A tal aula extra de Poções...
CAPÍTULO 7
[...] Ele apoiou os braços ao lado dela.
- Você está exatamente do jeito que eu gosto. - o loiro disse o mais malicioso possível.
Depois de alguns segundos desnorteada, ela entrou no joguinho dele. Abraçou-o pelo pescoço e sussurrou sedutoramente no seu ouvido:
- Você também está exatamente onde eu queria!
E deu uma joelhada entre as pernas dele, que caiu para o lado.
- Babaca. - ela disse com desprezo enquanto se levantava.
A porta se abriu, assuntando os dois (Draco ainda no chão).
- O Sr. Malfoy ainda não chegou?? - Snape disse incrédulo.
- Ah sim, chegou. É que ele tá amarrando meu cadarço agora. - ela disse inocentemente.
Ele se levantou e olhou pra ela com cara de morte.
- Obrigada, Malfoy, você é um anjinho. - ela dirigiu seu sorriso mais doce ao loiro.
Silêncio.
- Muito bem. - Snape colocou alguns potes de vidro na mesa - Acho que vocês têm tudo de que precisam, podem começar. Se faltar alguma coisa, estarei na minha sala. - e se retirou sem esperar nenhum ruído dos dois.
Quando a porta se fechou os dois ficaram em silêncio por algum tempo, se encarando com olhares desafiadores.
- Vamos logo ao que interessa. - Draco falou sem desviar o olhar - Quanto mais cedo começarmos, mais cedo vou poder me ver livre da sua insuportável presença. - ele foi até a bancada com o caldeirão.
Ela o seguiu. O loiro abriu o livro na poção que iriam fazer.
- Weasley, você realmente não sabe Poções ou era apenas uma desculpa para poder passar a noite comigo? - ele voltou com seu sorriso malicioso.
Ginny ficou vermelha de vergonha e de raiva.
- Claro, meu sonho passar toda noite ao lado de uma Doninha sonserina em uma masmorra escura e abafada.
- É no escuro que as melhores coisas são feitas, Weasley.
- Cala a boca, Malfoy! - ela abaixou os olhos pro livro, estava vermelhíssima.
Ele riu.
- Ah, qual é, Weasley? Vai dizer que nunca...
- Cala a boca, Malfoy! - ela disse mais firme - Vamos fazer logo essa poção porque eu estou perdendo Q.I. ficando tempo demais perto de você!
Ele riu e separou os ingredientes. Enquanto isso, Ginny tentava entender algo do que lia do preparo da poção. É, ela estava pior do que pensava...
- Primeiro você corta as algas em tiras bem fininhas...
A ruiva se esforçou pra compreender o que ele falava, mas tava difícil. Começaram a fazer a poção.
Alguns minutos depois, Draco dobrou as mangas da camisa até os cotovelos, afroxou a gravata e abriu os três primeiros botões.
E toda a atenção de Ginny mudou de foco.
Se antes estava difícil, agora era impossível prestar atenção na receita.
- ... e girar sete vezes pra direita... Weasley, você tá ouvindo o que eu tô falando?? - ele disse irritado.
- Ahn? - ela disse sonsamente, estava perdidinha no corpo escultural dele (N/A: ui! *-*). Então corou - É... cl-claro que eu ouvi!
Ele riu sedutoramente.
- Eu sou assim tão irresistível que você não consegue tirar os olhos de mim?
- 'Quié', Malfoy? - ela transformou seu sentimento em raiva - Você nem se acha, né? Eu não tô entendendo porque você é um péssimo professor!
Ele fechou a cara.
- Você que é burra e não consegue aprender uma simples poção!
- Burra é a idiota da sua namoradinha, seu corno!! - ela se exaltou.
- Cornos são seus namoradinhos!
- Do que você tá falando? - ela perguntou alerta.
Draco percebeu que tinha passado informação demais.
- Que você é uma pobretona sonsa e chata.
- Escuta aqui, seu loiro aguado... - ela foi chegando perto, cutucando-o com o dedo, quando os dois se assustaram com a entrada de Snape na sala.
- Fizeram algum progresso?
- Não. É uma missão impossível. - Draco disse friamente - Acho que nem eu consigo colocar alguma coisa dentro dessa cabeça oca!
Snape pensou que se Draco desistisse das aulas, ele que teria que ministrá-las e essa ideia não o deixava muito feliz.
- Será bem recompensado pelo seu esforço, Sr. Malfoy.
- Já não sei se vale a pena perder meu tempo aqui... - ele olhou de lado para Ginny.
- Draco, - Snape já estava um pouco alterado e disse ameaçador - você VAI continuar com essas aulinhas bobas.
- Isso pode te custar caro, professor. - o loiro não se intimidou e enfatizou a última palavra.
Houve uma troca de olhares entre os dois que Ginny não compreendeu.
- Tudo bem, eu continuo ensinando a Weasley.
- Pois bem, se não está havendo progresso, não vejo porque continuarem aqui. Melhor deixar para amanhã. Estão dispensados.
Aliviada, Ginny foi rápido para a porta, antes que ele resolvesse mudar de ideia. Mas não foi rápida o suficiente...
- Ah, Srta. Weasley, espere mais um momento. Acho que tenho algo que lhe pertence. - Snape disse quase com nojo.
Ela parou na soleira da porta e respirou fundo.
Draco foi até lá e a imprenssou contra o vão da porta. E a ruiva já não entendia mais nada!
- Sabe, Weasley, têm certas coisas que a gente pensa dos outros que nem sempre são verdades. - ele colocou a mão na nuca dela - Essa é uma delas. - e a beijou.
Pega de surpresa, ela cedeu, e quando conseguiu recuperar a "sanidade mental", tentou afastá-lo, mas ele só a largou quando ouvi Snape se aproximando e foi embora, deixando Ginny ainda perplexa com o que havia acontecido.
- Aqui está. - o professor, contra-vontade, lhe passou um caderno preto - Tem o seu nome escrito, então acredito ser seu.
E colocando-a pra fora, ele fechou a porta.
A ruiva ficou lá parada, fitando a capa preta, tremendo com o diário nas mãos. Pensou em perguntar ao professor como ele o achou, mas já estava sozinha no corredor.
Abriu o caderno. Havia mesmo o seu nome, mas aquela não era sua letra, tinha certeza!
Colocou-o no bolso da capa e voltou rapidamente para a Torre.
- Oi, Ginny! Tudo bem?
Ela não teve nem tempo de pisar direito no salão comunal e o aluno do sétimo ano do time de quadribol (o que a tinha abraçado no vestiário) já veio cumprimentando-a com um beijo no rosto.
- Ah, tudo sim... - ela não sabia nem como agir, ainda estava com a cabeça no mistério do diário.
- Então, eu tava pensando... - ele passou um braço em volta dos ombros dela e a guiou para um canto - sabe, você entrou no time agora e ainda tem que pegar o ritmo de jogo e talz... Se quiser eu te ajudo com essa parte... - ele deu uma piscada.
Ela riu de leve.
- É, vou pensar na sua proposta. Agora preciso ir.
E foi em direção às escadas, mas fez um desvio ao ver Colin do outro lado do salão, conversando com alguns garotos. Quando viu que ela se aproximava, ele foi ao seu encontro.
- E aí, como foi a aula? - eles foram para um sofá.
- Ah, foi horrível! - ela disse revirando os olhos. Já ia começar o relato, mas se lembrou que ele não sabia que era Draco quem dava as aulas (e ela queria que continuasse assim) - Nunca vou entender Poções, fato.
Ele riu.
- Não seja tão pessimista, Gi.
- É apenas a verdade! - ela também riu - Bom, Colin, vou subir agora, preciso me recuperar, boa noite. - deu um beijo na bochecha dele e foi para seu quarto.
Para sua sorte, o quarto estava vazio.
Folheou o diário, estava exatamente como o perdera.
**************************************
Draco chegou à sala comunal rindo. Assim que acabou de ler o diário de Ginny na aula de História da Magia (a primeira vez em que a aula tinha sido útil e ele não havia dormido), o deixou na sala de Poções sem que ninguém visse.
"E agora o diário retornou à sua dona...", ele pensou malicioso. Ainda planejava alguma forma de tirar vantagem dos segredos da Weasley.
**************************************
Ginny demorou a conseguir dormir naquela noite, mas aos poucos conseguiu arrastar o assunto do diário para o fundo da mente.
~**~**~**~D/G~**~**~**~
N/A: descuuuuuuuuuuuuuuuuuuuulpa pelo abandono! D:
Sei que esse demorou bastante a sair...
Vou tentar não demorar muito nos próximos, prometo! (A)
xoxo
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!