Festa, Briga e Confusão

Festa, Briga e Confusão



Festa, Briga e Confusão




-A janta está servida. – anunciou Lupin. Os elfos não poderiam aparecer, pois a namorada de Duda nada sabia sobre o mundo mágico.


-O senhor cozinha muito bem, senhor Lupin. – comentou Penélope, enquanto Duda comia de modo mal educado.


-Obrigado. – tia Petúnia parecia com inveja, mas não poderia dizer que foram elfos que prepararam a comida – Recebi muita ajuda da Petúnia. – Lupin realmente era simpático. Não importava com quem estivesse.


-Sabe. Até que esse vinho não é tão ruim. – comentou tio Valter, servindo-se de mais uma taça. Já era a terceira garrafa. Todos estavam bem alegres.


Harry bebia bastante para tentar ignorar os tios e os amassos que Duda dava na namorada. – Viu só? Nosso filho já é um homem Petúnia. Eles até já transaram.


Duda e Penélope não ouviram, mas todos os outros ficaram ou constrangidos, ou com nojo, ou ambos.


-E vocês? – continuou tio Valter, agora voltado para Harry – Namoram só de dar as mãos?


-Isso não te interessa. – disse Harry, balançando a varinha de modo que Penélope, que agora tinha a mão do namorado lhe apertando, não visse.


-Duda, se quiser pode subir com a sua namorada. – ele se mandou, praticamente arrastando a garota. – agora, o que quis dizer com isso? Sei que não pode usar magia fora daquela escola de malucos. Qual o nome mesmo daquele diretorzinho? Aquele palhaço?


-O problema é que agora eu posso usar varinha.


-Vou me retirar agora. – disse Remo, indicando a hora, indicando que logo se transformaria. – e insisto que nenhum de vocês tente entrar em algum lugar trancado ou não me responsabilizo pelas suas vidas. – e foi pro seu quarto, à prova de som e com paredes intransponíveis por um lobisomem. Antes, porem, deu um sinal afirmativo pro garoto e logo que saiu de vista pediu, através da tatuagem, que não fizesse muito mal ao tio, apesar de que um bom susto cairia bem.


-Quero ver ser tão valente agora.


-Eu não estou sendo valente. Só não vou ouvi-lo falar mal dos meus amigos. – e com um aceno de varinha trouxe a garrafa até si e encheu sua taça e a de Gina. Ela parecia nervosa, enquanto ele estava realmente calmo. Ela segurou a mão dele, e ele retribuiu como que querendo passar força pra ela.


-Você não seria tão valente sem essa coisa. – e como que em desafio, Harry entregou a varinha para Gina e pediu:


-Independente do que aconteça, fique fora disso. – e deu um sorriso que a dominou. – o que o senhor vai fazer agora?


-Dar uma lição que venho querendo te dar a anos, e agora que já é maior de idade no seu mundo...


-Não sou maior, - tio Valter ficou sem palavras – mas se o que quer fazer é me bater, vá em frente, tente. Vou tentar não te machucar.


Tio Valter ia avançar, mas harry o fez parar com um sinal de mão. Indicou a sala onde treinava e para lá foram os quatro. Tia Petúnia estava extremamente apreensiva.


-Não vou machuca-lo. - Acalmou-a Harry.


-Olha o seu tamanho. Quem vai se machucar aqui é você.


-Também não. Enquanto tenta me bater, por que não me explica uma coisa: POR QUE ME ODEIA TANTO?? – gritou, se desviando de um soco do tio.


-Por que? Por que? – o tio balbuciava, investindo contra o garoto, que somente se desviava – Porque sua maldita mãe se achava superior. Ela vivia esnobando a Petúnia. – ele desabafava uma raiva guardada por anos – e aquele seu pai. Tudo que a gente fazia tinha que se esforçar e eles com um aceno daquela coisa conseguiam tudo.


Harry continuava se defendo. Adquirira bastante força com todo o treino que andava recebendo. (espada e quadribol, que treinava sozinho antes da seletiva)


-Meus antepassados trabalharam para conseguir isso. Essa casa, por exemplo, é herança. A gente não cria nada com a varinha. A gente só faz ações com magia.


-E como você explica eu nunca ter visto um bruxo pobre? – ele investia cada vez mais furiosamente contra o menino que sobreviveu.
-Eu sou pobre. – Gina não agüentava mais ver aquilo. Como um homem podia ser tão estúpido? Temia também pelo Harry, que, apesar de estar forte e gostoso, (não é hora pra pensar nisso, se censurou) era pequeno perto do tio.


-Cala boca, fedelha intrometida. – e levantou a mão para dar um tapa na garota, que ficou completamente sem reação. Quando desferia o golpe foi lançado contra uma parede por uma força invisível. Harry o encarava injuriado.


-Nunca toque numa garota.


-Pensei que estivesse sem sua varinha. – resmungou, esfregando a cabeça, que batera na parede.


-E está. – falou Gina, sem entender nada, se recuperando do choque.
-Eu não preciso dela para derrotar você. Ele bate em você? – perguntou, voltando-se para sua tia que tremia.


-Ele é meu marido. Eu devo obedece-lo.


-Por que não se divorcia?


-Eu não poderia. Não tenho emprego. Perderia meu filho.


-Agora pode. E se Duda quiser ficar com você, não é ele quem vai impedir.


Tio Valter se retirou. Logo, desceu trazendo Duda, que após uma breve explicação da mãe respondeu:


-Eu vou ficar com a minha mãe e o Harry. Posso? – perguntou para o primo.


-Claro. Você é meu primo. Mas vai ter que mudar algumas coisas. – Duda balançou a cabeça, concordando – e você, - voltou a falar com o tio – saia daqui e só volte quando estiver disposto a pagar pelos erros e pedir desculpas. – ele saiu correndo da casa – agora, vamos descansar porque essa foi uma longa noite.


Todos concordaram e se retiraram. Harry foi para a cozinha e matou a taça de vinho, servindo-se de outra logo em seguida.


-Você foi muito nobre.


-Fiz o que qualquer um faria.
-Qualquer um não. A sua varinha. – e a estendeu, mas quando ele pegou, ela não soltou – como fez aquilo? Porque, se não precisar dela... – e fingiu que ia puxar, logo depois soltando e assistindo-o guarda-la.


-Eu consigo fazer algumas coisas sem ela. – e contou toda a história para ela. Ela era a primeira pessoa a quem ele confiava seus segredos. Sentia-se bem.


-Que tal outra garrafa? – ofereceu quando mais uma garrafa de vinho se foi.


-Não sei. Da última vez fiquei com dor de cabeça.


-Mas esse vinho é bom. Não dá ressaca, e ta muito gostoso.


-Se é assim, então aceito. Quando vão ser os testes de quadribol? – perguntou dando um pequeno gole.


-Acho que no próximo fim de semana. Planejava fazer nesse, mas com essa festa vai ser difícil.


-E como as pessoas vão vir? A casa não ta protegida por um fidelius?


-Está. Mas no convite vou dar uma autorização mágica, que dura somente uma noite. A melhor parte é que aqueles idiotas como o Malfoy não vêm.


-Ele realmente é um saco, né? E parece que você é o alvo preferido dele. Só não entendo por que se deixa alterar.


-Ele ofende a minha família e os meus amigos desde que a gente se conheceu. Às vezes ele extrapola e eu perco o controle. Se bem que sou bem mais controlado que o Rony.


-É. O Rony é bem estourado. – e a última palavra quase não saiu da boca de Gina. Eles se encaravam agora. Os rostos foram se aproximando e os dois se beijaram.


Aquele beijo foi diferente para Harry. Nele tinha sentimento. Harry tinha medo de não ficar com aquela garota. Ele percebeu que precisava dela. Então, pegou-a no colo e subiu as escadas.


No dia seguinte os dois acordaram abraçados. Finalmente tiveram aquela noite que ambos ansiavam desde o verdade ou desafio.


-Bom dia. – disse ela animada, sorrindo.


-Bom dia. – respondeu ela espreguiçando-se, com sono, mas sorrindo também.


-Vamos tomar café? – perguntou Gina, sentando-se e fazendo menção de levantar.


-Depois. – respondeu ele, enlaçando-a e fazendo com que ela deitasse. – Sabe que que é? A noite passada foi tão gostosa que eu quero bis. – e deu um beijo carinhoso.


-É. Ate que foi bom.


-Até que foi bom? Depois dessa eu vou tomar café.


-Ah, fica. – pediu ela, colocando a mão na perna dele e subindo – Da pra ver que você quer ficar. – ele enrubesceu, olhou para baixo e notou que estava beeem excitado.


-É. Acho que de cueca não da pra esconder.


-Não fica assim. Eu também quero e falei aquilo brincando. – chamou ela deitando e começando a se acariciar. Só então ele se deu conta de que ela só vestia uma calcinha. – Não quer me dar uma mãozinha? Ou outra parte do corpo? Vou ter que fazer isso sozinha? Não era você que não queria tomar café?


-Se eu deitar, você promete ficar quieta? – ela fez um biquinho fingindo estar ofendida e concordou com a cabeça. Somente mais de duas horas depois os dois desceram. Harry desceu primeiro, enquanto Gina se arrumava depois do banho que tomaram juntos.


Chegando na cozinha encontrou Duda e a namorada conversando e tia Petúnia mexendo na comida, pensando.


-Bom dia, Sr. Potter. – um dos elfos veio cumprimenta-lo – O que o senhor vai querer para o café?


-Não sei ainda. Vou esperar a Gina e daí eu decido. Obrigado.


-Estarei à sua disposição. – e saiu, mas a conversa chamou a atenção de sua tia e seu primo.


-Bom dia, Harry. – falou o primo e voltou a conversar com a namorada. Ele parecia bem humorado.


-Bom dia. – respondeu o garoto – por que tanto bom humor?


-Ah, porque me livrei do cara que mais odiava antes de fazer dezoito anos? Planejava me mudar na primeira chance. Ah, e antes que esqueça, obrigado por tudo. Sou muito grato, mas muito mesmo, e também gostaria de pedir desculpas. Sei que a gente sempre se deu muito mal, e que a culpa é principalmente minha, mas quero que saiba que não te odeio. O problema é que meu pai sempre me disse como você era ruim, mas ontem, quando defendeu minha mãe...


-Mas você não tava lá.


-Tava sim. Tava espionando. Queria te ver apanhar. Bom, mas voltando, quando defendeu sua namorada e a minha mãe, eu ressenti de todo o mal que já tinha feito com você. E quando aceitou nos acolher sem nem pensar duas vezes e afugentou aquele idiota, percebi que você realmente é um homem muito nobre. – Harry nunca pensou que o primo um dia fosse dizer algo daquele tipo, e muito menos que ser elogiado pelo primo o fosse fazer sentir-se bem.


-Agora, querido. – a tia entrou na conversa. Ela chorava. – você foi realmente corajoso de enfrentar o Valter daquele jeito, de igual pra igual, sem magia, mesmo ele sendo bem maior. E depois você me protegeu depois de todo o mal que a gente te fez. Agora, apesar de ser muito grata, não posso aceitar o seu generoso convite e vir morar aqui. Não seria justo me aproveitar de você...


-Pode parar por ai. Vocês dois vão vir morar aqui. De qualquer jeito vai ser bom tê-los aqui enquanto estou em Hogwarts.


-Se realmente pensa assim, então aceito. Só queria saber se não mudara de idéia. Hoje mesmo vou sair para procurar emprego e uma escola pro Duda.
-Bom, quanto a procurar um emprego, não precisa...


-Preciso sim. Não vou conseguir ficar sem fazer nada e aqui não tem nada pra fazer com essas criaturinhas fazendo todo o serviço.


-Bom, então tudo bem. Mas deixa pra semana que vem. Essa semana a gente vai ter que organizar uma festa.


-Uma festa? Lembro da Lílian falando das festas na casa do namorado e como elas eram demais. Claro que eu nunca fui.


-Esta é a sua chance.


-Bom dia. – Gina finalmente desceu.


-Bom dia. – responderam todos. Harry voltou a tomar café e reparou que Duda não parava de olhar pra garota. Harry ficou realmente enciumado, agarrou Gina pela cintura e deu beijo de bom dia. A garota retribuiu, sorrindo.


-Bom, vamos tomar café logo porque daqui a pouco tenho coisa pra fazer. – comentou Harry, começando a comer.


-A gente vai ter que organizar a festa, né? – perguntou Gina, se servindo de leite.


-Vocês.


-Como assim, a gente? Você não vai ajudar?


-Vou, mas não agora. Só à noite. Vou passar o resto do dia treinando.


-Treinando? Mas a temporada de quadribol ainda nem começou. Você vai ficar voando enquanto a gente trabalha? – a família do garoto estava perdida.


-Não Gina. Eu não vou treinar quadribol, se bem que a gente podia jogar à noite.


-Não vai? Mas então?...


-Eu vou continuar aquele treino que te falei outro dia. Pra me preparar pra lutar.


-Lutar? – tia Petúnia finalmente entrou na conversa.


Harry e Gina passaram o resto do café explicando a situação do mundo bruxo. Porém, Harry ainda não contara para ninguém sobre ter que lutar com Voldemort.


Depois de muita insistência, Harry, Lupin e até Moody concordaram em deixar tia Petúnia, Duda e Gina assistirem ao treino. A namorada de Duda foi embora logo depois do café.


O treino hoje começaria com espada, e depois do almoço com varinha e depois do com varinha, sem varinha. Combinaram que iriam planejando a festa e os elfos iriam organizando as coisas, mas esses decidiram assistir ao treino do mestre, por isso, as coisas da festa foram deixadas para o dia seguinte. Resolveram então fazer um jogo amistoso de quadribol. E, para completar o time, foram chamados os membros da Ordem que se encontraram na mansão Potter no primeiro dia de Harry lá.


Já na sala onde ocorreria o treinamento, Harry alongou e aqueceu. Pegou a espada e começou a fazer alguns movimentos básicos. Depois Lupin e Moody começaram a lançar feitiços ao mesmo tempo e o menino que sobreviveu usava toda sua agilidade e força para desvia-los. A impressão que dava era que a espada absorvia os feitiços, e, alguns mais fortes, pareciam ser partidos e os realmente poderosos, apenas desviados.


No meio do caminho o garoto recebeu alguns feitiços e arranhões, mas nada que não tenha sido reparado. Na verdade foi até bom receber os cuidados de Gina. Ele ainda tirou uma soneca antes do almoço.


Quando desceu para o almoço, que seria servido no jardim, a seu pedido, todos o esperavam à mesa.


-Finalmente, bela adormecida. – Gina veio correndo em sua direção, abraçou-o e deu-lhe um selinho, ficando abraçada a sua cintura.


-Vamos comer? – perguntou Lupin. – Creio que nosso anfitrião precise de energia.


-Você também é anfitrião aqui.


-Não precisa mais de mim agora que sua tia vai se mudar para cá.


-Preciso sim. A não ser que queira sair daqui, porque do contrario, não só é muito bem vindo como também é importante para mim.


-Nesse caso, eu fico. – disse Remo, tentando esconder a emoção.


-Aquilo foi incrível. – comentou Duda o primo, durante o almoço – aquilo que fez com a espada, mas o que eram aquelas luzes que eles jogavam em você? Sua namorada falou que eram feitiços, e eu vi que você ficou desacordado quando eles te acertaram. Doeu muito?


-Duda. Calma. Uma pergunta de cada vez e se já sabe a resposta, não precisa me perguntar. – quem ouvia os dois deu risada.


Continuaram com conversas amenas, e depois do almoço ficaram um bom tempo conversando, para fazer a digestão antes do menino que sobreviveu voltar ao seu treino, agora com varinha.


Logo estava tendo que se defender dos dois professores, que atacavam seriamente e com feitiços perigosos. Depois de uns dez minutos, pediram para Gina colaborar e a garota, que no começo atacava de leve achando que o namorado não seria capaz de se defender de três ao mesmo tempo, acabou sendo a atacante mais perigosa e determinada, porém, não conseguiu atingi-lo sequer uma vez, enquanto ele derrubou cada atacante pelo menos três vezes, mesmo atacando-a de leve.


Passadas mais de duas horas, começaram a fazer a mesma coisa, só que agora, o garoto estava desarmado. Gina lançou o primeiro feitiço com tanta vontade, que mesmo tendo visto o ataque, Harry não conseguiu se defender e acabou estuporado.


-Nossa. Você é competitiva mesmo. – provocou ele, se levantando devagar e esfregando a cabeça.


-Eu se fosse você não provocaria um oponente tão perigoso. – adicionou Moody e todos deram risada.


-Experimente ter seis irmãos mais velhos. – respondeu a garota corada.
-Que tal voltarmos ao meu treino? Quero dar o troco.


-Dar o troco pelo que? Eu é que ainda te devo dois estuporamentos e te deixar dançando sem parar. – disse ela se referindo ao ultimo feitiço que recebera, enquanto o garoto ainda estava com a varinha.


-Vamos ver se consegue. – e se concentrou. Em seguida, conjurou o mesmo escudo dourado que Voldemort conjurara na noite do ministério. Era a primeira vez que conseguia e nem se deu conta que estava sem a varinha.
-Parece que a srta. Weasley é um incentivo. – provocou Moody que parecia estar de muito bom humor. Talvez porque todas as suas refeições fossem acompanhadas de vinho – Ainda não tinha feito este escudo direito...
Mas não pôde continuar com as provocações, pois o garoto lançou um feitiço, que se dividiu em três e, apesar de todos verem e tentarem bloquear, derrubou a todos os oponentes.


-Enervate. Enervate. Enervate. – os três se levantaram, desorientados. Harry estendeu a mão para ajudar os dois homens a se erguerem e depois caminhou até Gina e se ajoelhou ao seu lado, abraçando-a. – me desculpe. Não devia pegar tão pesado.


-Agora você vai ver. Quero minha revanche agora. Só eu contra você. E quero que todos prometam que vão guardar segredo sobre o que vão ver aqui. – e olhou para a platéia, que agora contava com Moody e Lupin, que ainda estava meio desnorteado.


Antes do duelo, porém, Harry obrigou Gina a comer chocolate e se recompor.
Logo, lá estavam os dois. A garota saiu correndo na direção dele e antes que ele pensasse em lançar algum feitiço, ela se transformou num tigre branco e pulou em cima dele.


-Viu como posso te vencer? – perguntou ela, voltando ao normal, mas só então reparou que ele não estava debaixo dela.


-Acho que não.


-Não vale. Eu não posso aparatar, então você também não.


-Tudo b... – mas antes mesmo de terminar a curta frase, viu aquele lindo animal pulando sobre ele novamente.


“Bela transformação!”


“Mas como? Só animagos podem conversar por telepatia. E cadê você afinal? Pensei que não ia aparatar...”


“E não aparatei.”


“Então, cadê você?”


“Por que não olha para cima?” E quando olhou, ela não acreditou. “Pensou que era o único animago?”.


Logo os dois voltaram ao normal.


-Impressionante. – Moody aplaudia – parece que ninguém mais quer se registrar. Acho que estraga a surpresa, né? Mas a senhorita deve ser muito boa bruxa se já chegou nesse ponto.


-Ela é a melhor aluna de transfiguração no colégio. Apesar de ser humilde e não assumir. Nem mesmo Mione é páreo para ela em transfiguração.


DING DONG


Era a campainha. Os convidados haviam chegado.


Depois de um breve bate-papo, foram para fora para jogar quadribol. Ficou decidido que Harry e Carlinhos seriam apanhadores adversários.


-As duas maiores lendas do quadribol de Hogwarts. – Alvo fez questão de dizer. – bom, que tal se ficarmos num time eu, meu irmão, Nicolas e meu grande amigo Diggory, assim teremos um jogador a mais para compensar pela idade.


Para espanto de todos, os velhinhos jogavam muito bem, apesar de terem sido derrotados dez vezes e terem vencido apenas três. Gina e Lupin faziam uma boa dupla de artilheiros e Moody, com seu físico de auror podia rebater como ninguém.


Carlinhos e Harry travaram duras batalhas pelo pomo, mas Harry estava bem melhor treinado e em boa forma, afinal andava treinando quadribol, enquanto o adversário não voava há anos, exceto pelas vezes na Toca.


Depois do jogo todos foram tomar banho e se arrumar para o jantar, que por algum motivo desconhecido para Harry seria um jantar de gala.


A maior parte da janta foi ocupada com conversas animadas sobre quadribol e outras futilidades. Ao final, Dumbledore chamou a atenção de todos batendo com o garfo na sua taça.


-Pedi que todos vestissem trajes de gala, pois hoje vamos realizar uma cerimônia especial. Hoje promoveremos o Harry na Ordem.
-Sério? – Harry não conteve a alegria.


-Sério. Depois da sua performance contra aqueles doze, quinze, sei lá eu quantos comensais, essa promoção é mais do que merecida.


-Mas...


-Sem mas, Harry. – Remo o cortou – Eu sei que não fui eu que derrubei todos aqueles comensais, e aquele seu feitiço hoje à tarde comprovou a nossa quase certeza. Agora, o que me intrigou foi você ter mentido. Por que?


-Eu não sei. – respondeu o garoto envergonhado – não queria que ficassem comentando. Na verdade, nem queria que me vissem de forma diferente.


Sabe, na escola, desde o meu primeiro ano, tenho que ficar ouvindo e vendo as pessoas falarem mal de mim por trás, me apontarem, perguntarem se eu realmente sou o Harry Potter, o menino que sobreviveu. Acho que não falei nada porque não queria mais atenção, além do que, não tinha do que me gabar. Fiz o que qualquer um pode fazer com os meus professores...


-Fico lisonjeado. – Moody entrou na conversa – mas outro motivo para essa promoção foi você ter vencido seus professores, os dois ao mesmo tempo. Ah, e sem usar uma varinha. Com a varinha parecia estar brincando.


-Vocês não vão mais me treinar?


-Ah, sim, vamos. Apesar de ser talentoso e poderoso, você não nasceu sabendo. Mas, com o que já aprendeu, pode trabalhar para a fênix como qualquer outro bruxo. Aliás, pode fazer até mais. Especialmente na frente da Srta. Weasley.


-Um brinde ao Harry, então. – propôs Gina, extremamente vermelha.

Depois do brinde, Harry recebeu as novas vestes e entregou as velhas. E Dumbledore chamou-o para o lado, enquanto todos conversavam animadamente na sala de estar. Inclusive Tia Petúnia, que parecia orgulhosa pelo sobrinho e enchia todos com perguntas e Duda que parecia especialmente interessado em Gina.


Harry, que foi conversar com Dumbledore num canto não parava de olhar para os dois.


-Não precisa ter medo. Ela também gosta de você. – como Dumbledore sabia aquilo? Como ele sabia de tudo? – Mas quero falar com você sobre outra coisa. Não vai demorar.


-Pode falar. – pronunciou o garoto, finalmente desviando o olhar de Gina.
-É que agora que você já é responsável por si mesmo dentro da Ordem, vou te dar uma autorização especial que vai te permitir aparatar e desaparatar dentro de Hogwarts. Só que precisa manter isso em segredo e prometer que só vai faze-lo em casos de importância.


-Tudo bem, mas como isso é possível? Não consta em Hogwarts, uma Historia.


-Não consta, porque é um segredo muito bem guardado. Caso contrario muitos iriam pedir essa autorização mágica.


-Tudo bem. Como a gente faz isso?


-Só precisa marcar aqui. – falou prontamente o diretor, tirando um contrato do bolso interno. – Só precisa pingar uma gota do seu sangue.


Harry espetou a ponta do dedo com uma pena oferecida pelo diretor e marcou o contrato. Em seguida, colocou o dedo na boca e foi até o banheiro deixar correr um pouco de água.


Quando voltou para a sala, foi sentar-se com Gina e Duda, que não pareceu gostar da presença do primo.


-Harry, seu primo é muito engraçado.


-E você ta muito bêbada.


-Um pouquinho.


-Ah, qual é? – Duda queria entrar na conversa – Deixa ela em paz. Ela só ta tentando se divertir.


-Eu só estou preocupado. Não acho que ela deve continuar bebendo.


-Eu to bem, Arry. – e começou a rir, assim como Duda.


-É isso ai. Toma aqui mais um pouco. – e serviu mais um copo para a garota.


-Gina, eu realmente acho que você não deva beber mais.


-Me deixa em paz. Você não manda em mim.


-Ta bom. Vou te deixar em paz. – e fez menção de sair.


-Isso faz bem. – Duda se intrometeu novamente, o que deixou Harry realmente irritado. Ele se limitou a lançar um olhar pro Duda, que se encolheu e perguntar:


-Você concorda com ele? Quer que eu te deixe em paz?


-Quero. – respondeu a garota resoluta.


-Se é assim. – e saiu para o jardim. Sentou na grama e encostou-se a uma árvore.


-Seu pai vinha pra cá quando ficava aborrecido ou queria pensar. Parece que você cresceu com ele, sabe. Vocês dois têm tanto em comum. Não só em termos de aparência. No jeito de agir.


-Você deve sentir falta deles. Do Sirius e do meu pai. Eu não sei o que faria se perdesse o Rony, a Mione ou a Gi...


-A Gina. Bom, se não conversar direito com ela amanhã, é capaz de descobrir como é perde-la.


-Mas a culpa não foi minha. Eu só queria ajuda-la.


-Eu sei. Eu e o Olho tonto ouvimos toda a conversa. Aprenda uma coisa, aliás, duas: não discuta com um bêbado. Eles podem estar superalegres num momento e logo em seguida ficar putos e falar besteira pra caramba. A outra é que precisa ter mais tato. Seu primo ainda não se acostumou com a idéia de morar com você. Agora a casa é sua. Além de que ele sente que te deve por protege-lo do pai. Mas ao mesmo tempo ficou encantado com a Gina e enciumado por você ter tudo, enquanto ele não tem nada de real valor, além da mãe.


-Mas então, o que eu fiz de errado?


-Nada. Mas do ponto de vista dele, fez. Sabe, todos podemos cometer erros...


-Então, por que eu tenho que ir falar com ela? Ela que venha até mim.
-Sei que seria o certo e é até capaz que aconteça, mas sei que é do seu interesse e não to te falando pra pedir desculpas ou algo assim. Só te aconselhei a conversar com ela. Bom, agora eu vou dormir. Amanhã começamos a preparar a festa. Boa noite, Harry.


O garoto ficou mais um bom tempo sentado lá, até que decidiu dormir também. Afinal, teria que treinar bastante no dia seguinte. Moody falara alguma coisa sobre começar um treino mais sério e não só ensinar feitiços.
Quando subiu, porém, teve uma grande surpresa. Gina dormia na sua cama, só de calcinha. Harry chegou perto e fitou-a por alguns instantes. Em seguida cobriu-a e deu um beijo de boa noite na testa. Pegou sua calça de pijama e foi dormir na sala.


Apesar de que havia vários outros quartos na casa, preferia a sala, pois estava muito quente e ele ainda não estava com sono e queria ouvir um pouco de música, ou ver TV, quem sabe?


Somente depois de algumas horas conseguiu pegar no sono. Acordou de manha com um barulho vindo da cozinha. Dormira pouco, mas sentia-se bem. Havia acostumado-se a dormir pouco desde que começara o treinamento.


Quando entrou na cozinha encontrou somente a menina ruiva, usando sua camisa de pijama como camisola.


-Pensei que todos já tinham levantado. Ah, peguei sua camisa emprestada, tudo bem?


-Hum hum. – concordou – Sobre ontem à noite, me desculpe se fui...
-Você não tem que se desculpar. Se alguém aqui tem que pedir desculpas, esse alguém sou eu, mas eu não quero falar nisso agora. Aliás, nem agora nem nunca. A gente pode simplesmente esquecer tudo isso?


-Com uma condição.


-Que é?


-Vem aqui me dar um beijo.


-Ah, mas com você sem camisa assim, quem poderia resistir. – e foi se aproximando com um sorriso maroto.


-Tinha que deixar alguma coisa pra você vestir de manhã. – provocou, puxando-a para si, fazendo com que ela sentasse em seu colo.


-Se você a quer tanto assim... – e arrancou a camisa fora, mostrando novamente seu corpo perfeito. Agora passava a mão pelo corpo do rapaz, descendo até sua calça.


Harry fez um movimento com as mãos que fechou as portas de modo que elas também se trancaram.


-Acho que ninguém vai nos interromper. Agora, cadê o meu beijo? – ela se inclinou, mas pouco antes de as bocas se tocarem, ela desviou e começou a beijar o pescoço dele. – Tinha me referido à boca, - ela foi descendo e tirando a calça dele – mas acho que também serve.


Logo, ela o estava deixando louco, e depois ele compensou e os dois se amaram durante um longo tempo. Em seguida, tomaram café e subiram para tomar banho, juntos.


Como já passavam da três quando os dois saíram do quarto, Harry não teve tempo para mais nada alem de treinar o dia inteiro. Moody agora o ensinava sobre magia negra e maldições imperdoáveis.


O resto do dia foi normal, isso se preparar uma mansão maior que um castelo para uma festa que todos esperam for normal.


Quarta feira foi o dia mais exaustivo de treino que o garoto já tivera. E no final experimentou tentar bloquear a maldição crucciatus.


No fim do dia o garoto estava tão acabado que nem Gina conseguiu anima-lo e convence-lo a jantar. Ele foi pra cama sem nem mesmo comer. No meio da noite sentiu algo no braço e acordou assustado. Sentou-se. “Foi só um sonho” pensou, enquanto percebia que Gina dormia tranqüilamente ao seu lado.


-Ela realmente não usa roupas para dormir. – pensou ele em voz alta, admirando a beleza estonteante da ruiva. Nisso sentiu algo no braço de novo. Era a tatuagem. Hogwarts estava sob ataque.


Harry disparou para fora da cama e logo aparatou na escola.


-Agora é pra valer. São os melhores comensais e estamos em muito poucos.


Os aurores vão demorar a chegar. – Dumbledore explicava a situação para todos ali presentes, em sua maioria professores, além de alguns poucos membros da ordem e menos ainda alunos. – Pelo menos Voldemort não pode entrar. As defesas que planejamos o mantiveram afastado. Vamos agora. E lembrem-se que os centauros e dragões são nossos aliados. Os outros animais estão do lado das trevas ou não têm lado.


Eles saíram e Harry viu os centauros sendo acuados para a floresta, apesar de mostrarem resistência. Eram numerosos e extremamente habilidosos com seus arcos, mas a magia dos inúmeros comensais, dementadores e outros parecia demais. Principalmente os dementadores, contra os quais, os centauros não pareciam capazes de se defender.


Logo os dementadores foram expulsos por patronos, entre eles o veado de Harry, que não demorou a entrar na briga. No momento, lutava lado a lado com Dumbledore contra os gigantes. Eram os únicos enfrentando as imensas criaturas. Os outros bruxos cuidavam dos bruxos e outras criaturas.


Derrubar um gigante era realmente complicado, pois esses tinham grande resistência a magia e se encontravam em grande número. Mas os bruxos tinham a vantagem de poderem aparatar, o que os tornava praticamente inatingíveis. Num vislumbre do resto da batalha, Harry percebeu que os comensais levavam vantagem.


-Vai ajudar os outros. Deixa que eu me viro com os gigantes. – pediu o garoto ao diretor.


-Está bem. Mas cuidado. Sozinho, eles vão se concentrar somente em você.
-Eles precisam mais de você do que eu. Confie em mim.


-Eu confio. – e desaparatou exatamente do lugar onde um segundo depois um gigante enfiou uma clave.


Harry sentiu o peso da palavra do diretor e isso aumentou sua vontade. Logo, estava combatendo os gigantes sem reais problemas. Demorou mais de duas horas para vence-los e, exausto, se juntar à batalha que agora era somente entre bruxos.


Após derrubar dois comensais que estavam desprendidos do grupo, chegou no local onde ocorria a verdadeira luta. Viu Lupin cair e Dumbledore ser desarmado.


-Seu velho idiota. Por que está sorrindo? Você vai morrer agora. Está desarmado e cercado por vinte homens. – disse um comensal, tirando a máscara. Era Pedro Pedigrew.


-Vocês estão em desvantagem agora. – respondeu Dumbledore, calmamente.


-E o que o faz pensar isso? Vou te matar agora mesmo e seus alunos também.


-Você ainda não percebeu que tem mais alguém aqui?


-Todos acabados. No chão. Alguns até mortos. Mas e daí? Agora vai morrer. Avada...


-Expelliarmus. – Rabicho saiu voando literalmente tamanha a força com que Harry lançou o feitiço. – Se importam se eu me juntar a vocês? – e conjurou um escudo dourado antes que qualquer um dos vários feitiços lançados pelos comensais o atingisse.


Enquanto isso, ele assistiu a Dumbledore recuperar a varinha com um feitiço. “Então ele também é capaz?” Admirou-se Harry. Logo os dois dominaram a maioria dos comensais, porém, os que sobraram eram realmente habilidosos.


-Quem é você? – perguntou um dos três comensais que lutava com Harry. Dumbledore lutava com outros três.


-Isso não te interessa.


-Me responda direito. – agora uma voz feminina falou com ele. – Quem é você?


-A pessoa que vai acabar com você. – nesse meio tempo trocavam feitiços sem efeito nenhum.


-Só porque acabou com alguns fracotes acha que pode brigar com gente grande? Sabe, eu sou um dos mais fieis a Voldemort. – e retirou a máscara. O garoto ficou paralisado.


-Bellatriz?!


-Vejo que me conhece.


-Vamos ver se ele me conhece também. – um outro comensal tirou a máscara, mas este o garoto nunca tinha visto. O terceiro fez o mesmo.


-Bartô Crouch... Você eu não conheço.


-Ptolomeu Ileas. Agora é a sua vez. Revele-se.
-Eu sou – disse Harry, finalmente tirando a máscara – Harry Potter. E como eu disse, a pessoa que vai acabar com vocês três.


E lançou um feitiço estuporante em Ptolomeu, que o comensal só acordaria dali semanas. Logo haviam restado somente ele e Bellatriz, que mal conseguia se defender tamanha a fúria de seu atacante.


-Expelliarmus. – a mulher conseguiu desarma-lo quando ele lançou o feitiço que derrubou Crouch. – Vamos brincar agora.


-Lembra no Ministério?


-Lembro. Você ficou escondido atrás daquela fonte, mas desta vez não tem onde se esconder.


-E nem preciso. Vou vingar o Sirius.


-Meu querido primo era seu padrinho, não é mesmo? Mas posso saber como pretende vinga-lo sem sua varinha?


-Eu não preciso dela.


-Isso é o que vamos ver. Mas o que pretende fazer? Lutar como um trouxa? – e lançou aquele feitiço de fogo usado por Molodov.


Harry usou um contra-feitiço que reverteu o feitiço lançado com muito mais força.


-Mas como? – gritou a comensal, antes de cair.


-Cruccio. – Harry caiu sobre os joelhos. – Que dia grandioso. Vou entregar Dumbledore e Potter ao meu mestre hoje. Lembra de mim, Potter?


Harry, que estava ainda de joelhos, viu Lucio Malfoy aparecer no seu campo de visão.


-Não sei como conseguiu vence-los, mas vejo que deixou sua varinha cair. Bom, agora é só esperar você desmaiar. Assim como aquele velho idiota fez. – de repente bateu um pânico no garoto. Dumbledore tinha desmaiado?


Será que o matariam? E a escola? Ele tinha que fazer alguma coisa. Tentou fazer o feitiço para se livrar da maldição e...


Nada. Lançou um feitiço estuporante, então. E nada, de novo. Lucio Malfoy o bloqueou facilmente e começou a rir.


-Você realmente é bem resistente. Mas desista. Acabou. – Será que era o fim? Não, não podia ser. Ele não desistiria. Por todos que tinham se sacrificado. Não podia. – Anda. Desista.


-Nunca. – respondeu, ficando de pé.
-O que vai fazer? – Malfoy estava espantado com o fato de seu inimigo se levantar depois de tanto tempo sob a maldição crucciatus. Harry só conseguia pensar em uma solução, mas não sabia se devia. “Mas eu tenho que fazer isso. Não há outra solução...”.


-Avada...


-O que? Você não vai fazer isso. – Malfoy parecia amedrontado.


-...Kedrava. – uma luz verde saiu de Harry, mas Malfoy se desviou, porém, rompeu a maldição. – Accio varinha. Estupefaça. – Malfoy caiu, ainda com um olhar assustado.


Harry caminhou até o colégio e viu que havia acabado. O sol nascia. Com a ajuda de um colega, foi até a enfermaria descansar um pouco e tomou uma poção para se recuperar rapidamente. Logo a ala hospitalar estava cheia e ele se viu obrigado a abandona-la. Só deixou o colégio quando os aurores chegaram.






-Oiii!! – Gina estava radiante em vê-lo. – Como você ta?


-Bem, agora. Tomei uma poção e fiquei animado. Vamos sair?


-Mas você precisa descansar.


-Eu preciso espairecer.


-Ta bom. Mas onde você quer ir?


-Você vai descobrir. – e transformou o relógio numa chave de portal (mais um feitiço que aprendeu no treino com Moody).


-Uau.


-Bem vinda a Londres. Agora, vamos fazer compras.


-Você quer fazer compras?


-Não exatamente. É que sei que você adora, aliás, toda mulher adora. E quero te ver feliz, sorrindo. Assim, eu me sinto bem e achei que como a festa é amanhã, você poderia querer comprar um vestido, talvez um sapato...


-Sério? – ele confirmou com a cabeça – Mas eu não posso aceitar.


-Você não pode é fazer uma desfeita dessas comigo. Agora, vamos?


Enquanto procuravam o vestido, Harry contou tudo que aconteceu naquela noite e como se sentia mal por ter lançado a maldição mortal.


-Mas era o único jeito. Qualquer outra coisa ele teria defendido. Você mesmo falou.


-Tinha outro jeito. Eu devia ter me livrado da maldição.


-Mas você só aprendeu ontem. Bom, você não deve esquentar com isso. Você não teve opção.


-Tudo bem. Eu penso assim. Só queria ouvir isso de alguém. Obrigado. – e deu um beijo apaixonado na garota.


-Terminamos. – Gina, depois de cinco horas e meia andando, escolheu um vestido e um sapato.


-Vamos almoçar, então?


-Claro.


-Que tal aquele restaurante italiano que a gente viu perto da loja que tinha o vestido preto?


-Ótimo. Adoro massa. Você vai me fazer ficar gorda.


-Acho isso meio difícil.


Os dois comeram tranqüilamente. Apesar de que pouco tempo atrás Harry estava realmente preocupado com o que fizera e com todo o resto que acontecera na escola, agora parecia que nada tinha acontecido. Era incrível como se sentia bem ao lado de Gina. E foi pensando nisso que tomou uma decisão.


-Eu vou ao banheiro. Você pede a sobremesa?


-Você quer que eu engorde mesmo. Pode deixar. O que você quer?


-O mesmo que você. Que tal dividir?


-Para mim soa ótimo. Espero que goste de chocolate.


-Huumm. – fez ele, passando a língua nos lábios.


E saiu. Quando entrou no banheiro, desaparatou.


Logo voltou e eles dividiram um mousse de chocolate.


-Vamos agora? – perguntou ele depois de um tempo que os dois passearam. – quero tirar uma soneca antes de me arrumar. E depois quero ver você com aquele vestido vermelho que te comprei.


-Ta bom. Me passa o relógio.


-Eu fiz a chave de portal em outra coisa agora. – e tirou uma caixinha do bolso, se ajoelhou e perguntou:


-Gina Weasley, quer namorar comigo? – ela não se conteve. Pulou nele, beijou-o e abraçou-o.


-Claro que sim. – e estendeu a mão para ele colocar a aliança de compromisso. Assim que o fez, os dois foram parar na cama do garoto, que estava cheia de pétalas de rosas e o quarto iluminado por velas.


Ela percebeu que estava realmente apaixonada e que não era uma paixão de criança. Ele, pela primeira vez soube o que era realmente amar alguém. Como se enganara com Mione. E não pensou mais nela.


Depois de mostrarem seu amor, ele adormeceu.


-Deve estar exausto. Depois de tudo pelo que passou. – pensou ela em voz alta, admirando ambos o seu amado e sua nova aliança. –Nossa! Já são quatro e meia. Só tenho cinco horas para me arrumar. Preciso correr.


Gina correu para o banheiro para se arrumar. Somente oito horas a garota acordou o namorado. Harry enrolou na cama mais uma bela meia hora, se levantou, tomou banho e fez tudo q tinha q fazer sem pressa e ainda ficou pronto antes da Gina.


Decidiu descer quando começou a tocar a campainha. A ruiva iria depois. Chegou Hogwarts inteira de uma vez. Os alunos tinham vindo nas carruagens da escola, as mesmas usadas para ir e voltar para a escola. Logo, começaram a chegar os membros da Ordem e muitos outros bruxos, a maioria desconhecida para o garoto. Só quando a festa já tava rolando solta, Gina desceu. Harry ficou paralisado. Ela estava simplesmente maravilhosa.
-Como estou? – perguntou ela ao ouvido do garoto.


-Perfeita. – respondeu ele, realmente próximo, causando arrepios na namorada e inveja em quase todos os homens que estavam em volta, pois esses estavam babando. – Agora descobri porque as mulheres demoram tanto. Pelo menos vale à pena.


Logo os dois estavam dançando descontraidamente. Somente agora, durante a festa, Harry reparou como a casa estava diferente. Quase não havia moveis na sala, que se tornara uma pista de dança gigante. Do lado de fora acenderam uma fogueira e colocaram várias mesas.


Depois de um tempo com a Gina, Harry resolveu sentar-se com seus amigos, Rony e Mione numa mesa do lado de fora, enquanto Gina foi procurar seus colegas de quinto ano.


Começou a tocar forró, então e Harry se lembrou de quando viajou com a Hermione.


-Rony, me permite dançar com a sua namorada?


-Pode ir. Quem sabe assim ela pára de me chamar pra dançar. Vou buscar mais bebidas enquanto isso. Essas cervejas trouxas são gostosas.


Harry levou Mione pra dentro e começou a dançar com ela. Fazia todos os passos que conhecia e brincava, fazendo os dois rirem muito.


-Vejo que aprendeu bem.


-Melhor que surfe, com certeza. – os dois riram, lembrando os tombos do garoto tentando ficar de pé na prancha.


Depois de algumas músicas voltaram para a mesa e encontraram Rony conversando com Parvati. Ambos com cara de tédio. Assim que se sentaram, Rony se levantou e puxou Hermione. Parvati, então, ocupou a cadeira ao lado de Harry e colocou a mão na perna do garoto, o que o incomodou muito.


-Você não ta bravo comigo, ta? – perguntou ela, inocentemente, subindo a mão.


-Não. Continuo estimando sua amizade. – respondeu ele, indo para trás.
-Só minha amizade? – ela estava praticamente em cima dele, aproximando muito o rosto e se esfregando, tentando excita-lo.


-Eu não acredito. Você e ela? – Gina chegou na hora errada.


-Não. Espera, você não entendeu... – mas ela já tinha ido embora.


-Você me trocou por ela?


-Troquei. – respondeu secamente. Ela ficou meio chocada com a resposta, mas depois de pensar um pouco, falou:


-Tudo bem. A gente não tava namorando. Então, você me perdoa e eu te perdôo. Justo.


-Vou pegar algo pra beber. – e saiu. Ela ficou sentada, olhando o ponto onde ele estava até muito depois dele já ter desaparecido.


Harry andou até o lugar onde haviam armado o balcão e pegou um copo de vodca do tamanho de um copo de chope. Começou a reparar na festa. Realmente estava demais. Todos pareciam estar se divertindo.


-O que você ta bebendo? – Lupin apareceu do nada. Ele parecia muito mais feliz do que o normal.


-Água.


-Você é muito certinho. Aliás, o que ta fazendo sozinho, parado aqui?


-É que eu to meio cansado.


-Cansado?


-É que eu tive uma briguinha com a Gina e to meio de saco cheio.
-AH, então é por isso que ela tava beijando aquele outro garoto. Bem que eu estranhei. – Harry não acreditava no que estava ouvindo. – Falei demais, não falei?


-Não, tudo bem. É bom saber.


-Bom, vou indo que a Pamela ta me esperando. – Harry achou melhor nem perguntar quem era Pamela. Na verdade estava feliz por ver que Remo estava aproveitando a festa.


Decidiu voltar para a pista de dança e ficar com alguém. Pensava em falar com a Gina, mas quando a avistou, ela estava beijando um cara e isso o encheu de raiva.


Começou a dançar com uma garota do sétimo ano da Lufa-Lufa que estava cercada de caras. “Panacas, por que não tentam?”, pensava enquanto conversava com a garota. Depois de muita conversa e dança conseguiu beijar a garota. Ele já quase não tinha controle, pois tinha bebido demais.


Quando convenceu a garota a conhecer a casa e estava subindo, alguém o chamou. Era Snape. Incrível como ele conseguia acabar com os momentos de felicidade do garoto.


-Odeio estragar sua noite... Na verdade acho bem divertido, mas o diretor Dumbledore pediu para você dar um pulo lá fora.


Harry olhou para a Rebeca (a setimanista da Lufa-lufa) e conduziu-a para fora. Não iria perder aquela garota por qualquer probleminha à toa. Não achava que fosse nada sério. Encontrou o diretor na porta, olhando para fora.


-O Sr. Malfoy está ai, querendo você. Disse que vai faze-lo pagar pelo que fez ao seu pai. – Harry começou a andar para fora. Não estava nas melhores condições, mas não fugiria de Malfoy – Você não precisa ir. Mas também, ele não fez nada de ilegal. Somente te chamou para um duelo.
-Eu vou. – Harry estava resoluto. Em parte porque era seu jeito, mas grande parte por causa do álcool.


-Então aceitou meu desafio, Potter?


-Não tenho medo de você, Malfoy.


-Pois deveria. Se acha que porque derrotou meu pai pode me derrotar, está enganado. Há muito eu sou mais forte que ele, e, desde então, só me fortaleci com a ajuda do meu mestre. – e mostrou a marca negra – sabe, eu sou seu servo mais poderoso.


-Que bom. Além de acabar com você, ainda vou fazer um favor ao mundo.
-Você me paga. Cruccio. – mas Harry conseguiu defender. Espantou-se por ainda ter reflexo. – Muito bom. Impressionante. Mas vamos ver quanto tempo agüenta.


-Sou todo seu.


-Expelliarmos. – apesar de Harry estar acostumado a receber aquele feitiço e bloqueá-lo, não foi rápido o bastante dessa vez e perdeu a varinha, mas antes que a varinha tocasse o chão, lançou uma maldição com as mãos, encerrando o combate.


-Accio. – guardou a varinha – Diretor, agora eu vou aproveitar a festa. Pode deixa-lo ai ou manda-lo para Hogwarts ou o que quiser fazer. Vamos, Rebeca?


-Nossa. Aquilo foi demais. Como fez? Tinha uma varinha nas costas?


E assim foi a noite do garoto. Divertiu-se muito com a garota e depois com a Parvati. Depois de tantas decepções, decidiu que aproveitaria a vida.







N/A por favor, comentem... quero saber o q estao achando da fic e como posso melhora-la... ah, e votem e deem nota tbm plz

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.