Descobrimentos

Capítulo 7: Descobrimentos.

 

Dias se passaram Harry e Kyle, foram se aprimorando, com o ambiente da sala, de como era feito. Agora usavam a sala e o livro muitas vezes. Em um dia desses, os dois estavam fazendo um “treino” com os feitiços. Quando Allan chegou eufórico e disse:

 

– Posso tentar um feitiço? Só para ver se aprimorei...

 

– Err... Claro. – disse Kyle, cansado.

 

– Ok... Harry venha aqui... – disse, Harry levantou-se e foi para perto de Allan – Fique bem aí, vou para o outro lado da sala. Kyle fique a postos... Prepare sua varinha para um belo “Incêndio”, ok?

 

– Ta... Mas para quê... – ia dizendo, mas fora interrompido, quando Allan, pronunciou:

 

– Serpensortia – quando o loiro falou isso, da ponta de sua varinha saiu uma cobra. Harry olhou a serpente com os olhos arregalados, sem perceber começou a dizer, enquanto a cobra se aproximava:

 

– Saia de perto de mim... – disse, agora com o rosto fechado e então repetiu, quando percebeu que a cobra continuava a ir em sua direção – Saia de perto de mim... – Ao seu lado, ouviu a voz de Kyle dizendo, “Incêndio”. Um silêncio constrangedor, ficou entre Kyle e Allan, Harry recuperava fôlego. Então Allan disse:

 

– Por que nunca disse que era ofidioglota?

 

–Eu não sou...

 

– Tá bom Harry... Claro que você não é... O que você disse agora para a  cobra não é uma prova disso. – disse Kyle.

 

– Eu nunca quis ser isso, ta legal?

 

– Desde quando sabe que é um ofidioglota?

 

– Desde... – suspirou em cansaço e começou a contar.

 

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Fora da sala, Elizabeth começa dançar balé, indo e voltando, três vezes. Então uma porta pequena as abre. Haviam enfim descobrir o segredo da sala.

 

 Em uma salinha, Emily e Elizabeth, viam e ouviam o que era dito por Harry, Kyle e Allan.

 

– Até que em fim nós conseguimos abrir isso, não Liz? – perguntou Emily, feliz.

 

– Sim, Emm. Mas é melhor ouvirmos ou se não perdemos a história

 

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James e Harry estavam em um quarto de acampamento de verão. Com nove anos. Em um silêncio, que dava-se para perceber o ar pesado, que se instalava por lá. James, para quebra toda aquela pressão resolveu começar falando:

 

– Bom... Harry, você sabe... Sobre hoje... – ia dizendo ele, só que foi cortado por seu irmão, Harry.

 

– O que foi? Você sabe muito bem, que não gosto que enrolem.

 

– Err. Ok... Hum... Quero lhe pedir desculpas por hoje... Lá na floresta, foi sem querer... Você sabe... Feitiço não proposital... Nem varinha tenho... – disse ele, enquanto seu rosto ficava vermelho. Harry olhou bem para seu irmão, ficou com remorso de ter sido tão grosso. Então disse:

 

– Que nada, irmão. Isso acontece... Afinal, sabemos o que somos. – James o olhou e sorrio, de orelha a orelha.

 

– É mesmo...

 

– Tirando a parte que isso é maravilhoso... Sua magia, enfim se manifestou. Mas é claro que não é tão boa quanto a minha... Afinal, com sete anos minha magia se manifestou. – falou o moreno com um ar pomposo.

 

– Ta, ok o bonzão... Eu queria que você me desse apoio, e não que me humilha-se – disse o outro com uma falsa tristeza. Os dois entreolharam-se e riram.

 

Pouco depois, Harry, sai em meio a floresta com um livro trouxa em mãos. Procura a árvore mais aconchegante e encosta-se nela. Passando-se um tempo, ele ouve um barulho entre os arbustos. Vê dois olhinhos penetrantes, se aproximando, de lá sai uma cobra. Sem o que fazer o moreno, fica olhando ela chegar, cada vez mais.

 

Inesperadamente, ele ouve uma voz fria, saindo da cobra, que no momento ficou postada a mais de sessenta centímetros do garoto:

 

– Quer morrer garoto?

 

– Você...? Ai.. Meu... Merlin!. Papai já disse sobre isso... Ofidioglota é quem pode ouvir e falar com as cobras! – disse Harry excitado – Sou um ofidioglota! Yeah!

 

– Menino... Eu estou falando em te matar e você vem com um tal de ofi, não sei o que...?

 

– Hã...?

 

– Deixa para lá... Vou indo... Vem vindo alguém – ela se arrastando para os arbustos novamente.

 

– Não... Espera aí! – disse Harry, tentado ir atrás da cobra.

 

– Harry... – O moreno de longe, ouve alguém chamá-lo. Com toda certeza era James, não iria nunca esquecer o som da voz de seu irmão. Olhou por cima de seu ombro, viu James, as suas costas, vermelho de tanto correr.

 

– Oi...?

 

– Cadê?

 

– Cadê, o quê? Ta maluco!?

 

– Cadê a cobra que estava com você a pouco?

 

– Ela foi embora, ué. – disse Harry, como se fosse algo normal, mas por dentro torcia para que seu irmão não insistisse.

 

– Como...?

 

– Posso dizer algo... Que você jura não contar a ninguém!?

 

– Claro... Só digo se você autorizar...

 

– Eu sou um ofidioglota...

 

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Harry parou de falar, olhou para  os dois, pensando que iria ver feições serias, fora o contrario. Os dois estavam, para cair na gargalhada.

 

– Harry... Repete o que a cobra falou... – disse Allan.

 

– Não... – disse Harry irritado – Olha, não é para dar risada não... E tinha nove anos, com essa idade as crianças não tem muita percepção no que é errado ou não.

 

– Ah, Harry... Você não tem senso de humor...

 

– Não, não tenho mesmo. – Kyle, para mudar de assunto perguntou:

 

– Harry, só o James e nós que sabe disso? Ou você contou aos seus pais?

 

– Não, não contei a ninguém.

 

– Isso é bom...

 

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Na salinha Elizabeth analisava  bem o que ouvira do moreno, enquanto Emily, ria descontroladamente e resmungando “cobra indignada... onde já se viu...”:

 

– Da para parar de rir um minuto?

 

– Desculpe Beth, é que onde já se viu cobra indignada? – ela ia recomeçar a rir, mas parou, quando viu o olhar da morena. Fez uma expressão séria e disse: – Tinha uma coisa que me prendeu a atenção...  O fato de o Harry ser ofidioglota em si... Isto é... Slyntherin, ofidioglota. Lembra-me alguém, se é que você me entende.

 

– Sim, entendo completamente. – disse ela dando meia-volta e saindo.

 

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