Os anjos
Harry e Hermione estavam na Floreios e borrões olhando alguns livros quando a porta se abriu, e um vento fresco, de verão entrou e bateu em seus rostos. Os dois não haviam reparado em quem tinha entrado pois estavam em um silêncio tão profundo, pensando no que iriam falar para quebrar o silêncio, que só se deram conta de quem era, quando ouviram ao seu lado uma voz baixinha, arrastada, e muito debochada.
- Olha que bonitinho... Granger sangue-ruim e Potter cicatriz juntos! – Falou Draco Malfoy parado ao lado dos dois.
- Malfoy? O que você tá fazendo aqui? – Perguntou Hermione saindo do transe e desviando o olhar dos livros.
- E agora eu não tenho o direito de vir aqui? – Disse Malfoy com ar de deboche. – Por acaso a loja é só de vocês, pombinhos?
- Não enche Malfoy!! – Falaram os dois juntos.
- Oh, deixei os namoradinhos irritados em? – Falou Malfoy sorrindo. – Mas me responda Potter, eu achei que a Granger era do Weasley! Será que você não se contenta somente com todas as pessoas te olhando e te adorando, tem que ainda roubar a namorada do melhor amigo... Francamente!
- Malfoy... Suma daqui agora ou se não vou lhe meter a mão na cara como fiz no nosso terceiro ano... – Falou Hermione entre os dentes. – Você lembra, não lembra? Ficou uma semana na ala hospitalar com medo de que vissem você com um olho roxo...
- Vá se ferrar sangue-ruim. – Esbravejou Malfoy.
- Olha como fala com ela Malfoy! – Disse Harry se postando à frente de Hermione. Esta segurava seu braço. – Será que você não está satisfeito com apenas seu pai atrás das grades em Azkaban? Será que vou Ter que mandar mais alguém da sua família pra lá? Ah... tinha me esquecido... Não tem mais ninguém da sua família para ir pra lá não é?
Malfoy serrou os dentes, e olhou com uma expressão penetrante para Harry. Mas Harry manteve o olhar até o garoto virar as costas e ir até o balcão da loja.
Hermione ainda lembrava-se de quando Narcisa, a mãe de Malfoy fora levada para o St. Mungus após Ter enfrentado alguns comensais da morte, que por sinal eram conhecidos de Lúcio, pai de Draco. Por isso achou melhor não comentar nada, pois sabia que Narcisa era prima de Sirius assim como Bellatrix...
Quando havia passado o clima de tensão que estava rodeando Harry, Hermione achou melhor eles saírem dali, e puxou Harry para fora da loja.
As garotos foram até a sorveteria, e ficaram tão entretidos comendo sorvete e se divertindo a custa de muitos acontecimentos engraçados pêlos quais eles haviam passado, que nem viram o tempo passar, e quando se deram conta já estava escurecendo e as primeiras estrelas no céu já estavam nascendo.
O Beco continuava muito movimentado, graças ao novo decreto do Ministério da Magia, de que, por medido de segurança aos bruxos, o Beco Diagonal deveria manter-se aberto até meia-noite, e que seus funcionários deveriam manter-se alertas a qualquer manifestação ou balbúrdia diferente. E deveriam estar preparados para abrigar pessoas durante horas se fosse o caso. Tudo isso graças aos ataques que estavam acontecendo com muita mais freqüência do que antes.
- Harry, já está escurecendo, acho melhor nós irmos embora. – Falou Hermione olhando para fora da sorveteria.
Mas o garoto não pode responder graças a uma pessoa que havia entrado na sorveteria e estava fazendo o maior escândalo.
- EU NÃO ACREDITO... ENTÃO ERA VERDADE NÃO ERA? O MALFOY NÃO TAVA MENTINDO PRA MIM... AH.. EU... EU NÃO ACREDITO... HARRY.. COMO VOCÊ... – Gritava uma pessoa parada a porta da seção fechada da sorveteria.
- Rony... O que você está fazendo aqui?! – Perguntou Hermione pasma.
- O que eu estou fazendo aqui????? Eu é que tenho que perguntar o que vocês estão fazendo aqui??? – Disse o garoto aos berros.
- Rony... Calma cara... Relaxa, e para de gritar que a gente te explica... – Falou Harry com um pouco de duvida na voz.
Rony parou de gritar e sem perceber o que estava fazendo, puxou uma cadeira e sentou-se ao lado de Harry sem dar muita atenção às pessoas que o olhavam pasmas.
- Querem para de olhar por favor? – Pediu Hermione irritada. Aos poucos os bruxos começaram a desviarem o olhar e a fingirem que nada de diferente havia acontecido, e aos poucos começaram a voltar as suas conversas normais do dia-a-dia.
- Agora por favor vocês querem me explicar o que está acontecendo aqui? – Disse Rony mais calmo. – Eu vim para cá, porque estava afim de pedir umas coisas aos meus irmãos já que eles andam mais generosos ultimamente, graças a loja deles, e quando saio da loja encontro Malfoy aqui, que me diz que viu vocês dois juntos e muito simpaticamente me disse que você, - Disse ele olhando para Harry. – tinha... Bem, tinha roubado minha namoradinha como ele mesmo disse. Achei que ele estava pirando, e que estava falando aquilo só pra me deixar irritado. Mas daí, quando resolvo vim até aqui para comer um sorvete, eu vejo que o Malfoy não tava mentindo pra mim... Alguém pode me dizer porque você vieram até aqui, sozinhos?
Harry e Hermione se entreolharam e decidiram por meio desse olhar que eles deviam falar a verdade a Rony. Mas qual seria a verdade? Pensaram os dois ao mesmo tempo se dando conta de que não sabiam explicar o porque de estarem ali sem o seu melhor amigo, e companheiro de aventuras, o Rony.
Como os dois não haviam respondido, Rony achou melhor tentar argumentar alguma coisa.
- Bem... Antes de vim até aqui, juro a vocês que imaginei essa hipótese de vocês estarem aqui sem mim e até achei meio razoável, porque afinal de contas, mamãe não anda deixando ninguém sair de casa a não ser Fred e Jorge por causa da loja deles. É por isso?
- É... é por isso que nós achamos melhor não te convidar Rony. – Começou Hermione meio sem jeito.
- É cara, eu sei como é chato ser convidado para alguma coisa que se gosta muito de fazer e não poder ir... Por isso que achamos melhor virmos só nós e deixar para quando estivermos em Hogwarts para irmos juntos a Hogsmeade. – Disse Harry tentando entrar no raciocínio de Hermione.
- E daí passamos em algumas lojas e já compramos nosso material... E, ah é claro... Já ia me esquecer... – Hermione tirou um pacote de dentro de sua bolsa que estava carregando. – Compramos isso para você. – Disse ela entregando um pacote gordo para Rony. Ao mesmo tempo que Harry lhe lançava um olhar desconfiado.
Rony esquecendo-se de que estava bravo com os dois abriu o presente, e se deparou com a miniatura de Harry em cima de uma vassoura, e com o pomo na mão. E com uma outra miniatura, que continha apenas uma vassoura, e no cabo havia escrito Rony, nosso goleiro em letras douradas.
Até Harry ficou surpreso de ver a vassoura com o nome de Rony gravada nela, pois não se lembrava de Ter comprado nada assim durante o dia.
- A miniatura do Harry, eu não contei para ele que comprei. – Disse Hermione tentando explicar os presentes a um Rony feliz, e a um Harry confuso. – Mas a vassoura com o seu nome foi idéia do Harry! Nós passamos pela loja de Artigos para Quadribol e vimos que eles estavam fazendo miniaturas de vassouras personalizadas com coisas escritas e o Harry teve a idéia de mandarmos fazer essa para você! E então, o que achou?
- Eu... Eu adorei! – Disse o garoto abraçando Harry, e depois Hermione. – Obrigado mesmo! Acho que agora já posso esquecer essa coisa de vocês terem vindo sozinhos para cá, e terem me deixado em casa...
- Ah, que bom então. – Disse Hermione percebendo que Harry não tinha capacidade de falar nada por enquanto. – Depois te explico! – Falou ela se abaixando enquanto fingia mexer em seu sapato.
Depois disso, os três ficaram conversando durante uma ou duas horas. Explicaram a Rony como haviam tido a idéia de ir até lá, e Hermione estrategicamente, botou algumas palavras a mais na conversa pelo telefone, para justificar a ausência de Rony, assim como também tirou algumas palavras para que não ficasse constrangedor de mais. E assim o tempo foi passando e os três acharam que estava ficando tarde de mais.
- Mamãe pediu para mim voltar com Fred e Jorge para casa, por motivos de segurança sabe. – Falou Rony, quando os três deixavam a sorveteira para leva-lo a loja dos gêmeos.
- Vejo que vocês se encontraram em? – Falou Fred, quando os três entraram na loja deles, e, por incrível que pareça, o movimento continuava o mesmo. Parecia que quanto mais a noite caia, mais pessoas chegavam ao Beco.
- Por causa essa nova lei que o Fudge fez, cada vez estamos vendendo mais! Parece que ninguém se cansa de fazer comprar! – Sorriu Jorge, enquanto vinha ao encontro dos garotos.
- Bem, acho melhor nós irmos não é Harry? Temos que pegar o Nôitibus ainda! – Disse Hermione. – Ah, mas antes de ir embora quero ver se acho algumas coisas aqui para usar em casa. Precauções sabe. Esqueci de comprar quando viemos aqui antes! – Tentou explicar a garota, enquanto seus amigos a olhavam desconfiados. – É que ultimamente mamãe e papai andam cheio de segredinhos, e não quiseram me contar antes de irem para a viagem. Então, estava pensando em levar umas orelhas extensíveis, e alguma outras coisas que vocês poderiam me indicar. Para quando eles voltarem eu poder descobrir o que é! – Terminou a garota com voz de triunfo.
- Mione, definitivamente, você anda mudando não? – Perguntou Rony boquiaberto.
- É, todos estamos mudando eu acho! – Respondeu a garota. – E então, vão me mostrar o que tem aqui para mim levar ou não? – Perguntou ela para os gêmeos.
- Claro Mione, seu desejo é uma ordem! – Responderam os dois em uníssono.
Depois que Hermione escolheu o que queria, e Harry aproveitou para pegar algumas coisas para assustar seu primo Duda, os dois se despediram de todos e saíram da loja em direção ao Caldeirão furado.
Os dois combinaram de se encontrarem mais uma vez no andar de baixo, depois que arrumassem suas coisas.
Affff... o que será que eu faço? Passei a tarde inteira tentando dizer a ela o que sempre quis dizer e não consegui. Droga..
Os dois se encontraram no mesmo lugar onde haviam tomado café da manhã.
Vai Ter que ser agora...
- Mione...ãn... Eu queria te mostrar uma coisa... Você pode ir comigo? – Perguntou Harry ansioso com a resposta.
- Claro Harry. O que você quer me mostrar?
- Vem comigo.
- Tá bom.
Harry a conduziu até o seu quarto e pediu para que ela esperasse um pouco.
- Mione, vem até aqui. – Disse o garoto, perto da janela.
Ela foi até ele. Harry a pôs à sua frente.
- Mi...
- Hm? – Disse a garota sem fôlego.
- Esse... É o meu paraíso... A lua cheia. – Disse o garoto. – Ás vezes passo horas observando-a e nunca me canso. Ela me lembra muito... O Sirius... E... Bem, me lembra muito você também. E... que queria te dizer Mi... Que eu gosto muito de você. Não só como amiga. Eu gosto de verdade! – Pronto. Ele havia falado. Agora era só esperar o que ela iria responder.
- É realmente lindo Harry. E... Eu também gosto de olhar para o céu, mas o que eu gosto nele são as estrelas. E sabe, elas também me lembram você! E eu.. Eu sempre gostei de você Harry! Sempre!
Harry a virou para si. E sentiu que chegara hora. Ele estava ali, com a pessoa que mais amava e venerava em sua vida. Ela se encontrava ali, em seus braços. Nada podia atrapalhara aquele momento. E de fato, não atrapalhou.
Hermione o olhava. Fascinada. Ela estava ali, em seus braços. Louca para que ele a beijasse. Não sabia porque, mas tinha certeza de que aquele momento decidiria muita coisa em sua vida.
Harry começou a se aproximar dela. Ele podia sentir sua respiração ofegante. Seu coração disparou e ele achou que morreria ali, nos braços de sua amada. Mas ele não morreu. E o beijo aconteceu. Calmo, suave.
Eles ficaram ali por bastante tempo. Se contemplando, se beijando. Apreciando a presença um do outro.
Não queriam ir embora. Mas já estava perto da meia noite, e o Beco, assim como o Caldeirão furado estavam começando a fechar.
Eles pegaram juntos o Nôitibus e foram os dois para sua casa. Sem nada, realmente nada, para atrapalhar.
Harry chegou em casa, e como imaginava, estava tudo escuro.
Ele pegou a chave que ficava de baixo do tapete e entrou em casa.
É... estou aqui de novo... Trancado... Sem poder fazer nada...
Mas se lembrou do dia que havia passado. E um sorriso começou a perambular pelo seu rosto. Naquela noite, Harry não teve sonhos ruins. Muito pelo contrario, seus sonhos foram ótimos!
E o final dessa história... Bem, acho que podemos adivinhar qual é não? Mas apenas eles saberão qual será o final... Sim... Eles, os anjos!
Fim...
N/A: Essa é minha primeira fic!!! espero que vocês tenham gostado!!!!
H/H não é bem o que eu appppoooooiiiiiooooo sabe.... Mas é que tenho uma amiga minha que é apaixonada por esse shiper, então fiz uma homenagem a ela!!! Essa fic é para a Dinha minha amiga do coração!!
Espero realemente que vocês tenham gostado! me avisem se gostaram ou não, se acharam uma droga, se acharam mais ou menos... sei laahh.. digam alguma coisa ok?!
bjooo
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