Duelo Interrompido
Capítulo 6: Duelo interrompido
Jhon retirou a espada e colocou-a no pescoço de Arthur dizendo sarcasticamente:
- O pobre coitado do Godric... Só não te mato hoje porque creio que o coitado do seu pai não suportaria mais uma morte em sua pobre família... – guardando a espada novamente disse com um certo desprezo – Além do mais não quero te derrotar com uma arma trouxa, vamos duelar de uma forma digna, no local e hora que você quiser...
- Desculpe, mas eu não preciso de magia para te derrotar Slytherin, mas já que insiste te encontro amanhã ao nascer do Sol na beira do lago... – falou seriamente com um olhar calculista e Helena por trás de si, como se ele a protegesse daquele homem de cabelos e olhos negros que os encaravam, depois acrescentou com uma nota sarcástica – Ou será que é muito cedo para o menininho Slytherin?
Ao ouvir aquele ‘menininho’ dito em um tom tão debochado e pejorativo Jhon teve vontade de matar o Arthur ali mesmo sem se importar com nenhuma outra pessoa, mas se conteve e apenas disse secamente:
- Como queira... – se virou sombriamente e montou o corcel novamente.
O barão que antes queria visitar os Gryffindor apenas para dar alguma espécie de falso consolo e também, principalmente, para ver Helena, mas agora ele já não tinha tanta certeza se queria vê-la seu ciúme doentio não deixava ele raciocinar direito, tudo no que ele pensava era no duelo ao nascer do dia.
***
No outro dia Helena se levantou antes do Sol nascer, não havia dormido bem, seu sonhos eram trágicos e em sua maioria tristes, ela estava preocupada, não queria ver seu noivo morto, mas também não queria uma guerra entre os grifinoros e os sonserinos.
“Que droga! Por que simplesmente o Jhon não aceita que eu não vou me casar com ele?” pensou com raiva acrescentando mentalmente a possibilidade de no final das contas não se casar com ninguém, ela conhecia a pontualidade do Jhon e a falta de pontualidade do Arthur, então saiu mais cedo que os garotos do quarto que Godric havia lhe indicado, tomou um apressado café da manhã, mesmo sendo madrugada, e torceu para que sua mãe estivesse dormindo, ou que estivesse tão ocupada que não se atentasse a “ler” os pensamentos da filha.
Ela saiu apressada e não querendo ser vista por ninguém usou de sua habilidade, a animagia, e pousou em uma árvore de copa vistosa para poder se esconder melhor, não era comum uma águia branca por aquelas proximidades, ficou então esperando o sol nascer sem fazer ruídos.
***
Jhon acordou na confortável mansão sonserina, não dormira muito, mas havia sido o suficiente, seu elfo particular trazia suas vestimentas dobradas com cuidado, uma espécie de casaco verde-escuro com diversas peças pretas, com o símbolo de sua família adornado por cima de seu coração – do lado esquerdo por cima do peito – por cima das roupas o elfo trazia uma bela espada feita de uma liga metálica prateada muito resistente com algumas esmeraldas cravadas em seu punho.
Vestiu-se distraído, ainda pensava no que havia visto na noite anterior, mas sua mente encontrava apenas uma solução.
“Matarei aquele amante de trouxas desgraçado!” pensou furioso “ E depois me casarei com Helena, custe o que custar...”
Armado apenas com uma espada saiu apressado em seu cavalo, chegou minutos antes do nascer do sol e ficou esperando o Arthur apoiado em sua espada.
***
Não demorou muito e o Jhon chegou, com a classe de um lord e se apoiou na espada a esperar o Arthur, enquanto Helena observava tudo com seus olhos de águia, por um momento pode jurar que Jhon a havia visto, mas ele sacudiu a cabeça e passou a caminhar de um lado para o outro impacientemente.
Por mais incrível que parecesse o Arthur não demorou tanto, e veio trajado em uma bela roupa vinho com detalhes em ouro envelhecido, sua espada era semelhante a de seu pai, prateada com rubis e alguns filigranas em ouro no punho, olhou para Jhon e com um sorriso sarcástico falou:
-Espero que saiba manejar essa espada Jonnie, porque não quero ser obrigado a dizer ao seu pai que você não soube nem ao menos se defender...
Jhon não esperou ele completar e atacou com toda a sua força, Arthur defendeu-se sem nem ao menos piscar, os dois eram bastante bons com a espada, passaram vários minutos, ou horas, Helena não sabia dizer ao certo, ela apenas pensava em evitar aquele duelo, mas as soluções escapavam de sua mente com uma enorme facilidade nesse momento.
- Seu filho de uma... – Berrou Jhon fumegando ódio quando Arthur fez um corte profundo em seu braço esquerdo.
- Não. Ouse. Falar. Da. Minha. Mãe! – respondeu no mesmo tom Arthur, pontuando cada palavra com um ataque, obtendo mais um corte na manga da blusa do barão.
Jhon tentou, mas o corpo atlético de Arthur lhe dava uma vantagem que era diminuída pela habilidade e técnica que o barão tinha, durante vários minutos os dois se mantiveram no mesmo nível, mas em um movimento tão rápido que pareceu imperceptível Jhon de repente estava no chão com a espada de Arthur em sua garganta, e um grifinoro furioso com a camisa outrora limpa e arrumada, agora rasgada e manchada de sangue nas mangas.
-Suas ultimas palavras, cobra nojenta – falou sem nem se dar ao trabalho de disfarçar o nojo e a raiva em sua voz...
-Arthur! Arthur o que está fazendo?! – ouviu-se então a familiar voz rouca de Godric a gritar com o filho.
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