta fazer com que aconteça. Mas agora vais ser diferente.


Agora foi a vez de Gina dar um tapa no rosto da outra mulher. As duas ficaram se encarando com raiva por vários minutos.


- Saia da minha casa! - apontou o dedo em direção a porta – Agora! E nunca mais volte aqui.


- Eu vou embora! - abriu a porta e se virou para a morena, novamente – Mas, fique sabendo, que para o Harry se casar com você, ele vai ter que se separar de mim e eu não vou assinar os papeis com tanta facilidade.


Assim que a ruiva saiu, Hermione sentou no sofá e começou a chorar. Não sabia, exatamente, por que estava chorando, simplesmente estava.


Harry chegou na escola de Emi cinco minutos antes do sinal tocar. Por isso ficou parado do lado de fora do carro. Não demorou muito para a menina vir correndo acompanhada de uma mulher.


- Oi pai! - ela o abraçou assim que chegou até ele – Essa é a minha professora, a senhora Weller. Eu disse que você estaria aqui fora me esperando e ela achou melhor vir até aqui comigo.


- Você deve ser o senhor Potter! - apertou a mão do homem – É muito bom, finalmente conhecê-lo. A Emília falar muito de você.


- Espero que essa baixinha não esteja te dando muito trabalho – bagunçou a cabelo da filha, levemente.


- É claro que ela não dá trabalho – garantiu – Emília é uma menina muito esperta. Já está começando a aprender a ler, sozinha.


- Isso ela puxou da mãe – falou sorrindo, antes de se virar, novamente, para Emi – Vamos embora?


- Claro! - concordou com a cabeça – Tchau senhorita Weller, até amanhã.


Eles entraram no carro e não demorou muito para Harry estar estacionando o carro na garagem de casa. Quando abriu a porta, encontrou Hermione sentada no sofá e com a cabeça baixa.


- Oi mãe! - a menina saiu correndo em direção a morena.


- Oi Emi! - levantou o rosto olhando a menina e deixando a mostra os seus olhos totalmente vermelhos – Como foi na escola hoje?


- Muito bom! - respondeu – Você estava chorando mãe O que aconteceu?


- Não foi nada! - respondeu, limpando algumas lágrimas no canto da bochecha – Foi só uma besteira, nada demais.


- Certo! - balançou a cabeça afirmativamente, mas não pareceu muito satisfeita com essa resposta.


- Emi, por que você não vai até o seu quarto trocar de roupa? - o de olhos verdes sugeriu, colocando a mão nas costas da filha – Depois nós podemos fazer um lanche, o que você acha?


- Está bem papai! - deu um pequeno sorriso – Eu já volto!


O moreno ficou esperando a menina subir as escadas e desaparecer no andar de cima da casa, então se sentou ao lado da amiga.


- Agora você pode me contar o que foi que aconteceu – colocou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha – E não adianta dizer que não foi nada. Eu te conheço muito bem para saber que isso é mentira.


Hermione não disse nada, apenas começou a chorar novamente. O homem deixou que ela chorasse nos seus ombros.


- Fica calma Mione! - disse bem baixinho para acalmá-la – O que foi que aconteceu para te deixar tão abalada assim?


- A Gina! - saiu quase como um sussurro, mas foi o suficiente para ele ouvir.


- Eu já devia saber! - suspirou pesadamente antes de se levantar do sofá – O que foi que ela aprontou dessa vez?


- Ela veio até aqui! - ainda estava chorando um pouco, mas já conseguia falar sem perder a voz – E perguntou quanto eu queria para ir embora novamente. E ainda disse que era só uma questão de tempo até você voltar para ela novamente.


- Não acredito que ela ainda está achando isso! - revirou os olhos – Eu nunca mais vou voltar para ela, por nada.


- Eu sei disso! - balançou a cabeça afirmativamente.


- Então você não precisa chorar desse jeito – limpou as lágrimas dela – Você não precisa ficar abalada com o que a Gina fala, sabe que é mentira.


- Mas não é por isso que eu estou chorando – explicou.


- Ainda tem mais? - se espantou – O que mais ela falou?


- Foi ela! - foi tudo que conseguiu dizer, pois começou a chorar.


- “Foi ela” o que? - quis saber preocupado – O que foi que a Gina fez?


- Ela mandou o meu currículo para o ministério da magia da Austrália! - disse, por fim – Queria me manter o mais longe, o possível, de você.


Harry não conseguiu dizer nada, ainda estava chocado com as palavras da amiga. Só conseguia se lembrar do que ele tinha ficado triste no dia em que a morena e a filha foram embora para Sidney, tinha certeza de que ficaria com aquele momento gravado na memória gravada para sempre.


 


*Flash Back*


Harry estava dirigindo o mais rápido que podia naquele local. Queria chegar o mais rápido possível ao aeroporto. Teve que parar em um sinal vermelho e ficou batendo o dedo no volante impaciente.


- Não acredito que você me atrasou tanto – comentou com o amigo, que estava sentado ao seu lado – O avião vai decolar daqui a pouco e ainda chegamos para nos despedirmos.


- E eu não tenho culpa de ter dormido demais – revirou os olhos - E eu também tinha que tomar café, você sabe que a mina mãe não iria me deixar sair se eu não comesse, pelo menos, uma maçã.


- Deveria ter ido sem você – suspirou pesadamente.


- A Mione também é minha amiga – lembrou – Também quero me despedir dela e da minha afilhada. Não sei quanto tempo vai levar para vê-la novamente.


- Mas eu tenho prioridade – avisou - Não se esqueça de que ela é a mãe da minha filha.


Não demorou muito para os dois estarem entrando no aeroporto. Viram um pequeno grupo de pessoa reunidos perto do embarque.


- Harry! Rony! - Hermione correu em direção aos dois – Que bom que vocês vieram aqui se despedir de mim.


- Acha mesmo que eu fosse deixar você se mudar para um lugar a quilômetros de distância sem me despedir? – o ruivo disse enquanto a abraçava.


- Isso mesmo Mione! - o outro concordou.


- O senhor e a senhora Granger estavam lá, juntamente com Emi, que dormia tranqüilamente no carrinho de bebê.


- Oi meninos! - o homem disse sorrindo – Pensei que vocês não fossem vir mais.


- É que nós tivemos uns prolemas – Harry falou – Não é mesmo Rony?


- Pois é! - revirou os olhos.


Nesse momento, o vôo com destino a Sidney foi anunciado no auto falante do aeroporto.


- Bom! - a morena suspirou pesadamente – Acho que está na minha hora.


- Tchau minha filha! - a senhora Granger colocou a mão no ombro da garota – Ligue assim que chegar lá para sabermos que está tudo bem com vocês duas.


- Pode deixar! - concordou com a cabeça, algumas lágrimas começaram a se formar no canto dos seus olhos, mas estava fazendo força para não começar a chorar.


- Vamos para lá no natal! - foi a vez do senhor Granger falar com a filha – Assim você não vai se sentir sozinha em um pais distante.


- Eu nunca vou me sentir sozinha lá – garantiu – Vou estar com a minha filha o tempo todo.


- Sei disso! - concordou com a cabeça.


Ela ajeitou a bolsa no ombro e colocou a mão no carrinho de Emi. Mas, antes de começar a andar, se virou para os dois melhores amigos.


- Tchau meninos! - disse – É bom vocês se cuidarem. Não vou estar mais por perto para salvar os dois das encrencas


- Agente sabe disso! - responderam ao mesmo tempo.


Foi então que os dois correram até a amiga para poderem abraçá-la com a bastante força.


- Vamos sentir muito sua falta Mione! - Rony disse – Nada vai ser a mesma coisa sem você por perto.


- Mas a gente sabe que isso vai ser bom para você – o moreno completou – E só queremos o melhor para a nossa melhor amiga.


- Por isso vamos deixar você ir – terminou – Mesmo nos fazendo sofrer.


- Podemos nos comunicar pelo correio coruja e também pelo telefone – lembrou, enquanto enxugava uma lágrima que teimava em cair – E vocês dois podem ir me visitar lá em Sidney também. Não vai dar tempo de vocês sentirem a minha falta.


O ruivo suspirou pesadamente, estava fazendo todo o esforço do mundo para não começar a chorar.


- Será que eu posso pegar a minha afilhada no colo? - pediu – Para poder me despedir dela.


- Claro que poder – respondeu – Nunca iria te negar isso.


Ele foi até o carrinho e retirou Emi de lá. A menina deu um pequeno sorriso de alegria.


- Talvez eu não seja o melhor padrinho do mundo, e estarmos distantes um do outro não vai ajudar muito – falou, Emília parecia estar entendendo cada palavra, pois ouvia atentamente – Mas eu prometo que vou te recompensar, um dia.


Então passou o bebê para os braços de Harry. O garoto deu um beijo o topo da cabeça da filha e a devolveu para o carrinho.


- Eu vou até lá te visitar assim que eu conseguir alguns dias de folga no ministério – disse segurando os braços de Hermione – Eu te prometo isso.


- Vou estar lá te esperando – garantiu – E a nossa filha também.


Então ela começou a andar novamente. Parou na frente da porta de embarque e se virou para os outros.


- Eu vou voltar para Londres – avisou – Ainda não sei quando, mas eu vou voltar para cá,


*Fim do Flash Back*


 


- Eu vou até la, agora! - Harry se levantou do sofá totalmente decidido – Ela vai ter que me explicar toda essa história, direitinho.


- Espera Harry! - o segurou pelo pulso o fazendo parar – Não vale a pena fazer isso.


- Mas ela precisa saber o estrago que fez com as nossas vidas – lembrou – Você passou cinco anos fora Cinco longos anos.


- Mas agora eu estou aqui – grudou sua testa na do amigo para que os dois ficassem bem próximos – Além disso, você ia nos visitar sempre. Não perdeu muito do crescimento da Emi.


- É verdade! - concordou – Também não fiquei muito tempo longe de você.


Foi então que ele deu um selinho na morena. Ela apenas sorriu e se sentou novamente no sofá.


- Com toda essa confusão esqueci de te contar uma coisa – o de olhos verde continuou, enquanto também se sentava – Você não vai acreditar no que aconteceu hoje no ministério.


- Eu não tenho o dom da adivinhação, você sabe que eu nem gostava dessa matéria – lembrou – Então é melhor você me falar logo, eu nunca gostei de surpresas.


- Tudo bem! - concordou – O senhor o Weasley está querendo se aposentar e vai me indicar para ser o seu sucessor.


- Mas isso é maravilhoso Harry! - o abraçou – Eu sabia que você iria conseguir. Lembra que eu te disse que você ainda seria muito conhecido?


- Esse vai ser um novo recomeço para mim – continuou a falar – E eu quero começar essa nova fase consertando o maior erro que eu já cometi na minha vida.


- E que erro tão grave foi esse que você comentou? - perguntou bastante curiosa.


- Nunca deveria ter me casado com a Gina, por mais que ela estivesse me ameaçando – explicou – Deveria ter jogado tudo para o alto e dizer que iria ficar com a mulher que eu amo e a minha filha.


- Harry...! - foi tudo que a morena conseguiu dizer.


- Eu te amo Hermione! - passou a mão pelo rosto da mulher – Na verdade, eu sempre te amei, desde a primeira vez que eu te vi na estação King Croos. Mas eu só percebi no momento em que você foi embora.


- Você sabe que eu também te amo Harry – ela falou – E não sabe quanto tempo eu esperei para te ouvir falar isso.


Então, Harry a beijou. Já tinha feito isso várias vezes, mas essa foi cheia de significado, estavam colocando todos os sentimentos de anos naquele contato de lábios. Quando se separaram ficaram se encarando e sorrindo.


- Parece que a Gina fez alguma coisa útil – comentou rindo – Se ela não tivesse me feito ir embora para Sidney, você nunca teria percebido seus verdadeiros sentimentos.


- Você esta enganada dessa vez – corrigiu – Era só uma questão de tempo até eu perceber que era com você que eu queria passar o resto da minha vida.


- Acho que você tem razão! - concordou com a cabeça.


- Então eu só tenho mais uma coisa para falar – segurou a mão de Hermione entre as suas – Hermione Jane Granger será que você aceita se casar comigo? Isso, é claro, depois que eu conseguir o meu divórcio com a Gina.


- É claro que eu aceito – respondeu sem parar para pensar duas vezes – E posso esperar milhões de anos para isso, se for preciso.


Então ele a beijou novamente. Dessa vez demorou um pouco mais do que da primeira. Assim que se afastaram, viram Emi parada no pé da escada


- Mãe! Pai! - ela disse com um enorme sorriso no rosto.


- Vem até aqui, minha filha! - esticou os braços para que a menina o abraçasse. Assim que ela chegou a pegou no colo – Quero te fazer uma pergunta.


- O que é pai? - quis saber.


- Será que você me deixa casa do a sua mãe? - perguntou, por fim.


- Está perguntando se eu te deixo casar com a mamãe? - achou aqui muito estranho.


- É claro! - deu de ombros – Você passou os últimos cinco anos morando sozinha com ela. Sabe o que vai fazê-la feliz.


- É claro que eu deixo! - falou bem feliz – Isso, é claro, se ela aceitar.


- É claro que eu aceito! - Hermione respondeu – Nada me faria mais feliz na vida.


- E eu prometo que vou fazer isso! - o moreno garantiu – Não só a sua mãe, mas você também vai ser muito feliz.


- Agora nós somos uma família de verdade, isso é tão legal! - Emi estava bem animada agora – Só falta eu ganhar um irmãozinho para ficar perfeito.


- Foi nesse momento que os dois se entreolharam.


- Acho melhor esperarmos um pouco mais – disseram ao mesmo tempo.


- Tudo bem! - revirou os olhos.


Harry olhou para as duas mulheres da sua vida. Agora sim as coisas estavam como deveria ter sido desde o começo.


 


***

Esse é o ultimo cap da fic,
mas, não se preocupem, ainda tem o epílogo

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