Capítulo 2

 Eu e Meu Melhor Amigo
Capítulo 2.
 

Bem, pode-se dizer que o caminho até o salão principal foi um tanto quanto silencio. Acho que isso é um eufemismo a real situação. Merlin, os minutos que levávamos até nosso destino final, foram o mais compridos de minha vida e silenciosos. Podia-se até escutar o barulho de nossas respirações e pisadas, geravam até ecos.

 

Por vezes nossas mãos se tocavam e máximo que escutamos do outro era um baixo “desculpe”.  Esse, com certeza, é o momento mais constrangedor que já me aconteceu.  Harry e eu somos melhores amigos desde o nosso primeiro ano aqui, não acho que uma coisa como um beijo (se aquilo pode ser chamado de beijo) poderá acabar com uma amizade tão bonita.

 

“Isso mesmo, Hermione. Dê tempo ao tempo e logo vocês irão agir como antigamente. Afinal, ele pedira desculpas pelo beijo.”

 

- Sabe, - o som da voz do moreno assustou-me. – nós, realmente, precisamos conversar. – ele parou de andar e virei-me para olhá-lo.

 

- Tudo bem. – aproximei-me dele.

 

- Você não quer saber o porquê de ter, bem... De ter te beijado? – levantou uma das sobrancelhas.

 

- Sei ver o que acontece ao meu redor. – sorri amarelo. – Aquelas meninas estão te perseguindo. – dei de ombros. - E a maneira que encontrou para livrar-se delas de uma vez foi beijar.

 

- Não esta com raiva?

 

- Não, você me pediu desculpas antes de fazê-lo. – segurei uma das mãos de Harry. – E eu te perdôo. – ele suspirou aliviado.

 

- Pensei que tudo ia mudar entre nós.

 

- Que nada! Precisa de muito mais que um selinho para mudar a nossa amizade.  – sorriu junto com ele. – Acho que teria que ter a intensidade de um terremoto.

 

- Então ainda somos amigos? – olhou-me com um olhar duvidoso.

 

- Não. – Harry ficou confuso. – Melhores amigos. – o abracei e ele retribuiu.

 

Mesmo com o assunto resolvido ainda ficamos calados grande parte do caminho. Às vezes meus pensamentos voavam a cena de minutos atrás. Não sei por que, mas toda vez que me lembrava daquele “beijo” minha barriga agi de maneira muito estranha.

 

Ainda em silencio começamos a ouvir o barulho de conversas e risos vindo do salão principal. A esta altura Gina, Luna e Rony já deveriam estar nos esperando. Não percebi, mas já eram oito e meia. Como andamos devagar!

 

Mas como não tenho sorte em minha vida, o que encontro a porta do salão? As fans neuróticas de Harry. Sinceramente, se elas acham que irão conseguir algo do Potter aqui o perseguindo estão redondamente enganadas.

 

Harry é o tipo de garoto que não acha nem um pouco atrativo muita maquiagem, cabelos loiros e essas coisas. Algo que realmente admiro nele, ele está em busca do interior. A garota pode ser a mais bela de Hogwarts, mas se vazia por dentro não é do tipo dele.

 

O que realmente me surpreendeu com o seu namoro com Cho. Bem, não sei se era só ciúmes de amiga, mas não achava que Cho tivesse algo dentro dela além dos órgãos. Ginny e Luna me apoiavam neste assunto, mas nada falamos na frente de Harry para não atrapalhar em nada. E quem acabou atrapalhando tudo foi a própria Cho.

 

Antes que conseguíssemos entrar área de visão das garotas, chamei a atenção de Harry. Ele olhou para mim confuso e só indiquei com minha cabeça para onde olhar.

 

- Não acredito nelas. – falou cansado.

 

- Você não acha que elas contaram para alguém sobre nós? – mordi meus lábios em sinal de nervosismo.

 

- Não, quanto menos pessoa ficarem sabendo melhor para elas. – sorriu seco. – Aposto que estão à porta só para nós atormentar.

 

- O que faremos? Entraremos separados?

 

- Não. – falou pensativo, olhou ao redor. – Vamos pegar carona com o time de quadribol da lufa-lufa.

 

Entramos no grupo, o que foi um pouco difícil. Dentro do grupo, Harry e eu abaixamos as cabeças e adentramos ao salão. Próximos a nossa mesa nós separamos do time. Agradecemos, mas não creio que tenham escutado. Estavam muito entretidos na conversa. Finalmente nos sentamos defronte a Ginny, Rony e Luna.

 

- Porque demoraram tanto? – não sei como, mas consigo entender o que Rony fala quando esta de boca cheia.

 

- Biblioteca. – Harry respondeu.

 

- Você? Harry Potter na biblioteca em pleno sábado à noite? – Ginny nos olhou intrigada.

 

- Não, eu estava na biblioteca e Harry me ajudou a guardar os livros.

 

- Agora sim acreditamos. – Luna falou.

 

- Não quanto a vocês, mas estou morta de fome. – comecei a encher meu prato de comida, Harry fez o mesmo. – Se me dão licença. – coloquei a primeira garfada em minha boca.

 

Enquanto comiamos, conversas curtas apareciam. Minha normalmente com Gina e Luna; Rony com Harry, provavelmente quadribol. E poucas vezes todos participavam da mesma conversa.

 

- Faremos algo mais tarde? – perguntei.

 

- Tenho meus planos. – Rony falou beijando o ombro de Luna.

 

- Idem. – Gina falou bem indiferente, mas já sabia quais eram os planos da ruiva.

 

- Pretendo fazer nada. – o moreno deu de ombros.

 

- Tudo bem. – falei derrotada.

 

Continuamos a comer até sermos interrompidos por o tintilar de copos vindos da mesa dos professores. Vir-me-ei para ver o porquê e vi que quem estava requisitando a atenção dos alunos era ninguém menos que Dumbledor, nossa não tinha notado que ele estava presente.

 

Esperou todas as conversas terminarem para começar a falar. Saiu do seu lugar e foi para frente da mesa.

 

- Boa noite. – falou e todos responderam. – Como já devem saber, este ano iremos comemorar o nosso Baile de Natal. – alguns gritos de alegria foram ouvidos. – Baile este que é comemorado uma semana antes do Natal, para que nenhum de vocês o percam. Mas teremos uma pequena mudança este ano. – conversas paralelas começaram a surgir. – Os alunos do último ano irão abrir a noite com a primeira dança.

 

O suco que estava bebendo parou de descer, engasguei-me. Prometi a mim mesma que nunca mais iria dançar na frente de todos. Aquela vez no Baile de Inverno valera para uma vida inteira. E pelas caras dos outros alunos do sétimo ano, pode-se dizer que ninguém estava muito satisfeito com a notícia.

 

- Mas antes que resolvam não aparecer, tenho outra noticia para lhes dizer. Todos os alunos do sétimo ano terão aulas de dança, para ninguém se sentir prejudicado. Faltas nesta aula irão lhes custar pontos. – burburios de indignação. – E convidem logo suas parceiras rapazes, pois as aulas começaram nesta segunda. – terminando de falar voltou para seu assento.

 

A conversa aos poucos fora aumentando. Ainda estava digerindo o que Dumbledor havia falado. Nunca pensei que teria que passar pelo mesmo nervosismo que passei no meu quarto ano. Merlin, você realmente gosta de brincar comigo, não?

 

- Ainda bem que não sou do ultimo ano. – Ginny falou com um ar bastante aliviado. – Sinto pena de você, Luna.

 

- Por quê? – pobre e ingênua Luna.

 

- Rony não é bem um pé-de-valsa.

 

- Teremos aulas exatamente para isso, Ginny. – falei.

 

- Pra você é fácil. – Rony falou. – Você já teve que dançar no Baile de Inverno e Harry também.

 

- Vamos com calma, aquele Baile foi bem traumatizante. – Harry falou.

 

- Posso saber o por quê? – Ginny perguntou, pode notar algo em seu tom.

 

- Além de não saber dançar? Bem, pode-se dizer que meu par não era o ideal.

 

- Nem o meu. – Rony falou suspirando.

 

- Pelo menos desta vez irão com pessoas que vocês gostam. – a ruiva fez pouco caso.

 

- Você que acha.

 

- Vem, me dizer que você não gosta do Harry, Mione? – fiquei completamente vermelha.

 

- Cla-claro que gosto, ele é meu melhor amigo!  

 

 - Então! Não reclamem de boca cheia.

 

Ficamos mais alguns minutos conversando sobre o baile, outras pessoa faziam o mesmo. Algumas garotas já estavam pensando com qual vestido irão e alguns garotos já sairão para caçar. Mas paramos de conversar quando vimos quem estava se aproximando, Cho Chang.

 

- Olá. – acho que falou para nós, mas não tirou os olhos de Harry.

 

- Oi. – somente Harry respondeu.

 

- Será que podemos conversar? – que japinha mais cara-de-pau.

 

- Tudo bem. – Harry se levantou e saiu di salão acompanhado da Chang.

 

- Que sínica! – Ginny soltou.

 

- Nem me diga. – concordei.

 

- Como ela teve a coragem? – agora fora a vez de Rony.

 

- Ela só pode ter uma cara-de-pau muito dura. – Luna falou em um tom tão serio que não tinha como não rimos.

 

- O que será que ela quer? – perguntei.

 

- Talvez reatar o namoro? – Rony deu pouco caso.

 

- Não, Harry deixou bem claro que nunca maias voltariam. – Ginny respondeu.

 

- Teremos que esperar para descobrirmos. – falei e paramos de falar e ficamos esperando.

 

Passados alguns minutos vimos uma cena que ninguém acreditaria. Harry Potter estava entrando rindo, enquanto Cho Chang entrava com uma cara nem um pouco feliz. Pelas feições de ambos, Harry final explicou para Chang o que estava acontecendo.

 

Ainda sorrindo voltou para seu lugar. Nós ficamos em silencio, esperando-o se calar. Cinco minutos se passaram e a intensidade das risadas diminuiu. Quando Harry finalmente se calou, todos ficamos nos olhando para saber quem seria que iria perguntar como foi a conversa e pela enorme quantidade de vezes que minha perna fora chutada posso achar que sou quem ira fazê-lo.

 

- Bem, como foi a conversa? – todos os encaramos.

 

- Aparentemente eu a Mione temos um caso. – sorriu. – E que traia a Cho com você, Herms.

 

- Mas isso todo mundo já pensa. – Ginny como sempre não pensa antes de falar.

 

- E a conversa foi só isso? – Rony perguntou.

 

- Não, a conversa começou quando ela me pediu para acompanhá-la ao Baile. – deu de ombros. – Mas como já estou comprometido com a Mione e nem morto que iria ao Baile com ela.

 

- Ela começou a dar piti e disse o que disse? – Luna às vezes me surpreende.

 

- Exatamente. – virou-se para mim. – Ainda abem que sabe se defender e que tem um parceiro que sabe dançar valsa.

 

- Só não concordo com uma coisa. – mais uma vez a ruiva ataca. – Você não sabe dançar Harry, quem sabe é a Mione.

 

- Quem disse que não sei?- perguntou incrédulo.

 

- Toda Hogwarts? – dessa vez fora Ron.

 

- Harry admita, você não sabe dançar.  – coloquei minha mão em seu ombro como sinal de consolo. – Mas posso te ensinar. Como sempre faço quando não sabe algo. – sorri e ele me retribuiu.

 

- Vocês estão certos. – falo finalmente. – E se eu fosse você Luna, colocaria travesseiros nos pés quando fosse dançar com Ron. – as orelhas do ruivo ficaram da cor de seus cabelos.

 

-Potter... Você não sabe com quem esta brincando.

 

- Calma, amor. – Luna pegou em sua mão. – Também posso lhe ensinar alguns passos. – beijou sua face fazendo o outro se acalmar.

 

- A conversa aqui está, realmente, ótima aqui. Mas tenho outras coisas a fazer. – falado isso a ruiva se levantou sem nem ao menos dar “boa noite”.

 

- Estava só esperando alguém ir embora para irmos também. – Rony levantou-se e a Luna o acompanhou. – Tchau pra vocês! – e saíram.

 

- Tem algo melhor para fazer? – Harry me perguntou.

 

- Não.

 

- Quer ir pro salão comunal e ficar falando sobre nada?

 

- Meu plano ideal. – sorriu e nos levantamos.

 

Levantamos-nos e saímos em direção ao Salão Comunal da Grifinoria. Era um caminho curto, mas a quantidade de garotas que nos paravam para perguntar se Harry já tinha um par, fez com que o percurso se tornar bem mais lento. O mais engraçado quando Harry respondia que sim, já tinha um par, era a cara das garotas quando descobriam que era eu. Umas até que agiam normalmente, mas outras... Respondiam com a frase que mais tenho escutado nesses últimos messes. : “Sabia que vocês iam juntos; mantêm um caso secreto.”

 

Como já escutei tantas vezes esta frase, nem me dou mais ao trabalho de me estressar.Se eu sei que Harry e eu não matemos um caso as escondidas, pouco me importa o que as pessoas acham sobre isso. Tudo bem, que na grande maioria me importo sobre o que as pessoas acham de mim. Mas se tratando deste assunto, não me importo.

 

Depois de longos minutos, finalmente chegamos ao salão comunal. A quantidade de alunos era pequena. Acho que a grande maioria das garotas deveria estar em seus dormitórios já imaginado com quem e com qual vestido irão ao Baile.

 

Melhor para nós, foi o que Harry disse. Também achei. Assim não teríamos que controlar nossas risadas.  Logo nos sentamos em nosso lugar predileto, enfrente a lareira. Harry deitou-se no sofá e eu sentei com minhas pernas sob a poltrona.

 

- Então sobre o que quer conversar? – perguntei.

 

- Tenho a mínima idéia.

 

- Por favor, não vamos falar sobre quadribol!

 

- Não sei por que não gosta de falar sobre quadribol.

 

- Não vejo nada atrativo ver pessoas voando atrás de bolas! – acho que atingi o ponto fraco de Harry.

 

- Como assim? – levantou-se. – Essa é a parte mais empolgante!

 

- Não,  vai me obrigar a entrar em detalhes sobre isso. – sorri. – Falei que não íamos falar sobre quadribol e não iremos!

 

- Tudo bem, mas também não iremos falar sobre aulas e provas. – voltou a se deitar.

 

- Mas não existe algo mais prazeroso que estudar!

 

- Não, vou cair na sua lábia. Vamos, outro assunto.

 

- Que tal falarmos da quantidade exorbitante de garotas que já te perguntaram se você queria ser o par delas?

 

- Não acho que devemos gastar nossa saliva com esse assunto. – fechou os olhos.

 

Ficamos alguns minutos em silencio, depois voltamos a falar sobre qualquer coisa. Doces, comida, jogos... Nada muito longo. Aos poucos nossas respostas iam diminuindo, até o ponto em que Harry parara de responder. Eu nem tinha me tocado, mas não tinha mais ninguém no salão além de nós e que ele havia dormindo. Sorri quando vi quanto ele podia ser bonito dormindo. Não que Harry não fosse bonito, ele evoluíra muito desde seu primeiro ano.

 

Não culpo que as garotas em Hogwarts o quisessem como par. Harry além de bem aparentado, tem um enorme coração. Às vezes quando uma garota completamente fútil vinha perguntar se Harry já tinha um par para Baile, ficava feliz quando via sua expressão. Elas não mereciam que Harry as acompanhasse ao Baile.

 

Ainda olhando para ele levei um susto quando ele falou.

 

- Mione, vai ficar me olhando para sempre? – falou ainda de olhos fechados.

 

- Estou velando pelo seu sono.

 

- Mesmo assim. – abriu os olhos e se sentou. – Sobre o que pensava?

 

- Sobre o Baile de Natal.

 

- Mais exatamente?

 

- Sobre as suas possível-ex-acompanhantes. – pela cara que fez acho que não deve ter entendido muito bem. – Estava pensando que ainda bem que você não vai com aquelas meninas fúteis.

 

- E com quem deveria ir se não fosse com você? – aproximou-se.

 

- Bem, precisaria de uma lista. Você merece uma garota que seja tão boa quanto você. – sorri um pouco acanhada.

 

- Idem pra você. – sorriu.

 

Alguns minutos em silencio...

 

- Sabe de uma coisa. – Harry falou chamando minha atenção. – Não acho que você seja uma grande dançarina. – fiquei incrédula com que ele acabara de falar.

 

- Como ousa? – levantei-me.

 

- Bem, Victor Krum eu tenho certeza que sabe dançar. Mas você, Mione? Acho que só foi guiada. – colocou a mão atrás da cabeça apoiando-a.

 

- Pois fique sabendo que se não fosse por mim, Victor teria atropelado as todos nos Salão. – o cutuquei no peito.

 

- Ainda assim não acredito. – sorriu maroto vendo minha expressão de fúria.

 

- Muito bem então. – ergui minha mão a ele. – Irei lhe mostrar que sei dançar.

 

Sem me responder, Harry se levantou se aceitou meu convite. Ficamos e de frente para o outro, nos encarando. Só tinhas as mãos entrelaçadas, nada mais. Apoiei minha mão no ombro direito de Harry e ele na minha cintura. Quando o moreno me tocou pela cintura ,aquela sensação que minhas pernas eram duas gelatinas e que os diabretes tinham sido soltos em minha barriga, voltaram. Além da sensação que poderia cair a qualquer momento, percebi como estávamos próximos um do outro.

 

Minhas bochechas começaram a arder quando tomei nota disso, mas me forcei a não dar importância a isto. Começamos a dançar. Eram os passos da valsa clássica, sem grandes rodopios nem nada.

 

Valsamos pelo Salão Comunal, já tinha afastado aquelas sensações e finalmente me senti confortável de novo.  Aos poucos fomos diminuindo o ritmo, até eu só ficamos mexendo nos corpos de um lado para o outro lentamente. Apoiei minha cabeça no ombro de Harry.

 

- Tenho que admitir, você sabe dançar. – falou depois de um tempo.

 

- Nunca mais duvide da minha capacidade.

 

- Nunca mais. – voltamos ao silencio.

Após alguns minutos as sensações que antes tinha afastado, voltaram. Mas duas novas companheiras: meu corpo começou a tremer e a ficar gelado. Por Merlin, não sei o que esta acontecendo comigo.

 

- Mi, tem alguma coisa errada? – falou Harry me fazendo levantar minha cabeça.

 

- Tu-tudo bem. – sorri fraco. – Por quê?

 

- Você ´tá fria e tremendo. – sorriu soltando suas mãos do meu corpo e me encarou.

 

- Deve ser o tempo. – falei ainda sem graça.

 

- Se você acha. – voltou para o sofá. – Sabe fico feliz de você ser minha acompanhante pro Baile.

 

- Por quê? – perguntei tomando meu antigo lugar.

 

- Não vamos precisar passar por todo aquele constrangimento de encontro.

 

- Com certeza. – falei com as minhas bochechas ainda queimando.

 

- Além do que vai ser engraçado ver a cara dos garotos quando perceberem que perderam a melhor companhia para Baile. – piscou sorrindo para mim.

 

- Muito obrigada. Mas não precisa mentir para me agradar, Harry.

 

- E quem disse que estou mentindo? – pegou uma de minhas mãos e a envolvei com as suas. – Mione, você pode até não notar. Mas a quantidade de caras que quase quebra o pescoço olhando para você só tem aumentado.

 

- Aposto que deve ser por algo que tenho em minha capa ou algo assim. – falei sem jeito.

 

- Porque é tão difícil para você entender que você é atraente, Srta. Granger? – falou brincalhão.

 

- Os anos anteriores têm a resposta. – sorri.

 

-Pode-se dizer que o mesmo vale para mim. – retribui-me o sorriso. – Mas só peço que você se desse ao direito de se achar atraente, porque eu a acho. – quando Harry terminou de falar soltou minhas mãos e se levantou. – Bem, boa noite acompanhante. – deu-me um beijo na bochecha e subiu as escadas para o dormitório masculino.

 

Fiquei em choque com ele me disse. Harry me acha atraente, essa frase repetiu milhões de vezes em minha cabeça. Ainda não tinha recuperado a força em minhas pernas e nem controle sobre meu corpo. O local onde ele havia me beijado estava queimando e minha mão ,que momentos atrás fora segurados pelas mãos de Harry, também. Coloquei minha mão no local do beijo e depois subi para meu dormitório para, pelo menos, tentar dormir.

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N/A: Oie!
Depois de anos voltei ;D
Se alguém tiver lido o que postei nos coments vai sabe o porque de tanta demora...
Enfim...
Como eu perdi a fic (sim, não recuperei meus arquivos) tive que reescrever o cap.2... E em pouco tempo... Tipo em uma semana.
Acho que o cap poderia estar mais incrementado, mas já demorei de mais!
Então, tá ai ;D Sem revisão!
Falem o que acharam do cap!
COMENTEM! 

P.S: O próximo cap vai demorar uu"
Tenho um monte simulados e tenho que reescreve-lo...
Mas postarei o mais breve possivel! 

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