Compras



2º Capítulo


 


Viajar de carruagem é extremamente chato. Jéssica passou a maior parte do tempo dormindo e lendo os seus livros do colégio. Ela não queria ser CDF nem anda parecido, mas ela não tinha o que fazer. A carruagem era grande, espaçosa e confortável. Ela tinha um largo espelho com uma moldura medieval. Jéssica se levantou e foi até o espelho, seu rosto era arredondado, tinha bochechas um pouco grandes, como uma criança normal de 11 anos, seus cabelos eram cacheados e batiam abaixo dos ombros, brilhosos e pretos como uma jabuticaba. Ela era branca, mas não pálida como o resto de sua família e tinha um bom motivo para isso. Seu corpo não era desenvolvido, mas tinha uma postura e uns olhos cor-de-mel de dar inveja. Ela era muito bonita para sua idade, mesmo não achando isso.


Já haviam passado alguns dias e eles finalmente chegaram em Londres.Jéssica decidiu que ia fazer todas as suas compras para o colégio como sempre quis. Deixou a carruagem e com mais dois serviçais ela foi para o tão famoso Beco diagonal, um lugar mágico (literalmente) com muitas lojas coloridas, muitas bruxas e bruxos com chapéus pontudos falando um inglês puxado e crianças de sua idade pedindo vassouras ou varinhas para os pais.


Drake adoraria esse lugar...


 


FLASHBACK



Já chegou o dia em que eu irei embora da mansão... dês de que Drake soube que eu ia embora ele ficou mais quieto... calado e longe de mim. Eu não queria me separar dele... mas era a única forma de fugir dessa loucura! Como ele não conseguia entender?


Jéssica pensava enquanto andava pelo corredor que levava ao jardim. Ela adorava a quantidade de flores diversas que havia ali e o majestoso chafariz no meio do jardim com um unicórnio olhando para o céu. Quando ela chegou na entrada do jardim ela viu Drake sentado de cabeça baixa e pensativo no mesmo chafariz, o local em que eles passavam dias conversando sobre diversos assuntos. Drake levantou a cabeça e mirou seus olhos azuis para ela e falou como se já tivesse decorado o texto muitas vezes.


-         Eu achei que te encontraria aqui.


-         Resolveu vir falar comigo na véspera da minha ida? Que legal da sua parte – Ela respondeu ironicamente


-         Bem... –ele se desconcentrou e voltou a falar serio- Eu só não tinha certeza do que te falar.


-         Essa é a hora.


-         Eu...eu espero que você se dê muito bem lá... que você consiga realmente tudo o que você quer... eu...


Jéssica não deixou que ele terminasse de falar, correu em direção a ele e o abraçou forte.


-         Vou sentir sua falta.


-         Eu também vou sentir sua falta... eu fiz isso pra você.


Ele entregou uma caixa para ela. Quando ela abriu ela viu uma corrente de prata e como pingente uma pedra cinza polida em forma de uma folha fina e no centro um brilhante azul.


-         É uma safira... é pra você nunca esquecer de mim, ok?


-         Drake... é tão lindo... eu... – Ela levantou a cabeça e olhou para ele – Não tem como esquecer você.


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Pensar só vai complicar mais as coisas... ok ok. O que vou comprar mesmo? Jéssica olhou para uma lista em sua mão para afugentar o pensamento. Primeiro ela precisava ir no Gringotes para pegar algum dinheiro e fazer algo inédito na sua vida: Compras!


Chegando no gringotes ela viu muitos duendes com cara de aborrecidos levando gente pra ca e pra lá. Ela se perguntou como seria puxar suas orelhas estranhas mas achou melhor não fazê-lo. Foi andando pelo hall de entrada até achar um balcão com um duende sozinho. O duende que usava um crachá escrito “Gandi” a encarou e perguntou com uma voz entediada.


-         Em que posso ajudá-la , senhorita...?


-         Grandemoniére – respondeu- Eu quero ver meu cofre.


-         E a Srtª Grandemoniére tem a chave?


-         Não, mas eu possuo a carta em que o Conde de La Fére masnda que me dêem a mesma.


Tendo dito isso ela entregou o envelope a Gandi que leu a carta duas vezes antes de responder.


-         Muito bem. Aqui está a chave do cofre 106 contendo 1/15 da fortuna de La Fere, como manda a carta.


1/15? É isso que eu ganho? Mesmo com esses pensamentos ela não mudou suas feições e seguiu outro duende que a levaria a seu cofre.


Ao chegar ao cofre o duende abriu o portão com fechaduras complexas e então Jéssica viu uma câmara ceia de ouro. Ela simplesmente não acreditava o quão grande a câmara era. Ela encontrou um corredor que se dividia em mais três. À direita  dinheiro trouxa, milhões de euros, dollares, yens, rubros e reais. Ao fundo e a direita , exceto uma pequena parte de mais ou menos 2m² dinheiro bruxo. A pequena parte também era um cofre, e ela sabia o que havia ali, mas ela não abriu para olhar. Ela encheu sua bolsa de galeões e saiu do cofre.


 


A primeira coisa que Jéssica queria fazer era comprar uma varinha, então foi no Olivaras. Depois de quase 20 min ela saiu de lá com uma varinha marrom claro, 30 cm e com pelo de unicórnio. Ela soube que essa era a varinha certa porque quando ela a pegou, uma rosa branca brotou da ponta soltando um perfume ,maravilhoso seduzindo todos a sua volta. Bela e poderosa.


Quando saiu da loja foi até seu serviçal e perguntou o que precisaria para o colégio. Então soube que seu tutor já havia comprado todo o material e só lhe faltava a roupa e , se quisesse, um animal. Ela seguiu em direção ao alfaiate e quando lá chegou ela encontrou uma mulher sorridente que a cumprimentou.


-         Olá. Também veio procurar seu uniforme para Hogwarts? – disse apontando para três garotos de provavelmente sua idade sentados brincando enquanto conversavam e os chamavam pelos sobrenomes. Alguma coisa com “ov” ou ’ilanov”... não que eu me importe.


-         Não, gostaria de um uniforme para Beauxbatons.


-         Ah, claro. Poderia vir aqui para as medidas por favor?


-         Claro...


A mulher demorou uns 10 min para tirar as medidas e mais 30 minutos para que Jéssica escolhesse as roupas e pagasse por elas. As roupas ficaram um pouco estranhas de começo, mas a mulher disse que quando Jéssica crescesse ela iria adorá-las. Assim ela saiu de mais uma loja.


Jéssica passou de loja em loja comprando o que gostava e dando trabalho para s serviçais que tinham que carregar tudo.


Quando já estava escurecendo ela parou para tomar um sorvete  e na sua frente estava a loja de animais. Por que não!?


Depois de muitos “Qual será” e “Não sei” ela saiu da loja com uma Coruja-das-neves parda com olhos azuis. A coruja parecia feliz e satisfeita por ter sido escolhida então Jéssica disse


-         Bem vinda a equipe, Saphira. – E, depois de olhar o Spitz Alemão preto com olhos cinzas também disse – Você também, Kyo.


 


Depois de satisfeita ela olhou para o céu cor azul marinho e sussurrou para si mesma.


- Próxima parada, Beauxbatons.

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