Emergência
Capítulo 6 – Emergência
Amanheceu e Gina já estava esperando por Henry, ele já havia levado as coisas de Gina de noite. Resolveram ir por chave do portal.
- Vamos, Virgínia? Disse Henry, sorrindo para Gina.
- Vamos sim, já estou pronta só falta terminar de fechar meu calçado.
A chave do portal era uma chaleira, Gina e Henry foram parar num enorme quintal, era uma mansão linda. O quintal muito bem cuidado. Henry acenou para Gina o seguir, a garota seguiu em silêncio.
Chegaram a enorme porta de entrada, Henry bateu a porta e após alguns segundos um elfo abriu a porta.
- Senhor Wotton, entre, o meu senhor estava mesmo te esperando. Ele não está nada bem, esta com muitas dores. Assim o elfo cambaleou para trás e abriu a porta, estreitando os olhos para a menina ruiva.
Ao ouvir isso Henry se apressou e pediu urgência a Gina, ela teria que começar a trabalhar antes que imaginava, os dois correram escadas a cima até chegarem em em corredor, Gina seguiu Henry até um quarto.
Se deparou com um jovem loiro de olhos fechados, ao lado da cama havia um vidro vazio de alguma poção que provavelmente não havia surtido efeito. Henry ficou ao lado do loiro enquanto Gina cheirava o pote vazio tentando adivinhar o conteúdo da poção, para que fizesse uma melhor.
Henry estava pálido de medo, arregaçou a blusa comprida do loiro e Gina não deixou de dar um pequeno gemido ao ver a marca negra. Mas esta estava um pouco diferente, parecia que estava em cor de sangue, fumegando, tinha um brilho vermelho que dava a impressão de marca de fogo.
Henry pediu para Gina o acompanhar, murmurando algo para o rapaz e saíra apressadamente do quarto, Gina o seguiu. Chegaram em um saleta no mesmo corredor com diversas poções já prontas. Havia também alguns produtos e um caldeirão. Gina não tinha ideia do que fazer, não sabia o mau que acometia o jovem, que poção preparar?
Foi então que Henry lhe disse que ele era um ex-comensal que havia traído o Lord das trevas, assim como seu pai e uma maldição havia sido lançada junto com a marca negra, que ao ser feita tinha todo um juramento das trevas de lealdade.
Henry continuou a contar uma história que Gina não estava mais escutando, estava pensando na poção e tinha que ser feita rapidamente. Olhou para o armário de poções e juntou duas delas em proporções diferentes, um pouco de poção Vesi helpotus, que seria para o alívio da dor do fogo que o jovem provavelmente estava sentindo com uma quebra de maldiçoes negras. Misturou os ingredientes e adicionou um pouco de sulco de raízes blomst para sensação de alívio.
Henry ficou assutado com a rapidez de Gina e correu ao quarto do jovem loiro para oferecer a poção. Ele ainda se contorcia na cama, Henry arrumou uma maneira de dar a poção, quando o jovem estava tomando, ele parou de se contorcer, então Gina viu seu rosto.
Com a expressão assustada fez um esforço para pensar quem seria o loiro, era o mesmo do velório de Snape, era ele mesmo, será que era quem ela acreditava? Tudo estava se encaixando, só poderia ser o Malfoy, depois de tudo que Henry lhe contou começou a fazer sentido. Ela sentiu uma coisa estranha, não podia ser, estava trabalhando para o Malfoy? Ele sabia disso?
O loiro parou de sentir dores, ficou olhando para o teto com uma expressão de desconforto, Gina saiu do quarto. Henry ficou conversando com ele e falou que já encontraria Gina para melhores instruções e a agradeceu.
Gina saiu em silêncio, estava pensando em milhões de coisas, não queria acreditar que aquilo era verdade, não podia ser..mas ela sabia que era. Não tinha como não ser ele.
Por alguns longos minutos Gina se manteve do lado de fora, sentada no chão. Henry saiu e fez sinal para que ela o seguisse. Ele estava caminhando para fora da mansão. E Gina disse:
- Por que Henry, por que fez isso comigo? Poque não me disse que era um Malfoy? Não estou acreditando, ele sabe? Por Merlim!! Gina estava com uma aparência transtornada,
- Acalme-se jovem, sempre soube que ajudaria uma pessoa com um mal incurável, mas sei também que não aceitaria trabalhar para Draco, sei que escondi da senhorita, mas, Draco faz questão de manter segredo sobre sua afecção, então juntei os dois fatos. Virgínia, sei que pode fazer seu trabalho em paz, não vão passar muito tempo juntos.
Draco soube hoje de manhã, não vou mentir, ele não queria que fosse uma Weasley, mas depois de tentarmos sem sucesso encontrar outra pessoa desde a morte de Severo, hoje concordou em deixa-la trabalhar, ainda mais depois doa falha da poção feita por um 'mestre' que passou a noite aqui. Draco não acreditou que você teria sucesso.
Realmente foi surpreendente o que você fez em poucos minutos que nem mesmo alguns mestres de poções conseguiram fazer em uma noite.
Eu sinceramente já sabia que você teria muito sucesso, mas depois de agora, tenho certeza que você é a única que pode estar no lugar de Severo.
Henry Wotton falou tanto e Gina manteve-se quieta, queria ir embora dali, mas não teve reação, mais uma vez seguiu para onde Wotton estava a guiando.
A visão do jardim manteve Gina ocupada, não tinha visto algo assim. Haviam rosas, lírios e até mesmo um lindo lago.
Henry a tirou dos pensamento quando falou:
- Olhe, querida Virgínia, seu chalé.
Gina se virou par olhar. Assim como em frente, ao lado da mansão também havia um jardim, este muito mais bonito – rosas brancas eram definitivamente as preferidas de Gina. Com sua cor clara, refletiam a luz do sol, ficando iluminadas, com um leve brilho.
Um caminho de pedras saía da lateral da mansão levando para um chalé aconchegante, que tinha o tamanho de uma casa pequena.
Henry estava a guiando com perspectivas alegres que transpareciam em seu rosto, mesmo mantendo o silêncio. Quando finalmente chegou em frente do chalé, movimentou a mão em sinal para a garota prosseguir.
- Querida Virgínia, este pode ser considerado seu chalé. Creio que passarás grande parte de seu tempo aqui. Espero que o considere confortável. Os ingredientes que a senhorita me recomendou já estão ai. Embora o chalé tenha todos os cômodos de uma casa, seu quarto é dentro da mansão, onde os cômodos são de maior conforto.
Vamos entrar, quero mostrar-lhe. Gina concordou com um sorriso tímido e entrou com Henry. Ao entrar Gina se surpreendeu. Era um chalé digno dos sonhos de qualquer pessoa. Era de uma decoração escura e perfeita, decoração clássica, assim como a mansão em si, como Gina pôde perceber. A sala tinha grossas cortinas vinho que tampavam totalmente o sol do lado de fora, havia uma lareira também.
Henry foi mostrando o chalé inteiro,em baixo havia a sala, a cozinha era em tamanho pequeno, com uma mesa também pequena, e o laboratório enorme de poções, era magnífico, os olhos de Gina brilharam ao vê-lo. Era muito melhor do que o que tinha na mansão, havia um enorme armário com todos os tipos de ingredientes e este laboratório se estendia até a parte de cima do chalé, livros livros..caldeirões de tamanhos diferentes..tinha realmente tudo. Gina ficou maravilhada.
- É perfeito, Henry!
- Que bom que gostou jovem, venha por aqui, tem uma passagem para o seu quarto também. Havia um quadro guardando a passagem, Gina foi apresentada a ele como nova proprietária do chalé. Era um moço muito bonito, com roupas romanas – era Públio Lentulus, seu nome.
Havia uma suite demasiadamente confortável, com uma cama bem alta, havia até banheira, Gina vibrou ao vê-la. O chalé a conquistou! Por um momento esqueceu que estava em uma mansão Malfoy, esse pensamento a perturbou.
Sentaram-se no sofá da sala, quando Gina disse:
- Henry confesso que pensei em desistir, mas não vou deixa-lo na mão, a partir de agora estou trabalhando aqui apenas por você, que apesar de não conhecer a muito tempo, já tenho apreço. Quero também comunicar que prefiro que meu quarto seja aqui, me sentirei mais confortável.
- É muita gentileza, devo confessar que já tenho um grande apreço pela senhorita também. Não vou discutir sua decisão, mandarei trazer as suas coisas, agora tenho que ir, logo o elfo Cliff vem te ajudar. Logo vai se acostumar a rotina é simples.
Dizendo isso se despedi e aparatou. Gina ficou sentada pensando na enorme mudança, sentiu incômodo, medo de ter feito a coisa errada.
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