8.Aproximação





As conclusões que Hermione havia tirado há alguns dias sobre achar que nunca mais ficaria tão chocada quanto no momento do beijo inesperado foram por terra ao ouvir cada uma daquelas palavras sendo pronunciadas pelo seu até então amigo, Christian.





 


Um silêncio perturbador permaneceu durante alguns minutos que mais pareceram séculos. Eles se entreolhavam, um sem conseguir manter o olhar fixo, outro como uma criança que espera pelo presente de natal.


 


Finalmente o silêncio foi quebrado pela voz falhada da morena:


 


–Bem... Ahmm... Eu... Eu não esperava por isso Chris...


 


– Eu sei que eu posso estar indo rápido demais, mas, peço que pelo menos pense com carinho na possibilidade. Chris a olhou com tanta doçura e amor no olhar que fez a garota se sentir culpada se não aceitasse.


 


–Não posso prometer nada Chris... Mas... Prometo que irei pensar... Só me dê um tempo... Hermione corava da cabeça aos pés (se é que isso é possível).


 


–Não se preocupe com o tempo Mi, esperarei o quanto for preciso. Chris concluiu deixando um doce e suave beijo nas costas da mão da garota. Logo em seguida levantou-se e saiu.


 


Hermione ficou parada, pensando... Como da última vez que Christian a surpreendeu. E como da última vez, não chegou a nenhuma conclusão imediata (se é que 30 minutos pode ser chamado de imediato).


 


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Após sair do transe, Hermione foi direto para a sala de sua primeira aula da tarde. A morena passou toda a tarde pensando no que Chris havia dito, e no que ela tinha respondido. Sentiu-se culpada por ter pedido tempo para pensar apenas por não ter coragem de falar de uma vez se aceitava ou não.


 



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–Não vai visitar o Harry hoje Gina? Perguntou Hermione à amiga ao perceber que ela não estava indo na direção da enfermaria.


 


– Infelizmente não vou poder Mi... Tenho um trabalho enorme de poções para fazer. Snape passou para amanhã acredita? Odeio aquele seboso. Gina bufou.


 


– Ah... Então ta. Eu vou vê-lo. Se quiser eu te ajudo com o trabalho quando voltar. Hermione quis ser simpática com a amiga, apesar de estarem meio distantes ultimamente.


 


–Ah, claro Mi. Mas não se apresse. A ruiva sorriu e voltou-se em direção ao salão comunal.


 


Hermione entrou em um corredor e seguiu para a enfermaria. No caminho pensava em Harry, em Pansy... Em Chris... E em tudo que cada uma dessas pessoas havia feito para ela. Até ser arrancada de seus pensamentos por uma voz vinda de um loiro narcisista.


 


– Indo visitar o cicatriz Granger? Draco falava com repulsa o sobrenome da morena. A fala do loiro foi seguida por uma risada cínica.


 


– Eu sei que você tem algo a ver com isso Malfoy! Claro que tem... Você está sempre metido nas confusões dessa escola. Hermione se segurava para não lançar um Avada ali mesmo.


 


– Hey, eu não tenho culpa se o testa rachada não tem capacidade de duelar nem com a tapada da Pansy. Não me culpe pela burrice do seu amado. Draco frisou a última palavra propositalmente, queria tocar onde doía mais na castanha, onde ele sabia que desarmaria a garota no mesmo instante.


 


– NÃO FALE ASSIM DO HARRY!Exasperou a castanha empurrando o loiro com toda a força contra a parede.


 


O loiro enfureceu-se, mas logo a ira cedeu lugar para um sorriso cínico que ia despontando na face de Malfoy ao passo que ele erguia a cabeça.


 


Uma risada maléfica pôde ser ouvida pela castanha, que deu um passo a trás, assustando-se.


 


– Do que está rindo Malfoy?! A castanha tentava esconder seu receio.


 


– Você é patética ... Sempre defendendo o Potter... Nunca se dando conta de que ele jamais olhou ou vai olhar para você de outra forma... Ou talvez você saiba disso, mas , ainda que nunca tenha nada com ele, você se sente bem apenas estando com ele... Draco era bom em dissimular.


 


–HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Isso não é patético? Tão bobinha... Tão... Fraca! Draco tocava cada vez mais fundo na ferida de Hermione, e isso a deixava cada vez mais enfurecida.


 


Mas, o que deixava a castanha com mais raiva ainda era o fato de Draco de certo modo estar certo. Como ele podia saber tanto a respeito dela? Será que ela era tão transparente assim?


 


– Parece que você passou os últimos anos analisando o meu comportamento ao invés de fazer os deveres de casa não é mesmo Malfoy? Hermione também sabia usar as palavras em seu benefício quando necessário.


 


Draco rolou os olhos.


 


– Não quero mais perder tempo com isso... Então, só mais uma coisa: Antes de pensar em me chamar de fraca novamente, lembre-se do ocorrido no 3º ano... Hermione deu uma piscadinha cínica para o loiro, virou-se e continuou seu percurso até a enfermaria.


 


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– E foi isso que a Madame Pomfrey disse, após tanta insistência. Concluiu a castanha.


 


– Nossa, que estranho isso acontecer com a Parkinson não é? Disse Rony.


 


– Será que foi o Malfoy que fez isso? Afinal, foi ele que levou ele até a enfermaria. Pode ter sido apenas para não levantar suspeitas. Refletiu Gina


 


– Com certeza foi ele. Aquele garoto não presta mesmo. Hermione bufou rolando os olhos.


 


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Hermione passou uma semana em meio a esconderijos improvisados com o intuito de evitar ‘algumas pessoas’, visitas a Harry, deveres de casa e aulas cada vez mais monótonas, até mesmo para a sabe-tudo mor de Hogwarts.


 


A cada dia Hermione sentia que perdia cada vez mais o controle da situação, não estava acostumada com uma vida tão agitada (com exceção, é claro, do fato de o Lord das Trevas perseguir seu melhor amigo). E a cada instante a sua preocupação com Harry aumentava mesmo Pomfrey dizendo que o garoto está bem.


 


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– Anda logo Mi! Por que tanta demora em vestir uma roupa? Assim agente vai se atrasar! Rony resmungava do pé da escada.


 


Hermione apontou lá de cima, deixando aparecer apenas a cabeça com o cabelo enrolado em uma toalha.


 


– Podem ir à frente. Ainda tenho que passar na biblioteca antes. E não se preocupem, falta muito tempo para o aviso do Dumbledore e da McGonagall ainda.


 


– Tem certeza Mi? Dessa vez, Gina pronunciava.


 


– Tenho. Podem ir Gi. Hermione apressava os amigos.


 


– Tá bom. Tchau. Os irmãos despediram-se em coro e saíram do salão comunal.


 


Certificando-se que seus amigos haviam ido embora, Hermione vestiu uma roupa comum, pegou sua varinha por precaução e desceu as escadas com cuidado, saiu do salão comunal sem ser vista e caminhou para fora do castelo.


 


A morena precisava espairecer tudo estava acontecendo tão rápido nesse início de ano letivo... A garota caminhou até o lago e sentou-se na grama com as costas no velho carvalho.


 


Ficou por um tempo ali, naquela mesma posição, de olhos fechados, sentindo a brisa gelada sem se importar de não ter levado a capa.


 


Em certo momento, um barulho de galho se quebrando fez a garota se assustar e levantar com a varinha em punho. Devido à escuridão da sombra da árvore que impedia a luz da lua, a garota não soube de imediato quem era.


 


Ouviu outro barulho, dessa vez de folhas secas sendo pisadas. Percebeu que o ruído vinha do lado oposto do carvalho. Vagarosamente Hermione foi dando a volta no carvalho a fim de descobrir quem era o incômodo colega. Sem que a garota notasse, o barulhento também começou a se movimentar em volta do carvalho, na direção de Hermione.


 


Não demorou muito para que finalmente descobrissem a identidade um do outro.


 


– Aaai! Hermione sentiu que esbarrou contra um garoto alto e forte.


Dando alguns passos para trás, a identidade de Hermione foi revelada ao garoto.


 


– Ora, se não é a sabe-tudo... O que faz aqui Granger? Perguntou Draco em seu costumeiro tom superior.


 


– Não é da sua conta Malfoy. Hermione respondeu mal-criada.


 


– Tava se escondendo aqui para chorar pelo seu Potterzinho? O loiro sabia como irritar a castanha, e isso o divertia muito.


 


– Não enche doninha... A morena rolou os olhos.


 


– Desiste garota, nem o Potter seria capaz de olhar para você mais do que como um amigo. Dessa vez a voz de Draco saiu aveludada, quase como um sussurro, e o garoto se aproximou perigosamente da castanha.


 


Assustada com a repentina aproximação, Hermione deu passos apressados para trás e quando menos esperava, se desequilibrou, escorregou e caiu no lago que descobriu estar muito gelado apesar de não ser outono nem inverno.


 


–HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! BEM FEITO GRANGER! Draco deliciava-se com esse momento.


 


– SEU LOIRO AGUADO! ESPERA SÓ EU SAIR DAQUI! A morena esbravejou furiosa.


 


A fim de ver melhor a cena cômica, Malfoy se aproximou mais do lago. E em um momento de descuido, Hermione puxou-o pela perna, fazendo o garoto também cair no lago.


 


–HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Ria da desgraça alheia agora! Hermione esbaldava-se em risos enquanto saía do lago.


 


Enquanto Hermione tentava tirar o máximo de água possível do cabelo, Draco, que saía do lago, ficou paralisado ao ver a cena.


 


Hermione estava com uma blusa branca, que devido à água tornou-se transparente. O fato do sutiã também ser branco, aparentemente não amenizou a situação.


 


A morena, muito concentrada em seu cabelo, não notou o rio de baba que saía da boca de Draco enquanto ele a observava.


 


– ÓTIMO! Agora eu estou encharcada! Hermione exclamou ao ver que não adiantou nada tentar tirar a água do cabelo.


 


– Droga! Vou chegar atrasada se me secar... ARRG! Está vendo o que você fez Malfoy?! Esbravejou a castanha.


 


– EU? E VOCÊ? Que me jogou no lago também?! Reclamou o loiro.


 


A morena nada respondeu, apenas pegou sua varinha (que ficou jogada no chão após esbarrar em Draco) e correu em direção ao castelo.


Em seguida, Draco fez o mesmo.


 


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Hermione não havia conseguido se secar e seguiu para o salão principal do jeito que estava.


 


A morena chegou até a porta do grande salão ofegante. Parou um instante para recuperar o fôlego e em seguida adentrou o local.


 


Enquanto Hermione seguia calmamente para a mesa da Grifinória, olhares curiosos e audaciosos a seguiam. Uns assoviavam, outros cochichavam, outros até soltavam comentários como “Ô lá no meu dormitório hein” ou “ Aonde estava isso tudo esse tempo todo hein?” .


 


Antes de Hermione se sentar e poder ser lavada por uma enxurrada de perguntas, certo loiro entrou no salão tão encharcado quanto a castanha, sendo seguido por olhares também curiosos e agora espantados com a ‘coincidência’, além de suspiros femininos seguidos de olhares mortais para Hermione.


 


Antes de ambos se sentarem, ambos, loiro e morena, trocaram olhares de fúria.


 


– Biblioteca não é? Rony mais exigiu resposta do que simplesmente perguntou à castanha encarando-a e logo em seguida desviando o olhar para a mesa da sonserina.


 


Hermione entreabriu a boca para dar uma explicação plausível de compreensão, porém, nada pôde dizer, pois Dumbledore iniciou seu discurso.


 


– Boa noite a todos. Espero que os alunos novos estejam se adaptando à escola e que os anfitriões tenham compreendido o porquê das mudanças.


 


Alguns septanistas bufaram em sinal de revolta com a declaração do professor.


 


– Sem mais delongas, chamei-os aqui hoje por que tenho um aviso muito importante: A professora McGonagall irá desenvolver uma peça de teatro com os alunos. Quem estiver interessado em participar poderá colocar seu nome nas listas que estão sendo colocadas na porta do salão pelo Srº Filch.


 


– A peça será apresentada no fim do outono, início do inverno, no baile de Hogwarts. Mais detalhes sobre a peça serão comunicados pela professora McGonagall, que também será a professora de teatro. Conclui Dumbledore


 


A maioria dos alunos animaram-se com a novidade, algumas sonserinas pretensiosas animaram-se até demais, afirmando veementemente que seriam as protagonistas.


 


Dumbledore se senta e Minerva toma o seu lugar à frente.


 


– Boa noite alunos. É necessário esclarecer ainda que o casal protagonista será escolhido através de uma avaliação paralela . Apenas poderão ser inscritos casais que possuírem um relacionamento para evitar futuros problemas com as possíveis cenas românticas.


 


– E além da oportunidade de atuar como protagonistas, o casal escolhido ganhará um prêmio extra. Mais detalhes serão comunicados a vocês através de um aviso escrito amanhã. Minerva concluiu erguendo uma taça de vinho e declamando: Sirvam-se. Ao passo que Dumbledore fez surgir o jantar sobre as mesas das casas como na cerimônia de seleção no início do ano.


 


– Hey, Hermione! De repente Collin surgiu com sua inseparável câmera fotográfica e assim que a castanha ergueu a cabeça na direção da voz que a chamou, um flash embaçou a visão da morena por alguns instantes.


 


– Ótimo. Agora vão inventar mais alguma coisa idiota sobre você para ser manchete do jornal de Hogwarts! Esbravejou Rony mirando a morena.


 


–Satisfeita Hermione?! Encerrou o ruivo.


 


– Ainda não. Não terminei de jantar. Declarou calmamente a morena enquanto se servia de um pouco de arroz.


 


Gina riu da feição do irmão após a resposta da morena.


 


– Gina! Repreendeu-a o garoto.


 


– O que foi? Bem feito para você, ninguém mandou ficar implicando com a Mione. Disse a ruiva de forma serena, provocando em seu irmão uma feição interrogativa e perplexa.


 


– Ela já está bem grandinha não acha Ron? Pode cuidar da própria vida. Concluiu Gina lançando uma piscadela para Hermione, que retribuiu com um leve sorriso de canto de boca.


 


Ronald optou por ficar quieto naquele momento. Apenas refletindo sobre a relação que poderia existir entre sua amiga chegar encharcada no mesmo momento em que Malfoy chega igualmente carregado de água.


 


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A possibilidade de fazer uma peça em Hogwarts povoou os sonhos de muitos alunos. Pode parecer algo bobo aos olhos daqueles que desconhecem a idéia, porém, Hogwarts é uma referência no mundo bruxo, o que coloca qualquer evento escolar no centro das atenções.


 


Hermione porém, permanecia indiferente à aquilo tudo. Não fazia questão alguma de participar de uma peça, tendo em vista sua falta de habilidade para a interpretação.


 


Do outro lado do castelo, Draco pensou que aquilo tudo poderia ser uma grande perda de tempo. Afinal, que ‘avaliação paralela’ seria esta para a escolha dos protagonistas? Pouco importava para ele. Mas, ficou curioso para saber no que consistia a tal avaliação e de que prêmio extra se tratava.


 


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Todos já haviam descido para o café da manhã quando Gina, em companhia de Hermione, se aproximava dos corredores que davam acesso ao salão principal.


 


– Estou sentindo você tão distante ultimamente Mi. Gina exibia um tom preocupado.


 


– Distante? Indagou a morena.


 


– É... Distante da ‘nossa turma’, do Ron, do Harry. Gina percebia algo diferente no comportamento de Hermione com seu namorado.


 


– Impressão sua Gi. Respondeu não muito certa disso, com um sorriso amarelo.


 


A conversa cessou nessa resposta. Continuaram a caminhar para o grande salão e começaram e notar cartazes pelas paredes.


 


Curiosas, as garotas pararam em gente a um deles, a fim de descobrirem do que se tratava.


 


No cartaz bruxo continha os seguintes dizeres:


 


AVISO Nº1 – Peça


Os ensaios serão ministrados pela professora Minerva McGonagall, todos os dias às 20h.


AVISO Nº2 – Protagonistas


 


Apenas casais com um relacionamento amoroso (namoro) poderão se candidatar.


 


A avaliação se dará da seguinte forma: Os casais inscritos serão observados durante certo período de tempo sem notarem que estão sendo vigiados.


 


Assim, o entrosamento e a forma natural de agir do casal poderão ser avaliados. Além disso, esta observação irá prevenir de falsos namorados.


 


AVISO Nº3 – Prêmio Extra


O prêmio extra para os escolhidos como protagonistas será uma surpresa, portanto, apenas será revelado aos ganhadores.


 


– Que besteira essa tal peça não acha Gina? Hermione falava ainda observando o papel.


 


– Gina? A amiga estava paralisava em frente ao cartaz.


 


– Acho que eu vou participar da peça Mi! Vou chamar o Harry também, para concorrermos à protagonistas. Os olhos da ruiva brilhavam.


 


– Tá doida Gina? O Harry está na enfermaria! A morena olhava perplexa para a garota.


 


– Eu seeei... Gina falou como se fosse retardada, ainda com os olhos brilhando.


 


Hermione então segurou Gina pelos ombros, a olhou no fundo dos olhos e disse: ACORDA GINA! Enquanto a balançava a fim de fazê-la voltar à realidade.


 


– Aaai Mione. Fiquei tonta. Gina reclamou colocando a mão sobre a cabeça.


 


– Se bem que você tem razão... Melhor esperar o Harry ficar melhor... Assim poderemos participar! Os olhos de Gina voltaram a brilhar na última frase.


 


Hermione abaixou a cabeça e lamentou.


 


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Após o café da manhã, Hermione dirigiu-se para o quarto ler um livro, como era sábado, Chris estaria no jardim e ela estava o evitando.


 


Hermione, distraída, não viu que se desviou do caminho e entrou em um outro corredor onde Minerva e Dumbledore conversavam.


 


Ao ver os professores, por instinto Hermione se escondeu atrás de uma pilastra, podendo ouvir a conversa dos dois.


 


– Agora poderemos nos concentrar em descobrir quem entrou na sua sala e encontrou a passagem secreta Minerva.


 


– Sim, Alvo. E também você poderá reforçar os feitiços. Não entendo como um aluno pode ter conseguido furar o campo de força.


 


–Provavelmente eles chegaram até o dragão. Dumbledore estava pensativo.


 


– Fomos imprudentes Minerva. Subestimamos nossos alunos. Reforçarei os feitiços e acrescentarei outros. Aquilo não deve cair nas mãos de alguém imprudente ou mal intencionado.


 


Hermione apressou-se a sair dali para não ser descoberta. Foi rapidamente para o hall dos monitores chefes.


 


– Dragões voadores. Hermione proferiu a senha e entrou apressadamente.


 


“ Querendo ou não, preciso falar com aquela Barbie falsificada, nem que seja para me gabar que furei o campo de força, ou mesmo para rir dele quando descobrirem que ele invadiu a sala da Minerva. Se bem que... Se bem que tecnicamente... Não. Eu invadi a sala da McGonagall também. DROGA! Agora mesmo é que tenho que falar com aquele cara de doninha.”


 


– Aqui ele não está. Onde será que aquele loiro aguado se meteu? Hermione pensava em voz alta.


 


Sem querer procurar por Malfoy, a garota jogou-se em cima de um dos sofás do hall pensando...


 


“Eu tenho que arrumar alguma forma de descobrir mais sobre o que tem naquele esconderijo... Mas... Se o Dumbledore e a Minerva estão se esforçando tanto para proteger o que há dentro da passagem eles devem ter um bom motivo.


 


Não seria correto entrar lá novamente sem a permissão da McGonagall. Mas... Não vou resistir, tenho que saber o que tanto aquele Dragão protege. E se alguém tentar roubar o que tem lá com o objetivo de usar para o mal, assim como no 1º ano com a pedra filosofal?


 


Porém, por hora não poderei entrar novamente naquele lugar... Dumbledore irá reforçar os feitiços, e, além disso, descobriria quem é o invasor dessa vez.


 


Tem que haver alguma forma de me aproximar mais, sem levantar suspeitas...


 


Posso usar a monitoria para investigar! Aaah... Esqueci... Aquela área não faz parte da minha ronda... Hmmm... O que eu posso fazer? AAHH! JÁ SEI!


Vai ser uma tortura, além da maior humilhação de toda a minha vida, sem contar no esforço que terei que fazer para colocar isso em prática... Mas, essa é a única forma... ”


A castanha apressou-se receosa a sair do hall a fim de colocar seu plano em ação.


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Hermione estava tão compenetrada em colocar seu plano em ação, que nem notou um moreno alto, de olhos azuis esverdeados se aproximando.


 


– Hermione!Que bom ver você! Eu estava mesmo te procurando. Chris sorriu simpaticamente.


 


– Ah... Oi Chris... “Droga! Justo agora” A morena sorriu amarelo. Havia se esquecido totalmente de Chris. A última pessoa que poderia ver agora era o moreno. Principalmenteagora.


 


– Aliás, eu estive tentando falar com você a semana toda. Mas... Parece que você está me evitando... O rosto do garoto se entristeceu.


 


– Eu? Sorriu nervosamente. – Imagina Chris! Impressão sua! A castanha olhava para os lados à procura do melhor esconderijo ou um melhor local para correr.


 


– Sabe Mi... Eu queria falar com você sobre o pedido que te fiz há um tempo... Eu sei que disse que esperaria o tempo necessário, mas...


 


– Ah, sobre isso Chris... A garota o interrompeu. – Vamos conversar mais tarde tá? Ainda hoje. Mas agora eu preciso mesmo ir. A morena apressou-se em sair dali, deixando para trás um Christian temeroso por uma resposta negativa.


 


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–Malfoy! Preciso falar com você! Hermione avistou o loiro de longe, sentado em um murinho recostado em uma das pilastras ao longo do pequeno muro. Incomumente o garoto estava sem seus capachos: Crabe e Goyle, além do resto da corja de falsos que o seguiam.


 


– O que você quer Granger?! Respondeu ríspido, pondo-se de pé em rápidos movimentos.


 


A garota correu até Draco e falou após alguns segundos recuperando o fôlego.


 


– Aqui não dá para falar. Vamos para um lugar mais reservado. Falou a garota caminhando para uma porta logo à frente. Draco a seguiu a contragosto e sem entender nada do que estava acontecendo.


 


Entraram na sala atrás da porta encontrada. Estava vazia, exceto pelo móveis cobertos por panos brancos.


 


– Você fica mais esquisita a cada ano Granger. Acho que é a poeira desses livros velhos que você lê. Isso que dá ser CDF... Draco num primeiro momento olhou a garota com repulsa e em um segundo instante com certa diversão no olhar.


 


Hermione apenas rolou os olhos e iniciou: - Você se lembra do dia em que encontramos aquela passagem secreta na sala da Minerva?


 


– Sim. O que tem? Respondeu o loiro.


 


– Sem querer eu acabei ouvindo uma conversa entre o Dumbledore e a professora McGonagall, e...


 


– Sem querer não é? Draco sorriu de canto de boca, provocando a castanha.


 


– Posso terminar? A morena estava segurando seu ódio por Malfoy em prol de um bem maior.


 


O loiro deu de ombros à fala da castanha.


 


– Continuando... Eu os ouvi falando que descobriram que alguém entrou. Isso não é tão surpreendente porque mais cedo ou mais tarde descobririam mesmo... O interessante é que a peça que eles estão promovendo é além de um evento cultural um pretexto para poderem reforçar as defesas da passagem sem que ninguém descubra.


 


– Legal... E o que eu tenho a ver com isso? Perguntou indiferente.


 


– Bom... Eu preciso descobrir o que há após aquele Dragão. Tenho receio que mais alguém entre lá e use o que é protegido para finalidades malévolas. Além disso, fiquei curiosa... E já que eu comecei essa busca, irei até o fim.


 


– Tá... Boa sorte. Você vai precisar de muita para enfrentar aquela coisa horripilante e grotesca. Draco virou-se para sair, mas, foi impedido pelas palavras da castanha.


 


– Não! Não vá embora ainda. Eu te chamei aqui por que... Hermione iniciou a frase sem ter coragem para terminá-la. Disse a si mesma que ia ser humilde e esquecer o ódio pelo loiro, mas, o orgulho falava cada vez mais alto.


 


– Por que...? Fala logo sabe-tudo irritante! Não tenho o dia todo! Exasperou já impaciente Draco.


 


– Por que... Eu... EU preciso da sua ajuda. Hermione balbuciou o mais baixo possível , sem querer dizer, sem querer se rebaixar a tanto.


 


– O quê? Fala mais alto!


 


– POR QUE EU PRECISO DA SUA AJUDA! A garota disse de uma vez só, para não sentir o gosto amargo do que falava, assim como quando toma-se um remédio ruim com um só gole.


 


– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Eu não conhecia esse seu lado cômico Granger! HAHAHAHAHAHA.


 


– É sério Malfoy! A castanha rolou os olhos e bufou.


 


– E por que eu te ajudaria? Perguntou com um sorriso debochado.


 


– Por que foi você quem invadiu a sala da Minerva e revirou as coisas dela; E se não me ajudar conto tudo ao Dumbledore. Um sorriso vitorioso brotou nos lábios da garota. Hermione sabia jogar o joguinho de cinismo do garoto.


 


O sorriso debochado de Malfoy deu lugar à uma face séria.


 


– Você não faria isso! E além do mais, você também estava lá, posso dizer isso também espertinha. Um sorriso cínico surgiu.


 


– E em quem você acha que eles vão acreditar? Na garota honesta e estudiosa ou no loiro mimado e rebelde da escola? Hermione ergueu uma sobrancelha desafiando o garoto.


 


Draco bufou derrotado.


 


– E qual é o seu grande plano ó gênio da chantagem?


 


– Bem... Eu pensei em todas as possibilidades e a melhor alternativa para me aproximar e investigar sem levantar suspeitas seria se eu participasse da peça, e também me inscrevesse para protagonista e de preferência ganhasse.... Mas, para isso eu ia precisar que vocêeeufingíssemossermosnamorados para participarmos da avaliação dos protagonistas. Hermione pronunciou a parte do falso namoro rapidamente em uma tentativa vã de não ser ouvida de imediato a fim de adiar a humilhação maior.


 


– O QUÊ?? O loiro ficou perplexo com a proposta.


 








 


E então? Gostaram? Eu finalizei o cap nessa parte pq bom... Eu tenho que finalizar em uma parte impactante :D ,( não sou má u.u HOHOHOHO* ) e também pq ia ficar mto grande e eu já estava achando que estava ficando chato. ( de novo) 
Enfim... o que acharam? 
Gostando ou não , comentem (: 
Kissus;**



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