8 - Pequenos problemas
Capítulo 8
Pequenos problemas
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“- Pensou errado, camarada. Mas sinceramente, eu tenho mais o que fazer do que perder meu tempo com você. Adeus. – Disse Roxanne virando-se e caminhando para longe de Jason, porém sentiu o garoto a pegar pelo braço enquanto a trazia para si mesmo.
- Por que a pressa? – Perguntou Jason murmurando no ouvido da garota, com aquela voz rouca. – Eu posso ser um urubu, mas aprecio muito uma boa fruta.”
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- Merlin! Que cantada tosca! – Exclamou Roxanne tentando tirar o braço das mãos de Jason. – Caramba! Depois dessa é adeus na certa.
- Não gostou da cantada? Por quê? Estava esperando uma melhor? – Perguntou Jason passando a mão levemente sobre o braço de Roxanne. Seus dedos frios causavam sensação de desconforto na garota.
- Não. Estava esperando apenas uma frase idiota vinda de uma pessoa igualmente idiota. Não posso dizer que esperava coisa melhor.
- Aahhh, essa conversa já me cansou! Será que nós não podemos partir para algo mais interessante?! – Perguntou Jason bocejando. – Não foi à toa que eu te procurei, depois daquela entrada triunfal no Salão.
Roxanne sentiu o corpo pegar fogo ao ouvir a frase de Jason. Não esperava aquilo, principalmente dele. Ele acabara de afirmar que lhe procurara pela escola? Ele acabara de dizer que queria ficar com ela?
- Ora... eu... – a presença de Jason ficava cada vez melhor. Sentia uma das mãos do garoto em seus cabelos, enquanto a outra ainda acariciava seu braço. Por reflexo sua mão parou em cima da mão de Jason, que sorriu vitorioso por conseguir acalmar um pouco a fera.
- Vai dizer que você não estava esperando me encontrar? – Perguntou-lhe aproximando-se. Por ser um pouco mais baixa que o garoto, Roxanne viu seus ombros tapando-lhe a visão. Não acreditava que estava prestes a ficar com o garoto que jurou odiar por toda a eternidade, principalmente por ser metido, arrogante, mulherengo e imbecil como ele.
- Eu não esperava te encontrar! Muito pelo contrário, pretendia fugir de você. Sua presença não é bem vinda, então por que você não se retira e... – parou de falar ao sentir as mãos de Jason segurar-lhe pelo rosto e os lábios do garoto irem de encontro ao seu. Por instinto tentou afastar-se, mas o moreno parecia muito convidativo. Acabou puxando-lhe pela nuca enquanto Jason descia com as mãos de seu rosto até seus ombros, depois para suas costas, passando pela cintura e...
- Epa! Pode tirando a mão daí! – Exclamou Roxanne afastando-se, abruptamente, de Jason. O garoto olhou-a, perplexo.
- Como assim? – Perguntou confuso olhando da boca de Roxanne para seus olhos.
- Você colocou a mão na minha bunda!
- E...??? – Jason tentava entender o que estava se passando. Roxanne sentiu a raiva apoderar-se de si. Não tinha que aturar aquilo.
- Ora! E que eu não deixo ninguém ir passando as mãos na minha bunda só porque roubou um beijo meu e...
- Como é que é? Roubei um beijo seu? Dizendo assim até parece que você não queria!
- EU NÃO QUERIA! – Gritou Roxanne,vermelha. – Foi você quem me beijou, e eu tentei me separar de você...
- Mas estava muito bom pra você conseguir, certo?
- Ora!!!!! Imbecil! Para a sua informação, você nem foi o melhor garoto com quem eu fiquei.
- Há! Essa eu duvido – disse Jason bagunçando o cabelo. Roxanne irritou-se mais ainda com a confiança do garoto. Suas mãos fecharam-se enquanto ela se afastava de Jason.
- Nunca mais se atreva a fazer isso, entendeu? NUNCA MAIS! Não sou garota para você ficar alisando e depois descartar que nem todas as outras. – A garota saiu pisando o pé com força.
Jason estreitou os olhos observando Roxanne desaparecer no corredor.
- Merlin! É completamente problemática – disse, indignado, com a saída repentina da garota. Estava extremamente irritado pelo fato de alguém ter negado ficar com ele. Sinceramente? Quais eram as chances daquilo acontecer com alguém como ele? Nenhuma. Ele estava plenamente ciente de que todas as garotas fariam de tudo para ficar com ele. Todas menos uma loira é claro... e pelo visto uma ruiva... Quem ela pensava que era para lhe dar um fora e dizer para ele nunca mais fazer aquilo?
- Quer saber? Nem sei por que fiz isso, e pode escrevendo, Roxanne Weasley, que eu nunca mais fico com você. Pode se contentar. – Disse saindo pelo lado oposto do corredor. Um sorriso de lado apareceu em seus lábios. – Só ficarei com você novamente quando implorar por um beijo meu.
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- Eita! Um furacão – disse Dominique ao ver Roxanne entrar no quarto, vermelha e ofegante. – Você quase arrancou a porta. – Comentou Dominique rodando a varinha na mão. – E aí? Deu uns pegas no playboy?
- ELE TOCOU NA MINHA BUNDA! – Gritou Roxanne vermelha de raiva. Dominique ergueu uma sobrancelha.
- U-a-u. – Ironizou a garota bocejando. – Ele realmente gosta de mulheres.
- DOMINIQUE! Ele colocou a mão na minha bunda – disse Roxanne desesperada pensando que a prima não ouvira direito.
- Eu ouvi da primeira vez, amor. Sou bela e com um ouvido aguçado.
- Domi, me diz, o que você faria se um garoto colocasse a mão na sua bunda?
- No caso do Miller? Ora, colocava a minha na dele.
- DOMI! – Roxanne corou de vergonha e bufou contrariada. – Acho que eu não vou conseguir.
- Aaaaaiiiiiin, não fala Assim, amoré mio. Você vai conseguir, você é foda e gostosa. E super importante.
- Sou? – Perguntou Roxanne sem entender.
- Aham. Hoje mesmo fomos intimadas a ir a tal reunião da Rose, certo?
- Ah é...
- Pois é, e já estamos atrasadas, por isso levanta essa bunda grande da cama e vamos ao trabalho! Temos muitas mãos querendo nos apalpar! Não podemos ficar paradas.
- Dominique!
- O que? – Perguntou Dominique puxando Roxanne pelo braço. – Vai dizer que não gostou do beijo do sonserino?
Roxanne preferiu não comentar... ela apenas dissera que não gostara da mão tarada.
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A noite parecia longe de chegar. As aulas que dera haviam cansado-lhe... dar aula para alunos do primeiro ano não era uma tarefa muito fácil, principalmente para um novato como ele. Era de sua natureza ser brincalhão com os alunos, e logo ficara conhecido por suas piadas - algumas bem sem graça.
Bateu na porta de casa, pois acabara errando o lugar aonde aparatar - não era sua culpa estar tão cansado que não conseguira focalizar sua sala de estar. Pensar no jardim era bem mais fácil.
Ouviu passos apressados e, em seguida, a porta foi escancarada por uma loira ofegante e ansiosa.
- TED! - Berrou Victoire puxando o marido pela gola da camisa e o abraçando. - Senti tanta sua falta!
Ted Lupin sorriu, reconfortado pelo afeto da esposa - era tão bom poder chamá-la de esposa.
- Eu não acredito que, finalmente, estou em casa - disse Ted sendo arrastado por Vick até a sala de jantar. - Você fez todo o jantar???!!
O tom receoso de Ted fez Victoire olhá-lo irritada.
- Para a sua informação, enquanto você trabalhava em Hogwarts contando suas piadinhas, eu tentava aprender a cozinhar para sobrevivermos sem termos que comer a comida que minha mãe traz.
- Exato! "Tentava aprender", você "tentava". Não é melhor tentar várias vezes antes de experimentarmos sua fabulosa comida?! - Ted sorriu ingenuamente.
- TED LUPIN!
- Desculpaaaaaa! Que tal jantarmos? - Perguntou Ted, galante. Era melhor não brigar com Victoire, o sangue de ruiva corria nas veias dela. Vick revirou os olhos, mas sentou-se à mesa, sendo acompanhada por Ted.
A casa em que moravam não era grande. A simplicidade dos tons azul claro e branco davam um ar de tranquilidade. Os móveis eram antigos e de madeira escura. Os milhões de retratos, da família, se destacavam nas paredes e em cima da lareira. A casa ficava um pouco longe do centro de Londres, em um simples vilarejo. A escolha fora feita pelo próprio casal, mas com uma grande ajuda de Harry, Rony, Hermione, Gina, Jorge, Angelina, Carlinhos, Alvo, Rose, Gui, Fleur e... a lista continuava. Não havia como esperar que a família Weasley (mais os agregados) não se metessem nos assuntos dos casamentos dos parentes.
- Harry passou por aqui, hoje – disse Vick com um olhar alarmado. Ted suspirou cansado enquanto fava a primeira garfada no macarrão feito pela esposa.
- O que ele queria? – Perguntou Ted mastigando, lentamente. – MERLIN! – Berrou, pegando o guardanapo e abanando a boca.
- O que houve? – Vick olhou, aflita, para o próprio prato.
- ÁGUA! – Implorou Ted. Vick correu até a cozinha, voltando com um jarro de suco de abóbora e um copo. Ted pegou a jarra das mãos da mulher e, sem nem pestanejar, tomou o líquido em apenas alguns goles. Vick olhava toda a cena, atentamente.
- O que é isso? – Ted apontou para o prato a sua frente, seus olhos estavam vermelhos e lacrimejantes.
- Macarrão – disse Vick, chorosa.
- Com o que?
- Ué... cebola, salsinha, orégano, manteiga, azeite, pimenta...
- PIMENTA! – Exclamou Ted, encolhendo-se. Vick olhou-o sem entender.
- Sim, pimenta. Aquela coisa picante e...
- MUITO picante! Vick, amor da minha vida, quanto de pimenta você pôs aí? Uma concha de feijão?
- Aí Ted, como você é cruel. Foram apenas três colheres de sopa.
- TRÊS COLHERES DE SOPA? Você pretende o que? Ficar viúva mais cedo?
Os olhos de Vick encheram-se de lágrimas e a mulher sentou-se, derrotada, olhando o próprio prato intocado.
- Desculpa amor – disse Ted, arrependido. Ajoelhou-se ao lado da esposa e a abraçou.
- Sou um fracasso – Vick soluçou escondendo o rosto.
- Fracasso? Que fracasso? Quem foi que decorou toda a casa?
- A Gina.
- Quem foi que escolheu a casa?
- O papai.
- Quem foi que cuidou do jardim?
- A Hermione e a mamãe.
- Putz... ah! Quem é que dá carinho, amor, amizade e é legal ao Ted aqui?
- O Draco – Vick falou, séria. Ted arregalou os olhos, assustado, enquanto Vick ria.
- Sou eu – afirmou a loira.
- E é você que dá o melhor de si tentando cozinhar – disse Ted, carinhosamente. – Você é a melhor mulher do mundo.
Vick sorriu, um pouco melhor, e se levantou.
- Vou esquentar uma torta salgada que minha mãe deixou aqui em casa.
- Graças a Merlin – sussurrou Ted, seguindo Victoire até a cozinha.
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- Ok, eu já sei o que irei te dar no Natal – disse Ted sorridente. Ele e Vick estavam sentados no sofá comendo um pote de sorvete.
- O que vai ser? – Perguntou Vick derramando uma grande quantidade de calda de chocolate no sorvete.
- Um livro de culinária – Ted tirou o pote da calda da mão de Vick. – Amor, acho que você vai passar um “pouco” mal se comer mais.
- Ah, não se preocupe! Só metade vai para mim – Vick deu de ombros. Em seguida, ao perceber o que falara, tapou a boca com as mãos. Ted franziu o cenho?
- Como assim só metade irá para você? – Ted passou as mãos nos cabelos loiros de Vick. – Pretende voltar a nadar?
A expressão de Vick não poderia ter sido de maior alegria. Seu marido com toda a certeza havia sido criado pelo Harry.
- Amor, eu estou morrendo de sono, que tal irmos dormir? Amanhã você tem que dar aula.
- Sim, senhora – concordou Ted e fez os potes sumirem com um floreio da varinha. – Hora de te levar para a cama.
Victoire riu com gosto ao sentir-se sendo erguida por Ted. No meio do caminho ao quarto, já havia se esquecido do sono.
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Ted acordou com um barulho de correria. Ergueu-se espantado, olhando para os lados. A varinha estava firme em suas mãos.
- Vick? – Chamou, receoso. Ouviu um lamento vindo do banheiro. Levantou-se, bocejando. Catou as roupas que estavam jogadas ao chão; a única roupa que vestia era uma cueca branca.
- O que foi? – Perguntou Ted ao entrar no banheiro. Victoire estava olhando-se no espelho. – Achou alguma espinha?
A loira o fuzilou com os olhos. A camisola azul que usava parecia-lhe um pouco mais justa. Ted abraçou-a por trás, beijando-lhe na nuca.
- Estou enjoada – reclamou Vick, rabujenta.
- Esse barulho que eu ouvi foi você vomitando?
- Sim – Vick pegou a escova de dentes. Ted a observava, desconfiado. A mulher não parecia notar a presença do marido, ou tentava ignorar.
- Já sei o que está acontecendo por aqui – disse Ted, triunfante. A escova de dentes caiu da mão de Vick, deixando espuma pela pia.
- Sabe?
- Sim. – Ted balançou negativamente a cabeça. – Vick, eu já te falei. Não precisa ficar magra para que eu goste de você. Eu te amo, gordinha ou magrinha. Não quero uma mulher com bulimia.
- Está me chamando de gorda, Ted Lupin?
- Não! Nunca! Você apenas deu uma engordadinha...
Vick soltou um palavrão enquanto saía do banheiro e corria pela casa até a cozinha. Ted ao invés de seguir a mulher, resolveu limpar a pia e escovar os dentes. Será que Vick ficaria bem nesses “alguns” minutos?
- Querida, acho melhor você pegar leve – pediu Ted ao ver as cinco panquecas no prato de Vick. A mulher entornava calda de chocolate e chantilly.
- Saí daqui, Lupin – mandou Victoire, ressentida.
- Vick, você está na TPM?
- SAÍ DAQUI! – Urrou tacando o pote de chocolate na direção de Ted, que desviou-se por pouco.
- Vick, você está possuída?
- Você é um insensível – choramingou Vick. – Um péssimo marido. Um tosco que é incapaz de reparar na mulher com devida atenção...
- Vick, que tal consultarmos um psicólogo?
- Ainda quer me mandar para um manicômio!!!!!!
Ted olhou, incrédulo, na direção de Vick, em seguida encarou o pote de calda que sujava a parede branquinha e o chão. Primeiro ele a “chamara” de gorda, depois de louca, só faltava...
- EU PAREÇO UMA ABÓBORA GIGANTE! – Gritou Vick chorando copiosamente. Ted abrira a boca umas dez vezes sem saber o que falar. Seus olhos se arregalaram depois de um tempo.
- Vick, você está grávida?
- PORRA! Você só se tocou quando eu falei que pareço uma abóbora gigante?
Ted desejou que o pote tivesse acertado-lhe fazendo-o desmaiar. A sensação seria melhor do que a que estava tendo. Quase caiu no chão devido ao susto, e sentiu seus membros perdendo os sentidos. Suas mãos tremiam, mas ao mesmo tempo parecia que não tinha mãos. Teria ele, devido ao susto, morrido e virado um fantasma?!
- Vick, me belisca – implorou Ted, alarmado.
- Hein? – O choro de Vick cessou e agora ela encarava Ted sem entender.
- Eu acho que morri.
- Você não morreu – garantiu Vick com um olhar assassino -, mas vai morrer se continuar a me encarar com essa cara de debilóide. Agora vai ter que lidar com o resultado dos seus atos!
- Meus atos? Que atos?
- Ora! Foi você quem me engravidou. Você e seu maldito esperma!
- Vick, vamos conversar como adultos, por favor?!
- Você consegue?!
- Estou ficando completamente zonzo e confuso.
- Estou grávida, o que tem de confuso nisso? Barriga, bebê, vômitos, noites em claro...
- Quantos meses?
- Dois – disse Vick fazendo biquinho. – Só descobri semana passada. Nem fui ao hospital.
- Você ainda não foi ao hospital? Vick, sua irresponsável! – Exclamou Ted um pouco alterado. – Meus filhos merecem...
Victoire encarou Ted por algum tempo, esperando-o terminar de falar, porém ele parecia em estado vegetativo.
- Ted? Lupin? Ei! Alguém aí dentro? – Perguntou Vick mordendo um pedaço de sua panqueca. – Ted, Terra! Terra, Ted! MARTE, TED! Bip, bip...
- Eu vou ser pai – murmurou Ted com os olhos brilhando.
- Não! O pai é o padeiro – Vick revirou os olhos, e Ted estancou no lugar.
- COMO ASSIM O PAI É O PADEIRO? – Berrou Ted, nervoso. Vick riu, divertida.
- Ted, foi uma piada.
- Não achei a menor graça – disse, contrariado.
- Eu achei. – Vick mandou um beijo ao marido. O sorriso reapareceu no rosto de Ted.
- Vamos ser pais – disse o homem correndo até Vick e a abraçando. A futura mãe suspirou, relaxada.
- Fiquei com medo de você não gostar.
- Como assim? Você está maluca? Vick, isso é tudo que eu queria desde que casamos... bem, fora você.
- Bobão – Vick beijou Ted com carinho. – Acha que a família vai gostar?
- Eu não acho, eu tenho certeza. Vou escrever para o tio Harry agora mesmo. – Ted depositou um beijo na testa de Victoire, beijando em seguida tua barriga.
- Não esqueça de avisar para minha mãe e meu pai – pediu Vick vendo Ted sair da cozinha.
- Okk.
- AH! – Berrou fazendo Ted voltar, assustado. – Manda uma carta ao padeiro o felicitando.
Ted murmurou palavras, que Victoire preferia não entender, enquanto ela ria do ciúmes do marido e futuro pai.
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- Wow! – Exclamou Scorpius ao ver-se encarando um conjunto de pias que se abria para o lado. – Como você conseguiu fazer isso?
- Histórias do papai Rony. Tio Harry brigou pra caramba com ele quando soube das informações que ele havia contado pra gente nas historinhas pra nos fazer dormir. – disse Rose sorrindo, orgulhosa. – O que vocês acharam?
Scorpius, Alvo, Daniel e Patrícia encararam, perplexos, a antiga passagem para a Câmara Secreta.
- Merlin – exclamou Daniel visivelmente chocado. – Como você pretende sair daí de dentro?
- Eu fiz um esquema de vassouras – disse Rose apontando a varinha para a passagem e fazendo aparecerem seis vassouras. – Pena que só consegui fazer seis descerem juntas. Consegui a senha para entrar na câmara. Não é bem uma senha, é só imitar a linguagem das cobras. Lembrei do que papai falou para mim e para o Al. Quero dizer... deixou escapar.
Ninguém se atrevera a dizer nada, Rose era genial demais e elogios eram poucos.
- Que coisa mais sonserina – disse Dominique ao entrar com Roxane, Débora e Rachel, no banheiro feminino interditado. Os sonserinos as encararam.
- Desculpa a demora – falou Alexis entrando logo em seguida.
Assim que Rose começara a falar, outro grupo entrou no banheiro: Lílian, Hugo, Fred e Louis.
- Oi maninho – Dominique lançou um sorriso para Louis, que apenas revirou os olhos. O garoto estava no mesmo ano que Lílian e Hugo (quarto ano), porém era o mais distante dos primos, talvez por pertencer à Corvinal.
- O que faremos? – Perguntou Fred com os olhos brilhando. Em seguida viu a passagem e soltou um assobio. – O que é isto?
- O caminho para o inferno – ironizou Alexis, cruzando os braços. Todos prenderam o riso enquanto Fred ficava vermelho.
- Se você vier conosco aí sim será! Afinal, o que ela faz aqui? – Perguntou Fred à Rose. Rose encolheu-se diante da ria de Alexis e Fred.
- Bem... erh... – a ruiva não conseguia falar.
- O que vim fazer aqui? Não é óbvio? Vim dominar um basilisco, matar você e dominar o mundo bruxo – Alexis sorriu na direção de Gred, que parecia cada vez mais irritado. Um silêncio reinou no banheiro...
- Adorei essa garota – disse Dominique apontando para Alexis. – Sinto que vamos nos dar bem.
Alexis sorriu para Dominique e fingiu ignorar Fred, que continuava a encará-la.
- Por que não entramos? – Perguntou Daniel e todos concordaram.
Assim que desceram, Rose conjurou velas e as acendeu. O silêncio era tenso, após a passagem ter se fechado.
- Irgh! Isso daqui precisa de uma limpeza – disse Roxanne tentando tirar o osso que grudara em seu sapato.
- É assim que você vai ficar – disse Alexis para Fred. A garota apontava para o esqueleto de um rato. Fred apenas ignorou-a, porém suas orelhas estavam vermelhas.
- Que tal darmos uma geral aqui? – Perguntou Dominique radiante. – Uma limpeza básica.
- Ótima ideia – disse Alvo puxando a varinha de seu bolso.
- Demorou apenas alguns minutos para limparem o local. Depois disso, se deslocaram para mais adentro da Câmara, chegando ao lugar aonde uma grande estátua de Salazar os encarava.
- Ele era grande – brincou Alvo olhando a imagem.
- Por que não nos sentamos? – Rose conjurou várias cadeiras e todos se arrumaram em uma roda.
- Isso está parecendo aqueles programas trouxas de alcoólatras anônimos – disse Dominique achando tudo aquilo extremamente divertido.
- O que você queria conosco? – Perguntou Débora à Rose. Todos olharam para a garota. Rose corou diante de tanta atenção.
- Bom... todos aqui conhecem a história da Armada de Dumbledore?
Todos concordaram.
- Se vocês repararam, algo terrível está para acontecer lá fora. Nossos pais não querem nos contar tudo, mas sabemos, por exemplo, que a Ordem da Fênix vem se reunindo todas as semanas. Sei também que o pai do Scorpius e do Daniel foram demitidos por não aceitarem ajudar o atual ministro e que essa maldita professora não presta nem um pouco.
- É verdade o que eu vi no jornal? – Perguntou Rachel, temerosa. – Nascidos trouxas que são bruxos, realmente foram chamados no Ministério?
Daniel fez que sim com a cabeça.
- Falaram que alguns não são vistos há uma semana.
- Askaban teve algumas celas esvaziadas – declarou Alexis com firmeza. – Essa informação não foi falada, ainda...
- E com você sabe? – Perguntou Fred, curioso. Alexis revirou os olhos.
- Ouvi uma conversa entre os Miller.
- Podemos confiar nela? – Perguntou Fred à Alvo. Foi a vez de Alexis corar.
- Cala a boca, idiota. Você não sabe o que está falando.
- Ora, ora... ficou na defensiva – disse Fred rindo.
- Eu não estou na defensiva! – Contrapôs Alexis.
- Como saberemos se podemos confiar nela? – Perguntou Fred novamente. Patrícia revirou os olhos.
- O único que parece ter algum problema com isso é você – declarou a garota. – Você tem algum problema com a presença dela? Ela te pertuba?
Fred murmurou palavras inaudíveis.
- Voltando... o que você dizia, Rose? – Perguntou Patrícia. Fred e Alexis ficaram, apenas, se fuzilando com o olhar.
- Bem... então, todas essas novidades tem me deixado bem nervosa e não poder fazer nada não me agrada. Então, eu lembrei da antiga Armada e como sei que vocês também gostariam de poder ajudar... creio eu... acho que vocês querem ajudar, mas se não quiserem...
- É óbvio que queremos! – Exclamou Lílian ofendida.
- Pára de enrolar, Rose! – Disse Hugo rindo.
- Diz logo – pediu Rachel.
- O plano era criar uma nova Armada – disse Rose confiante.
- E o lugar de encontro seria... – começou Roxanne.
- Aqui – finalizou Débora, sorridente. – Excelente plano.
- Aqui? – Roxanne olhou o lugar. – Não é meio... sinistro demais não?
- Pára de ser medrosa, Rox – disse Dominique dando um tapinha no ombro da prima. – Eu amei a ideia.
- Domi, você gostaria do local mesmo que fosse um lixão, desde que você infringisse alguma norma da escola – falou Louis fazendo todos rirem.
- Qual vai ser o nome do grupo? – Perguntou Fred. Rose mordeu o lábio inferior, nervosamente.
- Eu não havia parado para pensar nisso – admitiu a ruiva em um tom de desculpa.
- Que tal... A Armada da Câmara? – Opinou Fred. Alexis bufou.
- Tosco – declarou a morena.
- O clube das bananas – falou Alvo sorridente.
- Não somos fruticultores – disse Scorpius para o amigo. – Sinto muito.
- Murchei – falou Alvo fungando.
- Green’s! – Gritou Alexis radiante.
- Isto é TÃO sonserino – disse Débora negando.
- A Armada das Cobras – sugeriu Alvo pensativo. Todos se calaram entreolhando-se.
- Até que ele deu uma boa ideia – disse Scorpius admirado.
- Combinado – disse Alexis.
- Continua sonserino demais, mas realmente... tem tudo a ver com o local – concordou Rachel.
- E é a chave para a abrir a Câmara – disse Rose batendo palmas. Todos a olharam, sem entender.
- Bem, o feitiço inicial seria falar na linguagem das cobras e para isso precisaríamos de um ofidioglota, ou ficar imitando toda hora uma cobrinha. Eu reparei que esse feitiço já está bem fraco, e fazer ouro alterando o primeiro não parece uma missão impossível. Com alguns ajustes e consultas em livros acho que consigo reverter a situação.
- Oh grande Rose! Devo ajoelhar-me diante de ti, Vossa Excelência?
- Cala a boca, Al – disse Rose, vermelha.
- Parece que ela já pensou em tudo – disse Scorpius, orgulhoso.
- Quantas vezes iremos nos reunir? – Perguntou Lílian.
- Acho que uma vez por semana seria ótimo – disse Rose e todos concordaram. – Que tal nas sextas?
- Eu posso – foram ouvidas várias pessoas concordando.
- Só não podem bater com os jogos de Quadribol, nem com os treinos – lembrou Daniel. – Que já devem começar, estamos em Outubro.
- Nós vemos isso, se bater com algum treino a gente troca a data?! – Sugeriu Dominique.
- O que faremos? – Perguntou Louis. – Quero dizer... nos encontros?
- Podemos começar treinando alguns feitiços, depois eu pensei em algo como treinar como fazer poções e...
- FEITIÇOS! – Repetiram todos juntos assustando Rose.
- Ok, se vocês insistem – Rose ergueu os braços, em sinal de rendimento. – Acho que hoje já está bem tarde, são dez horas da noite. Podemos nos reunir na próxima sexta. Até lá, terei conseguido mudar essa senha. A senha será: Armada das Cobras. Todos de acordo?
Após todos concordarem, Rose passou um pergaminho onde cada um anotou seu nome:
A Armada das Cobras
Membros:
Rose Weasley
Alvo Severus Potter
Scorpius Malfoy
Daniel Zabine
Patrícia Melo
Dominique Weasley
Roxanne Weasley
Rachel White
Débora Rezende
Alexis Brown
Fred II Weasley
Lílian Luna Potter
Hugo Weasley
Louis Weasley
- Tem Weasley demais nesse lugar – reclamou Alvo enquanto todos saíam.
- Dãh! Família é que nem chiclate, vem todo mundo grudado – lembrou Scorpius. Rose revirou os olhos enquanto guardava a lista na mochila.
- Que comparação linda, amor – disse Rose rindo do namorado.
- Eu sabia que você ia gostar.
- Ei Rose! – Fred se aproximou da prima e olhou-a aflito. – Ela realmente tem que fazer parte desse grupo?
O ruivo apontava para as costas de Alexis, que andava mais à frente. Rose prendeu o riso.
- Ela é nossa amiga, Fred. E uma excelente bruxa. Acho que será ótimo tê-la no grupo.
- Eu não – falou Fred bufando.
- Vocês irão se dar bem – Rose falou com incerteza.
- Isso só irá acontecer quando Merlin vier a Terra – Fred afastou-se da prima chegando rapidamente às vassouras, onde furou fila subindo na frente de Alexis. A morena corou de raiva.
- Grifinório idiota! – Murmurou a garota para Alvo. O Sonserino virou-se para Scorpius e Daniel:
- Essa Armada vai pegar fogo com esses dois.
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Patrícia, Rose e Alexis entraram de fininho no quarto esperando não serem descobertas. Tudo estaria ótimo, não teria ninguém para denunciá-las a nenhum professor, se Anna não estivesse dormindo na cama ao lado das delas.
Anna Zabine não fazia parte da Armada, e Rose duvidava que ela fosse querer fazer. Naquele dia vira Anna andando ao lado de Lana pelos corredores da escola. Um aperto em seu peito e um arrependimento tomavam conta de si desde que vira aquela cena. Mas sabia que não poderia fazer nada. Alvo a fez prometer que não falaria nada sobre a Armada das Cobras para Anna. O garoto estava certo. Ela estava explosiva demais e não poderiam arriscar que ela falasse algo para os Miller, além de Georgia Jones...
Alvo era a prova de que não podia se combater a tristeza com arrependimento ou desespero. O garoto parecia agüentar firme o que estava lhe acontecendo... Tudo bem que fazia apenas algumas horas que eles haviam terminado, mas para Rose, não ter a amiga por perto parecia uma eternidade...
Quanto tempo mais aquilo continuaria daquele jeito?
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- Sinceramente, pensei que Rose não fosse terminar de falar. – Sussurrou Hugo para Lílian. Os dois estavam juntos em uma sala de aula vazia. Já eram onze horas da noite, não parecia ter ninguém acordado no castelo.
- Tadinha da Rose, está apenas tentando ajeitar as coisas – disse Lílian sorrindo. – Ela me lembrou muito a Tia Mione, parece que estou vendo meus pais novamente em Hogwarts (N/a: Isso porque a autora ATOOOOORAAAAA o livro da Ordem da Fênix *-*).
- Okk, mas perdi tempo com você ouvindo tudo aquilo – falou Hugo inquieto puxando Lílian para perto de si. – Cada tempo com você é precioso, não podemos ficar assim perto dos outros.
- Calma... tudo ao seu tempo. Vamos esperar Carlinhos e Débora falarem de um futuro noivado, quando a família estiver berrando, ninguém se entendo ou escutando, a gente solta a bomba. Aposto que ninguém vai ligar para a gente.
- Míseros primos de primeiro grau apaixonados...
- Exato – concordou Lílian rindo.
- Eu te amo – murmurou Hugo distribuindo beijos no rosto de Lílian.
- Eu sei, eu sei... sou foda, fazer o que?
Hugo ia responder, quando a porta foi aberta com uma força brutal. Os dois se separaram, assustados, olhando para o vulto na entrada da sala.
- Como eu sabia que encontraria os pombinhos aqui?
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N/a: TCHARAM! TERMINEI O CAPÍTULO! Aleluia, irmão! Hausahuhuashasuhasu
Oiiie gente, tudo bom com vocês? E aí???? Demorei muito né? Mas é que eu tava me preparando pra UERJ, a prova foi hoje. Tirei B –‘ Por DOIS pontos não tirei A. Ódio no coração!!!! Ashusahu Mentira, ódio faz mal. Já passou a revolta e agora estou pensando na segunda fase, ainda tem como recuperar esses cinco pontos perdidos. Vou mandar benzão! Haushuashuas espero!!!! :)
Site do blog: http://ficgreens.blogspot.com/
Entrem pessoal! E comentem ook??????????
Comentem no capítulo hein!!!!!!!!!!
Beijoooooooos,
Ciça ;********
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