O Presente de Hermione
Capítulo 1: O Presente de Hermione
Um garoto deitado em sua cama olhava para o teto do quarto, mesmo estando a luz apagada, naquela madrugada, quando quatro corujas entram pela janela aberta. Uma das corujas cinzas, por causa da pouca luz que vinha dos lampiões da rua, começa a lhe beliscar a orelha e retirou-o de seus devaneios.
– Não precisa mais beliscar, Edwiges! – fala o garoto para a coruja – Estou acordado.
Ele acende o abajur, começa a recolher as cartas e embrulhos das aves, começando por uma coruja minúscula e irrequieta que pertence ao seu amigo, Rony, depois retira as cartas e embrulhos de duas corujas cinzas e por último, uma carta e, novamente, um embrulho da sua alva coruja das neves. As corujas voam em várias direções quando são libertadas de suas cargas.
O garoto começa a abrir as cartas, pela de seu amigo Rony e lê:
Harry,
Feliz Aniversário!
Como você está? Continua chateado com o que aconteceu com o Sirius? Tente dar a volta por cima, cara.
Tou te mandando umas coisas da loja dos gêmeos pra ver se te anima.
Nós vamos te buscar no dia 10 de agosto.
Abraço, Rony Weasley.
Harry anima-se um pouco com a notícia de que sairia da odiada casa de seus tios e por se lembrar de seu aniversário. Procura o presente que seu amigo mandou, abre-o e observa que realmente há várias coisas para fazer uma brincadeira, só não tem com quem as fazer. Resolve abrir a carta que sua coruja trouxe, reconhece a letra de sua amiga, Hermione, e lê-a:
Harry,
Mando-lhe meu presente de aniversário. Irá surpreender-se com ele. Nem tanto, pois é um livro, mas não é um livro qualquer, é um exemplar da Ética a Nicômaco do Aristóteles.
Deve estar a se perguntar: para que serve um livro sobre ética de Aristóteles? Eu respondo-lhe, serve pelo menos para não se culpar sobre o que aconteceu no final de semestre passado e para pensar sobre a maneira que seria melhor se comportar nesta guerra.
Dumbedore gostaria que leste este livro. Ele irá dar-lhe aulas de ética quando voltarmos para Hogwarts.
Feliz Aniversário,
Um beijo de sua amiga,
Hermione Granger.
PS.: Encontramos-nos em breve.
Harry abre o pacote com o presente de Hermione e, realmente, ali tem um livro de bolso de capa vermelha e, como gravura de capa, uma estátua dourada de um homem barbudo [NA: esta é a capa da edição de bolso da Ética a Nicômaco da Oxford UK – ora Harry é inglês –, existem edições da Ética em português, inclusive uma edição de bolso da Martin Claret – que usarei como fonte nos próximos capítulos].
Harry continua a abri as cartas e abre a carta de Hadrig, onde este parabeniza Harry pelos dezesseis anos de idade, deseja-lhe boa saúde e melhoras com relação ao que aconteceu no final do ano passado. Hadrig também mandou um bolo para o aniversariante que este achou melhor não comer.
Ele abre a última carta e para seu espanto é de Dumbledore. Harry lê a carta:
Caro Harry,
Parabenizo-te pelo teu aniversário de dezesseis anos.
Gostaria de te informar que te darei aulas de ética quando voltares para Hogwarts. Também, é necessário te comunicar que pedi a Hermione que te entregasse uma edição/i Ética a Nicômaco ide Aristóteles e, pelos fatos ocorridos nos últimos anos, torna-se necessário que leias este livro.
Para tua melhor compreensão da ética do Filósofo [NA: o Filósofo é a maneira como Aristóteles era conhecido na Idade Média], mando-te um meio de comunicação seguro comigo e com Hermione. É só tu falares ao espelho o nome de quem tu queres conversar e, se esta pessoa tiver outro destes, poderás conversar com ela.
Um abraço de teu mestre, Alvo Dumbledore.
Harry abre o embrulho de Dumbledore e encontra dentro um espelho parecido com aquele que Sirius havia lhe dado há meio ano. Isto lhe faz bater uma grande saudade de seu padrinho e deixou-o indisposto para começar a estudar ética.
Deixa tudo para o outro dia e vai dormir.
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