Capítulo 7
Capítulo 7
Lily
Os meses foram passando, e eu me fazia de forte, mas só por fora, porque por dentro eu estava muito, muito chateada, e a solidão me consumia. Eu tinha minhas amigas, Tati e Laura, mas elas já eram unidas quando eu cheguei, e eu tinha a Marlene. Tinha não, tenho. Lene é minha melhor amiga, e eu sinto muito a falta dela, e de Sirius também. Sem falar DELE, Thiago Potter. Não posso negar que sem eles meus dias eram mais longos, minhas risadas mais curtas e raras. Apesar das cartas que eu recebia semanalmente da Lene com anexos do Sirius e os cumprimentos do Thiago, eu queria poder abraçá-los, escutar suas vozes, tocá-los e saber que eles estavam bem. Mas eu não podia. Ou não podia até pelo menos o Natal. Quanto à minha idéia, eu havia amadurecido a original e agora, no início da segunda quinzena de dezembro, eu estou decidida a colocá-la em prática. Como eu já citei, eu respondo todas as cartas da minha melhor amiga e acabou de chegar mais uma. Ela estava me colocando a par dos acontecimentos, como Sirius lhe dando flores, ela nas compras de Natal e Thiago, que andava com eles, sempre quieto, cabisbaixo, e não estava com uma menina a cada dia, pelo contrário, estava sem nenhuma desde que terminara com Marina. Outra resposta que ele me mandara era pra falar que admitia “estar um pouco enciumada por causa das suas novas amigas, Lil’s, afinal, nós somos melhores amigas. Ou não?”. Eu ri, e respondi que “sim, ainda somos e sempre seremos melhores amigas, Lene”. No entanto, eu não vou responder esta última carta, que está em minhas mãos. Faz tudo parte do meu plano para colocar minha idéia em prática. Admito que estou com certo frio na barriga por causa disso, mas também estava ansiosa.
Procurei Tati e Laura, estava precisando de ajuda com meu plano e com as compras de Natal. Encontrei-as na biblioteca e logo elas toparam. No sábado iríamos, ou seja, em dois dias. Percebi que já estava na hora de fazer a lista de quais presentes eu teria que comprar.
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Chegou o sábado e eu fui atrás de tudo, e, felizmente, consegui todos os presentes. Eu estava feliz e saltitante, afinal, é NATAL!
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Eu realmente não respondi a carta de Marlene, mas acabei me sentindo culpada. Na manhã de Natal, a culpa se dissipou. Recebi presente de todos. Até de Thiago. Foi com o peito doendo que peguei o romance que ele havia me dado. Não permiti que lágrimas caíssem. Sorri ao ver Tati gritando por causa de uma coletânea do Elvis Presley que eu havia dado, e a Laura, uma coleção de livros de romance policial. A Lene eu havia presenteado com um perfume, um sapato e alguns esmaltes (tudo muito Marlene). Para Sirius eu tinha dado um livro de brincadeira, mas o real presente foi um tênis de marca trouxa que ele havia gostado quando me visitou e fomos ao shopping. E para Thiago, o uniforme do seu time de Quadribol favorito, e achei que um pote de gel e um pente quebrariam o clima tenso entre nós, sacaneando seus cabelos desalinhados. Que eu amo.
Mas o real presente ainda não havia chego.
Sirius
É Natal! Vamos cantar “Jingle Bells”. Não. Não vamos. A única que cantava comigo era Lily.
Suspirei contrariado e descontente. Ela realmente fazia falta, principalmente para Lene. Ela agora andava infeliz, às vezes com os olhos vermelhos, e raramente sorria. Tudo piorou quando a resposta da Lil’s não veio. Marlene ficou arrasada. E eu também. Thiago fingiu que não, mas também ficou triste, pois a ruiva sempre mandava “oi”, “beijos” e essas coisas. Ele ficou cabisbaixo e magoado, mas não demonstrou isso.
Nós três fomos levando, os meses passaram, a frustração diminuiu um pouco, a saudade aumentou muito. Lene e Thiago quase não se falavam, andavam juntos por obrigação e por causa da minha ilustre pessoa. Eles não eram mais os mesmos. Lene só voltava a si quando tínhamos nosso tempo a sós. Thiago não saía mais com todas as garotas, já não queria mais azarar os sonserinos.
A primeira semana foi a pior, quando todos perguntavam “cadê a Lily?”, ou o Davis Matthews, que disse “cadê a ruivinha? Queria ver se ela queria ir ao povoado comigo”, o que deixou meu melhor amigo furioso, e com ciúmes, embora este último ele não admita. Cada vez que Marlene ouvia alguém perguntar ela ficava com os marejados.
Eu ficava triste por ambos, mas seguia sorrindo, para dar apoio aos dois, e assegurar que ainda era “amigo” de ambos, sem tomar partido.
Mais um motivo para sorrir: o Natal estava chegando! Presentes, comidas, TUDO O QUE EU AMO! Na manhã desta gloriosa data eu acordei eufórico. Abri meus presentes: uma camiseta personalizada de Thiago, um livro (eu mereço!) e um tênis da Lily e meu perfume preferido e uma bola de futebol (esporte trouxa que eu aprendi a amar) da Marlene. Ah! Eu amo o Natal. Estava refletindo sobre o quanto eu adoro a data quando ouvi minha namorada gritar. Levantei num pulo, com o coração na mão, desci correndo para o Salão Comunal, de onde tinha vindo o grito. Ofegante eu a vi, perto da lareira, com uma caixa rosa e laranja enorme de frente para ela. Cheguei perto e segurei sua mão, que tremia.
- O que foi?
Marlene
Eu aprendi a ter meu cotidiano sem Lily. Mentira. Eu ainda acordo de manhã e olho para a cama ao lado, esperando ver os cabelos ruivos espalhados pelo travesseiro. As cartas ajudam um pouco, por isso escrevo para ela toda semana, e recebo sua resposta poucos dias depois, sempre me contando o que está acontecendo, o que está sentindo e isso traz um pouco de alívio, pois eu a considero minha irmã. E sinto sua falta.
O que eu não entendo é o porquê de eu não ter recebido resposta da última carta, que foi mandada há 10 dias, e já é Natal. Sem a resposta eu fiquei mais melancólica, e isso magoa o Sirius, mas eu não vejo como evitar, afinal eu sinto a falta dela. E eu sei que já disse isso.
Nem receber os presentes me alegrou. De Sirius, um vestido e flores, de Thiago, uma bolsa e de Lily, sapatos, perfume e esmaltes. Nem saber que estava de folga por alguns dias, que eu ficaria namorando ajudou. Eu queria o costumeiro pulo que minha amiga dava todos os Natais, as cócegas, os sorrisos, mas tudo parecia impossível.
Foi nesse instante de melancolia que Luana abriu a porta, sorrindo.
- Feliz Natal, Marlene! Ganhou bastantes presentes? – Ela perguntou, e eu assenti. – Bom! Ei, tem uma caixa para você lá em baixo. Que inveja... Ela é enorme. – Ela disse.
Eu franzi o cenho, afinal todos os presentes já tinham chego. Agradeci a ela, colocando um roupão por cima da camisola, calcei os chinelos e desci para o Salão Comunal.
Quando desci o último degrau eu percebi a caixa. Era gigantesca, laranja e rosa, com um laço vermelho. Havia um pequeno cartão amarrado. Aproximei-me e li:
“Para: Marlene, Sirius e Thiago”
Foi quando, ao me afastar, que ouvi um espirro e um suspiro vindo de dentro da caixa, seguido de um xingamento.
Ofeguei. Eu seria capaz de reconhecer aquela voz em qualquer lugar. Eu fiquei imobilizada. Só o que consegui fazer foi gritar.
Sirius desceu correndo e eu ouvi alguns tropeços. De repente sinto uma mão na minha cintura e outra na minha mão.
- O que foi? – Ele perguntou. Eu apontei a caixa, tremendo.
Escuto mais alguns passos e vejo Thiago de canto de olho. Senti raiva instantaneamente. Sirius se aproximou da caixa, olhou a etiqueta e disse:
- Está escrito que é para nós três. De quem é? – Ele perguntou olhando ara mim e para o Potter. Acenei negativamente, assim como ele para dizer que não sabia de quem era. Eu menti. Eu sabia de quem era. E como sabia. – Vamos abrir?
Fiz que sim com a cabeça, e fui até a caixa e puxei seu laço. A caixa cedeu.
Thiago
Ao ouvir o grito de Lene, saí correndo atrás de Sirius. Perto das poltronas havia uma caixa imensa. Era endereçada a mi, Lene e Sirius.
Decidimos abrir Marlene se adiantou, puxando o laço vermelho. A caixa cedeu, revelando uma bela ruiva, de jeans escuros, camiseta roxa com detalhes pratas e All Stars brancos.
Ela tem nome e sobrenome: Lílian Evans
This time, This place
Misused, Mistakes
Too long, Too late
Who was I to make you wait
Just one chance
Just one breath
Just in case there's just one left
Cause you know,
you know, you know
(Esse tempo, esse lugar
Esses desperdícios, esses erros
Tanto tempo, Tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar?
Apenas mais uma chance
Apenas mais um suspiro
apenas um caso que foi deixado de lado
Porque você sabe,
Você sabe, você sabe)
Ela está magnífica, e seu sorriso me atinge diretamente. Ela dificilmente passaria despercebida. Ao menos para mim. Tudo girou, e por um instante eu só via uma pessoa na minha frente. Ela. Não sei o motivo. Nenhuma explicação parecia racional, ou talvez eu só não conseguisse pensar em uma.
That I love you
That I loved you all along
And I miss you
been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
and you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore
(Que eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive tão longe por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se
Eu não te ver mais)
Ao mesmo tempo em que meu coração bateu mais rápido, eu senti o ar sair dos meus pulmões. Um arrepio subiu e desceu pela minha espinha, senti um frio na barriga, minhas mãos suaram. Eu senti meu rosto arder e minha visão ficar levemente embaçada.
On my knees, I'll ask
Last chance for one last dance
Cause with you, I'd withstand
All of hell to hold your hand
I'd give it all
I'd give for us
Give anything but I won't give up
‘Cause you know,
you know, you know
(De joelhos, eu pedirei
uma Última chance para uma última dança
Porque com você, eu resistiria
A todo o inferno para segurar sua mão
Eu daria tudo
Eu daria tudo por nós
eu daria qualquer coisa, mas não desistirei
Porque você sabe
você sabe, você sabe)
De repente, tudo mudou de direção, e eu comecei a entender o sentido de algumas coisas, mas parecia irracional a conclusão.
Só me confundiu mais quando ela sorriu para nós três, abertamente. Ela parecia imensamente alegre. Sorri inevitavelmente.
That I love you
That I loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
and you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore
(Que eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive tão longe por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se
Eu não te ver mais)
Lene pulou nela, e elas se abraçaram, deixando cair à pequena mala que carregava. Eu pude sentir a intensidade do abraço. Admiro a amizade delas. Sirius só sorria. Eu estava paralisado.
- Lily! Oh meu Deus! Não acredito que seja você! – Dizia Marlene, chorando. Lily também tinha lágrimas nos olhos.
So far away
Been far away for far too long
So far away
Been far away for far too long
But you know, you know, you know
(Tão longe
Estive tão longe por muito tempo
Tão longe
Estive tão longe por muito tempo
Mas você sabe,você sabe,você sabe...)
Elas então se soltaram e a ruiva abraçou Sirius fortemente, e ele retribuía. Algo no meu peito me incomodou, mas nem assim eu fui capaz de me mover. Nem parecia a Lily que eu conhecia, ou aquela pessoa que me escreveu uma carta. Não. Muito pelo contrário, ela parecia estar ótima, agindo como se nada tivesse acontecido.
I wanted
I wanted you to stay
Cause I needed
I need to hear you say
That I love you
That I loved you all along
And I forgive you
For being away for far too long
So keep breathing
Cause I'm not leaving you anymore
Believe it Hold on to me and, never let me go
Keep breathing
Cause I'm not leaving you anymore
Believe it Hold on to me and, never let me go
Keep breathing Hold on to me and, never let me go
Keep breathing Hold on to me and, never let me go
(Eu quis
Eu quis que voce ficasse
Porque eu precisava
Porque eu preciso ouvir voce dizer:
Eu te amo
Eu sempre te amei
E eu perdôo você
Por ficar tao longe por tanto tempo
Então continue respirando
Por que eu nao estou te deixando mais
Acredite em mim, me abrace e nunca me deixe ir
Continue respirando
Por que eu não estou te deixando mais
Acredite em mim, /Segure-se em mim e nunca me solte
Continue respirando/Segure-se em mim e nunca me solte
Continue respirando/Segure-se em mim e nunca me solte)
Ela se soltou de Sirius e veio em minha direção, sorrindo. Meu coração disparou, minhas mãos formigaram. Ela me abraçou, e eu automaticamente, retribuí.
- Que saudades! – Ela disse, sem nenhum tipo de problema, nem corar, nem sua voz tremeu. NADA! Ela parecia ter superado. Rápido demais para o meu gosto.
- E-eu também. – Eu disse com a voz levemente trêmula. Ela me beijou no rosto e me soltou. Senti um vazio, quando ela se afastou. Grande o suficiente para tirar o sorriso do meu rosto.
-Meu Deus, Lílian Evans! – Disse sua melhor amiga, energicamente. – Você está linda! Veio passar o Natal conosco? – Tenho que concordar com a parte “linda”.
- Hum... – A ruiva respondeu, fazendo suspense. Até eu comecei a ficar nervoso com a resposta. – VOU!
Elas começaram a gritar e pular. E eu ainda estava paralisado. Elas subiram para o dormitório, e por lá ficaram até a hora do almoço. Durante o tempo em que estávamos só eu e Sirius, aproveitei para pensar, para colocar as idéias no lugar.
Por exemplo, eu não me lembrava de sentir meu coração mais rápido por causa dela. Eu não me lembrava de sentir nervosismo perto dela, de ter dificuldade de raciocinar ao olhar para ela. E agora, tudo isso acontecendo, e são coisas novas, e por incrível que pareça, eu estava assustado com isso. Então, depois de muito buscar razões desses sentimentos, eu acho que cheguei a uma conclusão: eu estava completamente apaixonado por Lily Evans.
Eu fiquei um pouco chocado por ter descoberto isso, e agora tudo fazia mais sentido. Com isso em mente, eu decidi que deveria lutar por ela, teria que fazer por merecer, afinal, ela valia a pena. Para começar, olhei para Sirius e indaguei:
- Sirius, você acha que posso estar apaixonado pela Lily? – Eu disse esperando um belo “não”, mas ele me olhou divertido e como se a resposta fosse óbvia.
- Só agora você percebeu? – Ele perguntou e eu assenti. – Mas você é mais idiota do que eu pensava! Faz um tempão que eu percebi. Está na cara que você gosta dela.
Depois disso ele voltou para seu livro (pasmem!) e eu só pensava em como eu poderia conquistá-la, de novo, pois eu já não sabia se ela ainda era apaixonada por mim.
Esperei à tarde para vê-la e falar com ela, mas Lily e Lene ficaram o dia todo no dormitório. Eu a vi, quando elas desciam para o jantar. Marlene usava um vestido vermelho, de alcinhas e sandálias pratas, mas Lily estava insuperável. Trajando um vestido verde, tomara-que-caia justo no busto e solto até o meio das coxas, combinando com o sapato preto fechado, ela parecia encantar todas as pessoas a sua volta. Inclusive eu. Seu sorriso me tirou o fôlego. Nós quatro descemos para o jantar natalino, conversando.
- E aí, gostaram do meu presente especial? – Ela perguntou com brilhos nos olhos verdes.
- Sim. – Sirius e Marlene responderam juntos. Eu, no entanto, olhei para ela profundamente e respondi:
- Eu amei. – Assim que eu concluí a frase nós chegamos ao Salão Principal.
Dumbldore nos recepcionou com um sorriso e perguntou se tinha feito boa viagem, no que ela respondeu que “sim, uma ótima viagem e uma maravilhosa chegada”, como éramos somente nós quatro, o diretor, mais dois professores e mais três alunos, sentamos todos numa só mesa. Durante a refeição, o joelho de Lily, que estava ao meu lado, ficou roçando no meu, o que me pegava desprevenido e me fazia corar, enquanto ela apenas sorriu todo o jantar. Eu não poderia agüentar por muito tempo, por isso tomei a decisão e sussurrei em seu ouvido:
- Quando terminar me encontre no corredor do terceiro andar. Preciso conversar com você.
Eu a vi concordar e sorrir. Desejei boa noite a todos e fui para o tal corredor. Depois de uns dez minutos (para mim uma eternidade) ela apareceu. Veio ao meu encontro.
- Queria conversar comigo, Thiago?- Ela perguntou. Eu fiz que sim e respirei fundo. Tenho certeza que estava vermelho.
No Air (Sem Ar)
Tell me how I'm supposed to breathe with no air (air)
Ooh..
If I should die before I wake
It's 'cause you took my breath away
Losing you is like living in a world with no air
Oh..
(Me diga como eu vou respirar sem ar (sem ar)
Oh...
Se eu morrer antes de acordar
Isso foi porque você tirou a minha respiração
Perder você é como viver em um mundo sem ar
Oh...)
I'm here alone
Didn't want to leave
My heart won't move, it's incomplete
Wish there was a way that I can make you understand
But how do you expect me
To live alone with just me
'Cause my world revolves around you
It's so hard for me to breathe
(Eu estou aqui sozinho
Não queria partir
Meu coração não se moverá, está incompleto
Queria que houvesse um jeito que eu pudesse fazer você entender
Mas como você espera que eu
Viva sozinha, logo eu
Porque meu mundo gira ao seu redor
É tão difícil para eu respirar)
- Lily, eu sei que fiz uma burrada e peço perdão por isso. Além disso, eu percebi uma coisa e eu queria que você me deixasse falar, somente escutasse. – Ela concordou. – Eu percebi que sinto sua falta, que tudo perdeu a graça desde que você foi embora, que eu nunca havia ficado sem ar por uma pessoa, a não ser você.
[CHORUS:]
Tell me how I'm supposed to breathe with no air
Can't live, can't breathe with no air
That's how I feel whenever you ain't there
It's no air, no air
Got me out here in the water, so deep
Tell me how you gon' be without me
If you ain't here, I just can't breathe
It's no air, no air
([REFRÃO]
Me diga como eu vou respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está lá
Não tem ar, sem ar
Pega aqui nesta água, tão profunda
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu não posso respirar
Não tem ar, sem ar...)
No air, air
Ohh..
No air, air
No..
No air, air
Oh..
No air, air
I walked, I ran
I jumped, I flew
Right off the ground to float to you
There's no gravity to hold me down
For real
(Sem ar, ar
Oh...
Sem ar, ar
Sem...
Sem ar, ar
Oh..
Sem ar, ar
Eu andei, eu corri
Eu pulei, eu voei
Direto do chão pra flutuar até você
Não há gravidade para me segurar
Sinceramente)
-Eu percebi que preciso de você, que eu penso em você o tempo todo, e que quando eu tento tirar você da cabeça parece que acaba entrando mais fundo. Não era pra ser assim. Eu quero estar com você a cada segundo, porque você me faz sorrir e tem o poder de me fazer chorar. Percebi que você significa demais para mim para que deixar você sair deste castelo sem saber o que eu sinto. Você é especialmente importante para mim, mais do que eu gostaria.
But somehow I'm still alive inside
You took my breath, but I survived
I don't know how
But I don't even care
So how do you expect me
To live alone with just me
'Cause my world revolves around you
It's so hard for me to breathe
(Mas de alguma maneira eu ainda estou viva por dentro
Você levou minha respiração, mas eu sobrevivi
Eu não sei como
Mas eu nem me importo
Mas como você espera que eu
Viva sozinha, apenas comigo mesma
Porque meu mundo gira em torno de você
É tão difícil para eu respirar)
[CHORUS:]
Tell me how I'm supposed to breathe with no air
Can't live, can't breathe with no air
That's how I feel whenever you ain't there
It's no air, no air
Got me out here in the water, so deep
Tell me how you gon' be without me
If you ain't here, I just can't breathe
It's no air, no air
No air, air
Ohh
No air, air
Ohh
No air, air
No, oh..
No air, air
No more
It's no air, no air
Ohh..
([REFRÃO]
Me diga como eu vou respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está lá
Não tem ar, sem ar
Pega aqui nesta água, tão profunda
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu não posso respirar
Não tem ar, sem ar...
Sem ar, ar
Oh...
Sem ar, ar
Oh..
Sem ar, ar
Oh não..
Sem ar, ar
Não mais...
É sem ar, sem ar...
Oh!)
-Você é diferente, por isso eu acabei... Apaixonando-me por você. Eu jamais poderia esperar que um dia uma garota me fizesse perder o sono, me fizesse perder o ar, me fizesse ficar paralisado só com um sorriso, mas esse dia chegou e essa garota é você.
[CHORUS:]
Tell me how I'm supposed to breathe with no air
Can't live, can't breathe with no air
That's how I feel whenever you ain't there
It's no air, no air
Got me out here in the water, so deep
Tell me how you gon' be without me
If you ain't here, I just can't breathe
It's no air, no air
No air, air
baby yeahh..
No air, air
ohh..
No air, air
It's so hard for me to breathe
hoooo...
([REFRÃO]
Me diga como eu vou respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está lá
Não tem ar, sem ar
Pega aqui nesta água, tão profunda
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu não posso respirar
Não tem ar, sem ar...
Sem ar, ar
Baby yeahh
Sem ar, ar
Oh...
Sem ar, ar
É tão difícil para eu respirar
Hoooo ...)
[CHORUS:]
Tell me how I'm supposed to breathe with no air
Can't live, can't breathe with no air
That's how I feel whenever you ain't there
It's no air, no air
Got me out here in the water, so deep
Tell me how you gon' be without me
If you ain't here, I just can't breathe
It's no air, no air
No air, air
Ohh..
No air, air
Ohh..
No air, air
No air, ohh
No air
([REFRÃO]
Me diga como eu vou respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está lá
Não tem ar, sem ar
Pega aqui nesta água, tão profunda
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu não posso respirar
Não tem ar, sem ar...
Sem ar, ar
Oh...
Sem ar, ar
Oh...
Sem ar, ar
Sem ar, oh..
Sem ar)
-É por tudo isso ser novo para mim que eu te imploro: dê-me uma chance. Uma chance para me redimir, para provar que eu posso ser o bastante para você. Por favor, me dê essa oportunidade. – Eu disse enérgica e rapidamente. Eu resumi um pouco as coisas, afinal o homem ainda não dispõe de palavras para descrever o que eu estava sentindo. Ou talvez tivesse sim palavras, mas eu jamais conseguiria me lembrar delas naquele momento. Neste momento, as poucas coisas que eu percebi foram que os olhos dela estavam marejados e que eu tremia e respirava com dificuldades.
- Thiago. Ai... – Ela piscou repetidamente. – Eu... Eu não sei. – Ela parecia confusa, e sua voz era levemente trêmula. – Já sei, já sei o que você vai me perguntar. – Ela disse quando eu fiz que ia abrir a boca. – Sim. Sim =, eu ainda gosto de você, mas eu realmente não sei o que fazer. – Algumas lágrimas rolaram. Eu me aproximei e as enxuguei, mantendo o contato visual. Abaixei meu rosto para ficar da altura do dela. Eu a vi fechar os olhos e sussurrar. – Eu te amo. – Ela venceu a distância e seus lábios roçaram nos meus. Então eu a beijei, com amor, como eu nunca tinha feito antes. Enlacei sua cintura e ela o meu pescoço. Aprofundamos o beijo e foi a melhor sensação da minha vida. Nos separamos e eu disse, ofegante:
- Eu te amo também. – Eu disse sorrindo de leve. Subimos para o dormitório. Ela disse que terminaria de arrumar suas coisas para partir. Senti um aperto. Dei um beijo rápido e a acompanhei com o olhar. Não evitei sorrir.
Lily
Rever todos foi uma das melhores sensações da minha vida, foi extasiante. Rever Sirius foi ótimo, rever Lene foi maravilhoso, mas rever Thiago foi... Mágico. Eu agi como se nada tivesse acontecido. Como se não houvesse carta, ou coração batendo mais rápido. Minha mente só processava o rosto chocado, a respiração arfante que eu fingi que ele não tinha. Depois de soltar seu abraço eu me senti despedaçada, novamente. Foi como tirarem minha metade. Se eu achava que estava pronta para revê-lo, eu estava muito enganada. Pelo menos passei à tarde com Marlene.
Foi perfeito. Fofocamos, rimos, conversamos. Falamos de tudo. Quando deu a hora, começamos a nos arrumar para o jantar. Fiquei surpresa ao notar que me arrumei pensando no que Thiago acharia. Acho que ele gostou, porque sorriu quando me viu descendo as escadas e deu algumas indiretas durante o jantar e depois pediu para me encontrar. Difícil saber o que me deixou mais constrangida: isso ou seu joelho roçando no meu. Este último me trazia espasmos por todo o corpo. Quando ele sussurrou no meu ouvido, eu fiquei arrepiada, mas sorri para ele.
As palavras bonitas só serviram para deixar mais sólida a minha decisão de desculpá-lo e recomeçar. Se ele realmente queria me reconquistar eu admito que ele conseguiria, pois a cada dia me sentia mais apaixonada. Suas palavras me encantaram, eu parei de pensar em outra coisa, esqueci do mundo, eu me perdi nos olhos castanhos emoldurados pelos aros redondos dos óculos. A expressão arrependida e desesperada dele me apertou o peito, e eu cedi à tentação de beijá-lo.
Ah... O beijo! Seus lábios eram macios contra os meus, sua respiração ofegante me deixava tonta, suas mãos passeavam pela minha cintura, às vezes apertando, outras subindo pelas minhas costas. Minhas mãos em seu pescoço faziam carinho em sua nuca. Ele me puxava para mais perto. Senti um imenso vazio quando nos separamos. Quando ele disse que também me amava, meu coração falhou duas batidas e disparou como nunca antes.
Voltamos em silêncio para o Salão Comunal, quando eu disse que tinha que arrumar as coisas, ele beijou-me rapidamente. Encontrei Lene no quarto. Ela viu minha expressão e em resposta a sua pergunta muda:
- Eu beijei o Thiago. – Eu disse em estado de choque. Ela sorriu. Muito. Conte-lhe os detalhes, o que ele me falou enquanto arrumava minhas malas. Quando terminei, conferi o relógio. Em pouco tempo a Chave de Portal me levaria de volta. Chamamos Sirius e descemos para o Salão.
Meu coração deu uma batida dolorosa quando vi Thiago Potter na poltrona com uma garota que eu acho que se chama Katherine em seu colo. Ela com as mãos no peito dele e ele segurando-a lateralmente, com uma mão em sua cintura e a outra em sua perna. Eu arfei e desviei os olhos, já embaçados. Talvez não fosse o que eu estava pensando. Não tirarei conclusões precipitadas. Quando me viu, ele ficou embaraçado, vermelho e puxou a garota para fora do retrato.
- Então... Tchau flor. Até mais. Eu vejo se consigo te visitar na Páscoa. – Eu disse, deixando as lágrimas escorrerem. Lene sorriu chorosa e me respondeu:
- Ok, Beijos amiga. Escreve para mim, viu? Até, e eu te amo. – E me mandou um beijo.
- Tchau Sirius. Eu te adoro ok? Veja bem, se cuide. Até logo. – Eu dei um beijo na bochecha de cada um.
- Tchau querida. – Ele respondeu. Eles subiram quando viram o quadro se mexer e revelar Thiago, todo descabelado, com os óculos tortos. Cachorro! Disse que me amava e já estava se agarrando com outra! Olha por quem eu fui me apaixonar... Eu já estava com duas lágrimas escorrendo, e ele veio até mim.
- Amor! Já está indo? – Ele disse com a voz triste. FALSO!
- Quem te deu permissão e intimidade para me chamar de “amor”? Droga! Como eu sou idiota... Só eu mesmo para acreditar nas suas palavras. Caí no seu papinho de novo, não é? Você disse que me amava, e eu, imbecil, acreditei, mas você mal terminou de me beijar e já está caçando outra boca. Eu achei que você tinha mudado! Acho que me iludi novamente! – Mais lágrimas escaparam dos meus olhos.
- Lily, ela... – Começou ele, tentando segurar meus braços. Eu o cortei e sacudi suas mãos para longe de mim.
- Não quero saber dela! Nem de você! Não mais. Ainda bem que eu vi o que aconteceu antes de ir embora, achando tudo perfeito. Parabéns, Potter. Você conseguiu o que queria: já me tem na sua listinha ridícula. – Eu disse pegando minha Chave de Portal, um tubo de ensaio, e este começou a brilhar. – Mas quer saber, Potter? Você até que não beija mal.
- Lily, não fala assim! – Ele disse de cabeça baixa. Ainda fica fingindo.
- É Evans para você! Ou melhor, não precisa mais falar comigo. NUNCA MAIS! – Eu gritei.
- Ela é... – Ele começou, mas então a Chave me transportou direto para o meu quarto. Laura e Tati estavam lá. Consegui contar tudo para elas, em meio às lágrimas. Como ele teve coragem? Ele... Ele me beijou e eu achei que tinha mudado, que a gente podia tentar dar certo junto. Mas eu me enganei. De novo. Fico até com raiva de mim mesma, por ter sido tão... Estúpida.
Logo as meninas saíram para o jantar e eu fiquei. Estava sem fome e sem forças. Toda vez que me lembrava do beijo (suspiro) meus olhos enchiam. Minha vontade era ter dado um soco nele, um chute bem no... Esquece. Toda vez que me lembrava da menina no colo dele eu tinha vontade de dar um tapa na cara do infeliz, ou melhor, quebrar aquele cafajeste no meio. AI QUE ÓDIO! E o pior é que eu tinha verdadeiramente acreditado que ele gostava de mim, que, por mais que estivéssemos longe, talvez ele me pedisse em namoro. Eu fantasiei! Eu fantasiei minha vida ao lado dele, mas como sempre eu me ferrei, me iludi, porque ELE ESTAVA SE AGARRANDO COM OUTRA! Ele disse que me amava...
Nessa hora a dor e o choro vieram fortes, em dobro, como um castigo por ser tão burra. Abafei os soluços no travesseiro, e mais que nunca eu queria a Lene aqui comigo, ela saberia exatamente o que me dizer. E o Sirius saberia dizer coisas para me fazer rir.
Pouco tempo depois, Tati e Laura chegaram com o semblante preocupado.
- Er... Lil’s, a diretora deu um comunicado hoje. – Começou Laura, hesitante. – Bom, vai ter um campeonato de Quadribol entre escolas, e vai acontecer em... Hogwarts. – Ela terminou e o meu queixo cauí. Hogwarts? Justo agora?
- Começa em uma semana e a gente TEM que ir. – Finalizou Tati.
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