Manhã de Sabado



Estava escuro... Tudo muito negro! Um raio de sol então surge e faz tudo ficar ardido... e claro. Uma luz corta suas vistas, e um friozinho gela suas pernas. Passaros cantavam, em seus ninhos nessa doce manhã! Uma almofada voou na janela:
- Passaro idiota!!!
- Bom dia, filho!
Era um sabado. O rapaz abriu seus olhos e a luz o incomodou. Sua mãe havia aberto a janela e puxado suas cobertas, revelando um grande e muito branco Malfoy, que se espriguiçava vagarosamente. Na sua frente, uma figura jovem e loira se formava, era Narcisa.
- Já te falei pra não abrir a janela assim mãe!!! - brigou o rapaz com uma voz de sono. Seus olhos ainda ardiam.
- Pare de reclamar e se levante! Em alguns minutos teremos visita! - e a mãe impaciente se levantou e deixou o rapaz no quarto ainda absorvendo a ideia.
O rapaz sentou na cama. Levou as mãos ao rosto, esfregando no intuito de acordar. Sacudiu o loiro e bagunçado cabelo e se levantou, apoiando as costas na parede ao lado do espelho
- Até que to legal! - murmurou rindo, para seu outro eu refletido. - Quem é que vai vir mãe? - agora ele gritou olhando para a porta.
- Michael Lafour, querido! - respondeu a mãe num outro berro vindo do andar inferior.
Draco parou. Percebeu que sua mãe disse algo mais, porém ele não ouviu. Na sua cabeça, um tanto maliciosa ultimamente, veio a imagem de uma pequena garotinha de cabelos negros e pele muito clara. Lembrou-se da ultima vez que vira o Sr. Michael, amigo de seu pai, e tambem lembrou, perfeitamente, de sua filha... apenas o nome lhe fugia!
Ao ouvir sua mãe dizer algo que não pode enteder, colocou seu roupão azul-marinho e desceu as longas escadas rumo a cozinha da casa. Empregadas faziam um café, e ele, roubando um pessego, gritou:
- E o que Lafour quer, mãe? Papai não esta em casa!!! - e saiu correndo rumo a sala de estar, onde se jogou num largo sofá vermelho ao lado da poltrona onde Narcisa lia o Profeta. Mordeu seu pessego. Sua mãe, fitando o jornal, respondeu suavemente:
- Ele quer ve-lo...
- Eu? - ele parou. Levantou-se e sentou puxando o jornal da mão da mãe de forma brusca. - Me ver? Tem certeza?
- Absoluta! Agora devolva o jornal!!! - e ela esticou a mão. Estava ficando brava.
- Pra que ele quer me ver? - e ele fazia um esforço pra desviar do braço de Narcisa.
- Não sei, isso é entre voces! Draco, devolva!!! - e ele esticou o jornal e deitou com olhar de pouco caso mordendo novamente a fruta. Como quem não queria nada, perguntou, encarando a TV:
- A filha dele vai vir?
- Não faço ideia! Michely é uma menina muito ocupada... - e derepente as palavras de Narcisa foram sumindo. Era esse o nome! Michely! Como poderia esquecer! Ela foi o primeiro alvo de sua grande e famosa labia com garotas! Ah, aqueles olhinhos azuis! A única coisa que a fazia perder para Parkinson era seu jeito, extremamente esnobe e mal educada com ele... se ela fosse um pouco mais meiga, definitivamente ele passaria Pansy para escanteio... mas afinal, por que pensar em Pansy de novo?
O rapaz se irritou com seus pensamentos e quando viu Narcisa não estava mais lá. O Profeta estava em cima da mesa e o barulho da porta batendo o fez acordar para um fato: daqui a alguns minutos, reencontraria a garota que o fez de gato e sapato por muito tempo! Mas se o fez, é por justa causa...

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