Capitulo 2
Capitulo 2 ***
Hermione estava entretida quando escutou baterem na porta.
- Entra. – Disse Hermione concentrada olhando alguns papéis em uma pasta, com os pés para cima, livre do Scarpin preto que calçava. Mexia freneticamente no colar de pérolas que usava, enquanto passava os olhos rapidamente pelo papel que lia.
- Oi, não quis te incomodar, mas já está na hora da reunião... – disse sorrindo ao ver Hermione com os pés sobre a mesa. – Claro que você está tão confortável aqui...
- O que conversamos sobre ironias hoje? – Perguntou ameaçadoramente cômica.
Ele passou a mão pela boca como se estivesse trancando-a, e novamente ela riu.
Se levantou e foi até o banheiro. Quando voltou deparou-se com Draco ainda em sua sala olhando atentamente para um retrato onde se encontravam ela, Rony e Harry.
- Você mudou muito. – Foi tudo o que ele disse.
Ela assentiu enquanto olhava o centro de um grande espelho e se arrumava para sair da sala. O vestido bege até os joelhos com o decote quadrado davam ao corpo curvilíneo dela ainda mais forma. Arrumou seu vasto cabelo castanho, e reforçou o batom. Por último calçou o Scarpin. Estava quase pronta...
Draco reparava em cada milímetro do corpo dela enquanto ela alisava o vestido com as mãos, a fim de desamassar o mesmo, sem grande sucesso.
- Algum problema? – Perguntou ela já envergonhada por ter sido encarada por ele durante tanto tempo.
- Você está bonita – Ela corou instantaneamente – e esse vestido é novo... tenho certeza – sorriu - Cai bem em você, por sinal. – Disse com um tom de aprovação tão sincero que Hermione não ousou questionar.
- Vamos? – Foi o que ela conseguiu dizer.
***
Já dentro do elevador, rumo ao vigésimo quinto andar, é que ocorreu uma idéia a Hermione:
- Como é que você sabe que o meu vestido é novo?
Ele sorriu. Apenas isso. Sorriu.
- Não vai me falar, não é mesmo? – Disse já sabendo a resposta.
O elevador parou.
- Primeiro as damas. – Falou Draco galanteador.
- Humpf... Obrigado – murmurou a castanha a contragosto.
Na sala de reunião o Ministro já esperava pelos dois com milhares de papéis, que parecia ser contratos, sobre a mesa.
- Boa tarde Senhores. – cumprimentou formalmente seus dois empregados.
- Então, do que se trata a reunião Senhor? – Perguntou Draco calmamente.
- Pois bem. Vou tentar ser o mais direto possível. – Falou o Ministro com a voz preocupada e receosa. O que deixou Hermione em estado de alerta. “Demissão? Será? Não... Não, ele elogiou meu trabalho ainda hoje...”
-Pois bem... Hã... Como eu posso começar?
- Que tal pelo início Senhor? – Disse Draco comicamente, que na mesma hora recebeu uma cotovelada na costela.
- Belo conselho senhor Malfoy... – Disse o ministro sem humor. – Vamos ao que interessa... Como vocês sabem ainda temos muitos comensais da morte à solta por aí. E sim, é para isso que temos os aurores, porém, para colocar todos eles em Azkaban...
- Todos eles? – Disse Draco com receio pelo seu pai.
- Não se preocupe senhor Malfoy, sabemos distinguir os arrependidos... – Sorriu reconfortante para Draco e continuou – Como eu ia dizendo, para colocar todos eles em Azkaban nós precisamos nos infiltrar em Herpshire...
- Herp... O que? – perguntou Draco.
- Herpshire, é uma cidade no interior da Inglaterra Senhor Malfoy.
- O lugar favorito dos “Ex – seguidores” de Voldemort, o melhor refúgio para eles... Lá existem apenas trouxas, nenhuma alma bruxa sequer... Por isso o fácil acesso.
- O que há de tão ruim nisso, deixe eles lá! Eu também não gosto de comensais mais todos tem direito a uma segunda chance.
- Lindo discurso Srta Granger. Eu até concordo, contudo, esses comensais não estão a passeio... Estão matando e torturando o máximo de trouxas que conseguem, só na semana passada foram vinte... Esses crimes estão tomando uma proporção descomunal!
- Eu não sabia... – Disse Hermione pálida.
- Ninguém sabe... – Respondeu o ministro tenso.
- É para isso que precisa da gente então... Para liquidar os comensais... – Conclui Draco pensativo.
- Sim, mais não é apenas isso... Essa missão tem que ser e será altamente secreto, sigilo absoluto.
- Pelo que eu entendi... O mundo bruxo não sabe desses ataques então...
- Exatamente Granger.
- Isso não é errado? Digo o mundo bruxo também corre perigo... Não seria melhor se todos ficassem sabendo logo?
- Creio que não Srta. Alarmar as pessoas que ficaram tanto tempo com medo não será útil em nada... Até por que eu acho difícil que esses comensais venham para cá com todos á procura deles...
- Entendo...
- Bom, quando partimos? – Perguntou Draco já se levantando.
- Na verdade tem mais um detalhe...
- E qual seria? – disse Hermione seguindo Draco e arrumando a saia enrugada.
- Bom, como eu disse anteriormente essa missão é secreta... Ou seja, ninguém pode saber... Portanto vocês não podem ir simplesmente para algum lugar juntos na mesma época, tirando férias ao mesmo tempo. A população bruxa não é burra... O Profeta vive no pé de vocês, que afinal, vocês foram heróis de guerra... Portanto não seria nenhum pouco difícil descobrir o real motivo da viagem... – Ele respirou pausadamente e concluiu - Por isso eu decidi que vocês devem se casar ainda nesse mês, o mais rápido possível... E passar a sua “Lua de mel” em Herpshire... Longe de suspeitas e perguntas inoportunas.
Hermione não sentiu mais o chão. E Draco só foi tirado dos seus devaneios por um ato reflexo. Na hora em que Hermione caia de fraqueza ou de susto, não se sabe, ele a segurou, e os olhos cinza dele foi à última coisa que ela viu antes de desmaiar.
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