12 - Sonserina X Corvinal
Capítulo 12 Sonserina X Corvinal
- Bom dia, Hogwarts! – uma voz feminina e extremamente excitada ecoou pelo estádio de Quadribol. – Eu disse BOM DIA, HOGWARTS!
- Não comece, Dominique Weasley – mandou Minerva ao lado da menina. Dominique apenas deu de ombros.
- Ok, como ninguém nessa escola é educado o suficiente para me responder, me contentarei com os berros e urros dos delinqüentes, ou seja, vocês. E começa mais uma partida de Quadribol, quero dizer, a primeira partida de Quadribol do ano! De um lado temos a casa das cobras, SONSERINA! De outro temos a casa das águias, CORVINAL! É, a coisa vai ser quente, mas nós já sabemos quem vai ganhar...
- WEASLEY!
- Embora eu não vá contar! Há! Participei de um bolão ontem lá na Sala Comunal da Grifinória e...
- COMO ASSIM BOLÃO? – Gritou Minerva descontrolada. Dominique encolheu-se no assento enquanto vários risos ecoavam pelo estádio.
- Então... Voltando ao jogo, né? E agora entrarão as equipes! Os verdinhos estão entrando, parecendo um bando de brócolis ambulantes. Agora vamos dizer a equipe: Alvo Severus Potter como apanhador, meus senhores. O casal da equipe Daniel Zabine e Patrícia Melo como batedores; Scorpius Malfoy como goleiro; Rose Weasley como artilheira e temos novidade nesse time! Escolhidos pelo novo capitão da Sonserina, temos Alexis Brown e Jason Miller como artilheiros para ajudar à nossa pequena Rosinha. Como todos sabem, infelizmente a Sonserina perdeu a antiga jogadora Anna Zabine...
Vaias vieram da torcida da Sonserina, mas todos haviam aplaudido com entusiasmo os jogadores, principalmente os novos. Corvinal vaiara durante as apresentações. Grifinória acabara se dividindo, alguns torciam para a Sonserina, outros para Corvinal. Lufa-Lufa torcia para Corvinal, fervorosamente. Era mais fácil Sonserina perder o jogo agora do que para a Lufa-Lufa.
- E agora é o time da Corvinal que entra em campo. Vou ter que me lembrar do nome de todo mundo, puta merda...
- DOMINIQUE! – Berrou Minerva descontrolada. Dominique riu.
- Está bem, tentarei. Forçarei ao máximo meu cérebro de loira... hm... vejamos... Laila alguma coisa da Corvinal...
- LAILA KYLE! – Berrou Minerva ao lado de Dominique.
- Isso! Eu sabia, foi a garota que terminou na semana passada com o Greg.
- O que isso tem a ver com o jogo? – Perguntou Minerva confusa.
- Bem, ele me chamou para sair ontem... mas isso não vem ao caso! Laila como artilheira, junto à ela Peter Sprouse e Keira sei-lá-o-que.
- KEIRA JOLY.
- Tanto faz... como goleiro temos Dennis Rennison, nesse tanquinho até eu lavava minhas roupas...
- WEASLEY!
- Ih! Você entendeu a cantada, diretora? Foi mal... Voltando, como apanhador temos Josh Marshall e como batedores temos os gêmeos Victor e Vince Truman. Que dupla...
- Weasley, eu já avisei!
- Foi mal...
- Você reparou como só lembra-se do nome dos meninos? – Perguntou Minerva incrédula. Dominique fez uma expressão exasperada.
- Claro, vou lembrar nome de mulher pra que, exatamente? – Vários risos foram ouvidos das arquibancadas. Minerva apenas revirou os olhos. – Ok, voltando... Os jogadores já estão postados em seus lugares. A juíza do jogo já vai soar o apito... Alvo aperta a mão da capitã da Corvinal, Laila. E vai soar o apito...
A juíza levou o apito à boca e assoprou.
- E COMEÇOU O JOGO! – Dominique praticamente urrou com a torcida. – E Rose Weasley começa com a pose da goles! Ela corre, quero dizer, ela voa em direção ao campo do outro time, mas... UUUUHHH! – A Torcida berrou quando Rose quase caiu da vassoura por causa de um balaço rebatido por Victor Truman. – Um dos retardados dos gêmeos Truman acertou a Rose em cheio, ainda bem que foi na traseira da vassoura.
- Filho de uma puta – xingou Rose enquanto olhava para trás da vassoura. Alvo foi até onde a prima estava.
- Você está bem? – Perguntou receoso enquanto olhava para cada detalhe do corpo de Rose com medo dela estar machucada.
- Estou ótima, o Truman que não vai estar quando for detonado – disse Rose bufando. Alvo riu maroto.
- É assim que se fala! Voltemos ao jogo, Rose! Vamos vencer essa porcaria – Alvo voou para longe de Rose. A menina viu que um dos jogadores da Corvinal voava de encontro à Scorpius.
- E... LAILA VOA DE ENCONTRO AO GOL DA SONSERINA! ELA SE DESVIA DE UM BALAÇO REBATIDO POR PATRÍCIA. E ELA ESTÁ CARA A CARA COM O GOLEIRO, É COM VOCÊ, SCORPIUS! E ELA LANÇA E... O MALFOY AGARRA A GOLES! – A Torcida da Sonserina foi à loucura com a defesa de Scorpius. O loiro sorriu animado enquanto tacava a goles para Jason Miller. – E aí vem o novo artilheiro do time da Sonserina. O Miller vai em direção ao gol da Corvinal, e parece que ele não quer que nada atrapalhe ele! A artilheira da Corvinal entra na frente do Miller, e parece que ele não viu a garota! Ele continua a voar em alta velocidade naquela direção.
Keira Joly havia se metido no caminho de Jason. O menino viu a adversária se postar a sua frente querendo impedir ele de continuar o caminho. Acelerou a vassoura, curvando-se para frente.
- Vamos, saia daí... saia daí – murmurou Jason enquanto voava de encontro a menina. Keira arregalou os olhos quando Jason estava a apenas um metro de distância dela e voou para cima. – Isso!
- PARECE QUE O MILLER NÃO ESTAVA BLEFANDO! KEIRA SAI DO CAMINHO DO SONSERINO COM MEDO DE LEVAR UMA TROMBADA! O MILLER CONTINUA O QUE PLANEJAVA FAZER, ELE VOA EM ALTA VELOCIDADE, AGORA É ELE E O GOLEIRO DA CORVINAL E... PONTO PARA A SONSERINA!
A torcida verde foi à loucura. Rose comemorou enquanto erguia a mão para o alto. Alvo sorriu mesmo que contrariado que tivesse sido Jason a marcar o ponto.
Jason Miller sorriu de lado enquanto voava de encontro a Alexis Brown. A menina revirou os olhos.
- Boa jogada – elogiou sorrindo. Jason apenas concordou com a cabeça.
- E O TIME DA CORVINAL RECOMEÇA A PARTIDA! A GOLES ESTÁ NAS MÃOS DE PETER. ELE VOA DETERMINADO CONTRA O TIME DA SONSERINA E...
- UUUUHHHHHH! – Todos da torcida da Corvinal colocaram a mão no rosto.
- DANIEL ZABINE MANDA UM BALAÇO ACERTANDO EM CHEIO PETER. ACHO QUE ELE NÃO VAI PODER MEXER AQUELE BRAÇO POR UM BOM TEMPO...
- MERDA! – Exclamou Peter Sprouse enquanto olhava o próprio braço. Com toda a certeza estava quebrado.
- Você está legal? – Perguntou o batedor da Corvinal chegando ao lado do amigo. Peter olhou com ódio para Daniel.
- Eu pareço legal? – Perguntou com um ar mortal para Vince Truman. Vince sorriu friamente.
- Deixa que eu revido isso. – Falou voando à procura de um balaço.
- E O JOGO CONTINUA! NÃO MARCARAM FALTA A FAVOR DA CORVINAL. ESSA COISA DE MARCAR FALTA ME ESTRESSA... OK, NÃO PRECISA ME OLHAR ASSIM, MINERVA! VOLTANDO... AGORA QUEM ESTÁ COM A POSSE DA GOLES É A BROWN! ELA VOA EM DIREÇÃO AO GOL DA CORVINAL, MAS... O QUE É ISSO?
Todos prenderam o ar quando Patrícia se equilibrou somente com uma mão na vassoura. A menina soltara um berro ao ver um balaço vir em sua direção e acertar-lhe bem no estômago.
- VINCE TRUMAN, COM UMA JOGADA COMPLETAMENTE ABSURDA, ACERTA A BATEDORA DO TIME DA SONSERINA! VIADO! COMO VOCÊ PODE? HEIN? COVARDE!
- SENHORITA WEASLEY!
O apito da juíza foi ouvido.
- Você está maluco? – Berrou Daniel indo em direção ao batedor da Corvinal. O mesmo o olhou com ar superior.
- Eu estava apenas fazendo o meu serviço. – Comentou com desprezo. Daniel bufou irritado.
- Seu serviço é proteger os membros do seu time e rebater contra os artilheiros, não contra uma batedora! BABACA! Quer que eu te ensine a jogar Quadribol? – Perguntou com raiva.
- CHEGA VOCÊS DOIS! – Ordenou a professora de aulas de vôo. – Falta a favor da Sonserina! Mais uma jogada dessa, Truman, e você está expulso do jogo! Alguém verifique se a Melo está bem.
Daniel foi até onde Patrícia estava, tentando se acertar na vassoura.
- Você está legal? – Perguntou preocupado enquanto colocava a mão na barriga da menina. Patrícia fez uma careta.
- Não muito, mas acho que dá pra agüentar até o final, se o Alvo for rápido com esse pomo. Mas eu preciso ir à Ala Hospitalar.
- Se quiser você pode sair agora – disse Daniel preocupado. Paaty riu do menino.
- Não vou sair no meio do jogo! Preciso me vingar do Truman.
Daniel riu da ira da namorada.
- Você quem sabe...
O jogo continuou. O placar estava Sonserina 500 X Corvinal 400.
- E INFELIZMENTE ESSE JOGO NÃO ACABA NUNCA, VAMOS LOGO COM ISSO PESSOAL...
- DOMINIQUE!
- DESCULPE DIRETORA. E AGORA A ROSE QUEM ESTÁ COM A GOLES, E ELA VOA DIRETO PARA O GOL DO ADVERSÁRIO, MAS ESPERE UM MINUTO! O QUE É ISSO MINHA GENTE? É UM AVIÃO? É UM OBJETO TROUXA ESTRANHO? É UM ELEFANTE VOADOR? NÃO! É ALVO POTTER VOANDO EM ALTA VELOCIDADE PARA O CHÃO. E AGORA JOSH MARSHALL ESTÁ NA COLA DE ALVO POTTER! ELES ESTÃO LADO A LADO. ALVO DEU UM EMPURRÃO NO JOSH FAZENDO-O PERDER UM POUCO O RUMO, MAS ELE COLOU DE VOLTA NO ALVO! AH MEU MÉRLIN, EU ESTOU QUASE ME MIJANDO DE ANSIEDADE! ALVO POTTER ESTICA AS MÃOS, MAS JOSH ESTICA TAMBÉM, PORRA QUE MERDA! E ELES VÃO PEGAR... E ELES... ALVO POTTER CAPTURA O POMO PESSOAL! VITÓRIA DA SONSERINA!!!! GANHEI O BOLÃO! EU SOU FODA!
A torcida da Sonserina e da Grifinória foi à loucura. Alvo ergueu a mão, satisfeito. O pomo se debatia entre seus dedos.
- ISSO! – Berrou o sonserino enquanto o time ia ao seu encontro e festejava o abraçando.
- Você é foda, Al! – Berrou Alexis dando um beijo na bochecha do garoto. Alvo riu divertido.
- Eu sei disso. – Rose bagunçou o cabelo do amigo.
- VENCEMOS – Cantarolou alegremente. Scorpius riu enquanto abraçava a namorada no ar.
O único jogador que não se juntara aos outros fora Jason Miller. O garoto já saía do campo, indo em direção ao vestiário.
Entrou no vestiário com nojo de si mesmo. Estava completamente suado, precisava logo de um banho. Tirou a camisa sacudindo-a e tacando do outro lado do vestiário. Já estava pronto para pensar em tirar a calça quando viu que não era o único ali dentro.
- Que porra é essa? – Perguntou nervoso enquanto abotoava de volta a calça. Uma menina riu enquanto saía das sombras. – Weasley?
Dominique sorriu maliciosa enquanto observava o peito desnudo de Jason.
- Surpresa – cantarolou. Jason revirou os olhos.
- O que faz aqui? – Perguntou enquanto passava uma toalha no rosto. Dominique mordeu o lábio inferior.
- Eu vi quando você saiu do campo sem cumprimentar ninguém, e resolvi falar contigo. – Dominique caminhou até onde estava o garoto e estendeu a mão. – Bom jogo.
Jason estreitou os olhos, mas aceitou o aperto de mão.
- Valeu – agradeceu sorrindo de lado. Dominique sorriu e indicou o tórax de Jason.
- Belo físico – elogiou fazendo o menino sorrir de lado, malicioso.
- Eu sabia que você tinha vindo me olhar pelado.
- Como você adivinhou? – Debochou Dominique revirando os olhos. – Meu maior desejo sexual é você!
- Bom, eu posso realizá-lo se você quiser – Jason chegou perto de Dominique. A menina mordeu o lábio inferior, aquilo não estaria certo. Não com Roxanne no jogo. – Weasley?
- Hm...? – Dominique ergueu a cabeça, deparando-se com o rosto de Jason há milímetros do seu. – Miller, eu não acho que...
A porta do vestiário foi aberta com um estrondo. Dominique pulou assustada e olhou para a porta. O resto do time da Sonserina acabara de entrar, eufórico.
- Opa – Alexis arregalou os olhos e soltou um riso. – Acho que estamos interrompendo algo.
Alvo e Rose olharam sem acreditar para Dominique. Scorpius, Daniel e Patrícia pareciam envergonhados.
- Não, não. Vim apenas dar meus parabéns a vocês – falou Dominique sorridente. Bateu na cabeça de Jason antes de se virar para os outros. – Vocês foram ótimos!
- Obrigado – murmuraram todos olhando de Jason sem camisa para Dominique.
- De nada, até mais gente – Dominique saiu do vestiário. Todos os olhares se concentraram em Jason. O sonserino apenas revirou os olhos.
- Ah, pelo amor de Merlin – murmurou enquanto se encaminhava até os chuveiros.
X-X
Na mesma noite em que ocorreu o jogo, a Armada das Cobras teria uma nova reunião.
Anna Zabine estava sozinha na Sala Comunal da Sonserina, quando sentiu alguém sentar-se ao seu lado. Virou-se e se deparou com Daniel. O irmão a encarava, sério.
- Boa noite – murmurou Daniel para Anna. Ela apenas deu de ombros. – Só me responde uma coisa.
Anna encarou Daniel, suspirou e voltou a encarar as próprias mãos.
- Você ao menos se importou em ver o jogo? – Perguntou Daniel sério. Anna abriu ligeiramente a boca e murmurou:
- É óbvio que eu vi! – Falou nervosa. – Era meu time.
- O time que você abandonou – lembrou Daniel. Anna sentiu lágrimas de tristeza invadir seus olhos.
- Eu sei – murmurou envergonhada. Abaixou a cabeça, a derrota começava a afogá-la. – Eu sinto muito, Danny.
Daniel suspirou enquanto passava a mão no ombro da irmã. Puxou-a para um abraço. Anna permitiu-se chorar um pouco.
- Eu sentia sua falta – falou no ouvido de Daniel. – Meu Mérlin! Como eu sentia falta do meu irmão.
Daniel riu e concordou com a cabeça.
- E eu sentia sua falta. – Falou apertando a bochecha de Anna. – Todos nós sentimos.
Anna concordou com a cabeça. Daniel enxugou algumas lágrimas do rosto da morena. Foi quando um grupinho apareceu na Sala Comunal. Alvo pigarreou do outro lado.
- Já estamos indo, Danny – avisou olhando de esguelha para Anna. Ela fingiu não perceber o olhar dos amigos. Daniel sussurrou em seu ouvido:
- Você quer ir conosco? – Perguntou ansioso. Anna fez que não com a cabeça.
- Estou cansada, vou dormir – falou dando um beijo na bochecha do irmão e indo para os dormitórios.
Daniel alcançou o grupo e enlaçou Patrícia pela cintura.
- O que a Anna queria? – Perguntou Rose curiosa. Daniel suspirou.
- Pedir desculpas... e precisava de um ombro amigo.
- Entendo – Scorpius murmurou vendo Rose olhar triste para o chão. – Animem-se. Sonserina venceu e agora temos um encontro com a Armada Das Cobras.
- Certo, verdade – concordou Patrícia sorrindo. – Vai ser demais.
X-X
- Muito bem, acho que já podemos treinar hoje o feitiço de estuporar – disse Rose triunfante enquanto via todos se postarem aos pares. As pessoas andavam uma ao lado da outra, conversando animadas.
- Temos um novo membro na Ordem – disse Alvo contente enquanto puxava uma Letícia envergonhada. – Bem vinda! Nosso maior ídolo.
- Foi linda a surra que você deu na Miller – elogiou Dominique. – Simplesmente demais!
- Obrigada – disse Letícia meio envergonhada. – E me desculpem entrar assim de intrusa.
- Que nada! Você será de grande valor – falou Patrícia sorridente. Alexis estava encostada à parede e apenas murmurou:
- Desde que não use mais maldição imperdoável – seu murmuro não foi ouvido por ninguém, a não ser um garoto ao seu lado.
- Como você é simpática – ironizou Fred fazendo Alexis revirar os olhos.
- Não confie em ninguém, é meu lema – falou Alexis apontando o dedo para Fred. – O que você quer?
- Merlin, você não confia em ninguém? – Perguntou Fred espantado. Alexis fez que não com a cabeça. – Então como saber se devemos confiar em você?
- Não pedi para confiar – disse por fim. Fred franziu o cenho. – Nem eu confio em mim mesma. Não peço nada aos outros que eu não consiga fazer.
- Você é meio problemática – Fred riu de lado. Alexis apenas revirou os olhos. – Chegou bem ao dormitório naquela noite?
- Hein? – Alexis quase pulou no lugar ao ouvir a frase de Fred. – Que noite, meu Mérlin?
- Calma, desesperada! Estou dizendo quando saímos da Ala Hospitalar.
- Ahh... sim. Cheguei bem – Alexis cruzou os braços e voltou a atenção ao grupo, mas não deixou de murmurar:
- Obrigada.
Fred sorriu e olhou para o lado. Viu que a Armada se dividia em duplas.
- Vamos? – Perguntou estendendo a mão para Alexis. A garota o olhou, sem entender.
- Vamos aonde?
- Eu quis dizer se você aceita ser minha dupla – Fred revirou os olhos.
- Se for para estuporá-lo, aceitarei com grande prazer – falou Alexis piscando o olho. Fred bufou enquanto se postava a frente da garota.
- Vamos à luta – falou erguendo a varinha. A menina não deu tempo dele falar nenhum feitiço. Usou um feitiço não-verbal que o atingiu em cheio no peito. Fred voou alguns metros indo parar mais distante de Alexis. A menina arregalou os olhos enquanto o ruivo se levantava proferindo vários palavrões.
- Você não sabe se defender? – Debochou Alexis sorrindo de lado. Fred voltou a sua frente e preparou-se novamente.
- Claro que sei – lançou um feitiço na menina, mas essa desviou.
Enquanto isso, do outro lado da câmara...
- Sinceramente, não é como se você lutasse como uma menina – falou Alvo enquanto se desviava de um feitiço feito por Letícia. – Você apenas é uma menina, isso já deixa bem claro como as coisas acabaram.
- Cala a boca, Potter – mandou Letícia, mas não reprimiu um riso. – Você quem vai perder esse duelo, ou não me chamo Letícia.
- Vai mudar seu nome para qual depois que perder de mim? – O garoto desarmou Letícia, mas essa recuperou com rapidez a varinha.
- Estou pensando em apostar. – Exclamou Letícia enquanto lutavam. – Que tal, quem perder a luta paga três galeões ao outro?
- Muito pouco – falou Alvo pensando. – O perdedor terá que pagar três galeões e fazer algo que o outro mandar.
- Beleza – concordou Letícia sorrindo de lado. – Pronto para perder?
- É o que vamos ver – falou Alvo pronunciando alguns feitiços em voz baixa.
- Estupefaça – sussurrou Letícia apontando para Alvo. O feitiço o atingiu em cheio fazendo-o dar uma pirueta no ar e cair.
- Merda! – Exclamou Alvo contrariado enquanto Letícia soltava uma gostosa gargalha.
- Se prepare para pagar uma prenda, Alvo Potter – cantarolou Letícia ainda rindo. Alvo continuou a murmurar ofensas.
X-X
- Pessoal, excelente trabalho – exclamou Alvo enquanto todos batiam palmas. – Infelizmente o Natal está chegando e nessa época teremos que dar uma paradinha. Mas acho que ainda teremos um encontro até lá, até porque a Grifinória jogará contra a Corvinal e nós não queremos prejudicar o jogo de vocês. Vocês têm que treinar para nos encontrar na final.
- E ganhar de vocês – finalizou Dominique. Alexis ergueu a sobrancelha.
- Até parece que vocês venceriam da gente – falou irritada. Dominique balançou positivamente a cabeça.
- É claro que venceríamos de vocês... sabe, não seria a primeira vez.
- É, mas isso não acontecerá. Não quando temos um excelente time – provocou Alexis. Dominique estreitou os olhos.
- Ter você e o bad boy no time não o faz excelente. – Alexis olhou sem entender para Dominique por um tempo.
- Quem é o bad boy? – Perguntou a sonserina.
- O Miller, Jason Miller. – Falou Dominique. – Dãh! Quem mais seria?
- Desde quando o Miller é “o” bad boy?
- Desde que eu o batizei assim. – Disse Dominique tentando encerrar o assunto, mas Alexis estava curiosa demais.
- E desde quando você conversa com o Miller? – Perguntou estreitando os olhos. Dominique bufou.
- Isso não é da sua conta. Eu converso com quem eu quiser e quando eu quiser.
- Oras, que grosseria! Eu só perguntei por que achei estranho – disse Alexis ficando vermelha. – Você conversando com o Miller não poderia ser boa coisa.
- Está me chamando de puta? Está insinuando que eu e o Miller temos algo? – Perguntou Dominique também ficando vermelha. – Não fui eu quem engravidou de qualquer um!
- É, aposto que você usa métodos trouxas para não engravidar – acusou Alexis. Ela e Dominique se encaravam irritadas.
- Pelo menos eu sei usar métodos trouxas, ao contrário de você que não sabe se precaver durante uma noite de sexo. Além do mais escolhe super mal! Pelo amor de Merlin, ter um filho logo com o Key?
- Melhor do que ser “amiguinha” do Miller, como eu sei que você deve ser. – Alexis deu um sorriso amarelo. Dominique viu Roxanne observando a cena de perto. Aquilo a irritou mais.
- Não fale sobre o que não sabe! Eu e o Miller não temos nada. – Falou Dominique apontando o dedo para Alexis. – Pelo menos eu não minto ou fico falando merda, só fatos concretos. Eu posso ter certeza de que você teve o infortúnio de fazer sexo com o Key, você não pode me acusar de ficar com o Jason.
- Querida, eu não te acusei de ficar com o Jason. Ficar seria um termo muito inocente para o que você faz na primeira noite com algum garoto. – Dominique ficou mais vermelha do que antes.
- Quem é você para me julgar, Brown? Logo você que nunca teve um amigo de verdade, nunca soube o que é confiar em alguém e que vai morrer sem saber se algum dia alguém se preocupou com você. – Alexis sentiu o queixo tremer. Adiantou-se um pouco aplicando um forte tapa no rosto de Dominique. A loira não reagiu. Todos olharam para as duas garotas que se fuzilavam.
- Não fale do que você não sabe. Eu prefiro me virar sozinha, para que se um dia algo acontecer eu não tenha que depender dos outros. – Deu as costas e se retirou da câmara.
Dominique olhou para o lado e viu Roxanne desviando o olhar dela.
X-X
Alexis caminhou, sozinha, pelo corredor enquanto pensava em várias maldições que poderia acidentalmente acertar Dominique Weasley.
- Quem ela pensa que é? – Perguntou para si mesma enquanto caminhava. – Quem ela pensa que é para falar do meu filho? Para falar que não possuo amigos? Logo ela que deve possuir mais amantes do que amigos! Merda. Dupla merda. – A garota socou a parede do corredor. Sentiu a mão latejar de dor. Algumas lágrimas surgiram em seus olhos enquanto ela se apoiava à parede tentando não pensar que deveria ter acabado de quebrar a mão. – Droga! Por que, Mérlin? Por quê?
- Brown, você está chorando? – Uma voz atrás dela assustou-a. Virou-se se deparando com Fred Weasley.
- Vai embora, Weasley. Argh... “Weasley” – repetiu com desgosto. Fred revirou os olhos e se aproximou da garota.
- Você está chorando? – Perguntou confuso. Alexis ia começar a falar quando ele a interrompeu:
- Não precisa chorar pelo que minha prima disse, sabe? Ela só estava na defensiva. Não é verdade que você não tenha amigos, é claro que nos preocupamos com você. E sobre você não saber usar métodos anticoncepcionais, bom, eu não sei nada dos seus relacionamentos, mas sei que faz tempo que você não está com ninguém. Então é óbvio que você mudou e isso é muito bom. Sempre digo que temos que deixar o passado de lado e...
- Weasley, pare! – Mandou Alexis atordoada. – Primeiro, eu não estou chorando pelo que sua prima disse! Eu apenas bati com a mão na parede e acho que a quebrei. Segundo, que história é essa de achar que eu tenho amigos? Não ligo se não os tenho. E “nos preocupamos” com você? Desde quando você se preocupa comigo? E sobre meus relacionamentos, não precisa esfregar na cara que eu ando numa seca, Weasley. E o passado nunca pode ser deixado de lado. Mas acima de qualquer coisa, o que você faz aqui?
Fred corou enquanto absorvia cada palavra lançada por Alexis.
- Bom... eu... erh... apenas vim ver se você estava bem – falou incerto. Alexis sentiu-se meio perdida, sem saber o que fazer ou o que falar.
- Você estava preocupado comigo? – Perguntou preferindo que tivesse ficado calada.
- Foi o que eu tentei te dizer, nem tudo o que minha prima falou é verdade. Mas você como sempre não escuta. – Falou Fred com um pouco de paciência. Alexis ficou calada por alguns minutos.
- Sabe como é – começou a sonserina, um pouco envergonhada. – Eu não sou de confiar nos outros, Weasley.
- Deveria dar uma chance – falou Fred chegando perto de Alexis, que recuou.
- Confie em mim, Weasley, eu não sou uma pessoa confiável.
- Deveria se valorizar mais – Fred já estava a alguns centímetros de distância de Alexis. A menina estava encostada à parede.
- Weasley, eu não tenho lado. Eu apenas tento sobreviver nessa selva que chamam de escola. Eu não tenho muitos amigos e nem muitas pessoas que se arriscariam para me salvar.
- Você sabe fazer escolhas, Brown. – Disse Fred com um sorriso de lado. Alexis respirou profundamente.
- Eu acho que sua prima tem razão sobre mim. Se eu morresse ninguém sentiria falta.
- Você tem o costume de errar sempre no que fala? – Perguntou Fred com uma sobrancelha erguida. Alexis engoliu em seco enquanto se concentrava em alguma coisa que não fossem os olhos do ruivo à sua frente. Talvez se pensasse na mão dolorida... Imediatamente uma dor absurda a inundou, fazendo-a fechar os olhos e morder o lábio inferior.
- Minha mão está doendo – sussurrou angustiada. Abriu os olhos e viu Fred franzir o cenho. Não soube o porquê, mas acrescentou a frase. – Minha vida inteira tem sido dolorosa.
- Às vezes você só precisa de algo que a cure. – Alexis sentiu uma onda de lágrimas invadindo seus olhos, e tinha ciência de que não era por causa da mão machucada.
- Eu quero ir embora – murmurou abaixando a cabeça. Fred colocou a mão no queixo de Alexis, fazendo-a erguer novamente o rosto.
- Você não poderá fugir para sempre.
- Enquanto eu puder, o farei.
- A vida não é feita de fugas, Brown. Você só precisa de um pouco de coragem.
- Eu sou sonserina, não tenho coragem. – Falou Alexis crispando os lábios. Fred concordou.
- Talvez você apenas precise de alguém que a tenha por você. – Murmurou Fred praticamente no ouvido de Alexis. Aquilo a fez estremecer.
- Weasley, se afaste... – pediu colocando a mão no peito do garoto. Fred fez que não com a cabeça.
- Só se você disser que não quer que eu te beije – falou fazendo Alexis arregalar os olhos.
- Eu nem pensei nisso – mentiu fazendo Fred sorrir.
- Ótimo, então finjamos que foi um beijo roubado – Alexis estava pronta para dizer que não quando sentiu os lábios de Fred pressionando os seus. Bateu um pouco com a mão no peito do garoto esperando que aquilo o separasse dela, mas acabou cedendo. Não era fácil pensar em resistir, principalmente quando a mão de Fred segurava tão delicadamente seu rosto como se ela fosse uma boneca de porcelana. Nenhum outro garoto havia beijado-a daquela forma, e se poderia dizer que ela tinha um pouco de culpa nisso por só arranjar garotos que não prestassem.
A mão de Fred finalmente desceu de seu rosto para sua cintura, ela aproveitou para abraçá-lo trazendo-o para mais perto. Senti-lo aprofundar o beijo foi uma sensação completamente diferente. O grifinório não tinha a malícia característica dos sonserinos com quem ficara, ele apenas beijava-a lentamente como se estivesse aproveitando cada segundo. Quando o menino separou-se dela, observando-a atentamente nos olhos, pela primeira vez soube o significado de “pernas bambas”. Fred tinha um sorriso maroto nos lábios e aquilo não estava ajudando muito Alexis em se concentrar. Deveria estar indo para as Masmorras, ou pelo menos era esse o objeto que estivera traçando...
Ouviu passos se aproximando no corredor. Os dois viraram as cabeças para ver quem vinha.
Um grupo extremamente grande de sonserinos se aproximava. Estavam Letícia, Alvo, Rose, Daniel, Patrícia e Scorpius. Os seis sonserinos pararam de andar ao visualizarem Fred segurando Alexis pela cintura – a garota encostada a uma parede.
- Cacete, segunda vez no dia – murmurou Patrícia envergonhada. Letícia a olhou sem entender.
- Foi mal, a gente não... – Alvo não terminou de falar, pois Alexis empurrara Fred com força. O menino cambaleou um pouco, mas se recompôs.
- O que eu fiz? – Perguntou indeciso. Alexis avançou para cima de Fred, com os olhos em chamas.
- Nunca mais se atreva a encostar em mim – mandou agressiva e voltou o caminho para as Masmorras.
Fred ficou olhando, chocado, para onde Alexis ia. Balançou a cabeça tentando colocar os pensamentos em ordem.
- Wow – Alvo exclamou recebendo todas as atenções. – Que mulher!
Os sonserinos não agüentaram e começaram a rir. Voltaram a caminhar para o mesmo lugar que Alexis. Quando passaram por Fred, Alvo colocou a mão no ombro do primo.
- Continua assim, eu diria que você está indo bem. Só levou um empurrão, isso já é ótimo vindo da Alexis – deu uns tapinhas no ombro de Fred e seguiu os amigos.
O grifinório ficou para trás, tentando entender o que diabos tinha acontecido.
X-X
No dia seguinte...
Havia acabado mais uma aula de poções. Rose caminhou apressada para fora da sala, o coração acelerado e a garganta seca. Não sabia mais quanto poderia agüentar. Ela só sabia que por mais que Alvo não a culpasse pelo seu término com a Anna, ela se culpava. Se não tivesse sido tão idiota a ponto de beijar Alvo por nada... isso não teria acontecido. É claro que Anna não colaborava, principalmente ignorando-os, como se os momentos de amizade tivessem sido em vão.
Se fosse antigamente, Anna teria sentado ao seu lado e a aula teria sido muito mais divertida, embora não fosse render tanto. Sentia falta da amizade que durara cinco anos. Queria que Anna estivesse na Armada Das Cobras ou que a garota ainda saísse escondida com eles para o treino de Animagos. Com tudo acontecendo, as reuniões de Animagos ficara restrita há apenas algumas noites por mês.
Rose já conseguia ficar transfigurada por horas, assim como Alvo. Patrícia era a que mais possuía dificuldade, porém pegara alguns livros na biblioteca para se aprimorar. Daniel acompanhava a namorada e Scorpius era o melhor em animagia. Não tinha quase nenhuma dificuldade, só demorava um pouco em voltar a forma normal. Lílian e Hugo eram peritos naquilo. Deviam ter gasto horas por dia em todos aqueles anos.
Assim que encontrou um corredor vazio, apoiou-se à parede, sentando-se ao chão. Sentiu um soluço ficar preso na garganta enquanto lágrimas escapavam de seus olhos. Nunca, em todos aqueles anos, alguém do grupo parara de falar por tanto tempo com os outros. Claro que Patrícia e Daniel tiveram vários desentendimentos ao longo dos anos, mas nada que durasse muito. Rose sentia-se culpada por tudo o que estava acontecendo. Por sua culpa e dos seus hormônios de adolescente, Anna não pertencia mais àquele grupo.
Fugir dos amigos para ficar sozinha fora difícil. Tivera que dizer que queria ir à biblioteca e sair rapidamente antes que eles dissessem que iriam com ela. Mas não tinha ânimo para ir à biblioteca. Queria apenas ficar ali no chão, sozinha, enquanto deixava a culpa a abraçar.
Teve certeza de que alguém a havia seguido quando a chamaram pelo nome:
- Rose?
X-X
Anna não havia saído em um estado melhor do que Rose da sala de Poções. Os parceiros que arranjava para as aulas eram extremamente chatos. Seria muito melhor se sentasse com Rose e ficasse sacaneando cada pessoa daquela aula.
Andou sozinha até o banheiro, mas ao contrário de Rose não teve ninguém para despistar.
Olhou-se no espelho esperando por uma resposta, uma única resposta, pelo amor de Merlin! Era só o que pedia! Rose e Alvo não eram mais tão grudados, não era como se ficassem se abraçando ou se acariciando. Além do mais, aquilo acontecera anos atrás.
- Merda Anna, merda. – Murmurou envergonhada enquanto deixava a água molhar seu rosto. Um dos reservados do banheiro foi aberto e Letícia saiu de dentro dele. Anna encarou-a por alguns minutos.
- Como você teve certeza? – Perguntou num súbito. Letícia a olhou sem entender.
- Certeza do que? – Perguntou a sonserina sem entender. Anna suspirou.
- Certeza do que fazer... certeza do que era o certo.
Letícia pensou um pouco antes de responder:
- Certeza eu nunca tive. Apenas cansei e resolvi mudar de tática.
Anna concordou com a cabeça.
- Funcionou?
- Melhor do que eu esperava.
As sonserinas se encararam por mais alguns minutos até Anna sorrir. Um sorriso sincero que não dava há dias.
- Obrigada.
Saiu correndo do banheiro, deixando Letícia com as sobrancelhas erguidas, mas um sorriso de lado.
X-X
Andou pelo corredor procurando por Rose, ou pelo menos algum dos seus antigos amigos.
Virou-se em outro corredor, exasperada e ofegante.
A cena que viu a fez estancar no lugar. Sentiu o queixo rígido e a raiva a atingir em cheio. Será que finalmente recebera o sinal que tanto esperava? Não era exatamente aquilo que gostaria de ter visto.
- Há! Que lindo, que romântico – falou batendo palmas. Rose e Alvo ergueram a cabeça. A ruiva arregalou os olhos.
- Anna, não é o que você está pensando – falou se levantando do chão. Alvo seguiu o exemplo, mas não parecia assim tão apreensivo.
- Pelo amor de Merlin, era um abraço – urrou o menino sem paciência. – Será que você não consegue ser mais ciumenta?
- Ah, claro! Eu entro no corredor, encontro os dois abraçados ao chão. E aquela mão acariciando o cabelo da Rose era ilusão minha?
- Anna, você está maluca! – Berrou Alvo nervoso. – Já chega! Você é a única com problemas aqui, não enxerga? Eu e Rose somos primos, até Scorpius já aceitou isso. E você vive no seu mundo de fantasias achando que todos conspiram contra você. Quando você vai parar de ser mimada e infantil e aceitar que as pessoas erram na vida? Eu e Rose ficamos, sim. Pronto. Acabou. Se você realmente nos considerasse ao menos amigos, não teria ficado tão chateada.
- Você acha que eu não considerava vocês meus amigos? – Perguntou Anna tão alto quanto Alvo. – Você não consegue perceber que eu fiquei chateada exatamente por vocês serem meus amigos? Que tipo de amigos ficam assim escondem?
- O tipo de amigos que admitem que erraram, pelo amor de Merlin. Anna nós não tínhamos nada – falou Alvo com raiva. – E se eu soubesse que você era assim, preferia nunca ter iniciado um namoro.
Os olhos de Anna e de Rose se arregalaram. Alvo cruzou os braços como se para se proteger.
- Ótimo, foi bom você achar que nosso namoro foi um erro – disse Anna antes de sair daquele corredor.
Rose e Alvo se entreolharam. Rose tremia dos pés a cabeça.
- Você está bem? – Perguntou Alvo segurando Rose pelo ombro. A ruiva fez que sim com a cabeça, mas mudou de ideia no meio do caminho:
- Não, eu não estou bem – murmurou derrotada. Alvo suspirou trazendo a prima para mais perto de si.
- Vem, eu vou te levar até o Scorpius.
Rose concordou com a cabeça. Talvez fosse daquilo que precisasse: Scorpius.
X-X
Scorpius estava conversando com Patrícia e Daniel embaixo de uma árvore coberta de neve. Os três ergueram a cabeça a cabeça ao verem Alvo e Rose se aproximando. A sonserina tinha o rosto manjado de lágrimas e era amparada por Alvo. Scorpius levantou-se em um salto.
- O que aconteceu? – Perguntou quando eles chegaram perto do grupo. Rose soltou-se de Alvo e correu até o namorado, o enlaçando em um abraço. Afundou o rosto no peito do loiro respirando profundamente. Scorpius correspondeu ao abraço, passando a mão nos cabelos ruivos de Rose. Beijou-lhe no topo da cabeça.
- Está tudo bem – murmurou sentindo Rose soluçar. – Merlin, o que aconteceu?
- Anna – murmurou Alvo sentando-se ao lado de Daniel. Patrícia olhou pesarosa para Rose e abraçou Daniel como se quisesse garantir que o garoto estava ali.
- Rose, vamos entrar – pediu Scorpius aflito. – Acho que é bom você ir para o quarto. Está frio aqui fora.
Rose concordou com a cabeça e ergueu o rosto para encarar Scorpius.
- Você vai comigo? – Perguntou chorosa. Scorpius sorriu e enxugou algumas lágrimas do rosto de Rose.
- É claro que eu irei com você. – Falou o garoto pegando a namorada pelo braço. Sabia como animar Rose com simples gestos, por isso a ergueu no ar e a carregou em seus braços. Rose encarou Scorpius, assustada.
- O que é isso? – Perguntou sorrindo de lado enquanto o enlaçava pelo pescoço.
- Vamos mulher – falou Scorpius com voz de galante se afastando do grupo. Rose acenou para os amigos, com um sorrisinho no rosto.
Scorpius caminhou com Rose para dentro do castelo. Conversavam. Rose suspirou quando Scorpius começou a fazer o caminho para as Masmorras.
- Eu não quero ir para o quarto – murmurou fazendo um biquinho. Scorpius sorriu de lado e beijou Rose com doçura.
- Para onde quer ir então? Biblioteca? – Perguntou parando de andar. Rose fez que não com a cabeça.
- Sala Precisa – murmurou envergonhada. Scorpius ergueu a sobrancelha vendo Rose ficar corada.
- Tem certeza? – Perguntou indeciso. Rose fez que sim com a cabeça. – Bom, ainda bem que dessa vez você está sóbria.
Rose soltou uma risada nervosa, mas concordou com a cabeça. Scorpius se encaminhou até a Sala Precisa e mentalizou o que queria.
Ambos entraram em um quarto. Tinha uma mesa, cadeiras, uma cama, mas não estava muito cheio.
- O que quer fazer? – Perguntou Scorpius colocando Rose no chão. A menina ficou pensativa por alguns minutos. Deu de ombros.
- Não sei, eu apenas queria ficar sozinha com meu namorado. – Falou sorrindo marota. – O que você quer fazer?
Várias coisas se passaram na mente de Scorpius, mas ele deu graças a Merlin por Rose não conseguir invadir sua mente.
- Rose, só passar o tempo com você já é ótimo – falou sorrindo e pegando-a pela cintura trazendo-a para perto de si. Rose ergueu a sobrancelha.
- Você está tentando me seduzir? – Perguntou com um sorriso malicioso. Scorpius soltou uma risada.
- Depende, você é seduzida?
- Depende também – falou Rose enlaçando Scorpius pelo pescoço. – Por você? Todo dia.
- Graças a Merlin que você falou que só é por mim – comentou ciumento. Rose sorriu triste. Suspirou enquanto passava a mão no rosto de Scorpius.
- Será que eu mereço tanto assim? – Perguntou baixinho. O sorriso no rosto de Scorpius desapareceu. – Nesses dias sinto como se estivesse estragando a vida de várias pessoas.
- Rose, você merece isso e muito mais – falou Scorpius com certeza e a beijou. Rose sentiu algumas lágrimas molhando sua face enquanto correspondia.
Em alguns minutos já esquecera completamente por quais motivos deveria estar triste. Scorpius tinha o poder de fazê-la não pensar em mais nada, a não ser no momento em que estava com ele.
Já estava sem fôlego quando se separou do namorado e sussurrou:
- Eu te amo.
Scorpius sorriu.
- Eu também.
Rose voltou a beijá-lo enquanto suas mãos passeavam pela camisa de Scorpius, indo até o final da mesma e erguendo-a para poder tocar no corpo do loiro.
Scorpius aproveitou a sensação da mão de Rose em sua pele e ergueu-a a sentando em uma mesa que encontrara naquela sala. Quando os lábios de Rose começaram a ir perigosamente até o lóbulo de sua orelha enquanto ela subia com a camisa de Scorpius, o sonserino murmurou:
- Sabe, aqui não terá ninguém para intervir no que estamos pensando em fazer. – Falou como se fosse um aviso. Rose cruzou as pernas envoltas da cintura de Scorpius.
- Eu não disse que queria que nos parassem.
X-X
Estava na hora do jantar. Alvo, Daniel, Patrícia, Letícia e Alexis conversavam animados enquanto saboreavam a comida.
Rose e Scorpius entraram no Salão de mãos dadas e se encaminharam até o grupo.
- Boa noite – cumprimentou Scorpius dando um tapa na cabeça de Alvo. O moreno murmurou contrariado.
- Boa noite – exclamou Rose alegre enquanto sentava-se ao lado de Alexis. A garota ficou observando a ruiva por um tempo, aquilo fez Rose ficar desconcertada. – O que houve?
Alexis riu enquanto voltava a comer.
- Você transou. – Falou Alexis um pouco alto demais. Todos em volta do grupo olharam para o casal que acabara de chegar. Rose corou até a última raiz do cabelo. Scorpius apenas abaixou a cabeça enquanto Daniel e Alvo o encaravam, maliciosos.
- Claro que não – murmurou Rose envergonhada. Alexis pareceu surpresa.
- Jura? Caramba, estou perdendo meu dom. – Murmurou derrotada. – Algo está atrapalhando minha visão maior.
- Sua visão maior é adivinhar quando os outros transam? – Perguntou Rose exasperada.
- Há! Então vocês transaram – cantarolou Alexis divertida. – Sou foda. Continuo foda.
- É, daqui a pouco você e o Fred chegam lá – alfinetou Rose. Alexis parou de rir enquanto os outros prendiam o riso.
- Cala a boca, eu não faria sexo com ele por nada desse mundo – falou Alexis cruzando os braços. – Ele é um tosco, não merece uma noite de sexo que nunca mais esqueceria na vida.
- Wow! Ela é modesta – Alvo piscou para Alexis. A garota apenas deu de ombros.
- Sou apenas realista.
- Então eu estou louco para te encontrar um dia à noite, sozinho. – Falou alguém atrás de Alexis fazendo-a virar-se assustada. Fred sorriu maroto.
- Boa noite, Brown. – Alexis corou enquanto os outros sonserinos fingiam não ver a cena.
- O que você estava fazendo aqui? Está me seguindo?
- Nem tudo gira ao seu redor, Brown – falou Fred sorrindo de lado. – Eu estava apenas passando pela mesa para falar com uma amiga minha.
- Amiga, é? – Perguntou Alexis fazendo Alvo se engasgar com o suco. Ela estava com ciúmes?
- Amiga sim. – Falou Fred achando aquilo extremamente divertido. – Com licença, pessoal. Até mais, Brown.
Afastou-se do grupo deixando uma irritada Alexis para trás. A garota murmurou várias azarações.
- Odeio esse grifinório – falou espetando a carne que comia com mais força do que previa. Ela quase voou do prato.
Alguém tocou em seu ombro fazendo-a virar. Lana sorria de lado, acompanhada de Jason e Jacob.
- Argh... será que as pessoas não podem me deixar em paz? – Perguntou nervosa. – O que você quer?
Lana ergueu a sobrancelha.
- Apenas falar com você. Tem um minuto?
x-x
n/autora: hohoho! Acabeeeeei. ‘-‘ Aleluia irmão. Putz, como eu demorei para finalizar esse capítulo. Infelizmente não coube tudo o que eu queria escrever, mas vai lá :(
Entãaaaao, nhaaa, adoro finais dramáticos né? Dá um tcham pro próximo capítulo. Embora eu saiba que todo mundo deve me amaldiçoar, mas não podemos ter tudo no mundo.
Então, gostaria de agradecer a todos os comentários. Vocês são umas fofas! Sem noção, como eu amo ver comentários. Infelizmente nem todos os dias os recebo. :( Mas tanta gente comentou e isso me fez tão feliz. É, eu me contento com pouco, mas sou feliz! Hehe. Então, gostaria de agradecer a: Marlene Mckinnon Black – Você é uma fofa, sabia? Muito fofa mesmo! Comenta em cada parágrafo que eu escrevo. Seja prévia, seja capítulo, seja vídeo! Nhaa. Brigada! Tamara J. Potter, Gabriele Ricarte, Manu_Black, Leeh Malfoy, sinha, Roxanne Malfoy, Saphyra Malfoy, Norminha, Claire_dark , Anna.Weasley , Luh Broekhart, lunafanel, Domi Parkinson, Kandra Aquarius e Larissa. Gente, vocês foram todas tão fofas comigo ‘-‘ Ganhei vídeo – lindo, maravilhoso, perfeito. Ganhei leitoras novas – sejam bem vindas. Ganhei tudo!!! Estou com a vida ganha! Hohoho. Agora só falta passar no vestibular ‘-‘
Bom, agora como de costume colocarei alguns tópicos para o próximo capítulo:
1 – Uma conversa pra lá de irracional entre Lana e Alexis (Adooooro).
2 – Uma cena de Dominique e Jason que estava prevista para esse capítulo.
3 – Acho que o Simas finalmente aparecerá – cacete, ele fica se escondendo Mané!
E várias outras coisas.
Agora quero saber de uma coisa: Gostaram da cena da Rose e do Scorpius? Vocês vivem dizendo que sentem falta deles! E a Alexis com o Fred? O que acharam?
Sabe o que eu me toquei? Cacete! A Domi ainda não deu uns pegas no Jason O.O Tô pasma! Preciso reverter isso! Hohohoho.
Beijos,
Ciça ;****
PS: Esse capítulo foi betado pela Rachel. Obrigada menina!
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