Distante



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Atualizado dia: 9 de maio de 2010

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Capitulo 2 – Far Away “Tão distante”


“Debruço-me na sua ausência como se o vazio dotado fosse de ombros largos, cor, calor e pudesse me ouvir ao relento roçar o ponto mais sensível da imensa falta que você faz. - Antônio Carlos Mattos”


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Ginny acordou zonza. Teve que piscar os olhos várias vezes e ainda assim não conseguiu estabilizar a imagem. Estava deitada em um lugar frio, branco e cheio de aparelhos fazendo barulhos estranhos por perto. Um homem colocou o rosto sobre o dela.


- Olá. Consegue me entender?


Ela tentou falar e não saiu nada mais que ruídos de sua boca.


- Pisque uma vez para sim e duas para não. – O homem explicou – Consegue me entender?


Ginny piscou uma vez.


- Ótimo, sou o Dr. Hill. – O médico disse se apresentando – Você se lembra do que aconteceu?


Ginny piscou duas vezes.


- Tudo bem. Você sofreu um acidente de carro. – Ele percebeu que Ginny ficou inquieta e quis começar a falar – Acalme-se, já foi atendida. Você precisou de uma cirurgia para tirar dois dos pedaços de metal que atingiram sua cabeça.


Ginny pareceu confusa e começou a piscar os olhos incontroladamente em sinal de desespero.


- Srta. Weasley acalme-se. Precisamos fazer alguns exames e vamos te dar um sedativo novamente. – o médico saiu do campo de visão de Ginny e rapidamente uma mulher apareceu com uma seringa. Aplicou em Ginny e depois aproximou alguma coisa do rosto dela, foi a ultima coisa que Ginny viu antes de apagar.


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Já era o terceiro dia que Molly Weasley faltava do trabalho para ficar com a filha no quarto de hospital. Desde o acidente ela não acordara ainda e Molly não tirara o pé de perto de Ginny. Charlie havia vindo de Londres para Columbus para ver a irmã caçula, mas tivera que voltar no mesmo dia porque sua filha havia nascido.


Arthur agora estava no telefone explicando para Harry o que tinha acontecido com Ginny.


- Desculpe Sr. Weasley. Só agora eu fiquei sabendo sobre o acidente. Como aconteceu? Ginny está bem? – Ele perguntou por telefone.


- Bom Harry, três noites atrás Ginny havia saído para comemorar a formatura com sua colega de quarto e o resto da turma de formandos de arquitetura. – Arthur suspirou no telefone - Foram a uma boate no centro de Columbus, se divertiram e beberam muito. Na volta, Sophie e Ginny estavam tão bêbadas que decidiram pegar um taxi de volta para casa.


- O mais certo. – Harry disse com voz de responsável do outro lado da linha.


- Sim, claro. Porém pegaram um táxi com um motorista mais bêbado que elas. Ele começou a cantar a amiga de Ginny, Sophie. – Sr. Weasley dava umas fungadas enquanto contava a Harry o que tinha acontecido – É só isso que sabemos. Depois o carro se chocou contra uma carreta da empresa alimentícia que Molly trabalha. O motorista do taxi morreu na hora e Sophie a caminho do hospital. – Mais uma fungada.


- Sinto muito Sr. Weasley. – Harry disse sincero.


- Oh, Ginny teve tanta sorte de ter sobrevivido. O médico disse que devido à localização dos pedaços de metal que entraram na cabeça dela pode ser que haja seqüelas do acidente.


- Que tipo de seqüelas?


- Não podemos saber antes que Ginny acorde Harry.


Um choro de bebê pode ser ouvido do outro lado da linha.


- Desculpe Sr. Weasley. Parece que tenho uma fralda para trocar. Por favor, me mantenha informado. Qualquer coisa que eu puder fazer para ajudar...


- Claro Harry... Claro. – Arthur desligou o telefone e foi se abraçar a sua esposa. Esses últimos dias estavam sendo difíceis.


- Quem é Harry? – Uma voz fraca soou do outro do lado do quarto. Molly imediatamente levantou e foi para perto de Ginny.


- Ela acordou Arthur! – Exclamou quando viu os olhos castanhos abertos.


- Arthur? Harry? Quem são vocês? – Ginny perguntou assustada para a mulher de cabelos vermelhos que estava chorando a sua frente.


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Harry desligou o telefone e foi atender o pequeno menino que chorava no berço.


- Olá campeão. Tudo bem?


Harry o pegou no colo, constatou que não era a fralda suja e foi para a cozinha de seu apartamento.


- Vamos fazer uma mamadeira para você está bem?


Teddy era o menino. Ele era filho de um dos amigos de seu pai, Remus, e afilhado de Harry. Teddy estava agora com onze meses e havia dois que morava com Harry, desde a morte de seus pais. Remus e Dora morreram envenenados por um dos parentes de Dora, que não aceitava bem o casamento. James e Lily, pais de Harry haviam dito a Harry que criariam Teddy, porém ele não achou certo, afinal, o padrinho era ele, não os pais.


A campainha tocou e Harry colocou Teddy no carrinho para ir atender a porta.


- Ron. – Ele deu espaço para o amigo entrar – Soube da sua irmã por Hermione. Você poderia ter me contado cara.


Ron se jogou no sofá e resmungou qualquer coisa parecida com “vocês não são nada um do outro, não ia te incomodar”.


Harry revirou os olhos e foi buscar Teddy na cozinha. Veio com ele e mamadeira pronta.


- Você ainda cuida desse moleque?


- Ele é meu afilhado Ron. Nada mais certo. – Ele respondeu colocando a mamadeira na boca de Teddy.


- Eu sei... Mas isso atrapalha você profissionalmente e socialmente. Porque não o deixou com a avó?


- Oh claro. Iria deixar um garotinho de onze meses com a avó de 89 anos que nem se levanta da cama se não tiver uma ajuda. Péssima idéia Billius. - Ron torceu o gesto em uma careta – E Teddy não me atrapalha absolutamente. Trabalho como trabalhava antes, saio como saía antes. Ainda tenho 26 anos e sou solteiro cara, eu aproveito a vida.


- Você não tem uma namorada. – Ele o acusou.


- Não preciso de uma namorada para me divertir. Vou namorar novamente só quando achar a mulher ideal, para casar sabe?


Ron riu e ligou a TV. Estava passando um jogo de futebol e eles pararam um pouco para assistir. Teddy acabou dormindo novamente e Harry o colocou no quarto.


- Não desvie do assunto Ron, porque você não me contou?


- Por que... – Ele ponderou – Bom Ginny gostava de você cara. Ela se mudou e tudo isso sumiu. Ela está bem lá em Ohio, não queria que você estragasse toda a felicidade dela.


- Ron, você disse certo, a Ginny gostava de mim. Não gosta mais. Somos amigos.


- Amigos se correspondem sabe Harry? Trocam emails e novidades.


- Eu não vou discutir isso com você. Não é porque tem muito tempo que não nos falamos que não me importo com ela.


- Harry, eu não vou deixar você cometer os mesmos erros de antigamente.


- Acontece Billius que eu tenho novos erros para cometer agora. – E Teddy chorou novamente.


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- Quem são vocês? – Ginny se sentou na cama e começou desesperadamente a apertar o botão vermelho que estava na sua mão desde que acordara. Uma enfermeira entrou no quarto e ao ver a cena saiu e voltou minutos depois com um médico


- Srs. Weasley, o que está acontecendo? – Perguntou aos pais de Ginny enquanto se dirigia a ela e via se o olho dela reagia bem à luz.


- Quem é você? – Ginny perguntou assustada e recuando. – Onde eu estou? Sr. Weasley? Harry? Quem são essas pessoas.


- Acalme-se Srta. Weasley. Sou o Dr. Hill. – Ela olhava desconfiada para ele – A Srta. se lembra como veio parar aqui? – Ginny balançou lentamente a cabeça em sinal negativo e o medico olhou com pesar para os pais dela – Você sabe quem você é?


- Meu nome? – Ela pareceu pensar por um instante – É Ginny.


- Seu nome completo Ginny – a enfermeira a orientou -.


- Eu... Eu não sei. O que aconteceu comigo?


- Você sofreu um acidente de carro. Sua cabeça foi atingida e acredito que você ficou com seqüelas. Alguma amnésia. Vamos fazer alguns exames tudo bem? – Ginny ainda parecia assustada e a enfermeira a acalmou – Acalme-se jovem... Você vai se lembrar rapidamente.


O tempo se arrastou lentamente depois que a enfermeira e o médico saíram. Ginny ficou acanhada sentada na cama e o Sr. Weasley a deixou sozinha com a mãe enquanto ela colocava Ginny a par das coisas, como quem era Harry, coisas sobre os irmãos, porque eles moravam em Ohio, que ela tinha acabado de terminar a faculdade e outras coisas.


Já passava das seis quando o Dr. Hill apareceu com um envelope branco na mão e se sentou em um banco ao lado da cama de Ginny.


- Como está Srta. Weasley? Consegue se lembrar de algo? – Ele perguntou profissionalmente enquanto verificava alguns números em uma folha.


- Bom – Ginny começou incerta – depois que a Sra. Weasley – Molly sussurrou mamãe – me disse que eu acabo de terminar minha faculdade de arquitetura, me veio a cabeça muitas coisas sobre o que aprendi. Lembro de técnicas, lembro de aulas em geral, não só da faculdade, mas de quando eu era menor. – Ela pareceu pensar um pouco – Mas não lembro de nomes, lugares e datas. Não sei quando nasci, ou quando deixamos a outra cidade e viemos para cá.


- Deixaram Londres e vieram para Columbus – o médico ajudou -.


- É. Não lembro de muita coisa.


- Isso é permanente doutor? – Molly perguntou preocupada – Ou Ginny vai simplesmente se lembrar daqui a um ou dois dias?


- Bem Sra. Weasley, aí é que está. – o médico tirou alguns papéis de dentro do envelope e os passou a Molly – Não há como explicar bem, mas entenda que os testes para amnésia não são bem testes. O que posso dizer é que a Srta. Weasley tem uma espécie de mistura de tipos de amnésia pelo que ela diz. Amnésia alcoólica, mais traumática, mais alguma coisa não sei bem.


- Você está dizendo que não há como saber quando exatamente ela irá se lembrar? – Molly argüiu com dor na voz -.


- Estou dizendo Sra. Weasley que sua filha parece ter um tipo de amnésia dissociativa global, mas que não é amnésia dissociativa global. Só o tempo e as pessoas, junto com lugares e tudo mais a farão lembrar-se de tudo. Pode ser que ela saia daqui, vá para a casa de vocês e se lembre, como pode ser que só daqui a anos, quando ela visitar um lugar ou comer alguma coisa que não come a muito tempo ela se lembre. Entende onde eu quero chegar?


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Molly e Arthur estavam preenchendo algumas fichas de termo de responsabilidade. Havia três dias que Ginny acordara e estava recebendo alta hoje. Molly levava dentro de sua bolsa dois dos últimos diários de Ginny, na esperança de que Ginny ao ler se lembre. Terminaram de preencher os papeis e entraram no quarto da filha.


Ginny já estava pronta e os cumprimentou timidamente quando entraram. O médico, Dr. Hill, não demorou a aparecer e dar a alta definitiva.


- Bom Srta. Weasley, sem excessos. – A olhou com severidade – Nada de álcool essa semana, não exagere nos doces e comidas pesadas, nada de querer sair correndo a maratona esse fim de semana também, tem que repousar. Cuidado com o stress – Dr. Hill disse olhando para os Srs. Weasley -, essas coisas básicas.


- Tudo bem doutor – Ela concordou rapidamente, o que mais queria era sair rapidamente daquele hospital e se lembrar de tudo -.


- Cuidaremos para que ela se mantenha bem – Arthur assegurou -.


- Espero que sim – O médico saiu do quarto -.


Os três ficaram em silencio por um tempo. Ginny por não saber o que dizer e seus pais por não saberem o que fazer. Molly então se manifestou.


- Ginny querida, por um acaso eu comentei com você sobre seus diários?


- Talvez Molly – ela ainda não havia se acostumado com o mãe ou mamãe -, acho que pode ter mencionado algo sim.


- Pois então, trouxe para você os seus dois últimos – tirou da bolsa duas cadernetas e a entregou -, faz um tempo que você não escreve, mas pode vir a ajudar talvez.


- Obrigada Molly, muita consideração de sua parte.


- Oh querida, -


- Vamos meninas? – Arthur interrompeu da porta acabando com um possível monólogo sobre Ginny não precisar agradecer por tudo como estava fazendo.


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Ginny estava novamente reunida com seus pais na cozinha. Havia chegado em casa ontem e não parara de ler os diários uma só hora. Depois de ter lido os dois últimos, pediu a mãe os anteriores e os devorou rapidamente. Estava furiosa e confusa. Não se lembrava de nada mesmo após ter lido, a vida que ela escrevera nos diários poderia muito bem se parecer com uma história de um livro, o qual ela só leu e não viveu. Ela estava furiosa com o que tinha descoberto nos diários. Harry era o menino de quem ela gostava quando adolescente e o melhor amigo dela antes de se mudar. Luna era uma amiga que depois se afastou drasticamente. Havia lacunas nos diários e Ginny queria entende-las.


- Vocês já leram algum diário? Qualquer um deles? – Ela perguntou de novo aos pais.


- Já dissemos que não Ginny. – o pai respondeu cansado – Você os guardava dentro de uma caixa no quarto, foi para a faculdade e ninguém mexeu lá até ontem quando sua mãe os pegou.


- Então eu vou ler algumas partes para vocês. Quero que vocês me expliquem as coisas, preciso entender.


Ginny pegou o diário de cima e abriu em uma página marcada.


09 de outubro, 1997


É incrível como tudo pode acontecer com você em um só dia. Eu não sei mais por onde olhar e em quem confiar. Minha melhor amiga - ou não - é uma mentirosa falsa e todos os meus amigos de sala, escola e tal, penduram e cima de mim como se eu fosse uma arvore. Exatamente, uma arvore só que uma arvore no inverno, completamente seca, dura e congelada. Tem semanas que descobri que nem tudo era como devia ser, que as coisas não são como gostaríamos que fosse e que nada é verdadeiramente verdadeiro. Eu tenho medo de bater de frente comigo mesma e perceber que tudo aquilo que eu acreditava ser verdade ser uma mascara, uma farsa, um mero teatro. Tem duas semanas que eu to com uma sensação estranha, de vazio, eu só queria que ele estivesse aqui, um pouco perto de mim, apenas poder olhá-lo cinco minutos, ou menos, já seria de ótimo tamanho, eu só queria poder conversar com alguém que me entendesse e que não me conhecesse, ou até mesmo só um abraço bem forte do meu irmão, ou da minha cunhada, ou do Harry. Eu vou virar subterrânea, um capim, eu não quero me machucar mais.


G.W.


- Porque eu havia brigado com Luna? Era dela que eu estava falando não é? E essa questão de amigos de sala? Arvore?


- Luna ficou com inveja e ciúmes quando nos mudamos – Molly explicou -, ela parou de falar com você mais ou menos um mês depois que já estávamos aqui – Você era boa na escola Ginny, a melhor do ano em matemática e física. Dava-se bem em português e química também. Os alunos sempre abusavam da sua boa vontade de ajudá-los com trabalhos, exercícios e estudos para provas em apenas um mês de convivência. Um dia você precisou de ajuda em um trabalho de biologia e ninguém se disponibilizou além de te fazerem de chacota.


Ginny suspirou, isso ela não havia escrito no diário. Abriu em outra página marcada e leu.


25 de dezembro, 1997


Afinal de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e continuar batendo? Nos últimos meses, eu passei por muitas experiências que poderiam ter acabado comigo, mas isso não me deixou mais forte. Ao contrário, eu me sento horrivelmente frágil, como se uma palavra pudesse me despedaçar.


G.W.


Antes que Ginny pudesse perguntar Arthur olhou para Molly interrogativamente, como se perguntasse por olhar “você sabia que ela se sentia assim?” e Molly apenas acenou negativamente.


- Não sabíamos que se sentia assim Ginny, nos desculpe.


Ginny sabia o que dizer, ela não sentia a revolta que a Ginny que escrevera aquelas coisas sentia, optou por ler mais uma parte e pegou outro diário.


28 de junho, 1997


Eu gosto de pensar que há males que vem para o bem, mas cara, eu me sinto realmente chateada. Duas pessoas importantes me magoaram muitíssimo hoje. Para começar a história, eu não queria descer na merda daquele ponto e ter que passar pela rua dos meninos, e aí, quando eu passo, lá esta o meu jovem Harry sentado e se divertindo no meio de duas garotas quando eu chego. E é só eu olhar para o lado deles por pura educação que ele sorriu para mim daquele jeito. Eu só queria sumir dali, queria que o Ron me tirasse dali o mais rápido possível. Foram os dois minutos mais longos da minha vida, com certeza.


Logo depois, chegamos a casa, me sentei no sofá e me pus novamente a divagar. Cara eu sei que é totalmente errado eu gostar dele, eu sei que eu tenho que desencanar dele, tudo isso, mas eu não entendo alguma coisa dentro de mim não quer isso, de jeito nenhum. Sinto-me super mal a pensar nisso, mas é a realidade batendo na porta, e agora eu sei que tenho que aprender a dar mais valor as coisas que o Ron diz. Mas, voltando à história de eu estar chateada, aí vem o meu irmão e me diz que dois amigos dele estão vindo jogar vídeo game aqui, e caramba quem era? Simas e - obvio - Harry. Será que o Ron também não se toca que eu to super - super mesmo - mal e fica trazendo o cara para cá sempre. E aí beleza, ele chega, não da a mínima para mim além de um sorrisinho de “oi”. E é exatamente aí que começa, chega a Luna, ela mesma, e ele já vai todo, todo para o lado dela, conversa, brinca, sorri horrores. Cara, não tenho ciúmes dela com ele não, mas precisa ficar fazendo isso na minha cara? Deixando-me pensar, o que eu fiz de errado para ele não trocar nem duas palavras comigo? Pois bem, eu estava lá, sentada no sofá com uma cara super depressão e ela sentou ao meu lado, ela VIU que eu estava ruim, começou até a meio me “consolar, em silencio”, e aí que acontece, ele levanta para ir ao quarto do Ron e vira para a Luna e fala:


- Chega aí para a gente ir conversando enquanto eu jogo um pouco aqui. - Ele não pensou em como aquilo ia me machucar né. -


Não deu tempo nem de eu pensar “lógico que ela não vai”. E ela já estava lá, foi numa rapidez incrivelmente incrível. Eu não consegui ficar ali muito tempo não, meus olhos encheram de lagrimas, eu simplesmente levantei antes de começar a chorar ali mesmo e fui dar uma volta. Eu realmente deveria ter ido para a rua, andar a esmo sabe? Fugir desse pesadelo todo que é a minha vida. Como diz a Hermione, você ta depressiva ultimamente Gininha. É eu tenho que começar a concordar com ela.


Eu realmente odeio as sextas feiras.


G.W.


- Ginny, só tenho uma coisa para lhe dizer sobre isso – sua mãe começou -, você é por natureza uma pessoa muito ciumenta, ai você diz que não tinha ciúmes dos dois, mas morria de ciúmes. Harry nunca deu mole para Luna e você sabia disso, confiava plenamente nos dois. Talvez você tenha escrito outras situações que envolviam os dois e seus ciúmes – Ginny concordou -, então, ele fazia isso com essa finalidade, vocês eram muito amigos e ele adorava te irritar e ver você saindo furiosa porque ele estava abraçando a Luna mais que havia abraçado você. O que importa é: independente de tudo, vocês eram melhores amigos, não o julgue pelo que escreveu nesse dia.


Ginny pareceu pensar um momento e continuou mostrando para os pais e pedindo explicações.


Eles explicavam pacientemente, mas cada vez mais o semblante deles fechava. Quando Ginny terminou suas perguntas e se levantou para tomar banho seus pais ficaram na cozinha a fim de preparar o jantar e conversar.


- Molly, acho que deveríamos repensar o assunto de Ginny ir a Londres. Iria fazer bem a ela.


- Eu sei querido, - a mulher resmungou – mas se antes já era perigoso, agora que ela não se lembra é pior.


O marido se sentou ligou a televisão da cozinha, estava assistindo o noticiário e resolveu continuar o assunto.


- Ron está lá. Charlie também.


- E Harry – Molly retrucou nervosa -.


- Amor, seu medo é do Harry? – Arthur riu -.


- Não ria de mim Arthur Weasley! – Ela grunhiu apontando a faca para ele – Ginny já sofreu muito por ele e apesar de amá-lo como um filho Ginny é a minha menininha e não vou deixar nada de mal acontecê-la.


- Nós a fizemos mal quando a trouxemos e sabíamos disso. Não tente negar esse fato Molly, abra os olhos para a razão, se Ginny for para Londres pode ser que a memória volte mais rapidamente.


- Vou pensar Arthur.


- Não. Estou lhe expondo os fatos e lhe dizendo que vou mandá-la de volta se for da vontade de Ginny. Ela poderá ajudar com o futuro casamento de Ron e Hermione, voltar a ser amiga de Luna e rever Harry. Você se lembra como Ginny era feliz em Londres apesar de tudo? – Molly concordou chorosa com a cabeça – E em como ela ficou quando a trouxemos para cá? Quase não sorria. Não fez amigos em cinco anos e o mais próximo que chegou de uma amizade foi com Sophie que infelizmente morreu na tragédia. Ginny precisa voltar Molly, não é questão de querer a proteção dela e sim o bem estar.


- Eu só quero a minha querida Ginny feliz Arthur – Sra. Weasley disse soluçando e abraçando o marido que havia se levantado -.


- Então você sabe o que devemos fazer.


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Nota: F&B dando bugs horríveis para postar, credo. =S
Ignorem total a
meia linha de separação, hahaha. 
Capitulo pequeno, estranho e sem estar betado. A história ainda está meio confusa na minha cabeça mas tá tudo melhorando, relaxem.  

Comentários: Ana Potter - NUNCA eu iria matar a Ginny, isso vai contra os meus valores, shuashuahsua. Bem, parece que ela vai voltar a Londres afinal de contas né? Prepare a emoção para o reencontro HarryGinny, já estou avisando. Obrigada por acompanhar e ter comentado =)

Lily Ruiva Potter - Fã da Lily? Também sou! *_* Está aí o que aconteceu, espero que não se decepcione, beijos.

Juh Sparrow - Sim, um por semana, mais ou menos oito páginas no word e tal... Tipo do tamanho deste mesmo. Se eu for fazer maior demoraria tipo duas, três semanas para atualizar porque provavelmente esqueceria de escrever, =P Sou leitora assidua das duas fics, mas sempre leio com minha outra conta e comento com ela também, vou passar a acompanhar por essa conta aqui agora. Reencontro no próximo capitulo que deve vir lá por quarta, já ta quase pronto. Espero que goste, bj.

Thamis no mundo.... - Calma, já atualizei querida =)

Guinever Potter - Obrigada por acompanhar =) Atualizei, espero que goste. 

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