Sentimentos Opostos



A semana não foi nada boa: Ana e Sirius mal se olhavam, apesar do indício de melhora quando McGonagall anunciou que o baile de Formatura seria no próximo mês. Naquele sábado também haveria uma nova visita ao vilarejo de Hogsmeade, porém ninguém aparentava disposição. Àquela altura as provas finais já haviam passado e as aulas eram mais leves e divertidas:


 


-Graças! Que legal o professor Slughorn nos deixar fazer a Amortentia!


 


-Uma poção  deveras difícil...


 


-Não pra você Líl!


 


As garotas riram e de repente Josie pareceu ansiosa pra dizer alguma coisa:


 


-Anda conta!


 


-O Diggory... <i>Me chamou pra ir a Hogsmeade!!!</i>


 


Elas soltaram gritinhos histéricos:


 


-Ei! A final contra Lufa-lufa é na Quarta não é?


 


-É mesmo! O James não para de pensar nesse jogo, sério, de enlouquecer! Ele deve sonhar todo dia com isso...


 


-Com um apanhador como ele e um artilheiro como Sirius é difícil perder.


 


Sophie falara dele. Falara de <i>Sirius</i>. Por que diabos tinha que lembrar de sua santa existência?! Se sentindo realmente envergonhada, começou a pedir mil desculpas:


 


-Ei! Não tratem-no como se não existisse, afinal, ele é amigo de vocês! Nem esquenta Soph...


 


-Obrigado pela parte que me toca Jones! –respondeu uma voz rouca.


 


Elas viraram-se: Sirius parecia realmente arrasado, os cabelos exageradamente desleixados, os olhos sem brilho:


 


-Posso falar com você? –perguntou em tom de súplica.


 


-Hum, claro, meninas a gente se vê depois.


 


Por um instante ficaram parados ali, sem ação, até o garoto comentar:


 


-Não está a fim de ir pra Hogsmeade né?


 


Ana acenou a cabeça negativamente.


 


-E o baile? Já sabe com quem vai?


 


-Como, se a gente acabou de saber que será no mês que vem?


 


-É... Tem razão...


 


O rapaz pareceu desconcertado. Ela abaixou a cabeça, para evitar que ele visse o esboço de um sorriso em seu rosto. Se divertia quando o deixava sem graça, sempre foi assim... Ele era lindo corado de vergonha.


 


-Então – começou ela para espantar esses pensamentos –O que queria me dizer?


 


-Na verdade eu... Não precisa responder agora, leve o tempo que achar necessário... Queria saber se... Não gostaria de ir ao baile com... com... Comigo.


 


Houve silêncio. A morena o encarou espantada:


 


-Olha eu... Não sei se seria bom, vou ver...


 


-E sobre nosso namoro? –perguntou antes que pudesse se conter. Ela novamente o encarou, desta vez, séria:


 


-Continua na mesma –respondeu com simplicidade já saindo para não alongar a conversa, deixando-o sozinho.


 


-Já é um começo –mumurou conformado para si mesmo –Quer dizer, ela poderia terminar tudo... Merlim essa <b>garota</b> me lançou um feitiço!


 


-Merlim esse <b>garoto</b> me lançou um feitiço! Quase que eu digo... Faltou tão pouco, mas só ia piorar as coisas... Ele estava tão arrasado.


 


Com esses pensamentos amargurantes ela seguiu para a sala comunal grifinória. As meninas estavam lá, mas não arriscaram iniciar um interrogatório. Ficaram a tarde toda jogando partidas de Snap Explosivo (N/A: Como se joga isso?), até Josie chegar vermelha, como se estivesse sem ar:


 


-Ele... Ele <i>me convidou pro baile!!!</i>


 


Gritos histéricos.


 


-Ahhhhh! –imitou sirius com voz fina arrancando risos; estava entranto logo atrás de Josie –O que houve? É o Diggory? Aiiiiii! –James entrou:


 


-Depois eu é que libero meu lado <i>cervo</i> de...


 


-Veado! –interrompeu Sirius.


 


-Não! De ser...


 


-É a convivência! –retrucou sirius maldoso.


 


-Paddyzinho você sabe que não é o tipo de pessoa que se dê pra chamar de influenciável! Normalmente faz suas próprias escolhas! –debochou Tiago. –Não minta!


 


-Cala a boca!


 


Todos riram. O olhar de Ana e Sirius se cruzou e ele corou. Foi irresistível...


 


-Que lindinho! Ficou corado!


 


As risadas continuaram após o comentário. O garoto encarou-a assustado e depois de um tempo, se aproximou:


 


-OI?


 


-Quê?


 


-Que o quê? –repetiu confuso. Os dois riram da situação. Após um pouco de silêncio –Eu... Gostaria muito que fosse na final semana que vem...


 


-Lógico que eu vou –respondeu ela depressa –Acha mesmo que eu perderia?


 


Ele sorriu.


 


-Tenho certeza que não, é só que... Bom tinha que cahar uma desculpa pra vir falar com você e foi o que me veio na cabeça... Só queria que não ficasse esse clima chato. Sei que você adora quadribol...


 


-Tirou as palavras da minha boca...


 


-Gistaria de tirar outras coisas dela –retrucou em seguida maroto; não resisitiu; então ela o encarou séria: -Desculpe! –e depois riu.


 


-Não precisa inventar desculpas pra vir faalr comigo. Simplesmente venha!


 


-Isso me faz sentir muito melhor –respondeu ironicamente depressivo no que riram de novo.


 


-Você é uma figura...


 


-O único álbum que eu quero colar não quer deixar...


 


-“Quem rima sem querer ama sem saber” (N/A:Aonde eu vi isso? Não lembro, mas achei legal ^^) –pensou ela – Burrada sua.


 


-Ela provocou!


 


-Você cedeu! Na verdade, nem tentou resistir...


 


-É que eu... Não pensei...


 


Discutiam tão calmos que pareciam estar debatendo sobre a resposta de um dever escolar.


 


-Você pensa?


 


-Não sei. Mas <i>amo</i>.


 


Ela corou.


 


-Merlim! –exclamou ele –No nono mês de namoro eu consigo te deixar realmente sem graça! Garota difícil!


 


-Cara de pau eu diria.


 


Risadas.


 


-Treinaram?


 


-Feito loucos! James não deu sossego.


 


-Então não foram pro vilarejo também.


 


Ele confirmou.


 


-Por que não foi lá ver? Gosta só dos sonserinos?


 


-É! Os olhos claros deles me atraem.


 


Risos.


 


-Já pensou no meu convite?


 


-Tô vendo... Analisando...


 


-Faça com carinho –sibilou ele aproximando-se de seu ouvido. Deu um beijo em sua bochecha –Boa noite!


 


-Você não perde a pose de galanteador!


 


-Normalmente funciona! –respondeu sorridente olhando para ela e já subindo as escadas. Ana baixou a cabeça e balançou negativamente; um sorriso esboçando seu rosto.


 


-Eu tô sentindo cheiro de <i>Reconciliação?</i>


 


-Depende, se não estiver fedendo...


 


-Ah palhaça! –respondeu Josie rindo. Alice aproximou-se e as três iniciaram uma conversa animada.


 


James e Líly estavam sentados falando com Remus e Sophie. O moreno estava abraçado com ela que segurava carinhosamente sua mão.


 


-Cara, essa final tá me deixando louco!


 


-Eu que o diga!


 


-Não é pra menos, o Diggory não é nada mau...


 


-E agora ainda por cima tem uma espiã –falou James em voz alta e Josie fez uma careta para ele do outro lado da sala.


 


-Apesar que vocês venceram todos os seus jogos...


 


-Sim! Mas se a gente não começar com um bom placar eles encostam rapidinho.


 


-Pare James! Você é o melhor apanhador que Hogwarts já teve!


 


-Sophie disso eu sei –respondeu rindo ao levar um tapa da namorada –Só não dá pra subestimá-lo... O time da Lufa-lufa é ótimo!


 


A discussão sobre a final durou horas, já era madrugada quando todos subiram. Mas os meninos não pretendiam dormir... Era lua cheia! Remus arranjou qualquer desculpa para permanecer na sala comunal, e quando estava vazia, foi para a ala hospitalar. Madame Pomfrey já estava pronta para levá-lo:


 


-Se atrasou! –sibilou ela preocupada.


 


-Eu me esquecei, desculpe! –falou Remie envergonhado.


 


-Esqueceu? Talvez a luz do luar te faça lembrar. –retrucou ríspida. (N/A: UI GROSSA!!!! *revolta* Precisava falar assim? N/S: Só porque é o Remus... hunf *dá de ombros* N/A:Claro que não é! *indignada* Mas coitadinho, não é fácil pra ele, e ele é tão fofo pra entender e aceitar isso *olhos brilhando* N/S:É CLARO! ELE <i>TEM</i> QUE ACEITAR! *ciúmes* N/A: Si... *voz suave* Faz um favor?


<i>C-A-L-A-A-B-O-Q-U-I-N-H-A!</i>)


 


Os dois andaram depressa até o Salgueiro Lutador antes que escurecesse totalmente e a lua brilhasse no céu. Remus seguiu sozinho pela passagem após imobilizarem a árvore.


 


James e Sirius tentaram acordar Wormtail de qualquer maneira, sem sucesso. Depois que as garotas forma dormir seguiram novamente à sala comunal fazendo o máximo de silêncio possível. Atravessaram o retrato com a capa da invisibilidade e andaram devagar para o saguão; saindo para o jardim. Se transformaram e passaram pelo buraco escuro que ía para a Casa dos Gritos. Foram ao quarto e lá estava, o monstruoso lobisomem que na verdade não parecia ter nada de assustador, visto daquele ângulo.


 


<center>*******</center>


 


Sophie esperou as meninas dormirem para ter absoluta certeza que podia sair sem ser vista. Ela desceu até a sala comunal sem trocar de roupa –estava com uma blea camisola de seda vermelha que descia até os pés. Estava frio, mas ela não se importou, precisava sair, descobrir onde Remus estava... Talvez ele não fosse perigoso com ela...


 


Ouviu barulho do saguão: quando olhou pela janela um enorme cão negro e um cervo abaixavam-se para entrar em alguma passagem do Salgueiro Lutador. Saiu rapidamente para o jardim quando os animais sumiram. Aproximou-se da árvore totalmente parada: não pensou duas vezes, entrou... Logo depois escutou estalos violentos. Seguiu pela passagem escura: <i>-Lumus!</i> O feixe de luz conseguia iluminar apenas seu próximo passo, mas já era algum mérito comparado àquela escuridão. Andou por minutos assim, então deparou com uma outra passagem, um pouco acima, parecia banhada pelo brilho azulado da lua. Quando subiu pôde perceber onde aquilo deu:


 


-A Casa dos Gritos! –murmurou para si rodeando todo o cômodo destruído, com pedaços de madeira arrancados violentamente. –É claro!


 


Ao lado havia uma escada, na qual projetou-se o mais suave possível, mas não pode evitar os rangidos. Chegou ao segundo andar e viu que uma porta estava entreaberta: bom, j´pa que estava ali...


 


Seu coração deu um salto: os bichos estavam ali, junto com um grande lobisomem que ao vê-la deixou suas enormes presas à mostra:


 


-Remus! –exclamou ela afastando-se no que os outros dois viraram-se parecendo espantados. O lobisomem urrou tentando avançar, mas o cachorro entrou em sua frente segurando-o; enquanto o cervo apanhava a garota nas costas e galopava de volta ao jardim. Ela desmontou devagar, enquanto encarava o cervo. O cachorro surgiu rápido pela passagem:


 


-Quem são vocês? –perguntou trêmula e confusa –remus está lá, me deixem entrar, ele não me fará mal.


 


Os dois nem se mexeram. Repentinamente ela empunhou a varinha: <i>-Estupefaça!</i> Os garotos foram lançados longe e violentamente. Foram obrigados a se transformar, antes que ela os matasse. Sophie soltou uma exclamação aguda; olhava horrorizada para a cena:


 


-Ai, poxa essa doeu! –reclamou James passando amão na cabeça.


 


-Não era pra tanto! –completou Sirius encarando feio a garota e levantando-se com o amigo.


 


-Vocês... Vocês...


 


-É, descobriu!


 


-Péim! Ponto pra Sophie!


 


-Jure que não vai contar nada a ninguém!


 


-Claro que não –respondeu depressa ainda surpresa –Mas, mas... E desde quando?


 


Suspiros.


 


-Quinto ano.


 


-E por que? Remus me disse que... Então... Foi só pra poderem... Ah não acredito!


 


-É, os Amigos do peito! –debochou Sirius batendo no coração.


 


-Doidos!


 


-E você o que estava fazendo? Tentando se matar?


 


-Não! –respondeu num salto -É que eu achei que se ele visse que era eu... Não ia... Fazer nada...


 


-Sophie, justo você? Como pôde ser tão obtusa?


 


-Eu sei, eu sei! Comecei a ler umas coisas sobre lobisomens, mas... Fiquei com medo, ele estava solitário e... –nesse instante ergueu a sobrancelha –Na verdade não estava...


 


-Entenda Sophie –começou James assumindo um tom sério –Enquanto ele estiver assim não distingue ninguém, quem quer que seja: amigo, pai, mãe, namorada. Ninguém!


 


-E não é culpa dele –continuou Sirius no mesmo tom –Por enquanto não inventaram nada que o faça sofrer menos, nem ficar em sã consciência. Quem sabe, daqui alguns anos...


 


-Só prometa que não vai se arriscar assim de novo! –disse James paternalmente.


 


-E quanto a vocês? –retrucou ela.


 


-Nos viramos –responderam juntos com simplicidade.


 


-Mas... Eu... Se precisar eu... Também vou virar animago e...


 


-Não diz isso! Você só vai arranjar problemas para si mesma!


 


-Não importa, eu quero estar ao lado do Remie.


 


-Mas Sophie, você tem uma ótima reputação, por favor, não pode se arriscar desse jeito...


 


-Sem falar que vai quebrar umas sessenta regras da escola e mais umas dez do Ministério!


 


-Pode ser expulsa, ou pior: <i>presa.</i>


 


-NÃO IMPORTA!!!!


 


-É CLARO QUE IMPORTA! SOPHIE, HÁ DOIS ANOS TEM SIDO ASSIM, DEIXA QUE NÓS CUIDAMOS DELE!


 


-É UMA DECISÃO MINHA! EU O AMO!


 


-Ninguém está dizendo que não. –retrucou Sirius em voz baixa.


 


A garota calou-se ofegante:


 


-Tá... Olha... Me desculpem, acho que me exaltei... Mas eu juro... que vou continuar pensando no assunto...


 


Eles suspiraram e se entreolharam:


 


-Não dá pra dizer que não tentamos –conformou-se Sirius.


 


-Mas essa sua camisola –começou James maroto –<i>Tá demais!</i>


 


-É, sou obrigado a concordar –disse Sirius analisando-a de cima a baixo com malícia.


 


-Calem a boca! –exclamou Sophie com raiva, corando. Os dois riram.


 


-Agora volta pra cama. Uma menina como <i>você</i> não pode sair sozinha <i><b>assim</b> à noite.</i>


 


-Pode ser <i>perigoso.</i>


 


-É né. Vão se ferrar vocês dois!


 


Dizendo isso voltou para a torre da Grifinória e quando chegou no dormitório percebeu a cama de Ana vazia, mas nem ousou pensar em fazer alguma coisa. Estava cansada, os pensamentos explodiam, queria dormir...


 


Se a amiga pensou que Ana fora atrás dos garotos, então, bem... Ela acertou! Eles tentaram contestar, mas ela não deu chances. Ficaram passeando pelo vilarejo, viginado Remie. Sirius hora ou outra afugentava passarinhos para divertir os amigos. Ana e ele até brincaram, rolando no chão; tinham quase o mesmo tamanho. Finalmente amanheceu, todos estavam podres de sono; riam feito bêbados.


 


-Já é a Segunda vez que você vem, eu disse que é perigoso –criticou Remus.


 


-Que seja! Não tenho nada a perder. –retrucou ela com simplicidade –Vamos rápido ou nos atrasaremos!


 


-E daí se a gente faltar um dia? –falou James displicente –Já estamos formados.


 


-Se faltarmos um dia vão querer saber onde nós fomos! Elas já suspeitam demais da gente! –aconselhou Ana.


 


-Ela tem razão.


 


-Elas só desconfiam porque tem uma <i>garota</i> no meio de nós agora.


 


Ana parou de chofre e encarou James séria. Sirius descontraiu, bêbado de sono:


 


-Cala a boca lobinho... Vocês dois são os piores amigos que se pode ter.


 


Eles riram. Voltaram rapidamente ao castelo, foram os primeiros a tomar café e a chegar na sala.


 


-James...


 


-Hum?


 


-Você... Acha mesmo que eu atrapalho?


 


-Eu não disse isso. Disse que elas desconfiam um pouco mais da gente porque agora temos uma marota no nosso pé.


 


-Ah é? Tudo bem então, se você acha melhor assim, okay, tudo bem, ótimo.


 


James riu da cara emburrada de Ana, mas logo o assunto se encerrou.


 


-Uau! Caíram da cama? –perguntou Líl baixinho na aula do Prof Binns que não estimulava em nada o sono a ir embora.


 


-Acordamos um pouco mais cedo só –respondeu Sirius de cabeça baixa, bocejando.


 


-Cara, essa aula é ótima pra quando a gente tá com sono. –reclamou Ana esfregando os olhos e todos abafaram risinhos. O sinal do intervalo soou.


 


-Puxa, finalmente!


 


-Remus a gente tem que te contar uma coisa –murmurou James entre os dentes, puxando ele e Sirius para um canto.


 


-Digam. –incentivou Remie sério.


 


-A Sophie –começou James –Foi atrás da gente ontem a noite.


 


-Quê? Mas como...


 


-Sei lá, deve ter nos visto no jardim...


 


-A questão é que ela enfiou na cabeça que vai ser animago.


 


-Quê!!! Cara, não pode, tenho que falar com ela...


 


-Fale, talvez ela te escute, mas nós... Não tivemos sucesso. E olha, insistimos.


 


-Isso não vai acabar bem, ela não pode se arriscar desse jeito... Merlim... Era só isso?


 


Os dois afirmaram e eles dirigiram-se novamnete ao grupo rezando que ninguém fizesse perguntas. Pareceu dar certo...


 


-Próxima aula: Poções!


 


-Ai! Esqueci da redação que ele pediu... –reclamou Peter.


 


-Cara, você tá mal hein! –debochou Sirius.


 


Quando as aulas acabaram Líl, Josie e Ana seguiram para a sala comunal junto com Sirius e James. Belatriz passou por eles dando um largo sorriso para o moreno no que Ana fez careta.


 


-Quem ela pensa que é? –sibilou irritada para Líl.


 


-Nem liga... Mas <i>você dois nunca se acertam!</i>


 


-Só depende dele...


 


-Ah, sério?


 


-Vou dar outra chance... A <i>última!</i> Poxa, tô tentando ser feliz também e... Até agora ele não está com nenhuma menina né?


 


-Claro, ele é doido por você idiota! Isso vai ser demais!!!


 


-Quê vocês cochicham aí?


 


-Ahhh, nada, Sirius, nada não.


 


-Essas meninas andam de muito segredinho, não acha James? –gritou ele para o amigo.


 


-Pois é.


 


-Até parece, vocês também são cheios de mistérios...


 


-E estamos abertos para novas descobertas –completou James rindo malicioso.


 


-Você se acha muito interessante né, James Isaac! –alfinetou Ana.


 


O garoto fez uma careta e Líl riu:


 


-Bem feito!


 


-Você esqueceu de dizer que elas são cruéis Padfoot.


 


Eles riram e continuaram seu caminho.


 


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Remus seguiu com Sophie até a Sala Precisa: entraram com discrição. Sentaram-se no sofá, um de frente pro outro:


 


-Você já deve imaginar sobre o que eu quero falar.


 


-Sim.


 


-Pois bem.


 


-É sobre o que eu vi ontem não é?


 


Remus a encarou com uma expressão séria, mas calma:


 


-Não exatamente sobre o que viu. Mas sobre você ter arriscado sua vida e sobre querer se transformar num animago.


-Remie, assim como eu disse pra eles, isso é uma decisão <i>minha.</i>


 


-Mas você só está tomando essa decisão por minha causa.


 


-Não. É porque eu te amo. Porque eu quero te ajudar.


 


-Acredite, vai me ajudar muito mais se tirar essa idéia maluca da cabeça. Os meninos já me ajudam bastante, já se arriscam o bastante por mim, você não precisa e nem pode fazer isso.


 


-Por que não?


 


-Não é óbvio? Vai se arriscar à toa..


 


-Não acho que me arriscar por você seja algo à toa.


 


-Você não precisa, eu já disse. Meus amigos me ajudam.


 


-Quer dizer que não te importa se eu me importo com você.


 


-Está sendo tola. É claro que me importa, e me importa mais ainda você tomar uma atitude infantil sem necessidade.


 


-Sem necessidade? Eu achava que você era sensível.


 


-Você é que está sendo egoísta. Esse é um problema meu, você não tem nada a ver com ele Sophie, sendo minha mãe, minha namorada o que for. Não é seu problema.


Eles ficaram em silêncio Sophie chorando, espumando de raiva.


 


-Eu devia ter percebeido não é? Você é <i>igualzinho</i> a eles! Como eu pude ser tão burra?


 


-Você é uma ótima garota, acredite. Mas não queira resolver esse tipo de problema, porque ele é só meu.


 


-Então pra evitar preocupações futuras para o senhor Remus Lupin é melhor que a gente termine essa merda de uma vez não acha?


 


-Não queria que fosse assim. Mas é, é melhor.


 


-Você é um tremendo babaca escutou? –gritava Sophie as lágrimas, enquanto saía dali –Um tremendo idiota!


 


Bateu a porta forte e deixou que Remus ficasse ali, jazendo como alguém que morreu. Ele estava sem reação. Ela não imaginava o quanto era dolorido para ele, mas precisava ser feito, antes que ele a envolvesse em mais problemas, precisava ser feito. Mesmo que ela nunca entendesse...


*************

A decisão finalmente chegou: o clima era bastante favorável. Todas as meninas se encontravam na arquibancada. Remus e Peter também.


 


Os capitães apertaram as mãos formalmente, Madame Hooch soou o apito e a partida começou. James já rodeava o campo à procura da pequena bolinha dourada: estava na sua melhor fase. Lá embaixo o novo atacante já se entrosava rápido com a equipe, principalmente com seus companheiros de artilharia Sirius e George Simon. O placar já estava aberto: quarenta a dez para a Grifinória, a torcida comemorava enlouquecida. James já se mostrava ansioso por ainda não ter tido qualquer sinal da pequena bolinha dourada, mas com sua visão aguçada, apesar dos óculos, ele a avistou sobrevoando as arquibancadas da Lufa-lufa. Deu um trano naquela direção, Diggory na sua cola. Estava perto, muito perto,quand uma cena curiosa distraiu a todos: Sirius acabara de marcar o seu primeiro gol na partida, mas não foi isso que os surpreendeu: de repente o menino dirigiu-se ao locutor e pegou o fone:


 


-Quero dedicar esse gol dos muitos que já fiz a uma pessoa realmente especial pra mim, que entrou na minha vida por acaso mas vai permanecer para sempre! Ana Carolina Pet Jones, amo você!


 


Ela não acreditou: metade da arquibancada olhava para ela, algumas invejosas, outras apontando. Ficou escarlate:


 


-Aí menina! –debcohou Líl ao seu lado rindo.


 


-Você realmente mexeu com esse doido! –completou Josie.


 


-Ele quis foi me deixar com vergonha! Ahh eu pego o Sirius...


 


-<i>Pega</i> mesmo!


 


-Mas tem que ser <i>a pegada!</i>


 


-É!<i>Com gosto!</i>


 


-Calem a boca!


 


Eles riram calorosamentem, e nem perceberam que algupem se aproveitava desse momento: com essa distração James aproveitou a deixa, acelerou e num movimento rápido pegou a bolinha, rolando no chão. A torcida explodiu, levantando-se. Grifinória tri campeã (anos seguidos) no torneio de quadribol. O tima todo caiu em cima dele, eufórico. Ana não pensou duas vezes, saiu em direção ao campo na massa de estudantes que levantava todos os jogadores, consagrando-os sem parar. Quando viu Sirius saltou em seus braços:


 


-Parabéns! Amei, foi lindo! Apesar de me deixar morrendo de vergonha...


 


-Não foi a intenção... Mas deu certo então?


 


Ela num impulso o beijou calorosamente. Já estava com saudades. Quando terminou Sirius a olhava surpreso:


 


-Isso responde a sua pergunta?


 


-Me faz sentir o cara mais feliz do mundo...


 


-Não despredice essa chance então...


 


-Nunca!


 


Novo beijo, abraços e risadas.


 


James pegou Líl no colo e girava enloquecido pelo campo, não poderia estar mais feliz:


 


-É o dia mais perfeito da minha vida! Ganhei pela terceira vez seguida a taça de quadribol e stou com a mulher que amo!


 


-Mesmo?


 


-Para sempre meu Lírio, minha ruiva, minha linda!


 


-James...


 


Eles beijaram-se amorosamente... O casal mais bonito e perfeito de Hogwarts? Não é de se duvidar...


 


A festa da vitória se estendeu até tarde na sala comunal.


 


<center>******</center>


 


-E a Bela se ferrou de novo!


 


-Cala essa boca! Eu tenho pena dessa Jones, mas ninguém mandou cruzar meu caminho... Pode escrever: ela é uma garota morta. Não sabe com quem mexeu.


 


-Você não faria isso!


 


-Não faria é? Você não faz nem idéia do que eu sou capaz cara hermana...


 


Ela subiu para o quarto deixando a irmão totalmente amedrontada na sala fria da Sonserina...

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