18 - I’ll Be There... Parte I
“- O quão ruim está o hospital? – Perguntou Hermione enquanto lágrimas escapavam de seus olhos. Vários aurores que haviam ouvido a conversa berravam aos outros que se encaminhassem ao Hospital. Todos começaram a aparatar.
- Muito ruim. – Disse Rony com a garganta ardendo. – Metade foi destruído.
Os olhos de Hermione se arregalaram enquanto uma verdade assustadora a atingia. Cambaleou tendo que ser amparada pelo marido. Colocou a mão sob o peito esquerdo.
- Harry!”
Capítulo 18 I’ll Be There For You - Parte I
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Rony, Hermione e Draco aparataram juntos em frente ao Hospital. Gritos histéricos invadiram os ouvidos dos recém-chegados; pessoas sendo carregadas em macas eram levadas por curandeiros e ajudantes; os mais velhos davam ordens enquanto agitavam as varinhas fazendo o que era preciso; os aurores tentavam apagar o fogo que se alastrava em uma das metades do prédio; pilastras caíam sem vida ao chão; cacos de vidro estavam espalhados formando um grande mosaico e vários fracos de substâncias estavam quebrados aos seus pés.
Hermione sentiu os olhos arregalarem enquanto uma nuvem de fumaça a cobria dos pés a cabeça. Respirar tornara-se difícil, e ela não sabia o motivo real daquilo: a poluição da destruição ou o seu melhor amigo. Sentiu a mão de Rony tentar consolá-la pegando-a pelo ombro, porém o ruivo tremia mais do que ela mesma.
Ao seu lado Draco Malfoy olhava impassível para o que fora o Hospital. Nem o homem mais arrogante que conhecera conseguia comentar algo sobre aquilo.
- DÊ LICENÇA, POR FAVOR! – Berrou um homem enquanto passava com uma mulher que possuía dificuldade em respirar. Estava vermelha e arfava com força. Hermione sentiu um arrepio na espinha.
- Gina! – Exclamou lembrando-se da amiga. Conjurou rapidamente um patrono, tentando ao máximo pensar em coisas boas. Depois do feito, virou-se para Rony com os olhos marejados. – Procure conhecidos, vá até os aurores e pergunte notícias do seu amigo.
O ruivo fez que sim com a cabeça enquanto se afastava. Hermione virou-se para Draco, porém o loiro já estava a alguns metros de distância ajudando uma família que tentava amparar cinco feridos ao mesmo tempo.
A mulher correu para perto dos destroços, sendo recebida por vários aurores. Reconheceu alguns companheiros de outros departamentos, inclusive inomináveis. O que estariam fazendo ali?
- Vocês têm notícia das pessoas que estavam ali dentro? – Perguntou Hermione para um senhor alto a sua frente. O homem virou-se bruscamente, porém deu seu melhor sorriso.
- Começamos agora a busca pelas pessoas que não conseguiram sair. Os corpos não estão em perfeito estado por conta da destruição, muitos estão queimados e outros difíceis de reconhecer. Mas faremos o possível, madame. E não, o senhor Potter ainda não foi achado em nenhum dos que não sobreviveram ao ataque.
Hermione respirou aliviada e apoiou-se em um dos escombros. Cinco minutos depois Gina chegava afobada até a amiga, as mãos tremendo e o rosto todo vermelho.
- Harry... Harry... – Começou a exclamar, mas a agitação a impedia de completar a frase. Hermione colocou a mão no ombro da amiga.
- Ainda não foi achado – respondeu tentando passar calma. – Tenhamos fé, talvez ele...
- Não. Ele estava desse lado do prédio – Gina apontou para a parte destruída da construção. – Você não está entendendo, ele estava ali.
Hermione sentiu um frio na barriga ao ouvir o pânico na voz da recém-chegada. Suas pernas fraquejaram enquanto tentava se manter de pé.
- Você tem certeza, Gina? – Perguntou com a voz falhando. Gina respondeu apenas com lágrimas, pois não conseguia mais responder.
Após o que pareceram horas de procura, Gina e Hermione levantaram-se ao ver Rony indo em suas direções. O ruivo olhou para a mulher e depois para a irmã com certa cautela.
- Acharam o Harry – respondeu fracamente. Gina respirou aliviada colocando a mão no peito, entretanto após olhar para o irmão sentiu toda a esperança se esvaindo.
- O que aconteceu? – Interrogou enquanto Rony postava-se ao lado de Hermione a abaixava a cabeça.
- Acharam o corpo do Harry.
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Alguns alunos foram vistos apressados indo para a sala da diretora – haviam sido chamados às pressas pelos professores e auxiliares. Entre eles se destacava Alvo que corria no encalce da irmã. Hugo vinha mais atrás puxando Rose pela mão. Roxanne juntou-se aos primos no meio do corredor.
- O que está acontecendo? – Perguntou a ruiva um pouco afoita. – E cadê a Domi?
- Alguém foi chamá-la – disse Lily sem nem olhar para a prima. Passaram para a gárgula que os deixou passar e subiram apressados.
Assim que entraram no escritório de Minerva souberam que havia algo errado. Pelo menos três aurores se encontravam no local.
- Mãe! – Exclamou Rose ao ver Hermione no fundo da sala. Correu até a mulher mais velha, apertando-a com força. Separou-se ao sentir algumas lágrimas escorrerem pelo rosto de Hermione e molharem sua face. – O que aconteceu?
Minerva olhou para o grupo de alunos reunidos em sua sala.
- Eu sinto muito. – Anunciou enquanto seu olhar pousava delicadamente em Alvo. – Não gostaria de ser eu a dar essa notícia, mas o St. Mungus foi atacado.
- O hospital? – Exclamou Lily sentindo o coração descompassar. – Mas... mas... meu pai...
- Eu sinto muito – repetiu Minerva fungando baixinho. O queixo de Hugo caiu enquanto ao seu lado Lily desabava em uma cadeira. Alvo manteve estático no lugar desde que entrara, sentia que seu corpo já não possuía sangue circulando ou batimentos cardíacos...
- Eu não acredito – murmurou Roxanne enquanto lágrimas invadiam seus olhos. – O herói da minha infância...
Lily deixou escapar um grande soluço sendo acudida por Hermione e Rose. A grifinória chorava freneticamente, ao contrário do irmão que não parecia possuir nenhuma emoção naquele momento.
- Eu vou chamar os outros – murmurou Roxanne enquanto saía do ambiente.
O castelo parecia mais sombrio do que nunca.
Após se dar um tempo, sozinha, processando o que havia acontecido, Roxanne caminhava apressada pelos corredores. Assim que soubera da notícia pensou em encontrar logo sua prima – Dominique. Virou sem se importar se esbarrara em uma sonserina. Antes que pudesse dar conta tivera que frear bruscamente para não atropelar um garoto que vinha na direção contrária.
- Wow, ou você está apressada ou gosta de treinar em Hogwarts. Além de Quadribol eles possuem alguma maratona para me inscrever?
Roxanne olhou sem entender para o garoto. Era um dos Kramer, que a encarava com um sorriso de deboche e duas covinhas nos cantos dos lábios.
- Eu... – começou sem fôlego e franziu o cenho. – Hein?
- Você está legal? – Yam analisou a garota com preocupação. Roxanne sacudiu a cabeça e voltou a correr.
- TCHAU.
Assim que virou no corredor seguinte, Roxanne deparou-se com Dominique andando frenética em sua direção.
- O que aconteceu? – Perguntou ajeitando os fios loiros rebeldes que teimavam em descer do coque que fizera.
- Tio Harry... – começou Roxanne sem saber ao certo como dizer aquilo. Aquelas palavras pareciam tão difíceis de serem pronunciadas. – Ele... ele... ataque ao hospital... ele...
- Morto? – Completou Dominique enquanto apoiava-se na parede. Roxanne fez que sim e abaixou a cabeça. – Oh Merlin! Como... como... está o Alvo?
- Em choque – murmurou Roxanne passando a manga no rosto para limpar as lágrimas. Dominique sentiu o queixo tremer, mas segurou firmemente o choro.
- Certo, é melhor chamarmos o Fred e o Louis. – Falou Dominique decidida. – Venha, Rox. – Amparou a prima enquanto beijava delicadamente sua cabeça. – Tio Harry não gostaria de te ver nesse estado.
- Nós já estamos aqui e fomos avisados por um dos aurores sobre o tio – alguém se pronunciou do outro lado do corredor. Louis e Fred vinham juntos. O ruivo abraçou a irmã ao alcançá-la. Roxanne enterrou a cabeça no peito do garoto enquanto alguns soluços entrecortados eram ouvidos.
- Você está bem? – Perguntou Dominique colocando a mão no ombro do irmão mais novo. Louis sorriu fracamente e fez que sim com a cabeça.
- E você? – Perguntou Louis solidário. Dominique acenou positivamente. – Não precisa fingir-se de bem se não estiver.
- Eu estou bem – sussurrou a loira. O garoto apenas concordou e os quatro começaram a caminhar para se reunir novamente a família.
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Muitos alunos já sabiam da história. O grupo de estudantes que estavam sentados na sala da diretora era o mais comentado nas últimas horas de conversas que circularam pelo castelo. Finalmente Gina chegara junto ao filho mais velho e naquele momento abraçava Alvo e Lily com força. A ruiva menor deixava copiosas lágrimas caírem na roupa da mãe, enquanto o filho do meio apenas apertava seu ombro com o olhar distante. James sentiu Rose abraçá-lo e deixou-se ser amparado pela prima.
Roxanne sentara-se em uma das cadeiras com Fred. Dominique olhava a todos do outro lado da sala, o queixo tremendo e os olhos vermelhos. Até aquele instante não derramara nenhuma lágrimas e não pretendia. Já havia sofrido demais naqueles dias, chorar seria sinal de fraqueza e a última coisa que a família precisava era daquilo.
A porta da sala foi aberta e por ela entrou Rony. Os ombros encolhidos, a palidez, as olheiras e a tremedeira nas mãos entregavam por completo o estado do homem.
- O Malfoy está resolvendo os últimos detalhes, professora. – Anunciou para os presentes. – Obrigada por permitir que o enterro fosse aqui.
- O enterro será aqui? – Perguntou Alvo sem entender. Sua voz estava rouca devido ao pouco uso nas últimas horas. – Como assim, mãe?
- Seria o que seu pai mais gostaria – disse Gina com um sorriso forçado. – Ele amava mais do que tudo essa escola e o melhor descanso seria no primeiro lugar que ele considerou um lar.
- Eu concordo com a mamãe – falou James para o irmão. Alvo apenas suspirou enquanto passava as mãos no cabelo.
- Ei – Rose puxou o primo enquanto os outros voltavam a conversar sobre o enterro. – Será que podemos conversar lá fora?
- Claro – murmurou Alvo enquanto deixava-se guiar por Rose para o corredor. Ao descerem as escadas, a ruiva virou-se para encarar o primo.
- Você está bem? – Perguntou segurando firmemente o braço de Alvo. – Você não parece bem, Al. Sei que está chateado com a... a...
- Morte? – Perguntou Alvo fazendo Rose tremer. – Sim, eu estou chateado. Mas, Rose, não dá pra acreditar. Certo? Simplesmente não consigo acreditar nisso. Quero dizer, a algumas horas eu estava visitando-o no hospital e agora estão preparando o enterro dele.
Rose não teve tempo de responder, pois o corredor foi invadido por outras quatro pessoas.
- Viemos o mais rápido que pudemos – disse Patrícia ofegante. Scorpius abraçou Rose depositando vários beijos na bochecha da garota. A ruiva enlaçou-o pelo pescoço.
- Al – Anna sorriu para o amigo enquanto esse virava-se para encará-la. O moreno apenas meneou de leve a cabeça. A sonserina adiantou-se, repetindo o gesto de Scorpius no amigo. Ficaram abraçados por alguns minutos.
Daniel olhou desconfortável para o amigo, sem saber o que dizer. Apenas abaixou a cabeça e murmurou:
- É difícil de aceitar isso, quero dizer – pigarreou antes de continuar -, heróis não deviam partir.
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Parecia que Hogwarts inteira estava reunida em frente ao Lago. Era possível verem-se várias sombras perto das árvores da Floresta Proibida – milhares de criaturas reuniam-se para dizer adeus a mais um que lutara pela paz. Várias cadeiras haviam sido improvisadas junto ao caixão e outras tantas formavam fileiras que reuniam o que parecia ser metade do mundo bruxo.
A família Potter junto a algumas outras descia as escadas em silêncio. Jason Miller adentrou no corredor e encaminhou-se a passos apressados na direção de Dominique.
- Aonde você vai? – Perguntou Jason puxando Dominique para longe dos primos. Todos pareciam em estado de choque, e a loira não se encontrava em melhor estado. A grifinória o encarou e lágrimas começaram a aparecer em seus olhos.
- Aparentemente a um enterro... eu preciso ir, Jason. – Murmurou Dominique sem entender a pergunta do garoto. – Você não sabe do meu tio?
Jason olhou apressado para os lados. Batia o pé, impassível, no chão.
- Sim, eu sei. Foi uma pergunta idiota. E eu precisava falar com você. Pode me ouvir por um minuto?
Dominique franziu o cenho e fez que não com a cabeça.
- Jason, você enlouqueceu? O que poderia ser mais importante que o enterro do meu tio?
O olhar do sonserino era suplicante. Agarrou com força a mão de Dominique.
- Eu apenas preciso falar com você.
- Mais tarde – disse a loira soltando-se do aperto. – Mais tarde, Jason...
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N/a: oh gosh... voltei a escrever... =OOOO
Pessoal, me desculpe o sumiço, mas eu precisava de um momento na minha vida só para mim... nada de livros, escritas etc. Sabe aquele momento em que você se dá conta de que escreveu sobre tudo aquilo, mas que não viveu nada? Então, foi mais ou menos isso! rs Depois de sair do vestibular e do terceiro ano, resolvi dar uma pausa e aproveitar início de faculdade (que era uma novidade), aproveitar os dezoito anos, as saídas com os amigos, o começo de um novo namoro, um romance que eu havia sonhado tanto, escrito tanto e que se realizou... resumindo, estou muito feliz. Já estou trabalhando, estudando muito, no relacionamento mais sério da minha vida (seis meses pra mim já é muito rsrsrs), enfim... estou em um momento que sinto que posso voltar a escrever com verdadeira alegria, e não como se fosse uma obrigação.
Também andei desmotivada e tals, mas agora estou voltando a ativa. Até porque resolvi que não preciso ganhar dinheiro com o que escrevo, desde que eu esteja fazendo aquilo que mais gosto: fazer os outros rirem. E quando uma leitora disse que tinha comprado uma banana de pelúcia pra mim de aniversário e que me mandaria por correio, eu vi o quanto sentia falta desse contato com os leitores e as loucuras que eu escrevia para fazer ao menos as pessoas sorrirem. É por isso que estou voltando com as fics, com os meus blogs e tals.
Então, para quem sempre teve curiosidade de ler meus textos originais, aqui está o endereço do meu livro e dos meus poemas/contos:
http://soscupidolivro.blogspot.com.br/
http://scriptuminventus.blogspot.com.br/
Grupo de Green's no facebook:
http://www.facebook.com/groups/130187850455968/
Beijos a todos e bem vindos de novo a Green's II ;D Vamos continuar? A terceira temporada já vem aí!!!!
Comentários (9)
MAAAAAAIS *_____*
2012-10-20AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Você voltou!! Yeah! Quanto tempo esperando!Tudo bem que você matou o Harry - que nem a J. Killer Rowling tinha matado - , mas vc voltou! Agora eu tenho contaaaaa :DUm pedido? O Al tem que reatar com a Anna Banana! (Sem marion no meio) É algo histórico. O que será da fic sem o "Anna Banana"? Sem os dois juntos? Eles têm que voltar.Bjks, Pessoa anciosa pelo próximo!
2012-08-10nooooooooooooossa, por favor, continua essa fic!! Sou apaixonada por esse grupo de amigos!!! continua continua continua!!! hahah bjs
2012-08-08Arrasou! Tirando a parte da Morte do Harry.. o que foi aquilo? Ele não pode morrer!! Muito feliz pela sua volta..Beijo
2012-08-07Eu não acredito no que eu li '-' Não tem mais sangue circulando, não tenho batimentos cardiacos... '-' meu herói foi morto '-' ASSIIIIIM EU CHOROOOOOOOOOOOOOOOOOO!Muito feliz pela fic ser atualizada, to amocionada até, eu amo esse história mas, cara, você matou o Harry '-' Parabéns pelo capitulo, emocionante, tava com muitas saudades! :'D
2012-07-12Já li todos os cap. De Greens mas n era cadastrada agora q sou posso dizer: PQ VC MATOU O HARRY?Chorei qui Ta?
2012-07-09CIÇA PUTA QUE PARIU EU TÔ CHORANDO FKLDÇKGFDÇLKFDLÇFDLFSDJLFSD SOCORRO. Eu tava tão feliz com a atualização da fic dai você vem e MATA O HARRY? Não pode ser. Sério. Me diz que no meio do velório ele vai levantar e gritar IÉ IÉ, PEGADINHA DO POTTER. Eu não aguento. Eu já quase desidratei de tanto chorar lendo a morte dele nas relíquias da morte. Por favor, diz que é mentira. Não existe nada sem o Harry. Cabou felicidade cabou o amor cabou tudo! Mas enfim, parabéns pelo namoro, pela faculdade, pelo emprego, por tudo. Espero que estando feliz você escreva o restante da fanfic e nos deixe tão feliz quanto. E RESSUSCITE O HARRY, FAZ FAVOR. Obrigada, beijosss, xx
2012-07-09Obrigada Ciça, por me fazer chorar aqui! COMO ASSIM VOCÊ MATA HARRY POTTER? NEM A JK ROWLING MATOU-O!Ok, já desabafei.Deixando todos os elogios (que você ouviu muitos de mim essa noite!) de lado, continue sendo essa autora lindja que me deixa tão feliz. E que bom que escrever não é mais um fardo pra você, e sim uma diversão, um passatempo. Beeeeeijos mil pra você!
2012-07-08AAAAAAAAAAAAH Harry Ç.Ç Que capítulo super triste :( Mas enfim, eu amei mesmo assim! *u* Muuuito bom, e nem preciso dizer que A-M-E-I vc ter voltado a escrever née? XD \õ/ Quem te deu uma banana de pelúcia??? EEEEEEEEEEEU \Õ/ UASHUASHAUI' Enfim, ameeeei e espero por mais! Beeeijos ;*
2012-07-08