Encontro com a Doninha
CAPÍTULO 2 Ginny e Dean estavam num passeio romântico alguns dias depois, sentaram-se embaixo de uma árvore perto do lago e começaram a sessão de agarramento. Alguns minutos depois, alguém limpou a garganta perto deles, que se separaram. - Aqui não é lugar pra vocês ficarem se agarrando... – disse Malfoy num tom inocente, balançando a cabeça e pegando um caderninho no bolso anotando algo. - E o que você tem a ver com isso, Malfoy? Levou um chute do seu namorado? – Ginny disse sarcástica. (N/A: DRACO NÃO É GAY! Foi só provocação dela!) Draco balançou a cabeça mais uma vez. - Desrespeitando um colega, Weasley... – anotou mais alguma coisa. - Mas que porcaria você tanto escreve?! – ela disse irritada. A expressão dele se iluminou. - Ah tava esperando por essa pergunta! Bom, talvez você não saiba, mas eu sou Monitor... - Grande merda! – ela o interrompeu. - ...E posso tirar pontos dos alunos que infringirem as regras. – disse enquanto anotava mais algumas coisas. Voltou a falar quando acabou – Bom, de acordo com os meus cálculos, a Grifinória vai perder... 130 pontos. - O QUE?! – Ginny e Dean disseram em uníssimo. - Você não tem esse direito! – Ginny já estava vermelha de raiva. - Aí que você se engana, Weasley. Ela olhou pro namorado, que ficou quieto. Revirou os olhos. E puxou a própria varinha. - Se a Grifinória vai perder 130 pontos, então que seja por algo que realmente valha a pena. – ela apontou a varinha para o loiro com um brilho de loucura nos olhos. - Eu não faria isso se fosse você. – ele disse calmamente – Mas, graças a Merlin, eu não sou você! Vá em frente, Weasley. Um arranhado no meu rostinho e você perde pontos por agressão física. - Não estava pensando exatamente no seu rosto. – ela abaixou a pontaria da varinha. - Você não é nem louca! – ele disse alterado, se encolhendo um pouco ao ver que ela apontava para o meio das suas pernas. Depois voltou ao seu tom normal – Eu sei que você me deseja, mas não é só porque nunca vou ser seu que você tem que descontar em todas as outras garotas. Ela riu sonoramente. - Você não é grande coisa, Malfoy. - Sabe que já me disseram justamente o contrário. – ele colocou um sorriso charmoso no rosto. Ginny abaixou a varinha ao ver Ron e Hermione vindo até eles. - O que está acontecendo aqui? – Ron disse olhando o trio à beira do lago. - Pergunta pra sua irmã o que ela estava fazendo aqui com esse sangue-ruim, Weasley, antes de me assediar. – Malfoy disse desdenhoso. Ela fez uma cara chocada. - Cala a boca, Malfoy! – a ruiva disse irritada. Depois se dirigiu para o namorado, ainda alterada – E você vai ficar aí sem dizer nada?! - O que você quer que eu diga? – Dean deu de ombros. Malfoy riu. - É melhor você parar antes que eu apague esse seu risinho com as minhas próprias mãos. - Tô esperando, Weasley. - Ginny, se acalme. – Hermione disse – Vamos. – e lançou um olhar severo para Draco. - Eu já tô de saco cheio de você, Malfoy. – Ginny ignorou a amiga – Mais uma vez e você vai querer nunca ter nascido. - Tô morrendo de medo de você, garotinha. Ela ia dizer mais algumas coisas, mas Hermione a puxou. - Eu odeio o Malfoy! – ela disse quando já estavam quase no castelo. - Junte-se ao clube. – Hermione disse. - O que vocês estavam fazendo lá? – Ron perguntou para a irmã, olhando de esgueira para o outro garoto. - Nós estávamos contando quantas folhas tinha aquela árvore. – ela estava com um humor ácido – E, Dean, por que não fez nada? - Ele é Monitor, Ginny. - E daí? Você deveria ter quebrado aquela Doninha e jogado aquele maldito caderninho dele no lago! - Não deveria não, Ginny. – foi Hermione quem respondeu – Vocês só iam arranjar mais problemas. - Ele realmente consegue me tirar do sério! *************************** Quando chegaram ao salão comunal, Ginny já tinha rompido com Dean por ser tão frouxo. - Ginny, espera! – Dean segurou o pulso dela quando tentava subir as escadas para seu dormitório – Me perdoa. – ele nem sequer sabia pelo o que estava se desculpando, mas seu feeling disse pra se desculpar – Ruivinha, por favor, eu gosto de você. Ela pensou um pouco e desceu os dois degraus - Tá. – ela disse mais calma – Só que eu não quero ser o macho da relação. Ela deu um selinho nele, que a puxou para um beijo realmente longo. *************************** Hogwarts, quinta-feira, 17 de setembro de 1998 (23h26) Hoje meu dia foi bem cheio de emoções! Sai com o Dean pra “tomar um ar” (e estava realmente muito bom!, ele beija muito)... Como sempre, tem que ter um MAS, a história não foi perfeita. Então... Estava eu e meu namorado de frente pro lago, muito bem, obrigada, MAS aí chegou o Malfoy (acho que nunca tinha mencionado ele antes. Breve descrição: loiro aguado, olhos como duas pedras de gelo, SONSERINO, incrivelmente irritante, extremamente insuportável, inacreditavelmente convencido... [entre outros adjetivos ‘bons’ que eu poderia passar o resto da vida escrevendo] deu pra perceber que eu o “amo”). Eu nunca senti isso por ninguém! (Hahaha lendo isso dá até pra pensar que vai se seguir uma declaração de amor! >.<) Mas eu nunca senti tanto ÓDIO por alguém! Quer dizer.... bom... ele também não me pegou nos melhores dias, mas minha TPM só agravou mais a situação. O idiota (Malfoy, não Dean) ainda queria tirar pontos da Grifinória! O mais impressionante é que o outro idiota (desta vez Dean, não Malfoy) não fez nada! Terminei com ele. MAS voltamos. Percebi que não valia a pena terminar pelo Malfoy (porque a culpa foi dele! Se não tivesse me irritado... pra começo de conversa, se não tivesse nos atrapalhado!). Além do mais, não tinha muitas opções... Dean é legal, bonitinho, beija bem, é gentil, não reclama muito e é obediente. ;} Tá difícil hoje em dia achar um cara com essas qualidades essenciais... Bom, vou dormir agora. Toda essa movimentação me deixou exausta psicologicamente (a exaustão física é culpa do Dean...). (6) *************************** Gini fechou seu diário e o guardou na mochila. Certo que Tom Riddle a deixou traumatizada, mas ela gostava de escrever. E antes de começar, tinha pedido à Hermione para examiná-lo, mesmo sendo um caderno trouxa.
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