Meu doce fim
O primeiro capitulo, como alguns, serão narrados por personagens, todos eles terão um “titulo” indicando a data e hora do acontecimento. Lembrando, que a narrativa trata da vida deles após a batalha e antes do casamento de Harry e Gina, Hermione e Rony.
09 de novembro de 2007 – 8:50 hs
“ Já se passaram dois anos, mil noventa e cinco dias, vinte seis duzentos e oitenta horas desde a ultima vez que vi Harry Potter. Hoje, lançamento do ultimo volume da saga, estou com algumas olheiras profundas de tanto virar as noites escrevendo sobre “Harry Potter”, depois que cheguei aqui em Londres, fiz algumas amizades valiosas e outras nem tanto. A multidão de pessoas na rua, aglomerada e ansiosa esta crescendo a cada minuto, estou sentada na livraria mais famosa de Londres, o dono dela, meu amigo Pierre está a minha direita, sorridente, odeio a barba dele! É, ele é muito legal, me acolheu quando cheguei em Londres. Bati aqui na madrugada de quarta feira de cinzas. Pierre, que morava atrás da livraria, me ajudou me dando emprego e um cantinho para dormir.
Comecei a escrever no computador dele, ah, deixe-me falar do computador, é lindo! Uma coisa tão grande e tem letras tão pequenas. Acho que levarei um para o papai quando voltar, se voltar. O relógio está marcando oito e cinqüenta e sete, as nove horas irei começar dar autógrafos nos livros “Harry Potter e as Relíquias da Morte” , escrevi já seis outros volumes da história de Harry. Pra mim é difícil, bem difícil, resolvi vir embora depois que acabou tudo.
A perda de amigos, e meu irmão, me fizeram sentir culpada. Entramos naquilo para ajudar e não para perder. Tem dias que me pego chorando, sozinha, baixinho, meu apartamento, que é um tanto grande, odeio isso! Meus cachorros dão conta de bagunçar e eu sempre ter algo para fazer! Agora não sei como vou fazer, escrever histórias, meu nome é bem conhecido, voltar a vender e limpar o chão da livraria do Pierre é bem estranho, ele disse que “famosas” não fazem isso. Estou sentindo a minha pressão subir, as portas de vidro se abriram com dois seguranças a empurrando, Pierre esta sorrindo, e eu tentando parecer o mais normal possível. Não estou contente! ”
09 de novembro de 2007 – 15:00 hs
“ Meu corpo está muito carregado, tantas perguntas e tantas pessoas. Minha privacidade está sendo invadida junto da minha auto-estima.
Não tem preço, premio ou dinheiro que pague uma criança ou um adolescente, até um adulto dizer que lê os livros sobre Harry. Mais bonito que o que os olhos de Harry Potter, é a magia das crianças me perguntando se Hogwarts existe, vindo afirmar que viram uma coruja com uma carta no bico e que acreditam nos elfos domésticos! E alem do mais, que Harry Potter irá salvar todos.
Pra mim escutar o nome “dele” é tão normal que se tornou parte da minha vida, como se não já fosse! O Amor não é uma doença, é uma sucessão de dores e flagelos, pra mim sempre foi. Me lembro umas das primeiras vezes que chorei pelo Harry; quando escutei o Rony falar para o papai que o Harry estava morrendo de ciúmes do Cedrico no baile de inverno. Quando percebi estava, definitivamente, apaixonada por Harry Potter!
Minha vida não tem sem sentido!”
10 de novembro de 2007 – 00:03 hs
“ Londres está dormindo, pela janela a cidade não para, oitenta por cento da cidade está dormindo, eu sei! Até Fred e Jorge estão dormindo, meus cachorros são gêmeos, bagunceiros e alegres, meus irmão escritos! Só de pensar neles a lagrima que está correndo no meu rosto é inevitável, não controlo meus sentimentos. Estou decidida a esperar até as quarto e meia da manhã, tenho que tomar meu anti depressivo! Pareço estar fraca, a vontade de não sair daqui, do piso gelado e o frio da madrugada, não existem ....
... Outra vez, estou com calafrios, eles estão ficando mais freqüentes. Meu médico disse que é paranóia minha, pode ser a fama. Afeta algumas pessoas, ele me fez jurar que não usarei drogas. Não sei o que é isso, me disseram que é bom. Mais não tenho coragem de experimentar, li sobre isso, afunda as pessoas.”
10 de novembro de 2007 – 02:17 hs
“ Meus olhos estão muito inchados, estou sentada na minha sacada de frente para a parede, não consigo olhar para as pessoas. Fico agoniada de olhar, sentir, escutar, pensar... o apartamento está tão agradável, quente! A bula não diz quantos remédios devo tomar, mais preciso de mais, mais de um. Tenho de tomar sete tipos de remédio durante o dia. Talvez tomarei três, não, cinco, seis.. de cada um! Assim irei ficar melhor? Todos estão esmagados na minha mão, minha boca está ficando pequena para tantos remédios, minha garganta não vai dar conta de tantos, a água está fria, minha boca está ficando estranha.
Uma tontura está dominando minha cabeça, o quarto parece cada vez mais longe, acho que já deixei cair algumas coisas, o barulho fica cada vez mais longe, minha varinha não está na gaveta que deveria estár. Oh, céus, estou na cozinha! Tudo está tão apagado, ou está ficando, a energia, sim. Afetada de alguma forma, minha cabeça está doendo bastante, meus Fred e Jorge estão acordados, tento gritar para eles não irem para a sacada, mais.. mais...”
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