Acontecimentos de uma noite se



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Tudo o que Hermione queria naquele momento era sair correndo para longe de Hogwarts, onde Harry não pudesse lhe encarar com aquelas esmeraldas. Ele pegara a capa de Malfoy focando mais de perto o brasão da Sonserina e o “M”.
– É... – foi tudo o que ela conseguira dizer.
– É? – Ele se revoltou numa voz ainda calma, mas mesmo assim acusadoramente. – Como assim “É”? O que está acontecendo Hermione? – Hermione respirou pausadamente.
– Eu estou tendo aulas particulares de teatro com o Malfoy. Trewlaney que me aconselhou. – Ela logo completara ao vê-lo numa expressão assassina.
– E você seguiu? Seguiu o conselho daquela louca como você mesma diz?
– Ela ia me tirar da peça Harry!
– Estamos falando do Malfoy, Hermione! De um Malfoy!
– Harry, eu quero e preciso ser Monitora Chefe... e não vou conseguir isso sem a ajuda dele...
– Ajuda dele? Estamos falando da mesma pessoa? E como ele do nada quer te ajudar? – Naquela hora a castanha nada podia dizer. Se imaginava dizendo: Ah, Harry é que eu prometi ao Draquinho ajudá-lo num feitiço, que eu desconheço também... E rira de si mesma e que se escapasse depois disso seria a mais nova celebridade do mundo mágico. “A menina que Sobreviveu”. – Por que ele está te ajudando? – Ele disse rispidamente.
– Porque isso é ponto pra ele também... ele também quer ser monitor... ajudar impressiona. – Harry riu, e não, Hermione não pode deixar de ficar vermelha. Como ele ficava lindo com raiva pqp, ela pensou.
– E você acreditou nisso? Ele no mínimo está com um plano e deve estar te usando como...
– Harry! Chega ta bom? Não to com cabeça pra isso agora. Eu sei me cuidar não se preocupe.
– Não me preocupar? Eu amo você... – Pronto, pra quê?, ela pensou. Não era em um de seus ataques de nervos que conseguiria atuar tão bem de frente para uma declaração dessas.
– VocÊ não sabe o que está dizendo Harry...
– É lógico que eu sei... – ele se aproximara, e ela não conseguia acreditar. De repente o mundo ficara com pena dela? Deus quisera pedir desculpas por todas as desventuras que fizera ela passar? Não podia ser verdade, não podia simplesmente porque era bom demais. O moreno acariciara o rosto dela, se aproximando cada vez mais. – Eu nem acredito que não percebi isso antes. Eu quero você Mione. Eu amo você. – a castanha nada conseguia dizer, ela não conseguiria resistir ao grande sonho de sua vida. Fechou os olhos com uma certa ansiedade e esmagou ainda mais o pergaminho em suas mãos. Nada mais seria ruim, o diário ela recuperaria. A dor iria sumir, pois o amor de sua vida estava ali preste a lhe dar um beijo... um beijo... que não aparecera nunca.



A castanha abrira os olhos um pouco irritada por ter esperado por algo que não viera, mas dera de frente com um Harry muito sério e ao mesmo tempo assustado com algo atrás da garota. Ela se virara então para conferir que coisa era essa e dera de cara para a janela que os separava de um céu escuro com uma única grande luz, que por sinal não era a lua. Era uma caveira verde que continha uma cobra em sua boca. Era a marca negra. Hogwarts estava sendo atacada.



Draco ainda olhava espantado para a porta pela qual Hermione Granger acabara de sair. Como ela podia ser tão irritante? E como do nada começara a sentir certo prazer em irritá-la, um prazer nunca reparado antes? Ele se sentara pensativo na mesa de Trewlaney. Como pudera? Ela era uma nojenta e irritante Sangue-Ruim... E ele era um Malfoy, sangue puríssimo... e com uma missão. Um propósito que não podia ser atrapalhado pela melhor amiga do seu maior inimigo.


Como pudera beijá-la? Ele ainda não se conformara com tamanha idiotice. Ele entenderia se fosse qualquer outra garota, já que aquela aproximação no armário pedia isso, mas não sendo a nojenta da Granger! O loiro repousara a cabeça entre as mãos, numa cansativa derrota entre seus pensamentos. Estava tudo tão estranho, tão confuso... “Ela me deixa tão confuso...” do nada socara a mesa numa revolta exclamando um “Bruxa Maldita!”, e ouvira algo cair no chão, algo pesado. “Ela esqueceu algum livro?”. Mas logo vira que era o mesmo livro velho que ela perdera no dia em que desmaiou nos braços dele. Sim, ele ainda se lembrava. Quando ela se virou para ele ela estava numa expressão tão perdida, suplicando por uma saída. E a saída viera. Depois de encará-lo numa expressão que ele nunca poderia decifrar, ela apagara.


Ele sabia o porquê daquela tristeza contida nos olhos dela, na profundidade daquelas lágrimas, que só poderia ser obra do “Santo Potter”. Sem sequer se dar conta ele sentiu uma sede de matá-lo muito maior do que já sentia. Ele queria encontrar com ele, destruí-lo por completo. E foi quando ela caiu nos seus braços que ele vira a ruiva. Então ele entendera tudo. A castanha sofria de amor.


Ele se perguntara se aquele não era o momento em que devia rir da cara dela, e usar aquele diário velho que encontrara para a diversão de todos os Sonserinos, inclusive a sua, mas... Ele sentira um desconforto tão grande em vê-la indefesa e serena daquele jeito... Uma pena tão grande... Malfoy balançara a cabeça com raiva tentando afastar tais lembranças inúteis. “De que me interessa se ela respira?”. E agora era sua nova oportunidade de mostrar para o mundo e pra si próprio que ele não deixara de ser o Sonserino que sempre fora.



Ele pegara o diário velho em suas mãos. “Leia... leia...”, dizia uma voz em sua cabeça. “Ela vai ser humilhada... vai pagar por ser amiga daquele idiota... é sua nova oportunidade...” e ele esboçara um discreto sorriso a tal pensamento. “leia... e ela vai sofrer... a sangue ruim vai sofrer... e... e... nunca vai te perdoar...”. Esse último pensamento o preocupara, mas preocupara-se mais ainda com a idéia de se preocupar com isso.


“Podemos ser cúmplices Malfoy, mas ainda sim conheço você e continuarei te odiando para o resto da vida.” Ele lembrara das palavras dela “vocês nasceram para serem inimigos... serão sempre inimigos... por que diabos isso te preocupa?”. Ele passara a mão na testa escorregando-a pelos cabelos claros. Na outra mão ainda segurava o diário dela. “E ela te odiará mais ainda depois de completar sua missão... isso se ela viver...” as últimas palavras o atormentaram terrivelmente. E viu que era loucura começar a se importar com ela uma vez que talvez um dia ele tivesse de vê-la morrer ou matá-la pessoalmente... e nesse momento não poderia fraquejar “por simpatia insana”.



Ele então saíra da sala com suas coisas e a trancando com um pequeno feitiço e fora em passos rápidos para o corujal. Logo chamou pela sua coruja. “Andromeca” e escrevera um bilhete para a castanha. Não queria nada dela por perto. E assim que ela fosse buscar seu diário, ele se despediria de qualquer sentimento idiota e perigoso que poderia vir a sentir por ela. Pois era um Malfoy, e nada na vida de um Malfoy tem mais importância do que sua própria vida.



Andromeca já voava pela calada da noite e Draco ainda estava ali admirando uma lua completamente cheia. Algo que ele desde muito novo sabia, nunca veria outra coisa tão bela. “Acho que você é a única que estará sempre comigo... nós dois jamais sumiremos, não é?” . Ele dissera, e aos poucos as nuvens iam cobrindo-a . Ele se virou mal-humorado para sair do Corujal, agora escuro. Mas o lugar novamente tinha sido iluminado. Na sua própria sombra ele viu o formato dela. A marca Negra... que agora iluminava o céu no seu resplendor verde, onde uma vez pousava uma lua.
– Não acredito. – dissera o loiro numa demonstração de tédio e surpresa. E assim saíra do corujal.


 



– Aonde pensa que vai? – Perguntara a castanha atrás de Harry que saíra do quarto dela às pressas.
– Preciso mesmo responder?
– Harry, você ta tentando se matar é? Eles estão atrás de você!
– Sério? E você deduziu isso sozinha? – ele disse numa ironia.
– Droga Harry! Fala direito comigo! – ela disse impedindo a passagem dele pelo quadro da mulher gorda. Harry respirara derrotado.
– Desculpe. Mas nada que disser, Hermione, vai me impedir de ir até ele.
– É isso o que ele quer Harry!
– Esperei muito tempo pra acabar com ele Hermione... pra vingar Sírius! 
– Eu sei, mas é uma armadilha. Não pode ir sozinho até a floresta Negra, não pode nem andar sozinho pelo castelo agora! Não sabemos quantos comensais estão lá com ele. Talvez ele nem esteja...
– E O QUE VOCÊ PROPÕE? QUE EU DURMA ENQUANTO O ASSASSINO DA MINHA FAMÍLIA ESTÁ LÁ FORA?
– Vamos avisar Dumbledore...
– VOCÊ ACHA QUE ELE JÁ NÃO VIU? E DUMBLEDORE NÃO VAI FAZER NADA DO QUE JÁ NÃO TENHA FEITO! CANSEI DE FICAR ESPERANDO PELO MEU DESTINO HERMIONE! SOU EU OU ELE, NÃO VOU ESPERAR ATÉ QUE ELE ME PEGUE DESPREVINIDO.
– Dumbledore já deve está indo pra lá agora Harry, se formos só causaremos problemas! É isso o que ele quer!
– MAS SÓ EU POSSO DERROTÁ-LO HERMIONE! SÓ EU POSSO MATÁ-LO! É O QUE DIZ A PROFECIA!
– O QUE? COMO ASSIM?
– ISSO É UMA CONVERSA PARA MAIS TARDE HERMIONE!
– HARRY NÃO! – Ela o abraçara. – Por favor... se me ama como diz... não vá, eu te peço... estou com mal pressentimento... 
– Hermione... – dissera ele contrariado. – Não faz isso. Eu amo você, mas nunca ficaremos felizes enquanto eu não acabar com ele. 
– Eu estou te pedindo... – ela chorava sem desgrudar dele. – Algo muito ruim vai acontecer Harry, você estava certo... eu tava fingindo, fingindo que não te amo, mas se você for eu posso perder você. E não quero ter que ficar com esse medo Harry... não quero ter...
– Você não vai me perder nunca.
– Mas você vai Harry... – ela se separara dele, encarando-o seriamente com as lágrimas já marcadas no rosto. – Eu não quero sofrer por você de novo, não quero mais sofrer por amor. Harry... eu não vou passar por tudo aquilo de novo. 
– Hermione... – ele segurara o rosto dela a encarando nos olhos. – Eu não farei você sofrer. – Mas ela não se impressionara e mantivera o olhar firme.
– Se você sair por esse quadro, você também saíra do meu coração, Harry. Pelo menos no que diz respeito ao amor. Continuarei a ser sempre sua amiga. Mas tudo o que senti e que foi dito entre a gente sobre amor... será esquecido. – Ela derramara uma última lágrima e vira o cenho dele franzir. 
– Você não pode me propor isso... – ele dissera apenas. A castanha não respondera. – Hermione... se eu não acabar com isso não teremos paz.
– A hora disso acabar ainda não chegou Harry. Você só vai estar caindo na armadilha dele, porque ele sabe que você está desesperado por vingança.
– Não chegou a hora? Quanto tempo você ainda quer que dure? Você não pode ter certeza de nada. – Hermione engolira seco.
– Mas eu tenho. – Harry respirara pesadamente, com o sofrimento que viria a sentir naquele momento. Mas não havia outro jeito.
– É... acho que temos as nossas certezas então.
E assim saiu pelo quadro da mulher gorda, deixando uma Hermione agora aos prantos.
Harry corria pelos corredores de Hogwarts, mas ainda não avistara nenhum professor. “Já estão todos lá...” ele pensou, começara a descer as escadas numa velocidade maior e quase tombara com a professora Mcgonagall. 
– Professora, onde está...
– Harry, o que está fazendo aqui? Não viu o sinal no céu? Volte para Grifinória e fique a salvo! Agora anda!
– E Dumbledore?
– O diretor viajou essa manhã... o que significa que eles já sabiam disso... – Disse a professora muito preocupada.
– Viajou? 
– Sim, mas não se preocupe, não deixaremos nossa escola ser atacada. Volte pro seu dormitório Harry. – Mas Harry não o faria, não brigara com o amor de sua vida à toa.



Mcgonagall ia em direção a Floresta Proibida com sua varinha já erguida, na sua frente estava Snape com sua capa sempre negra e sombria. Os outros Professores já haviam ido até a floresta, e os dois se preocupavam pois não tinham sequer um sinal do que havia ocorrido a eles. Snape se preocupava com a professora que já tinha bastante idade. Mas mantê-la no castelo era algo impossível. Eles já estavam fundo na Floresta, atentos a qualquer sinal de comensais. 
– Professora... talvez fosse melhor...
– Não venha de novo tentar me fazer voltar pra aquele Castelo Severo.
– Mas talvez fosse melhor mandarmos uma coruja para Dumbledore.
– Já o fiz Severo. Tente outra...
– E o Potter, sabe se ele está seguro? – tentou novamente Snape na sua voz arrastada.
– Mandei-o para a Torre da Grifinória quando o encontrei num corredor.
– E como sabe se obedeceu?
– Ele não seria tão estúpido em vir sozinho.
– Ah lógico... Às vezes tenho a impressão de que foi exatamente isso que ele fez nos últimos 6 anos– Ironizou o professor. Mas algo calara a resposta da vice-diretora já que eles logo foram atacados por 3 comensais. Uma troca de Feitiços que logo deixou Mcgonagall desacordada e Snape acordado apenas para ouvir um “Pronto... agora só resta o garoto” antes de desmaiar.



– Você demorou. – disse um homem alto e loiro que se revelara ao tirar do capuz. Draco observava que seus professores estavam presos em feitiços nos troncos das árvores e 3 Comensais atrás chegavam aos poucos para perto de Lucio trazendo agora a vice-diretora e seu prof. De Poções desacordados. 
– Qual é o objetivo disso pai? 4 comensais podem ter desacordado alguns professores, mas quando Dumbledore...
– Dumbledore não está em Hogwarts Draco.
– Não está? Mas como... para que tudo isso agora?
– Harry Potter, o que mais seria?
– Uma armadilha. Pai, sabe que não estou pronto!
– Você estará pronto quando o Lord decidir que está, Draco.
– N-Não é o momento... – disse Draco meio nervoso. – Se der errado, saberão o plano e não será mais tão fácil assim. Terei de sair de Hogwarts.
– Eu sei Draco... Eu sei... só que é bom já termos o Potter sobre nossa custódia não acha? – Disse Lucio numa expressão assassina, Draco contrariado concordara. Não estava preocupado com seu inimigo, apenas algo não cheirava nada bem.



Harry estava escondido atrás da cabana de Hagrid, que não estava mais lá. Tentava ver algo dentro da floresta, mas tudo estava no mais perfeito silêncio. Sentia a presença de comensais lá. E sabia que estavam à espera dele. Mas ele precisava acabar logo com isso. Precisava acabar com Voldemort. Já ia sair de trás da cabana quando sentiu alguém segurar o seu ombro. Ele se assustara e botara a pessoa contra a parede apontando sua varinha para o peito de quem quer que fosse.
– Eiii. Harry! Calma! – Disse um ruivo assustado.
– Ron? O que está fazendo aqui? – Disse Harry se recompondo. 
– Vim atrás de você oras...
– O que, mas como... – Harry logo ouvira um barulho qualquer atrás dele e vira Hermione. Harry voltara a sua expressão séria. – Volte para o castelo Hermione. – Ela não respondera.
– Sei que não vamos conseguir te convencer a não entrar na floresta. – Começou Rony tentando chamar a atenção dos dois que pareciam se atracarem com o olhar. – Eu tentei fazer isso nos últimos 6 anos, e nos últimos 6 anos você sempre preferiu arriscar nossas cabeças aí dentro então. Como bons amigos, iremos com você.
– Não. – Harry disse simplesmente. Sem parar de olhar para Hermione.
– Harry, não teve uma ventura em que não estivéssemos juntos, não vai ser agora que você vai ficar com toda diversão.
– E você? O que faz aqui? E seu pressentimento? – Perguntara Harry numa pequena ironia disfarçada. Hermione se aproximara o deixando nervoso.
– Não vim porque concordo com você, vim porque sozinho a merda seria ainda maior. – E assim a castanha entrou na floresta sem o consentimento dos dois, que a seguiram. Ron ainda deixara escapar um “mulheres” para Harry. 
– Não vejo motivos para isso agora pai. 
– Draco. Desde que a profecia foi revelada que O Lord anda preocupado.
– Dumbledore não disse ao Potter tudo sobre a profecia. Ninguém sabe ainda. Estamos seguros.
– Mas se resolver abrir o bico... a Ordem com certeza vai tentar arrumar um jeito de acabar com ela. – Disse Lucio. Draco abaixara a cabeça pensativo.
– Não tem jeito. Sempre haverá um Herdeiro de Sonserina. Voldemort sempre batizará outro se eu falhar...- Lucio o pegara pelo colarinho ameaçadoramente. 
– Você não vai falhar! Você é o herdeiro de Voldemort e ninguém mais! Você acha que ele tem poder suficiente para batizar outro bruxo? Você não pode falhar! se isso acontecer... eu mesmo te mato! – Disse Lucio, mas Draco não estava preocupado com isso. “Ela virá..”
– Potter se aproxima! – Disse um comensal atrás dos dois. Lucio o soltou esboçando um sorriso maligno no canto da boca. 
– O Lord ficará feliz... 
– Mas ele não está sozinho. – Disse outro comensal. O que fez Lucio exclamar um “O que?”, Draco escorregara as mãos ao cabelo como sempre fazia quando estava preocupado. Temia ouvir o que esperava.
– O Weasley e a sangue-ruim estão com ele. – Disse o comensal. - Draco começara a ficar desesperado sem saber o que fazer. 
– A Granger... – dissera Lucio com um pequeno sorriso, e olhou para Malfoy. – Eu sei o quanto você queria acabar com ela aqui, não é Draco? 
– Pai... olha.... 
– Shh... Draco, se transforme, não quero que eles o reconheçam. 
– O que? Sabe que ainda não sei controlar completamente os poderes animago. Falta a parte principal, a consciência. Não sei o que faço quando estou transformado.
– E isso lhe é vantagem, não é mesmo?



Hermione sentia seu pressentimento ressurgir e imaginou o quanto Malfoy devia estar se divertindo lendo as páginas do seu diário enquanto ela estava ali correndo perigo. Foi quando se lembrou. “ Malfoy... ele devia estar no corujal quando a marca apareceu, acabara de me mandar uma coruja.. será que ele tem alguma coisa haver com isso?”, Ela não acreditava no que estava pensando. Sabia que o pai dele era comensal, mas não podia imaginar aquele que a fazia vermelha... não... ele sempre fora assim, ela que imaginara... os pensamentos da castanha foram interrompidos pelo grito de Ron. Ele fora atingido por um feitiço. Harry ataca 4 comensais de uma vez enquanto Hermione acudia o ruivo.



– Ron, acorda! – Ela tentava acordar o ruivo, sem sucessos. “Malfoy, se você tiver algo haver com isso... eu nunca vou te perdoar.” Harry fora jogado para trás num baque. 
– Potter... por quanto tempo ainda vai durar esse pega-pega? Se renda.
– Nunca! – Respondeu o moreno para o comensal. – Rictusempra! – E assim um dos comensais caíra desmaiado. 
– Envertstert! – Gritara Hermione e outro comensal fora atingido. Mas um terceiro acertara Hermione.
– Hermione! – Gritara Harry indo em direção a ela. 
– Eu... eu estou bem. - disse ela se levantando com dificuldade.
– Precisa...
– Eu não vou deixar você! – Ela o cortara.
– Não. Eu cuido deles, vai! O Ron precisa de ajuda.
– Harry...
– Mas que droga vai! E peça ajuda... – Eles se olharam sérios mais uma vez e contrariada Hermione fizera com um feitiço com que Ron fosse flutuando para Hogwarts em gigantesca velocidade. E Harry deu cobertura para que a castanha fosse atrás. Ela correra muito e tombara diversas vezes. Ainda ouvia o estalar dos feitiços. Então ergueu a varinha e dela saíram fogos indicando a localização deles. Ela correra mais um pouco tentando achar a saída de volta para o castelo. Então parara exausta para respirar e vira atrás de si um lobo muito branco de olhos cinzas que se confundiam com um azul claro.



– Eu... eu conheço você... – ela disse, e o lobo uivou em resposta.



Sem pensar duas vezes ela começou a correr sem rumo, mas logo fora atacada pelo lobo. Ele a ferira gravemente no ombro que jorrara sangue. Logo outros machucados surgiam aos poucos pelo corpo dela, que não conseguia sequer lembrar de um feitiço. Até que num impulso qualquer ela batera forte no lobo com um pedaço de tronco que encontrara e novamente começou a correr. 
O lobo voltara meio zonzo ainda, correndo em direção a ela. Ela correra o mais rápido que pode, no que suas penas sangrentas permitiam. Mas ela conseguira vantagem com o tempo que o lobo ficara nocauteado. Foi quando ela se viu na beira de um abismo. O Lobo a atacara por trás e os dois rolaram precipício abaixo.



– Lucios... claro. Você não podia faltar a um evento tão importante,não é? – Disse Harry sarcasticamente apontando sua varinha a um Lucios muito machucado e inerte no chão.
– Hah... o menino que sobreviveu, vive de novo... por quanto tempo acha que isso vai durar, heim?
– Te prometo que você vai ficar sabendo... vou mandar um Profeta Diário especial pra você... se você me prometer escrever dizendo se os dementadores estão te tratando direitinho em Azkaban...
– Azkaban? Se até aquele cachorro idiota conseguiu fugir o que te faz pensar que eu...
– Nunca mais se refira a Sirius dessa maneira! – Disse Harry perigosamente. Lucius rira.
– Eu nunca irei pra Azkaban Potter. – Harry tentara sorrir de volta.
– Não se preocupe Lucios... Voldemort compreenderá.


 


Longe dali um redemuinho de lembranças devastava a mente do jovem loiro, como um último filme, um trailer do que foi sua jornada.



Choro...
Grito...,
Você é o escolhido...



Duas crianças...
Com um destino...
Destruir a outra...



A Luta entre o Bem e o Mal...
“Por que eu sou o Mal, se só estou tentando sobreviver?”
“Por que ele me escolheu se eu nunca pedi?”
“Porque ele se viu em você Draco...”
“Eu não sou um assassino!”
“VocÊ é um Malfoy.”



“Só um bruxo batizado pelo o Lord poderia lutar no seu lugar...”
“Só um verdadeiro herdeiro...”
“O herdeiro de Sonserina...”



Ele veio para me deter....
E eu te chamo para detê-lo por mim.



Ela nunca mais vai me perdoar...



“E o que você vai fazer Granger? Me bater com um dos seus livros?”
“Não me provoque Malfoy... não sabe quantas vezes poderá fazer isso!”
“Você me ama Granger... você realmente me ama... e ainda nem sequer percebeu isso.”



Está pedindo para eu matar uma pessoa?



“Fica na sua aí Granger, não me faça usar a brutalidade com você também.”



Torture-a Draco...
Sim...



“Você não tem poder para isso Malfoy!!!”



Eu serei um comensal



“E para o papel de Bella... com 21 votos: Sr. Granger..”
“Eu não quero o papel”



Quando que eu vou Receber a marca pai?
Você não pode filho... você é o herdeiro.



“Preocupado comigo Malfoy?”
“Você se importaria?”
“Você se importaria?”
“Você se importaria?”



Mãe... por que o vovô teve de morrer...?
Todos morrem um dia Draco..



“Malfoy eu sou menos uma garota apaixonada por você... e vá se acostumando com a idéia”



Mãe, você ama o papai?
Eu não sei o que é amor desde que me casei com seu pai.



E qual é a sensação de morrer?



“Granger.. o que houve?”
“Granger.. o que houve?”
“Granger.. o que houve?”



“Des-desculpa..”



“Me deixa em paz Malfoy.. eu não estou em condições agora..”
“É mais fácil Snape adotar o Harry do que você demonstrar algum tipo de sentimento por alguém!”



Então por que você se casou com ele?
Para você nascer...



“Já você sente muito, não é? Não sou eu que não sinto nada Granger, mas é o mundo que talvez não sinta nada por você.”



Lágrima
Ela nunca vai me perdoar



Pai, você machucaria a mamãe?



“Ainda pode desistir.”



“Porque eu preciso DA SUA ajuda”
“Tudo bem Granger, eu te ajudo..”
Sorriso, um belo sorriso...



Isso depende... eu amo sua mãe Draco, mas há coisas mais importantes que o amor. como a obediência...



“E aí já resolveu seu problema com o Potter?”



Beijo...
Respiração... a respiração dela...
O coração dela batendo... posso sentir...



A profecia...
Vou orgulhar meu pai...
Serei um comensal...



“Se você não tivesse fugido isso não teria acontecido!”
“Se você não tivesse me beijado eu não teria fugido!”
“Ah Meu Deus!”
Desespero, Abraço


Frio...



“Eu não quero sua preocupação... ou sua fingida preocupação!”


Olhos castanhos

“Está me dizendo... que enquanto estivermos atuando... eu preciso... te amar?”


“Amar a pessoa que mais odeio Malfoy.. acha isso fácil?”
“Não, mas amar alguém que você não odeia, não parece ser difícil Hermione...”
“Não me chame pelo primeiro nome Malfoy... não somos amigos!”



“Vocês nasceram para serem inimigos... serão sempre inimigos... por que diabos isso te preocupa?”



Você odeia o Potter?
Sim



“E ela te odiará mais ainda depois de sua missão... isso se ela viver...”
Morrer...



Como é a morte?
Eu nunca vou saber...



Você quer seguir as trevas?
Sim



Draco vou começar a te ensinar uma magia que poucos conseguiram aprender... te ensinarei a como ser um animago.



Marca Negra



“Pai, sabe que não estou pronto!”
“Você estará pronto quando o Lord decidir que está Draco.”



Você se tornou um ótimo comensal Draco... o Lord ficará orgulhoso.



“Você não vai falhar! Você é o herdeiro de Voldemort e ninguém mais! Se isso acontecer... eu mesmo te mato!”
“Ela virá...”
“A Granger...”



Você quer ser um bruxo muito poderoso.. se não o mais poderoso?
Sim



Por que eu sou o escolhido?
Porque você é o melhor...
Você quer matar?



“Eu sei o quanto você queria acabar com ela aqui não é?”



Eu quero morrer...



Eu só acho pai... Que eu nunca... Machucaria... Alguém que eu amasse...



“Eu... eu conheço você...”
“conheço você...”
“conheço você...”


 


Aquela voz ia desaparecendo aos poucos... abriu os olhos muito devagar e a viu. A lua, sua eterna amiga ainda estava, como sempre estivera antes. Draco sentira então uma dor muito forte na cabeça e ao levar as mão até ela viu sangue. Foi quando começou a notar o lugar onde estava. Estava na Floresta Proibida, estava mais claro o céu, mas ainda se podia ver a lua. A última lembrança que tinha era de ter se transformando em lobo, assim como seu pai mandara. E agora estava ali, sangrando. O que houve?


Ele sentira então uma presença ao seu lado. Era uma garota de cabelos cheios, castanhos. Estava desacordada com muitos hematomas. Sangrava muito no ombro, no joelho. Tinha cortes no rosto. Feridas nos braços e nas pernas. Draco sentira seu olho embaçar e seu coração bater forte. Foi quando viu a camisa dela rasgada como se fosse por um animal. Tinha arranhões, que só poderiam ter sido feitos por uma fera. Ele olhou para as próprias mãos, e fechou os olhos em revolta, sentindo as lágrimas caírem..


– Merlin... – Ele dissera apenas. Debruçara-se sobre ela, segurando o rosto dela entre suas mãos. Seus olhos estavam fechados de forma serena, pela segunda vez. Ele sentira raiva do Potter naquele dia, e agora ele a fizera ficar daquele jeito de novo. Assustava. Ela parecia morta. Como odiava a Serenidade. Uma lágrima dele caíra no rosto dela – Granger... acorda... que droga acorda! Estou mandando! – ele pedia. – Droga Granger... por que você teve que vir sua idiota? – Ele respirara pausadamente. – Hermione... o que foi que eu fiz?

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Comentários (1)

  • Anna Rafaela

    aiiiiiiiin!!! Que tenso, mas perfeitp! já to indo para o putro capitulo! bjs

    2012-01-24
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