O começo do martírio



Gina estacionou o carro na frente de sua casa após um longo caminho do St. Mungus. Desceu aflita e com rapidez levando a varinha em punho, sem se preocupar que os vizinhos a vissem segurando um comprido e fino pedaço de madeira, provavelmente pensariam que a jovem não estava em plena consciência.

Suas mãos pousaram na fechadura da porta de entrada, a girou de modo que abrisse conforme a empurrava fazendo menção de entrar. Seu olhar percorreu todo o hall até o corredor que dava até a sala, estava à procura de qualquer coisa estranha, e foi aí, que seu olhar se focalizou em um caminho feito de papel picado roxo-berrante, que ia desde o tapete que fica á porta, e subia a escada, e provavelmente continuava pelo corredor do segundo andar. Ela começou dando passos calmos, seguindo o papel picado chamativo, Gina sorrateira, com uma certa apreensão, agora, seu coração já batia de um modo descompassado e extremamente rápido.


O término do caminho era a porta do quarto de Gina e Harry, uma certa hesitação em entrar foi grande, o medo, a insegurança, estavam exercendo uma exímia influência nela. Cerrou as sobrancelhas crispando os lábios e tentando tomar coragem. Quando empurrou a porta, só teve de tempo de sentir contínuas lágrimas lhe correr o rosto, o choque, um grito, lá estava Harry... jogado ao chão, com sangue por todo o peitoral e uma parte lateral da face.

Gina correu até o marido, sentando-se de qualquer jeito ao chão, colocando a cabeça de Harry sobre o colo.


- Não, não, não!Harry... não se vá, acorde, REAJA!Temos o Mike... eu te amo.. NÃO! – chamava com a voz embargada e exaltada entre lágrimas que lhe escorriam por todo o rosto, com um desespero inigualável – HARRY!Não morra... não morra...


A jovem pegou a varinha, tentando curá-lo com alguns feitiços, mas era tarde, não conseguia o fazer reagir, foi em vão, tarde demais, já estava morto.

O que havia ocorrido ali era um mistério, Nina estava inconsciente na cozinha, e após alguns poucos minutos de Gina tentar reagir Harry, cinco aurores entraram na casa, só ouvia se um estardalhaço, e várias vozes pedindo para se afastar, em pouco tempo, a jovem se encontrava dormindo intensamente em um outro quarto, mas não que fosse de sua vontade, mas tiveram que fazê-lo, o choque havia sido muito forte. O corpo já havia sido levado, alguns aurores esperavam Virginia acordar, Nina estava com aos prantos, a casa já revirada de cima a baixo, em busca de qualquer pista, e a família se encontrava já no lugar após serem avisados imediatamente. Todos abalados. Hermione com as mãos entrelaçadas as de Rony, os dois recolhidos em um sofá, trocando algumas palavras com um homem de capuz preto e vestes prateadas.

Molly permanecia em poltrona ao lado da cama da filha, aguardando-a, com a face vermelha pelo choro. Arthur, pai de Gina, conversava detalhes sobre o lugar que o corpo seria levado, e os gêmeos, com suas respectivas esposas conversando com Nina. Gui e Carlinhos iriam chegar em breve, já que não moravam mais no país.

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