único
Freak
Capítulo Único.
“- Não se preocupe McKinnon, eu não mordo. – ele disse na primeira vez que a viu.
Já faziam 4 anos, o ensino médio estava acabando agora. Era o ultimo dia de aula. Marlene se olhou pela ultima vez no espelho, passou um pouco mais de gloss e saiu do banheiro feminino que ficava bem próximo ao armário de Sirius Black.
O corredor estava lotado, especialmente de meninas que esperavam encontrar Sirius casualmente por ali. Ele estava guardando algumas coisas na mochila, certas coisas iria deixar lá no armário mesmo, pra que seu sucessor pudesse usar. Ou que uma menina sortuda pudesse sonhar.
Ele avistou Marlene no corredor, vindo em sua direção. Ela estava bonita. Não que ela não fosse, eu achava ela bonita desde a primeira vez que a viu, mas ali agora ela estava diferente. Ela não era mais a mesma Marlene que sempre olhava pra o chão quando falava com ele. Não, aquela Marlene estava olhando em seus olhos.
Ele conhecia aquele olhar, as meninas em geral o olhavam assim.Ele se sentia como um Big Mac. Até a professora, mas Marlene jamais tinha se quer olhado em seus olhos. Não daquele jeito.
Sirius estava a encarando com um sorriso safado. Ela não iria abaixar os olhos, não dessa vez. Abriu um sorriso tímido, que pareceu ter um efeito bem interresante em Sirius, já que o mesmo fez uma cara confusa.
Aquilo seria mesmo hilário se ela não fosse uma das partes envolvidas. Mas era tarde demais pra voltar. Ela tinha que seguir em frente. Just do it, pensou ela.
Sirius olhou a sua volta, talvez aquele sorriso não fosse pra ele. Mas constatou que tinha que ser para ele, uma vez que o corredor parecia estranhamente abarrotado de meninas.
Olhou de volta para Marlene, talvez ela estivesse surtado. Teria que correr para levá-la a enfermaria. Seria meio difícil passar por tantas meninas. Talvez ele estivesse exagerando. Talvez ela quisesse que ele assinasse seu anuário.
Ela riu, o que esperava falar com Sirius?. Se ao menos tivesse trazido seu anuário. Seria uma ótima desculpa. Agora teria que bolar uma coisa para dizer e explicar a razão de estar ali.
Algo como; - Oi, e ai o que vai fazer nas férias?. Isso era patético.
Talvez: - Já sabe pra que faculdade você vai?
Ele coçou a cabeça. Ele tinha duas opções a) ele estava delirando b) Marlene estava prestes a dar em cima dele. De qualquer forma ambas as situações chegavam à mesma conclusão: Marlene tinha definitivamente surtado.
Respire fundo, pensou. Não há nada demais. Ele leva cantadas todas as dias, uma a mais não fará a mínima diferença. Até a professora de educação física já deu em cima dele.
Talvez se eu sair correndo ele não note.
Ela não tinha escapatória. Ele riu, era agora.
- Não se preocupe, Black. Eu não mordo. – disse dando um sorriso safado.
- Muito menos eu, McKinnon. – piscou.
To be continued...
n/a: Talita , você me acompanha aqui no F&B desde 2007, são muito anos amiga. Eu saí por um bom tempo, mas quando eu voltei você ainda estava aqui, e se lembrava de mim. Obrigada por ser a melhor beta do mundo. E por fazer capas perfeitas. Nem sei se um dia vou chegar a ter conhecer pessoalmente, mas saiba que gosto muito de ti.
Te amo, muito.
Michelle.
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